
Após dois anos de atraso - e de ter sido mostrada recentemente em propaganda política supostamente funcionando -, a fábrica de vacinas contra as gripes sazonal e suína do governo de São Paulo está parada, admitiu ontem a administração. A unidade ainda não obteve nem mesmo a validação dos seus processos por parte do laboratório francês Sanofi-Aventis.
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A aprovação é o primeiro passo para São Paulo começar a fabricação nacional de vacinas contra a doença. A unidade, que funcionará na Fundação Butantã, também deverá completar o processo de produção de doses a granel contra gripe suína enviadas pela empresa, que transferiu tecnologia para a fabricação.
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Falta de certificação foi classificada como 'surpresa' pelo Ministério da Saúde

As informações são dos repórteres Fabiane Leite e Alexandre Gonçalves, do jornal "O Estado de S. Paulo".
Outro lado
Em nota oficial divulgada na tarde de ontem, a fundação afirmou que a nova fábrica, apesar de pronta e equipada, ainda está "em fase de validação, qualificação e certificação do processo produtivo, legalmente necessária para que seja possível a produção comercial de imunobiológicos". No local, tem ocorrido apenas testes e capacitação de pessoal.
Ainda de acordo com a nota, além da validação pela Sanofi, a fábrica ainda demanda certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o processo só será concluído no fim do ano. A fundação prometeu que utilizará uma outra linha de produção para completar a fabricação de doses a granel e, assim, não prejudicar a vacinação.
O governo, porém, havia divulgado que as atividades na nova fábrica já tinham começado e que as primeiras vacinas nacionais contra a gripe suína seriam entregues neste mês. Em outubro, em propaganda do PSDB, o governador, possível candidato à Presidência, afirmou: "Nós fizemos aqui a primeira fábrica de vacinas contra a gripe comum e a gripe suína." Depois, surgiam imagens da fábrica funcionando. Em seguida, o locutor informava: "A produção começa agora em outubro."
A notícia de que a fábrica não está validada foi classificada como "surpresa" pelo secretário de Ciência do ministério, Reinaldo Guimarães, que destacou, porém, que não faltarão vacinas.
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