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Você gostaria de ser dono de 20% uma grande e lucrativa faculdade privada numa grande cidade, por um valor de um apartamento de classe média modesto? E em condições camaradas, pagando em 25 parcelas correspondentes a menos da metade de seu salário?
Pois o senador Demóstenes Torres (DEMos/GO) é um felizardo que conseguiu essas condições através de um sócio milionário de Goiás, dono de laboratório!
Calma, gente! Desta vez não estou falando do "professor"-bicheiro Carlinhos Cachoeira. O senador tem outros amigos endinheirados.
O sócio milionário é Marcelo Henrique Limirio Gonçalves, ex-dono do laboratório Neoquímica e sócio da Hypermarcas. Foi quem entrou com o grosso do dinheiro para implantar a faculdade, e fez este negócio de pai para filho com Demóstenes.
O contrato social da empresa mantenedora da faculdade prova:![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgupkPnG2WyfqpAJfsWAE0T6fu-Ujrh3RqJ-qZiMu0daVVFNCLjSon3G1TmKvSbSijcXmFN1v7ej7kqr1bc4ioFzxqJqpsA3VjrAfWH_dztPSrrAENEqR0luEZ0q0bhBpxI9DbRsFAvkhZY/s280/demostenes_faculdade_contrato_social_alteracao.png)
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Primeira alteração do Contrato Social, mudando a denominação.
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Contrato Social original com a participação de cada sócio
e forma de injetar o dinheiro .
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Registro no MEC mostra que empresa de Demóstenes é a mantenedora da Nova Faculdade.
O milionário Marcelo Limírio entrou com R$ 600 mil no ano de 2008, para botar a faculdade de pé.
Demóstenes Torres entrou com R$ 200 mil, mas em 25 prestações de R$ 8 mil por mês (suaves, para quem tem salários de senador e de ex-procurador do Ministério Público de Goiás). As prestações só terminaram de serem pagas em março de 2010.
A terceira sócia foi assessora de Demóstenes no gabinete do Senado, até assumir a direção do instituto, e também entrou no negócio exatamente com as mesmas condições do senador.![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3hI8F7cfWUcJXk-kUmhwZZVFMQKwxNTKZr4_IfAjkPYaL-Hm3V3SSgAC-7r5DuLGf7sGywLj96TZKT-TbGALyew4-iXvniJlZfQa5BKt2XsHFyhfgds6HzRLPOXtcZU3FVAAkDGEmucJT/s280/demostenes_faculdade_exoneracao.png)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3hI8F7cfWUcJXk-kUmhwZZVFMQKwxNTKZr4_IfAjkPYaL-Hm3V3SSgAC-7r5DuLGf7sGywLj96TZKT-TbGALyew4-iXvniJlZfQa5BKt2XsHFyhfgds6HzRLPOXtcZU3FVAAkDGEmucJT/s280/demostenes_faculdade_exoneracao.png)
Não há nada aí em cima que, por si, possa ser enquadrado no código penal. Sem fazer ilações sobre laranjas, negócios de fachada, etc, o que pode-se afirmar com certeza é que o milionário fez uma ação entre amigos para proporcionar um negócio de pai para filho a Demóstenes, para ele ter uma renda e patrimônio empresarial.
O problema é que Demóstenes não é filho de Marcelo Limírio, e seus maiores atrativos são ocupar um estratégico cargo de Senador, presidente da CCJ no Senado, tem trânsito no governo de Goiás, é irmão do Procurador-Geral do Estado de Goiás, tem relacionamento pessoal com ministros do STF como Gilmar Mendes.
Se Demóstenes fosse ministro da Dilma, ele já estaria pré-condenado por suposto tráfico de influência, corrupção passiva, e coisas do gênero. E ele, como Senador, tem que explicar a seus eleitores as razões que levaram um milionário a fazer um negócio de pai para filho beneficiando ele. O caso é mais esquisito do que a cozinha importada ganha de Carlinhos Cachoeira.
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