domingo, 28 de fevereiro de 2010

Organizações Serra perdem o rumo.



As Organizações Serra estão fazendo um esforço hercúleo para mostrar que Lula e FHC são mais ou menos a mesma coisa, PT e PSDB idem. Todo mundo é igual e por isso devemos no Serra que é o melhor dos iguais.
Infelizmente não há como apagar dos registros em papel ou na internet que essa mesma organização achava, e acha ainda, FHC um intelectual de primeira linha, um homem preparado e capacitado, com ideias modernas e cercado de gente do mesmo calibre. Já o Lula é um analfabeto vagabundo e bêbado, sem experiência ou competência nem para administrar um boteco. Além disso é chefe de uma quadrilha de ladrões com ideias jurássicas, apoiadores das FARC, do terrorismo e aquele monte infinito de ignorância e preconceito da elite branca paulista.
Se FHC é o mais preparado dos homens, orgulho da nação e Lula um ladrão, analfabeto e bêbado por que esse esforço para dizer que somos todos iguais nessa noite? Se Serra é o mais competente administrador, economista, engenheiro e coisa e tal e Dilma uma terrorista mentirosa, um poste, arrogante, grosseira e tal e coisa por que não ressaltar as DIFERENÇAS?
Fosse eu um estrangeiro e levaria anos para descobrir as razões para esse comportamento esquizofrênico e suicida. Felizmente não sou.


Datafolha 2º turno: Serra 45% x 41% Dilma.




Nas últimas pesquisas do Sensus e do Vox Populi, Dilma já aparecia empatada tecnicamente no 1º turno, mas Serra ainda tinha uma dianteira razoável no 2º turno, com uma diferença acima de 10 pontos.
Pois isso acabou. Na pesquisa sobre em quem votaria no 2º turno, Dilma já aparece colada com Serra:
Serra: 45%
Dilma: 41%
Diferença: 4%
No Datafolha de 2 meses atrás era:
Serra: 49%
Dilma: 34%
Diferença: 15%

E agora José?

BOCA QUE FALA

Análise do professor Wagner Iglecias sobre a pesquisa Datafolha que mostrou Dilma Rousseff a apenas 4 pontos de José Serra na corrida pela sucessão do presidente Lula.
A frase que dá titulo a este artigo não é exatamente inédita, não é rima nem é solução, mas cai como uma luva sob o momento do candidato tucano José Serra, provável postulante da oposição à sucessão do presidente Lula. E cabe-lhe especialmente após a divulgação, neste sábado, da nova pesquisa Datafolha, que mostra Dilma Rousseff tirando-lhe preciosos pontos de intenção de votos e surgindo-lhe no seu encalço, ao passo que os demais candidatos permanecem estacionados bem mais atrás.
Caso estivessemos numa corrida de Fórmula 1 daria pra dizer que estamos numa daquelas provas em que alguém dispara na frente, lidera por várias voltas e, quando percebe, vê um concorrente crescendo em seu retrovisor até chegar a uma distância que, como dizem os especialistas, é meramente visual, na qual os milésimos de segundo já não fazem tanta diferença.
É mais ou menos esta a situação do governador Serra hoje. Lançando-se candidato à presidência da República, joga a última grande cartada de sua carreira política e se vencer alcança um sonho que muitos lhe atribuem desde a juventude e reconduz o consórcio PSDB-DEM ao Palácio do Planalto, provavelmente (re)introduzindo uma série de prioridades que o Brasil teve na década de 1990 mas que foram deixadas em segundo plano na Era Lula. Mas se Serra for ultrapassado por Dilma e vê-la cruzar na frente a linha de chegada em outubro, praticamente encerra suas perspectivas políticas futuras e vê seu correligionário Geraldo Alckmin, que é PSDB mas é de uma outra turma, com grandes chances de voltar a governar o estado de São Paulo.
Aécio, por sua vez, parece ao grande público como que recolhido em copas, mas quem sabe pode ser o regra três para este momento dificil do tucanato. No entanto, se Serra desistir do vôo presidencial e a oposição lançar o governador mineiro talvez já seja muito tarde para a composição dos palanques estaduais. Tarde logo para Aécio, que muita gente diz ter mais condições que Serra para costurar alianças regionais e ampliar tanto à esquerda quanto à direita o arco de forças políticas que poderiam apoiar uma candidatura oposicionista.
Some-se ao complicado momento tucano a trajetória "ladeira abaixo" do DEM, tradicional parceiro do PSDB em tantas eleições e governos, assim como a liderança que os candidatos a governador que apóiam ou são apoiados pelo Planalto estão mantendo nas pesquisas de intenção de voto em estados importantes como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Sul etc. e perceba-se como está sendo dificil este primeiro trimestre para Serra e para a oposição em geral.
Além de tudo o calendário político e eleitoral corre, e urge que se tomem decisões, acertadas e rápidas. Diante de tantas dificuldades, de certeza mesmo apenas a relevância da velha pergunta: e agora, José?Wagner Iglecias é doutor em Sociologia e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sub-jornalismo da Band.



Do amigo leitor, Valdirio Guerra:

Fiquei estarrecido com a seguinte notícia (perola do ano) hoje no portal da E Band: CAIXA PODE SER RESPONSABILIZADA POR ERRO DA LOTÉRICA.

E o pior: PODE TER QUE PAGAR O PRÊMIO DE R$ 53 MILHÕES AOS 40 APOSTADORES DO SUPOSTO BOLÃO PREMIADO DO CONCURSO 1.155 DA MEGA-SENA.

Isso é ridículo, como pode a imprensa noticiar tamanha asneira. Eles fazem de tudo, não importa o que for, para atacar o governo federal, ate mesmo coisas ridículas e sem nexo.

Vamos raciocinar da seguinte forma: Se isso realmente acontecer o tamanho do precedente criado seria um verdadeiro desastre. Na semana seguinte da sentença do juiz condenando a caixa, outra e outras lotéricas, simplesmente ficariam sem registrar outros bolões, com ganhadores já previamente escolhidos e com os números sorteados, entrariam, os forjadores, com uma ação judicial contra a Caixa, e ficariam esperando (até ai já virou jurisprudência), a bolada para os seus bolsos.

Qual a escolaridade e o conhecimento desses repórteres?...

Valdírio tem razão.

Aliás Bolão é contrato de gaveta. A Caixa paga ao nome de quem está registrada a aposta, e cabe a este dividir o bolo com os demais. Se qualquer aposta não foi registrada não há como pagar, independente de ser bolão ou não.

A Band usa apenas o advogado de defesa das vítimas para pautar a matéria, e isso é péssimo jornalismo, porque é óbvio que não trata-se de uma fonte isenta, a ponto de pautar a manchete.

As vítimas estão cobertas de razão de estarem indignadas e tentarem alguma reparação. Apostaram de boa-fé, e sofreram prejuízo moral de ganhar a sorte grande e não levar. Qualquer um ficaria revoltado. Provavelmente, o dono da lotérica terá que dar-lhes alguma indenização, dentro de sua capacidade econômica, uma vez que todos confirmam que o bolão existiu e que a funcionária da lotérica errou ao não registrar. Mas realmente não há como abrir precedente da Caixa pagar por apostas não registradas.

Os apostadores em bolão, por ser um contrato de gaveta, sem garantias formais, de responsabilidade pessoal entre o titular da aposta e os demais, na base da confiança, precisam exigir a cópia da aposta registrada, da mesma forma que os apostadores individuais precisam guardar seu comprovante.

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/02/sub-jornalismo-da-band.html

Efeito Miriam Leitão: Seguir conselhos do PIG pode fazer mal ao bolso.


Os cadernos de economia dos jornais e blocos de comentários econômicos na TV deveriam vir com a tarja vermelha: Seguir conselhos do PIG (imprensa grande) pode fazer mal ao bolso.

No auge da crise, no início de 2009, quando o Ministro da Fazenda Guido Mantega, trocou o presidente do Banco do Brasil (BB), e deu uma guinada na orientação do Banco, para ganhar mais em escala, com spreads menores, a colunista urubóloga Miriam Leitão veio com a velha ladainha: o governo estaria politizando o Banco, o que prejudicaria os lucros do banco e, consequentemente, seus acionistas.

Quem acreditou na urubóloga, e vendeu suas ações, perdeu dinheiro.

Como anunciado ontem, o BB teve lucro recorde e histórico.


http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/02/efeito-miriam-leitao-seguir-conselhos.html

Escolinha do professor Serra vai mal.


Serão divulgadas hoje as notas do Saresp, a prova do governador tucano José Serra que avalia o rendimento dos alunos do Estado em português e matemática.

Do total de alunos que foram avaliados, só 10% atingiram o nível avançado (um pouco mais do que no ano anterior), enquanto, na outra ponta, 20,9% tiveram notas consideradas "insuficientes" ou "abaixo do básico".Em matemática não há o que comemorar: os resultados foram piores do que os obtidos em português.

Matemática continua crítica na 3ª série do ensino médio

Avaliação feita pela Secretaria de Educação apontou leve melhora dos estudantes paulistas do ensino fundamental e médio em português em 2009, contudo o balanço do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) destacou o fraco desempenho em matemática no ensino médio. O Saresp engloba todas as escolas da rede pública estadual que oferecem ensino regular e de todos os alunos da 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e da 3a série do Ensino Médio. Leia a matéria


http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/02/escolinha-do-professor-serra-vai-mal.html

Hilary Clinton vem ao Brasil. O PIG e a oposição vão exigir a condenação dos EUA pelos 33 civis mortos no Afeganistão em ataque aéreo?


A secretária de Estado dos EUA, Hilary Clinton, visitará o Brasil na semana.

Os colunistas do PIG e os parlamentares do DEMos, PSDB e PPS, deram xiliques exigindo que o presidente Lula detonasse Raul Castro, em Cuba, em vez de manifestar lamento, como fez, pela morte de um preso cubano por greve de fome.

Gente hipócrita.

Os mesmos colunistas e oposicionistas exigirão do presidente Lula que condene os EUA na frente de Hilary Clinton, pela morte de 33 civis no Afeganistão bombardeados em ataque aéreo?

Líder do PT defende o Presidente e esclarece

O líder do PT, deputado Fernando Ferro (PE), rebateu as críticas da oposição de que o presidente da República não teria se posicionado sobre a questão dos direitos humanos. Ele elogiou a postura do presidente Lula de lamentar a morte de Orlando Zapata “sem emitir juízo enquanto chefe de Estado para condenar uma nação”. “Foram declarações com critérios de relações diplomáticas. Foi declaração cuidadosa e expressou com a devida cautela o seu posicionamento”, afirmou.

De acordo com o líder do PT, Lula “é um democrata, um cidadão respeitado mundialmente e no seu país e que, portanto, tem autoridade política de um estadista que está dialogando e participando dos fóruns internacionais com o respeito que adquiriu por conta de sua postura independente, autonoma e respeitosa em relação a outras nações”.


http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/02/hilary-clinton-vem-ao-brasil-o-pig-e.html

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

MENSALÃO DO DEM: Senador Demostenes Torres (DEM - GO) recebeu mais de 58 mil reais de empresa acusada de envolvimento no escândalo do DEM.


Existe um senador goiano que sempre foi muito ligado ao Governador Arruda (ex-DEM - DF).

Dizem que eram amigos de frequentarem as mesmas "rodinhas" de pessoas.

Seu nome é Demostenes Torres (DEM-GO).

Existe uma empresa que GOSTA muito do senador Demostenes.
O dono dela gosta tanto do Demostenes que deu para ele mais de 58 mil reais.

Doou exatamente R$ 58.118,55.

A empresa chama-se Linknet Tecnologia.

"Apontada por Durval Barbosa como a empresa que teria abastecido o caixa dois da campanha do governador afastado José Roberto Arruda (sem partido), a Linknet Tecnologia, uma das empresas mais enroladas nas denúncias da Operação Caixa de Pandora, ..." Correio Braziliense

"A Linknet é investigada pelo Ministério Público desde 2002,..." Correio Braziliense

O escândalo do Arruda/Paulo Otávio/DEM caiu em cima do Senador Demostenes Torres.

Você pode imaginar o porque este empresário financia campanha do senador Demóstenes?

Será que este empresário tirou dinheiro do próprio bolso para financiar o senador para que ele ajudasse o Brasil?

Será que o interesse deste empresário é ter senadores que façam leis que EFETIVAMENTE combatam a corrupção?

Agora em 2010 o povo de Goiás terá que decidir se manda para casa ou não este senador.

Guarde o nome dele: Demostenes Torres (DEM-GO)

Se você conhece pessoas de Goiás, ajude o Blog do Chicão a divulgar esta mensagem.

BLOG DO CHICÃO
http://chicaodoispassos.blogspot.com/


http://dilma13.blogspot.com/2010/02/mensalao-do-dem-senador-demostenes.html

MENSALÃO DO PSDB:Justiça de MG aceita denúncia contra 11 no mensalão tucano.




O Estado de S.Paulo
BELO HORIZONTE - A juíza Neide da Silva Martins, titular da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, recebeu parcialmente denúncia contra o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e outros nove acusados no inquérito do mensalão mineiro.
O ex-governador mineiro Eduardo Azeredo (PSDB) já é réu no STF por suspeita de envolvimento com crimes de peculato (uso de cargo público em benefício próprio) e lavagem de dinheiro, no suposto esquema de desvio de recursos públicos durante a campanha de 1998 ao governo do Estado - também conhecido como mensalão tucano.

Onze dos 14 denunciados pelo ex-procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, responderão na Justiça Estadual pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Além de Walfrido e Valério, são réus também o ex-vice-governador de Minas, Clésio Andrade, Cláudio Mourão, Ramon Hollerbach Cardoso, Cristiano de Melo Paz, Eduardo Guedes Neto, Fernando Moreira Soares, Lauro Wilson de Lima Filho, Renato Caporali Cordeiro e José Afonso Bicalho Beltrão da Silva. A magistrada determinou a citação de todos.
O processo contra o ex-governador de Minas e atual senador Eduardo Azeredo (PSDB) tramitará no Supremo Tribunal Federal (STF), em virtude da prerrogativa de função. Em maio de 2009, o relator do processo no STF, ministro Joaquim Barbosa, ordenou o desmembramento do processo, determinando que todos, exceto Eduardo Azeredo, respondessem aos crimes na Justiça Federal de primeira Instância.


http://dilma13.blogspot.com/2010/02/mensalao-do-psdbjustica-de-mg-aceita.html

Ferro: DEM está "muito nervoso e desesperado.



O líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), rechaçou nesta quinta-feira a proposta da oposição de criar uma CPI para investigar supostas irregularidades na reativação da Telebrás. Segundo Ferro, o DEM (ex-PFL) está querendo criar um fato político, com base em denúncias sem fundamento, para esconder o escândalo que envolve integrantes da legenda em Brasília. O petista participou de debate, na rádio CBN, com o líder do DEM, deputado Paulo Bornhausen (SC).
Fernando Ferro lembrou o caso do governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), que está preso há duas semanas na Polícia Federal. "O PT não tem ninguém preso, e vocês (da oposição) têm um ex-filiado preso atualmente. Vocês tinham inclusive a reincidência, porque Arruda já havia cometido delitos antes", disse. Ferro lembrou que Arruda, para não ser atingido pela lei, renunciou ao mandato de senador por ter violado o sigilo do painel de votação do Senado. E foi acobertado todo o tempo pelo DEM. " Era o candidato a vice do José Serra (PSDB) e, de repente, está nessa situação. Eu sei que é constrangedor", afirmou Ferro.

DESESPERO - Para Ferro, o DEM "está muito nervoso e desesperado". "O PT tem 30 anos e não precisou de trocar de nome. Nós sempre fomos PT. Vocês eram Arena, depois PDS e PFL, trocam de nome como se tivessem escondendo a identidade. Nós do PT temos uma identidade política", disse.

O líder do PT disse que o escândalo do DEM "é ruim para a política". "É lamentável que, na comemoração dos 50 anos de Brasília, o DEM tenha patrocinado uma página da política que infelizmente nos envergonha. Agora, nós estamos em outra situação. Somos um governo que está produzindo, gerando emprego e renda", afirmou.

Ferro destacou que o governo do PT e dos aliados tem maior aprovação da historia. "Não estamos escondendo nada. O PT está fazendo o bem ao Brasil. Quem diz isso não sou eu, é 80% da população. Portanto, é compreensível o desespero e a agressividade, mas nós sabemos que o povo brasileiro vai reconhecer o projetos dessa Nação", disse.

Segundo Ferro, o PT não tem nenhuma preocupação em discutir a situação da banda larga. "Nós poderemos fornecer, com a construção da Telebrás, uma rede de 16 mil quilômetros de fibra ótica e mais de 50 mil quilômetros de linha de transmissão, convertidos em uma grande espinha dorsal de informação para o País", afirmou.
Equipe Informes
http://www.ptnacamara.org.br/


http://www.ptnacamara.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2712:ferro-dem-esta-qmuito-nervoso-e-desesperadoq&catid=42:rokstories&Itemid=108

Governo ironiza abertura de CPI do Demo.

BLOG DO SARAIVA
Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
O Estado de S. Paulo - 24/02/2010


O governo resolveu reduzir a importância das denúncias em relação à reativação da Telebrás e ironizou a atitude do DEM, que defendeu a abertura de investigações sobre o caso. "Só espero que não seja mais um elemento para fugir da discussão da necessidade que o Brasil tem da banda larga ou para fugir dos problemas que esse próprio partido tem em outras searas", afirmou Cezar Alvarez, assessor especial da Presidência da República, em referência ao mensalão do Democratas no Distrito Federal.

Coordenador dos estudos para implantação do Plano Nacional de Banda Larga, Alvarez disse que o governo está "muito tranquilo" com a possibilidade de utilizar a Telebrás para ser a gestora do programa de expansão da internet rápida no Brasil, porque essa hipótese vem sendo considerada, segundo ele, desde 2004. "Não é segredo que o governo tenta usar suas redes como elemento "ofertador" e regulador do mercado", disse. "Temos estudos que mostram que a Telebrás é a empresa com maior possibilidade, que acumula as melhores condições para exercer a gestão", acrescentou.

A ideia de reativar a Telebrás e utilizar as redes de fibra óptica da falida Eletronet para implementar o plano de banda larga é defendida abertamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de o governo ainda não ter confirmado oficialmente a proposta.

Em entrevista ao Estado, na semana passada, a recuperação da Telebrás foi mais uma vez explicitada pelo presidente, que argumentou a favor de uma empresa "enxuta", com capacidade de apresentar projetos que possam ser tocados, tanto pelo governo quanto em parceria com o setor privado.

Alvarez afirmou que não há nenhum constrangimento com as denúncias e especulações envolvendo as ações da Telebrás na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBovespa). "Das informações que detenho e da tranquilidade com a qual estamos trabalhando essa questão, não tenho o menor constrangimento e sei que o Plano Nacional de Banda Larga não se afastará um centímetro de suas diretrizes."

Questionado sobre o motivo de o governo não anunciar oficialmente que usará a Telebrás no projeto de banda larga, o que poderia evitar especulações com os papéis da estatal, Alvarez argumentou que a decisão ainda não foi tomada.G.M. e R.A.

http://saraiva13.blogspot.com/2010/02/governo-ironiza-abertura-de-cpi-do-demo.html

O que ele disse.



Vou me empenhar pessoalmente na sua reeleição, minha companheira, foi o que me disse o presidente Lula, dia 20 de fevereiro, minutos antes dele fazer a tocante fala sobre a companheira Dilma, no 4º Congresso do PT, em Brasília. (A foto foi gentilmente cedida por Stuckert)


MÍDIA - Por que a Folha bombardeia a banda larga do Governo.

BLOG DO SARAIVA

Para entender a Folha por Luís Nassif, em seu blog

1. Apesar do pioneirismo, da capacidade de se manter na liderança do mercado, da criatividade, 85% da receita da UOL provêm de assinaturas.

2. Trata-se de um cartório sem lógica econômica: para acessar a banda larga de uma operadora, o assinante precisa pagar para um provedor de acesso que nada tem a ver com a operação. Na verdade, já é possível ter banda larga sem o provedor. Mas a maior parte dos usuários não sabe disso.

3. Saindo a rede pública de banda larga, desaparece automaticamente a figura do provedor de acesso – que já deveria ter sido extirpada há tempos, porque é um cartório sem função econômica – inviabilizando a UOL.

Por aí se entende o interesse da Folha em bombardear o projeto de banda larga do governo. O que não se entende é recorrer a manipulações jornalísticas óbvias, sabendo que podem ser desmascaradas na hora pela blogosfera.



http://saraiva13.blogspot.com/2010/02/midia-por-que-folha-bombardeia-banda.html

Demo Arruda merece a “delação premiada”



O DEM, o ex-PFL nascido das entranhas da ditadura militar, está num mato sem cachorro. Não sabe como se livrar do “panetone” do governador José Roberto Arruda. Um setor mais “radical” propõe uma limpeza geral nos demos de Brasília. “Estão matando o partido”, esbraveja o senador goiano Demóstenes Torres. Outro setor, mais atolado na lama, prega cautela para evitar maiores estragos. Ambos temem os efeitos corrosivos do escândalo do “mensalão do DEM” nas eleições de outubro próximo, que podem minguar ainda mais o partido. Não há santos entre os demos!

No meio desta confusão, o chorão do Arruda, que já foi paparicado como a maior liderança deste conluio oligárquico e chegou a ser cogitado para vice na chapa do tucano José Serra, permanece numa cela na Polícia Federal. Não é justo! Para resolver esta crise existencial, bem que a Justiça poderia propor a “delação premiada” para o governador corrupto. Ele teria reduzida a sua pena se confessasse os crimes dos demos e, de quebra, as sinistras conexões com os tucanos. Jornalistas bem familiarizados com a oposição de direita garantem que o detento guarda muitos segredos.

“Os segredos financeiros do DEM

O insuspeito jornalista Josias de Souza observa que a cúpula do partido teme que Arruda, “agora hospedado no PF’s Inn, resolva abrir a boca e o baú em que armazena os segredos financeiros do DEM. Único governador eleito pela legenda em 2006, Arruda tornou-se um grande provedor do DEM. No pleito municipal de 2008, a máquina ‘demo’ de Brasília borrifou verbas nas arcas de comitês de campanha instalados em várias partes do país. Arruda ajudou a forrar, por exemplo, o caixa de campanha de Gilberto Kassab, o prefeito ‘demo’ reeleito em São Paulo”.

Ainda segundo o colunista da FSP (Folha Serra Presidente), “a direção do partido alega que todo dinheiro vindo das empresas fornecedoras do GDF ingressou nos livros do DEM pela porta da frente, mediante recibo.

A turma de Arruda insinua que a coisa não foi bem assim. Uma parte do dinheiro teria transitado por baixo da mesa. As hesitações da direção do DEM tonificam as suspeitas. Paira no ar a impressão de que, se resolver destravar os dois ‘Bs’ que lhe restam (boca e baú), Arruda pode produzir um novo escândalo, tão devastador quanto o primeiro”.

O “moderno” esquema fisiológico

As suspeitas realmente são fortes. Na semana passada, a Polícia Federal apreendeu na residência oficial de Arruda recibos que estabelecem a ligação monetária entre o governador e a cúpula dos demos. Emitidos em maio de 2009, eles trazem a assinatura do tesoureiro da direção nacional do partido, o ex-deputado Saulo Queiroz, e registram “doações” de firmas fornecedoras do governo do Distrito Federal que somam R$ 425 mil. Desse total, R$ 275 mil vieram da Construtora Artec – de propriedade de César Lacerda, filiado do PSDB. Os outros R$ 150 mil foram “doados” pela Antares Engenharia. Ambas as empresas “ganharam” contratos milionários na gestão de Arruda.

As investigações da PF e da Procuradoria também confirmam que os demos montaram poderoso esquema de fisiologismo no DF – o que deve frustrar vários colunistas da mídia que elogiavam a “modernidade administrativa” de Arruda. Atas apreendidas na casa de Domingos Lamoglia, ex-assessor do demo, mostram que ele fatiou 4.463 cargos entre amigos e aliados. O texto intitulado “sugestão do grupo especial encarregado de controlar as nomeações” confessa que o objetivo do rateio seria “diminuir a pressão sobre o senhor governador”. Um time seleto – “os 23 amigos do grupo JRA”, as iniciais do governador – teria prioridade nas nomeações dos apaniguados.

Solitário e tratado como pária

A situação do único governador demo do país é terrível. Ele não tem mais para onde correr. Há boatos de que o Supremo Tribunal Federal pode até prorrogar sua prisão. Arruda já foi coagido a pedir desfiliação do partido e não poderá concorrer a reeleição. Ele está sendo tratado como um pária por seus antigos amigos e aliados. Até colunistas da mídia, que o bajulavam, resolveram lhe apunhalar. Diante desta brutal solidão, a “delação premiada” poderia ajudar a desmascarar outros vestais da “ética” que ainda circulam pelo parlamento e pela imprensa brasileira.

Além disso, as confissões de Arruda ajudariam a enterrar velhos oligarcas da política brasileira, que apoiaram o golpe e a ditadura; assumiram-se como neoliberais com sigla PFL; e mudaram o nome do partido, para Democratas, para enganar os ingênuos. A cada eleição, os demos perdem terreno. Excelente artigo de Bernardo Joffily, no Vermelho, evidencia esta queda vertiginosa – de 118 deputados federais eleitos em 1986 para 65 em 2006 (hoje são 56). A “delação premiada” seria a pá de cal nesta organização direitista, que tantos prejuízos causa ao povo brasileiro.


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Charges: O negócio é rir para não chorar...




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Visita de Lula pode viabilizar US$ 1 bilhão em negócios para empresas brasileiras em Cuba.





Dirigentes de sete empresas brasileiras estão em Cuba, nesta semana, em rodadas de negócios com autoridades daquela ilha do Caribe, com o objetivo de fortalecer as relações comerciais bilaterais.

A missão foi organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que fez a viagem coincidir com a visita oficial do presidente Lula, que passou o dia de hoje (24), na capital, Havana.

Além da intenção de Lula para que os dois países incrementem a corrente de comércio -- que somou US$ 330,620 milhões no ano passado, com saldo de US$ 223,839 milhões para o Brasil – os empresários brasileiros, que estão na ilha desde o último domingo (21), revelam disposição de gerar negócios de até US$ 1 bilhão naquele país, em contratos de longo prazo.

A missão comercial é resultado de uma ação do Grupo de Trabalho Brasil-Cuba, criado em 2008 com o objetivo de mapear as oportunidades e dificuldades nas relações comerciais bilaterais, de modo a desenvolver mecanismos que facilitem a promoção das exportações entre os dois países.

Vale lembrar que a corrente de comércio bilateral alcançou US$ 571 bilhões em 2008, e caiu muito em 2009 por causa da crise financeira mundial, a partir de setembro de 2008.

Mas, de acordo com o diretor de Negócios da Apex-Brasil, Maurício Borges, “vamos aproveitar a presença do presidente Lula em Cuba para fortalecer essa parceria comercial positiva, fomentar a concretização de novos negócios e a instalação de empresas brasileiras em Cuba. Todas as empresas que nos acompanham nesta missão já estão em um estágio avançado de negociação com suas contrapartes cubanas”, explica Borges.
Modernização de Porto

O presidente Lula e o presidente de Cuba, Raúl Castro, visitaram nesta quarta-feira as instalações e o projeto de ampliação do porto de Mariel, a 50 km da capital Havana. Orçado em US$ 800 milhões, ele deverá criar um terminal internacional de contêineres e agilizar o transporte de matéria-prima, inclusive de indústrias brasileiras que atuam na região.

No projeto do porto de Mariel, a construtora brasileira Odebrecht, por meio de sua subsidiária COI (Companhia de Obras em Infraestrutura), irá atuar junto ao Ministério de Construção cubano e garantir a construção de 18 km de estradas e de 700 metros de cais, cerca de 63 km de superestrutura para ferrovias, aproximadamente 13 km de vias ferroviárias, além de prever a reabilitação de mais de 30 km de estradas e a dragagem do Canal de Entrada e da Bacia de Manobras do futuro terminal.

Dos US$ 800 milhões a serem investidos no empreendimento nos próximos quatro anos, US$ 453 milhões são financiamentos brasileiros. Em 2009, Brasil e Cuba firmaram, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), contratos de colaboração financeira para as obras do porto.

Raul Castro lamentou morte de preso

Ao lado de Lula, o presidente cubano disse que lamenta a morte de Orlando Zapata, preso político que estava em greve de fome há 82 dias e não resistiu. Lula não quis comentar o assunto.

Raúl defendeu o governo cubano e lembrou que em meio século ninguém foi assassinado pelo regime. "Aqui não foi torturado ninguém. Aqui não houve nenhuma execução extrajudicial. Aqui foram torturados em Cuba, sim senhor, é verdade, mas na base naval de Guantánamo, que não é nosso território”.

A base naval da Baía de Guantánamo pertence aos Estados Unidos e possui uma prisão militar, para onde foram enviados muitos acusados de terrorismo pelos EUA. Já foram feitas várias denúncias de tortura de prisioneiros da prisão.

O líder cubano pediu respeito e independência. "Aqui não temos uma máxima liberdade de expressão, é certo. Deixem-nos tranquilos, deixem-nos quietos, deixem-nos desenvolver normalmente nossas atividades e poderá haver muito mais facilidade. Essa é a realidade, o resto é história”.

O presidente Lula não quis dar declarações. Apenas disse que não havia recebido a carta de organismos de defesa dos direitos humanos que pedem a atenção de Lula aos casos de presos políticos em Cuba. Leia mais aqui, aqui e aqui.


http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/02/visita-de-lula-pode-viabilizar-us-1.html

Advocacia Geral da União: Sobre a surra que os fatos deram na Folha de S. Paulo.



por Luiz Carlos Azenha

A Folha de S. Paulo acaba de tomar mais uma surra dos fatos. A denúncia que o jornal fez, em primeira página, com manchete de ponta a ponta, não resistiu nem mesmo ao ciclo de 24 horas. O tema parece confuso e, nesse caso, a confusão favorece o acusador.

O jornal apresenta uma fórmula simples no seu caldeirão de maldades: juntar uma bruxa (José Dirceu), o nome de um paraíso fiscal (Ilhas Virgens Britânicas), um dado chamativo (um empresário gastar 1 real para comprar participação em uma empresa) e mistura bem misturado com fantasias, como a lenda de que o negócio "renderia" ao empresário esperto um lucro de 200 milhões de reais (sem qualquer prova ou documentação, assim, no chute).

O problema é que as premissas da denúncia são falsas: 1) como esclareceu a Advocacia Geral da União, "a retomada desse patrimônio, por via judicial, não gerou direitos aos sócios da Eletronet ou qualquer outro grupo empresarial privado", ou seja, se José Dirceu recebeu 620 mil reais para gerar um lucro de 200 milhões de reais que não existe, ou ele é muito esperto, ou o empresário que pagou a ele para não ganhar nada é trouxa; 2) o ponto 7 da nota da AGU -- "a eventual reativação da Telebrás não vai gerar receitas ou direitos de crédito para a massa falida da Eletronet, seus sócios, credores ou qualquer grupo empresarial com interesses na referida massa falida" -- derruba a premissa da Folha de que a reativação da Telebrás pelo governo Lula de alguma forma beneficiará o empresário que pagou consultoria a José Dirceu.

Para além disso, notem o que disse a O Globo o secretário de Logística do Ministério do Planejamento:

O que me leva a concluir:

1) A Folha errou inocentemente;

2) A Folha tem interesses escusos nos negócios da banda larga;

3) A Folha faz campanha eleitoral;

4) A Folha serviu ao DEM e ao PSDB para jogar uma cortina de fumaça no inferno astral de José Serra.

Façam suas apostas.

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do site da Advocacia Geral da União

Nota Pública sobre retomada de posse da rede de fibras ópticas pela Eletrobrás

A rede de fibras ópticas é de propriedade das empresas do sistema Eletrobrás e foi operada pela massa falida da Eletronet.

Data da publicação: 23/02/2010

Em atenção às notícias "Nova Telebrás beneficia cliente de Dirceu" e "Dirceu recebe de empresa por trás da Telebrás", veiculadas pelo jornal Folha de São Paulo na capa e página B1, com circulação no dia 23 de fevereiro, esclarece a Advocacia-Geral da União:

1) A União obteve, em reclamação apresentada pela AGU ao Tribunal Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em dezembro de 2009, a retomada da posse das fibras ópticas do sistema de transmissão e distribuição de energia.

2) A rede de fibras ópticas é de propriedade das empresas do sistema Eletrobrás e foi operada pela massa falida da Eletronet mediante previsão contratual.

3) Para a retomada da posse, a Eletrobrás apresentou caução conforme determinação judicial proferida em junho de 2008.

4) A caução atenderá exclusivamente eventuais direitos de credores da Eletronet e não dos seus sócios.

5) A utilização que vier a ser dada à rede de fibras ópticas não beneficiará a massa falida da Eletronet, seus sócios, seus credores ou qualquer grupo empresarial privado.

6) A retomada desse patrimônio, por via judicial, não gerou direitos aos sócios da Eletronet ou qualquer outro grupo empresarial privado.

7) Eventual reativação da Telebrás não vai gerar receitas ou direitos de crédito para a massa falida da Eletronet, seus sócios, credores, ou qualquer grupo empresarial com interesses na referida massa falida.

Advocacia-Geral da União

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As reportagens às quais se refere a nota, publicadas no site do PPS:

23/02/2010
'Nova' Telebrás beneficia cliente de Dirceu

O ex-ministro e deputado cassado José Dirceu (PT) recebeu ao menos R$ 620 mil do principal grupo empresarial que será beneficiado caso a Telebrás seja reativada, como promete o governo.

O dinheiro foi pago entre 2007 e 2009 pelo empresário Nelson dos Santos, dono da Star Overseas, companhia sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. Em 2005, Santos comprara pelo valor simbólico de R$ 1 participação na empresa Eletronet.

Praticamente falida, a Eletronet era dona de 16.000 Ian de cabos de fibra óptica ligando 18 Estados, o que não cobria suas dividas, estimadas em R$ 800 milhões.

Após Santos contratar Dirceu, o governo decidiu usar as fibras ópticas da Eletronet para reativar a Telebrás e arcar sozinho com a caução judicial necessária para resgatar a rede, hoje em poder dos credores. Estima-se que o negócio renda ao empresário R$ 200 milhões.

Segundo Santos, o dinheiro pago a Dirceu não se destinou a lobby. O ex-ministro não quis comentar.

Dirceu recebe de empresa por trás da Telebrás

Petista foi contratado por ao menos R$ 620 mil por empresa beneficiada com reativação da estatal de telecomunicações. Empresa nas Ilhas Virgens Britânicas comprou por R$ 1 rede de fibras ópticas que será usada por Telebrás e pode ficar com R$ 200 mi

MARCIO AITH
JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-ministro José Dirceu recebeu pelo menos R$ 620 mil do principal grupo empresarial privado que será beneficiado caso a Telebrás seja reativada, como promete o governo.

O dinheiro foi pago entre 2007 e 2009 por Nelson dos Santos, dono da Star Overseas Ventures, companhia sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal no Caribe. Dirceu não quis comentar, e Santos declarou que o dinheiro pago não foi para "lobby".

Tanto a trajetória da Star Overseas quanto a decisão de Santos de contratar Dirceu, deputado cassado e réu no processo que investiga o mensalão, expõem a atuação de uma rede de interesses privados junto ao governo paralelamente ao discurso oficial do fortalecimento estatal do setor.

De sucata a ouro

Em 2005, a "offshore" de Santos comprou, por R$ 1, participação em uma empresa brasileira praticamente falida chamada Eletronet. Com a reativação da Telebrás, Santos poderá sair do negócio com cerca de R$ 200 milhões.
Constituída como estatal, no início da decada de 90, a Eletronet ganhou sócio privado em março de 1999, quando 51% de seu capital passou para a americana AES. Os 49% restantes ficaram nas mãos do governo. Em 2003, a Eletronet pediu autofalência porque seu modelo de negócio não resistiu à competição das teles privatizadas.

Resultado: o valor de seu principal ativo, uma rede de 16 mil quilômetros de cabos de fibra óptica interligando 18 Estados, não cobria as dívidas, estimadas em R$ 800 milhões.

Diante da falência, a AES vendeu sua participação para uma empresa canadense, a Contem Canada, que, por sua vez, revendeu metade desse ativo para Nelson dos Santos, da Star Overseas, transformando-o em sócio do Estado dentro da empresa falida.

A princípio, o negócio de Santos não fez sentido aos integrantes do setor. Afinal, ele pagou R$ 1 para supostamente assumir, ao lado do Estado, R$ 800 milhões em dívidas.

Em novembro de 2007, oito meses depois da contratação de Dirceu por Santos, o governo passou a fazer anúncios e a tomar decisões que transformaram a sucata falimentar da Eletronet em ouro. Isso porque, pelo plano do governo, a reativação da Telebrás deverá ser feita justamente por meio da estrutura de fibras ópticas da Eletronet.

Outro ponto que espanta os observadores desse processo é que o governo decidiu arcar sozinho, sem nenhuma contrapartida de Santos, com a caução judicial necessária para resgatar a rede de fibras ópticas, hoje em poder dos credores.

Até o momento, Santos entrou com R$ 1 na companhia e pretende sair dela com a parte boa, sem as dívidas. Advogados envolvidos nesse processo estimam que, com a recuperação da Telebrás, ele ganhe cerca de R$ 200 milhões.

Um sinal disso aparece no blog de José Dirceu: "Do ponto de vista econômico, faz sentido o governo defender a reincorporação, pela Eletrobrás, dos ativos da Eletronet, uma rede de 16 mil quilômetros de fibras ópticas, joint venture entre a norte-americana AES e a Lightpar, uma associação de empresas elétricas da Eletrobrás".

O ex-ministro não mencionou o nome de seu cliente nem sua ligação comercial com o caso. O primeiro post de Dirceu no blog se deu no mês de sua contratação por Santos, março de 2007. O texto mais recente do ex-ministro sobre o assunto saiu no jornal "Brasil Econômico", do qual é colunista, em 4 de fevereiro passado.

O presidente Lula manifestou-se publicamente sobre o caso em discurso no Rio de Janeiro, em julho de 2009: "Nós estamos brigando há cinco anos para tomar conta da Eletronet, que é uma empresa pública que foi privatizada, que faliu, e que estamos querendo pegar de volta", disse na ocasião.

Lula não mencionou que, para isso, terá de entrar em acordo com as sócias privadas da Eletronet, entre elas a Star Overseas, de Nelson dos Santos, que contratou os serviços de Dirceu.

Enquanto o governo não define de que forma a Eletronet será utilizada pela Telebrás, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) conduz uma investigação para apurar se investidores tiveram acesso a informações privilegiadas.

Como a Folha revelou, entre 31 de dezembro de 2002 e 8 de fevereiro de 2010, as ações da Telebrás foram as que mais subiram, 35.000%, contando juros e dividendos, segundo a consultoria Economática.

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Do Blog do Dirceu:

Folha joga sujo para atacar plano de banda larga do governo e me atingir


Publicado em 23-Fev-2010

Fui surpreendido hoje com a manchete de 1ª página da Folha de S.Paulo (“Nova Telebrás beneficia cliente de Dirceu”), extraída da reportagem “Dirceu recebe de empresa por trás da Telebrás”, preparada sob encomenda para atingir dois objetivos:

1) atacar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) do governo federal;

2) levantar suspeitas sobre minha participação em uma disputa que corre na Justiça do Rio de Janeiro, entre os credores da empresa Eletronet, seus sócios privados e o governo, pelo controle do ativo de 16 mil km de fibras ópticas.

Uma disputa, repito, judicial, sobre a qual nem eu nem qualquer cidadão tem condições de interferir. Exista ou não o PNBL e a reorganização da Telebrás, os credores, os proprietários da Eletronet e o governo federal terão que responder pelos passivos e ativos da Eletronet. E cada um poderá ser prejudicado ou beneficiado.

Há que se lembrar que já existe liminar favorável ao governo, concedida pela Justiça do Rio determinando a reintegração de posse de parte dos ativos da Eletronet (as fibras “apagadas” ou não utilizadas atualmente) a empresas do grupo Eletrobrás. Logo, sugerir que minha atuação na consultoria que dei sobre rumos da economia na América Latina tenha algo a ver com uma possível decisão que não cabe ao governo, mas ao Poder Judiciário, é uma ilação descabida e irresponsável do jornal.

Ligar meu nome ao PNBL e a um suposto favorecimento de um dos proprietários da Eletronet apenas porque dei consultoria a ele é típico da Folha, que já vinha atacando o Plano com a teoria conspiratória de que o vazamento de informações privilegiadas sobre ele tem feito subir os preços das ações da Telebrás. O jornal já vinha insinuando que haveria cumplicidade de ONGs e mesmo de membros do governo.

Agora me acusa de estar por trás da criação da Telebrás e, pior, favorecendo uma empresa privada para a qual dei consultoria legal e registrada em contrato. Saí do governo há quase cinco anos. Não tenho impedimento para dar consultorias e não há nada que me ligue a qualquer intervenção ou ação do Executivo federal. Os responsáveis pela ação judicial e pelo PNBL são testemunhas de minha não participação ou intervenção na definição da política da União.

Como em todas as questões importantes do país, manifesto minha posição publicamente em meu blog ou na imprensa. A Folha esconde que meu primeiro comentário no blog é uma reprodução de um post de um site especializado e que o segundo é um artigo de opinião, que não contém nada de comprometedor. Mais do que isso, a Folha finge não entender que minhas opiniões manifestadas no blog e no artigo são contrárias aos interesses das empresas privadas envolvidas no caso Eletronet, e favoráveis à política do governo.

Lamento mais uma vez que meu nome seja envolvido em suspeições e reservo-me o direito de me defender e de não recuar de minha atuação, seja como advogado, seja como militante político.

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/advocacia-geral-da-uniao-sobre-a-surra-que-os-fatos-deram-na-folha-de-s-paulo/

Inflação cai em seis das sete capitais pesquisadas pela FGV.



O IPC-S fechou 0,20 ponto percentual abaixo da última apuração

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 22 de fevereiro caiu em seis das sete capitais pesquisadas e fechou em 0,84%, 0,20 ponto percentual abaixo da última apuração. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas.

São Paulo (de 1,42% para 1,10%) foi a capital pesquisada em que a inflação mais recuou, seguida de Salvador (de 0,92% para 0,58%), Belo Horizonte (de 0,94% para 0,77%), Recife (0,47% para o,40%) e Rio de Janeiro (de 0,67% para 0,62%), e Brasília (de 0,51% para 0,49%). Apenas em Porto Alegre houve alta da taxa, que passou de 0,99%, para 1,05%.

O IPC-S calcula a variação de preços de produtos e serviços em sete capitais do país desde 2003: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Brasília. O cálculo do indicador tem como base o custo de vida de famílias com renda mensal de um a 33 salários mínimos.


http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=164426

Desorientada, oposição tenta superar crise do DEM com críticas à Dilma.




Kassab é hoje uma dor de cabeça para o DEM


A prisão do governador afastado de Brasília José Roberto Arruda e a cassação do mandato do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não são os únicos problemas que a oposição enfrenta no início do ano eleitoral. Líderes tucanos e democratas, no entanto, tentam tergiversar sobre a real condição de enfrentamento do bloco conservador às forças de esquerda, reunidas em torno da candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, um dos principais articuladores da candidatura do colega paulista, José Serra, à sucessão presidencial, chegou a se dizer "feliz" com o discurso dos petistas, durante a convenção, no sábado, que consagrou a candidatura Dilma.

– Li com atenção o discurso da ministra Dilma e fico muito feliz ao ver que ela assume o compromisso de manter a condução macroeconômica do país, com metas de inflação, com juros flutuantes, com superavit primário, construídas e concebidas no governo do PSDB – disse o governador na manhã desta terça-feira, recém-chegado de uma viagem de férias ao exterior.

Já os presidentes do PSDB, DEM e PPS preferiram criticar o discurso feito por Dilma, pelos mesmos motivos que levaram o político mineiro a elogiar a candidata. Já o governador do Estado de São Paulo prefere se manter ocupado com as crises que enfrenta na capital paulista devido às chuvas. Virtual candidato da oposição à sucessão do presidente Lula, Serra procura evitar o confronto aberto com a candidata petista. Ele reiterou que, até o início de abril, fim do prazo para a desincompatibilização estabelecido pela legislação eleitoral, pretende se dedicar exclusivamente ao governo estadual.

– O interesse do governo é trazer o Serra para o debate. Não tem por que precipitar, não tem por que entrar em um processo de ansiedade – argumentou o presidente do PPS, Roberto Freire, ao ser procurado por jornalistas, lembrando que o governador paulista mantém a liderança nas pesquisas de intenção de voto mesmo sem ter se colocado publicamente como pré-candidato.

Para o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), a cerimônia de lançamento da pré-candidatura de Dilma pelo PT não muda em nada os planos da oposição, uma vez que a ministra já vinha agindo como tal. Já o presidente do DEM, o deputado Rodrigo Maia (RJ) assegurou que o evento promovido pelo PT não gerará tensões na base de apoio a Serra.

– Essa questão está bem resolvida. A nossa questão é só esperar março – destacou Maia.

O DEM, que enfrenta crises políticas no Distrito Federal e em São Paulo, já esteve dividido entre apoiar Serra ou o também tucano Aécio Neves, governador de Minas Gerais, para a disputa presidencial.

Alvo certo

O presidente do PSDB avaliou que as falas de Dilma tinham alvo certo.

– O PT fez um discurso para os movimentos sociais, que eles perderam em grande parte. A ministra fez um discurso em que deu uma no cravo e outra na ferradura. São os chavões de sempre – comentou, argumentando que Estado forte é aquele que tem agência reguladoras fiscalizadoras, e não politizadas.

O presidente do DEM reforçou o coro, dizendo que Dilma utilizou uma estratégia já aplicada pelo PT no passado, que tenta tachar a oposição de privatista.

– Não vi nada de novo no discurso, no que ela quer representar ou o que ela diz que a oposição representa – pontuou.

Na disputa presidencial de 2006, o candidato derrotado Geraldo Alckmin (PSDB) foi tachado por Lula, então candidato à reeleição, de privatista e não conseguiu se livrar da pecha.

Para o presidente do PPS, Dilma não revelou seu projeto para o país. Segundo ele, a defesa de um Estado forte é "vazia" e, no limite, pode gerar governos autoritários.

Referindo-se ao colapso da União Soviética, Freire lembrou que no passado a esquerda fortaleceu o Estado como meio para realizar uma revolução, estratégia que foi "derrotada".

– A esquerda que há no mundo mais consequente não tem mais essa concepção de idolatria de Estado forte. Na crise (financeira global), o Estado fez o papel próprio do capitalismo, que foi salvar o mercado – acredita o conservador. O PPS sucedeu o Partido Comunista Brasileiro e hoje é aliado das siglas de direita.

Risco político

O discurso de Dilma também repercutiu entre os analistas do mercado financeiro. A consultoria de risco político Eurasia Group disse em um informe que as declarações sinalizam o que esperar de uma eventual administração Dilma. Na análise, o Eurasia comenta o comprometimento de Dilma, se vencer as eleições, de manutenção da política econômica. "A mensagem é um bom indicativo do que se esperar de sua administração", diz o relatório.

Para a MCM, a ministra terá de conter as demandas radicais de alas do PT.

"Esse será um constante desafio para Dilma durante a campanha e, caso seja eleita, em seu governo: compatibilizar pragmatismo com a pressão mais esquerdista de amplos setores do PT. Lula soube fazê-lo muito bem. Dilma ainda precisa provar que será capaz de seguir o mesmo caminho", destacou a MCM em comunicado.


http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=164374

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Queimando o filme.

Blog do Jeso
Fatos e opiniões sobre Santarém, Pará e Amazônia
Por: Tibério Alloggio.

A prisão de José Arruda, o governador do Distrito Federal, é sem dúvida nenhuma um grande golpe contra a impunidade. Nunca antes neste país um governador no exercício do cargo havia sido preso.
Um sopro de ar puro para todos aqueles que, diante de tanta desfaçatez, clamavam por alguma reação da sociedade e suas instituições.
Os mais otimistas acharam que o Brasil finalmente lavou a alma. Mas apesar da euforia legitima do fato em si, a realidade nosso do judiciário sugere evitar os exageros.
O fato é que o Poder Público do Distrito Federal há tempo vinha sendo contaminado pelo vírus da corrupção. Um vírus que bem adaptado ao clima seco da capital do Brasil prolifera como nunca.
Se o Poder Executivo do Distrito Federal (há décadas) estava totalmente possuído pelo vírus, o Legislativo também (fora algumas exceções) vinha sofrendo um processo de contaminação geral.
Essa grande contaminação fez com que os protagonistas do demo-mensalão fossem perdendo todos os cuidados básicos que operações ilegais dessa natureza requerem. Os pilantras, pelo fato de estar todos no mesmo barco, acabaram por se sentir totalmente a vontade, e baixaram a guarda.
Com isso, decretaram o fracasso de uma das maiores inovações na politica da corrupção: “a democratização da propina”. A mais recente e ousada estratégia participativa de distribuição do bolo.

A CHAPA DOS SONHOS DO "PIG"


Oposição Mentirosa: DEM e PSDB planejavam sim, privatizar a Petrobras e Banco do Brasil


Líderes do PSDB e do DEM classificaram de "mentiroso" trecho do discurso da ministra Dilma Rousseff no lançamento de sua pré-candidatura a presidente, anteontem em Brasília.
Ao defender uma participação forte do Estado na economia, ela deu a entender que o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso só não privatizou Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal por que não conseguiu e isso,não é verdade, disse o senador Arthur Virgílio .
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que em nenhum momento o governo FHC cogitou privatizar essas empresas."O que ela revela com isso é a cabeça de alguém que não teria privatizado a Telebrás se fosse presidenta, e nós ainda estaríamos colocando linha de telefone no IR", afirmou.
"Como boa aluna do mestre Lula, ela usa a mentira como arma essencial para a busca de popularidade. Ignorar os efeitos anteriores é desonestidade intelectual", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Para, o senador José Agripino (DEM-RN), Dilma confunde um Estado que promova o bem-estar social com o Estado empreendedor."O que ela está querendo é passar para a sociedade que o Estado forte é saída para o país fazer a distribuição de renda.
Vamos então voltar ao tempo para ver quem está mentindo...
Equipe de Reportagem
Gazeta Mercantil
em 10/12/1998

O presidente do PFL, senador eleito Jorge Bornhausen, (SC) quer que o programa de privatização das estatais brasileiras inclua a Petrobrás e o Banco do Brasil. Preocupado com a política de juros altos que fez saltar o endividamento interno e consome os recursos das privatizações, o senador acredita que o caminho adotado pelo governo, de manter a política cambial não tem retorno. Pelo menos no curto prazo.
O senador acredita que só as privatizações podem dar mais segurança ao país para enfrentar as turbulências internacionais. Mas, na sua opinião, o governo terá de enfrentar em breve o problema dos juros altos, baixando as taxas se não quiser pôr todo o dinheiro arrecadado com a venda do patrimônio público a perder.
PFL pressiona pela venda da Petrobrás
Folha de São Paulo
em 10/12/1998

O presidente do PFL, Jorge Bornhhausen, defende um "desmonte radical do Estado", com a privatização inclusive da Petrobrás e do Banco do Brasil. Na sua opinião, um programa de privatização agressivo seria a melhor alternativa para driblar "a encruzilhada" do déficit fiscal e do déficit das contas externas. As duas outras saídas, que ele citou para descartá-las, seriam a emissão de moeda, que significaria a volta da inflação, e a liberalização do câmbio, que a seu ver geraria a perda do valor dos salários. A venda da Petrobrás e do Banco do Brasil já havia sido defendida pelo PFL na discussão do programa de governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas, como se trata de um tema polêmico, foi deixado de lado durante a campanha eleitoral.

PFL quer vender BB, Caixa e Petrobras
Jorge Bornhausen diz que a privatização das três empresas resolveria o problema do déficit público ‘‘sem sofrimento’’
Denise Rothenburg Da equipe do Correio
10/12/1998

O PFL comprou ontem mais uma briga com o restante da base de apoio ao governo no Congresso, especialmente, o PSDB. Depois de criticar a criação do Ministério da Produção, os pefelistas insistem na ampliação do programa de privatização no segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. Entre as empresas vendáveis, citam a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
A privatização do maior número de empresas possíveis é a principal alternativa que o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, aponta como solução permanente para o desequilíbrio das contas públicas e dos juros altos. ‘‘Não sou economista, mas hoje temos três caminhos muito claros para o futuro: ou privatiza tudo, ou libera o câmbio, ou põe a guitarra para tocar’’, disse ele, que traduziu ‘‘põe a guitarra para tocar’’ como emissão de moeda. Na avaliação do presidente do PFL, dessas três opções, a privatização é a menos ‘‘dolorosa’’ para a população pobre do país.
‘‘O que vocês acham melhor? Emitir moeda, gerar inflação e piorar a vida dos pobres? Eu prefiro vender, vender e vender’’, disse ele, dando como exemplo a Argentina, que optou pela privatização agressiva. ‘‘Os argentinos não sofreram abalos com a crise mundial porque venderam tudo. Eles só tiveram temores de que a economia brasileira entrasse em colapso, porque aí sim, seriam atingidos’’, disse Bornhausen. Na verdade, o sofrimento dos argentinos pode ser medido pela taxa de desemprego, na casa dos 18%.
O presidente nacional do PFL fez essas declarações na noite de terça-feira, em sua casa, durante jantar que reuniu alguns políticos e jornalistas. Pelo menos em princípio, a posição dele não conta com o apoio do presidente Fernando Henrique Cardoso. Ontem, o presidente estava no Rio, mas sua assessoria informou que o governo não vai mexer nesse assunto ‘‘agora’’.
No caso do Banco do Brasil, do qual a União e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) detém 75,9% das ações com direito a voto, o governo se prepara para vender parte das empresas do conglomerado, como a distribuidora de valores mobiliários BB-DTVM. riscos Talvez, o dia em que o PFL vença uma eleição, ele possa implementar esse seu projeto’’, disse o líder do partido na Câmara, Aécio Neves (MG).
‘‘Eu nem comento isso’’, completou o presidente do PSDB, Teotônio Vilela Filho (AL). oposição O PMDB do senador Jáder Barbalho (PA) faz coro contra a proposta, assim como o PTB. ‘‘Já vendemos quase tudo e não resolveu. Se vai a Petrobras, o Banco do Brasil e a CEF, não tem mais nada! Acabou a Vale do Rio Doce, a Telebrás, e ainda tivemos que recorrer ao FMI.A deputada Maria da Conceição Tavares (PT-RJ) acredita nessa tese. Reforça suas suspeitas dizendo que a receita de privatizações prometidas pelo Brasil ao Fundo Monetário Internacional (FMI) inclui a Petrobras.
Na sessão em que o acordo foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), na manhã de ontem, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), levantou a mesma suspeita: ‘‘Eles agora estão fechando esse acordo. Depois, só falta entregar a Petrobras’’, disse. O PFL sempre foi a favor da privatização geral e irrestrita. O partido prega a economia de mercado, com a presença do estado em setores sociais, como saúde, educação e segurança. A venda da Petrobras faz parte inclusive de projeto entregue ao presidente Fernando Henrique Cardoso.
As declarações de Bornhausen deixam transparecer que o PFL não acredita que o ajuste fiscal e o acordo com o FMI sejam suficientes para que o Brasil resolva seus problemas financeiros.
Bornhausen radicaliza
Presidente do PFL defende a venda da Caixa, Petrobrás e BB
ILIMAR FRANCO - O Globo 1998
BRASÍLIA - O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, defendeu a radicalização do processo de privatização para garantir o equilíbrio da balança de pagamentos do país - entrada e saída de dólares. "Nós estamos numa sinuca de bico e a saída menos penosa é vender o patrimônio público, a Petrobrás, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil", disse Bornhausen durante jantar em sua residência, na noite de terça-feira. Bornhausen, que em fevereiro assume novo mandato no Senado, informou que propôs ao presidente Fernando Henrique Cardoso a criação de um Conselho da Produção, formado por grandes empresários, para dar subsídios às políticas setoriais de desenvolvimento.
Ajuste - Pessimista com a situação econômica do país, o pefelista disse que o ajuste fiscal, baseado no aumento de impostos, na redução dos gastos públicos e na alta taxa de juros, não resolverá o problema da balança de pagamentos. As outras opções - liberação do câmbio ou "rodar a maquineta" (emitir moeda sem lastro) - teriam custos sociais altos demais. "Se o câmbio for liberado, haverá uma redução real de 30% em todos os salários. Se rodar a maquineta, teremos a volta da inflação", disse.
Bornhausen minimizou as reações entre os aliados da base governista, sobretudo no PSDB, a sua proposta de vender todas as empresas e bancos estatais para que o governo faça caixa. "Não tem jeito, não se trata de ideologia, de ser liberal ou social-democrata. Nós não vamos sair dessa com discursos", afirmou. O presidente do PFL argumentou que a privatização radical foi a saída adotada pela Argentina, que vendeu todas as estatais, inclusive aeroportos, e não foi afetada, como o Brasil, pelas crises da Ásia, em outubro de 1997, e da Rússia, em setembro deste ano. "Nós não vamos sair desta situação sem custo, sem dor", disse.


Organizações Globo se impacientam com Serra e procuram um "plano B"


As Organizações Globo dão sinais de impaciência com a candidatura de José Serra (PSDB/SP) e sinalizam ao "mercado" político demo-tucano que as portas do apoio político-midiático estão abertas para um plano B.
Parece começar a formar consenso dentro das redações de que com Serra as chances são mínimas, então seria melhor partir para um Plano B, quando poderia haver alguma chance, ao criar um fato novo.
Só isso explica a liberação de colunistas para fazer artigos dando uma guinada de 180º em suas opiniões e análises.Dois artigos dão mostras de que as Organizações Globo mostram interesse na desistência de José Serra (PSDB/SP) ao Planalto. O blogueiro José Ricardo Delgado [Noblat], foi liberado para escrever uma nota, "Sina de formiga", que poderia ser entitulada como "Tchau, Serra!". Uma frase na nota resume tudo: "... José [Serra] só vencerá a eleição se Dilma conseguir perder para ela mesma.
"Nesta mesma segunda-feira, a colunista da CBN, Lucia Hic'politRo, escreveu uma nota sóbria: "O inferno astral de Serra". Na nota, deixa escapar verdades como:"... Estacionado nas pesquisas em 35%, pouco mais ou pouco menos, Serra desperta suspeitas, até entre tucanos de alta plumagem, de que tenha atingido seu teto...... Primeiro, São Paulo se afoga numa enchente atrás da outra, com mortos, desabrigados, desalojados. E explicações esfarrapadas.
Depois, o escândalo do mensalão do DEM sepultou de vez as articulações já iniciadas para fazer de José Roberto Arruda vice de Serra. ...Quanto ao vice, desmoronado o sonho de Arruda, todo mundo se volta para Aécio Neves, que foge do assunto como o diabo da cruz. Prepara-se para disputar o Senado.
E agora, como se não bastassem todos esses problemas, a Justiça ELeitoral cassa o mandato do prefeito Gilberto Kassab e sua vice, Alda Marco Antonio, por recebimento de doações ilegais na campanha de 2008.
Doações de concessionárias de serviço público ou de empresas ligadas a elas, e de sindicatos...Mas é uma encrenca de bom tamanho para o governador Serra, porque desarruma ainda mais a sua "casa" e é um prato cheio para a oposição a ele.
"Resumindo: São assuntos que Serra não quer nem ouvir falar, e faz tudo para abafar na imprensa. Se a Globo começa a contrariar Serra, é porque deixa de apostar suas fichas na candidatura dele.


Pará volta a registrar 2º melhor saldo da Balança Comercial do Brasil.

ANANINDEUA DEBATES
Opinião,Pensamentos e Política

A economia paraense iniciou o ano em crescimento. Depois de onze meses, o Pará recuperou seu posto como o segundo estado brasileiro com melhor saldo da Balança Comercial, de US$ 550 milhões. O resultado é reflexo do incremento na exportação e importação do Pará, que deixaram crise para trás e retornaram ao caminho do crescimento.
As vendas dos produtos paraenses ao exterior, comparando janeiro de 2010 com o mesmo período do ano passado, cresceram em 13%, passando de US$ 578 mil para US$ 657 mil. Diferente dos meses passados, em que a maioria dos produtos que fazem parte da pauta de exportação do Pará registravam resultados negativos, no início deste ano aconteceu o contrário. Dos 24 principais produtos, apenas sete (alumínio, ferro-gusa, pasta química de madeira, pimenta, suco de frutas, peixes, e o papel) continuaram indicando queda nas vendas para o comércio exterior.
Dos produtos que indicam crescimento na Balança Comercial de janeiro, destacam-se o minério de cobre, que aumentou em mais de 236% as vendas para o exterior, o dendê, com um aumento de 178%, e a madeira. Esta última não teve um aumento tão expressivo quanto os dois primeiros, porém seus 19% de incremento nas exportações significam que o setor florestal paraense vem se recuperando. Enquanto que em 2009 a exportação da madeira paraense rendeu US$ 24 milhões ao setor florestal, no mês passado as vendas registraram um valor exportado de US$ 29 milhões.
As importações paraenses também tiveram um crescimento significativo neste início de ano. Um crescimento de 24%, bem acima da média nacional, que foi de 11%. “Esta variação positiva nas importações é reflexo da variação cambial, que favoreceu as importações. Além disso, a recuperação da mineração e de outros segmentos industriais fortaleceu a produção local, demandando uma quantidade maior de insumos importados”, analisa o gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN-FIEPA) Raul Tavares.
De acordo com Tavares a recuperação da economia ainda tem que ser avaliada de forma cautelosa. O crescimento nas exportações em 2010 é possível se comparado a 2009, ano de crise mundial. Porém, se comparado a 2008 – quando a economia paraense estava a todo vapor – ainda não superamos, o que indica variação negativa. Em janeiro de 2008 as exportações atingiram a melhor média na retrospectiva de dez anos. O valor exportado em janeiro daquele ano foi de US$784 milhões, cerca em 20% maior que o registrado neste ano. (Diário Online com informações Fiepa)


PARA A GLOBO E O PIG A CASSAÇÃO DE KASSAB E SUA VICE FOI UM EXAGERO DA JUSTIÇA.




Tinha decidido ficar um pouco distante das notícias do Domingo porque precisava finalizar o relatório do censo dos cooperativados de Campinas para a Secretaria Municipal de Trabalho e Renda, a SMTR.
No inicio da noite de ontem na festa de aniversário da minha sobrinha, no buffe tinha Internet, fui dar uma olhadinha e pronto, lá estava, Kassab prefeito de São Paulo e sua vice foram cassados por uma decisão judicial. De acordo com a decisão a campanha de Kassab recebeu recursos ilegais. Mas o que me impressionou mesmo, depois de uma rápida reflexão, não foi a cassação propriamente dita, foi a forma como ela estava sendo noticiada pelo PIG. As manchetes não noticiavam a cassação do mandato do Prefeito de São Paulo e sua vice, as manchetes, no UOL, no Yahoo e no G1 noticiavam que lideranças do DEM, partido de Kassab, não concordavam com a decisão judicial, ou seja, a prioridade do PIG era para a noticia da indignação dos aliados de Kassab.
Não demorou muito e logo cheguei em casa e fui direto para televisão, liguei a televisão e sintonizei na Globo de propósito , queria saber como o principal membro do PIG se comportaria diante da noticia da cassação. Não demorou muito e próximo do final do Fantástico o fato foi noticiado só que da seguinte forma: Kassab apareceu para dizer que estava surpreso com a notícia e que já estava tomando as providências necessárias, foi citado que o juiz eleitoral de São Paulo não foi encontrado e para encerrar a notícia; uma declaração do advogado de Kassab contra a decisão judicial.
Na ótica da Globo, pelo que assisti no Fantástico, o pobre Kassab e sua vice foram injustiçados. Nas palavras do próprio Kassab e de seu advogado, a justiça foi injusta e foi exatamente isto que a Globo quis passar para seus telespectadores.
A cassação de Kassab e a prisão de Arruda representam ações da justiça brasileira que deverão ter, a médio prazo, um impacto muito grande na opinião pública, principalmente do eleitorado brasileiro. Certamente que terão conseqüência política muito negativa para a oposição. As elites que sempre governaram o Brasil até 2002 tiveram uma incrível capacidade de usar os meios disponíveis para se sustentar no poder, ora manipulando a opinião pública, ora se utilizando dos meios autoritários disponíveis. Assim caminhou o Brasil até o início deste século. Nos anos oitenta do século passado, quando o ciclo do autoritarismo se esgotou com o fim da Ditadura Militar de 1964, essas mesmas elites logo trataram de se adaptar a nova realidade na medida em que ampliaram o raio de ação delas na mídia. Inegavelmente, além do Grupo Folha e do Estadão, as Organizações Globo são, sem sombra de dúvidas, o principal membro do PIG.
Quando tenta manipular a noticia da cassação do prefeito da principal cidade brasileira no sentido de transformar um fato político relevante em um ato exagerado de um juiz, o PIG definitivamente esta descendo ao fundo do poço de uma forma irreversível. Tal ato representa uma atitude de desespero diante do inevitável e imaginar que isso poderá salvar a pele de tucanos e demos significa, na realidade, a constatação do desprezo que estes órgãos de comunicação sempre tiveram em relação a maioria dos setores sociais que compõe o eleitorado brasileiro.
Flávio Luiz Sartori - flavioluiz.sartori@gmail.com