Após muita polêmica e disputa política, advogado do Piauí foi eleito
presidente da Ordem com 64 votos, de um total de 81; atual presidente
apoiava a chapa do vice, Alberto de Paula Machado, que obteve 16 votos.
Consultor Jurídico - O advogado Marcus Vinícius Furtado Coêlho foi
eleito na noite desta quinta-feira (31/1), com 64 votos, presidente do
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Ele presidirá a OAB
até 1º de fevereiro de 2016. Seu concorrente, Alberto de Paula Machado,
teve 16 votos. Um conselheiro votou em branco. A posse de Furtado Coêlho
e dos novos 81 conselheiros federais será nesta sexta-feira (1º/2), às
9h.
A sessão que elegeu o novo presidente começou às 19h10. O presidente
da OAB, Ophir Cavalcante Junior, apresentou as duas chapas que
disputaram as eleições e passou a presidência da sessão para o
conselheiro federal Paulo Medina, decano do colegiado.
Medina informou sobre a liminar que reconduziu ao cargo o conselheiro
federal Danilo Mota, do Ceará, e lhe devolveu o direito de votar. O
conselheiro recorreu à Justiça depois de ser afastado, segundo ele, por
retaliação política por ter declarado voto em Marcus Vinícius.
A segunda questão foi a ausência do conselheiro federal Luiz Flávio
Borges D’Urso, de São Paulo. O presidente da seccional paulista, Marcos
da Costa, indicou um suplente para votar em seu lugar. Como não há
regulamentação expressa sobre voto de suplente — de acordo com as
regras, só titulares votam — Medina teve de decidir a questão.
E decidiu que o suplente teria o direito de votar, até para que não
houvesse qualquer questionamento no sentido de cerceamento de voto. O
plenário concordou com a decisão. O ex-presidente nacional da OAB,
Reginaldo de Castro, então, quis levantar questão de ordem. Medina
lembrou que não há questão de ordem em decisão do colégio eleitoral, que
tem competência restrita de eleger a direção da casa.
Mas Paulo Medina disse que não negaria a palavra ao ex-presidente.
Castro, então, disse: “Nunca a OAB assistiu a ofensas tão graves contra
um candidato, sem que houvesse qualquer resposta”, afirmou. O candidato a
que ele se referia era Furtado Coêlho — clique aqui para ler sobre os
bastidores da disputa.
Castro defendeu o debate para que os conselheiros conhecessem as
ideias dos candidatos. O auditório ensaiou risos, já que em um colégio
de 81 eleitores, todos se conhecem. Medina disse que a votação iria
seguir porque não houve acordo entre as duas chapas para a realização do
debate. E, como diz o dito popular, quando um não quer, dois não
brigam. A votação seguiu, sem os embates previstos. E Coêlho teve
exatamente quatro vezes mais votos que seu adversário.
Fim do processo
Fim do processo
O presidente eleito comemorou, ao mesmo tempo, o resultado e o fim do
processo eleitoral. Disse que, agora que é presidente, "desfez-se o
palanque eleitoral". "Não há mais lados, há agora somente a Ordem dos
Advogados do Brasil".
"Nesse momento, desfaz-se o palanque eleitoral. A campanha encerrou.
Não mais tratarei do passado, passo a borracha em cima. A partir de
agora conclamo a todos os advogados do Brasil, todos os conselheiros
federais para unirmos esforços em prol da Constituição e da permanente
construção dessa entidade histórica. O processo eleitoral, como todos,
próprios da democracia, tem suas dificuldades, seus atropelos, mas
quando encerrados, as grandes vitórias significam justamente honrá-las
conclamando a todos a participarem da gestão. Não há mais lados, há
agora somente a Ordem dos Advogados do Brasil, essa entidade que deve
ficar à disposição da sociedade brasileira e da advocacia nacional. Pois
a defesa é tão importante quanto a acusação. É isso que os advogados do
Brasil precisam que a OAB diga à sociedade brasileira". (Por Rafael
Baliardo e Rodrigo Haidar).
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/92363/Furtado-Co%C3%AAlho-vence-na-OAB-e-derrota-Ophir.htm
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