O Tijolaco postou aqui, outro dia, a nota de esclarecimento da Petrobras mostrando que o preço da gasolina, nas refinarias, não sobe um centavo faz muito tempo.
A Petrobras informou hoje que não há um só caminhão tanque que chegue às suas refinarias que não consiga se abastecer de gasolina.
Os impostos, não é o caso de discutir seu mérito agora, também não tiveram aumentos, afora o dado pela governador Rosalba Ciarlini, do DEM, que subiu de 25 para 27% o ICMS dos combustíveis.
O preço do combustível subiu por causa do álcool anidro, misturado à razão de 25% à gasolina.
Um litro deste álcool já custa o mesmo que 2,6 litros de gasolina.
E acabou a entressafra.
Ontem, o Procon de Goiás – governo do PSDB, insuspeito de radicalismos, não é – autuou postos, distribuidoras e usinas por aumentarem em 46% o preço do álcool hidratado (diferente do anidro, é o vendido em bombas) alegando “entressafra e problemas climáticos” para explicar a falta do produto. Mas, curiosamente, seus estoques estavam 15% acima dos do ano passado.
A Presidente Dilma determinou, há quase um mês, que a ANP passasse a controlar mais severamente a indústria da cana, incluindo a moagem, sua destinação para a produção de açúcar e etanol (anidro e hidratado).
Até agora, nada.
O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, reconheceu a agência Reuters que pode faltar gasolina em alguns postos por causa da escassez de etanol. “O mais difícil (em termos de abastecimento) é o etanol anidro para ser misturado à gasolina. Se houver falta de gasolina, pode ser causada por isso”.
Perguntar não ofende: o Ministério das Minas e Energia e a ANP estão esperando o quê?
A Petrobras segurar a crise no preço do petroleo é um esforço que se pode e deve exigir dela, uma empresa pública. Mas não se pode pedir que ela aguente no lombo e na imagem a crise provocada pelas usinas, que são privadas.
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