segunda-feira, 3 de maio de 2010

Para petistas, ausência no 1º de Maio mostra falta de identidade de Serra com trabalhadores.



Aloizio Mercadante aponta que está evidente que tucanos nunca participaram de lutas populares e José Genoino destaca que pré-candidato do PSDB é o anti-Lula
Por: João Peres, Rede Brasil Atual
São Bernardo do Campo - Os políticos do PT presentes ao ato de 1º de Maio organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em São Bernardo do Campo teceram críticas à postura do pré-candidato do PSDB à presidência, José Serra, por não passar o dia ao lado dos trabalhadores.
O ex-governador de São Paulo preferiu não ir aos atos de centrais sindicais para os quais foi convidado e embarcou para Santa Catarina, onde se reuniu com um grupo de evangélicos.
Enquanto isso, na região metropolitana paulista, vários quadros do PT lembravam a relação de berço entre o partido e os movimentos sindicais. Aproveitando o palco montado no Paço Municipal de São Bernardo, os pré-candidatos da sigla exaltaram a importância das greves do ABC, com Lula à frente do sindicato, como fatos importantes para a mudança da história do país.
O senador Aloizio Mercadante, que vai disputar o governo paulista, entende que o PT representa a história das grandes conquistas dos trabalhadores e por isso é natural que o PSDB não seja convocado a participar de atos em comemoração ao 1º de Maio. “É o lado das forças que nunca se engajaram nas lutas operárias, nas lutas sindicais, nas lutas populares.
Os movimentos sociais no Brasil deram um salto de qualidade na construção do PT e sobretudo na liderança do Lula. Tem um significado muito especial os trabalhadores entenderem que não basta o sindicato para mudar o Brasil”, afirmou.
O deputado federal José Genoino concorda que há uma divisão muito clara entre PT e PSDB: “A candidatura Serra é uma candidatura anti-Lula, anti-PT, trabalha no campo da direita. Não tem identidade com essa história, com essa movimentação do 1º de Maio. Cada um está a seu lado.
”O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, lembrou que, ao longo do governo Lula, a relação sindicato-governo mudou para melhor, com conversa aberta e uma política de valorização do salário mínimo. Sobre José Serra, o petista preferiu uma crítica curta: “Ele não tem nenhuma relação construída com os trabalhadores. Para o trabalhador, isso é muito claro. É aquilo que significa um modelo e outro”, afirmou.
Em Santa Catarina, José Serra evitou comentar as declarações dadas por Lula e Dilma Rousseff ao longo do dia em quatro atos pelo Dia do Trabalho. Mas outros quadros tucanos e democratas movimentaram-se rapidamente para afirmar que vão ingressar com mais ações na Justiça Eleitoral contra o presidente.
Mercadante, considerando que o 1º de Maio é um divisor de águas na campanha ao demarcar que todas as centrais sindicais estão no palanque governista, lamentou as ameaças, afirmando que a disputa política deve se dar em torno de propostas. “Mas se eles acham que é o único instrumento que têm, têm que usar. Vamos respeitar as decisões da Justiça. Mas não vamos deixar de frequentar o 1º de Maio com todo o significado que tem. A vida inteira o Lula veio aqui. Por que não viria este ano?”, questionou.

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