A Folha de S. Paulo cometeu um ato falho, nesta segunda-feira, agora à noite. Colocou no caderno “Poder” e não no “Mercado” a notícia de que o Banco Central estendeu o IOF de 6% para os recursos captados no exterior com vencimento em até um ano.
A partir de agora, além das novas contratações, as operações de renovação, repactuação ou transferência das dívidas para terceiros também serão obrigadas a pagar o imposto.
Ou seja, quem vem “visitar” com capital o Brasil, vai ter de pagar imposto. Quem vem para ficar um bom tempo, não.
O BC de Alexandre Tombini sabe que o dólar está entrando no Brasil, em boa parte, para especular com as diferenças de taxa de juros lá fora e aqui.
Só uma coisa se pode dizer contra a medida do Banco Central: é de que é pouco para deter a maré de dólares.
Pouco, mas importante. Porque afeta diretamente a oferta de crédito ancorado em empréstimos constraídos no exterior, a juros baixíssimos e protegidos pela pressão baixista que os bancos fazem ao dólar.
O investimento estrangeiro continuará a entrar no mesmo ritmo, porque o prazo de 12 meses é insignificante para os investimentos.
Mas a espedulação tomou um golpe – mais suave do que deveria, é verdade.
O lugar da matéria da Folha, afinal, está certo. É poder, mesmo, e poder se exerce em nome do ineresse do país.
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