sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Por que o Pará cantou o Hino Nacional Brasileiro?

Grupo Beatrice
Olê, olê, olê, olá! Lula, Lula!






Enviado por Walter Falceta
Antes da partida contra a Argentina (Super Clássico das Américas), nesta quarta-feira, a torcida paraense deu show de civilidade no lotado Estádio Mangueirão.
Cessou a amostra instrumental do Hino Nacional, mas o povo resolveu seguir até o fim da primeira parte da composição, à capela.
As imagens de TV mostram o povo feliz com a saudável molecagem, orgulhoso, muitos com as mãos sobre o peito.
São crianças, jovens, idosos, gente negra, branca, índios, representantes da comunidade nipônica e, certamente, a linda mistura de tudo isso.
O craque Neymar, ele próprio tão espetacularmente miscigenado, comove-se com a cantoria, marcada na percussão das palmas sincronizadas. Comoção bem comovida.
Talvez, mais do que a festa, seja conveniente tomar esse espetáculo como lição para o Sul-Sudeste, onde o Hino é frequentemente ultrajado pelos torcedores, especialmente pelos filhos das elites, sempre envergonhados de sua nacionalidade.
Cabe também uma reflexão sobre o ódio que determinados brasileiros têm do próprio país, expresso diariamente nos comentários neofascistas dos grandes jornais dessas regiões.
Esse comportamento, aliás, é resultado da campanha diária, massiva, que os mesmos veículos fazem para desmoralizar o país e seu povo.
O jornalismo de “pinça” só destaca o que é ruim, o que é nefasto, o que não presta. Obsessivamente.
O processo de extinção da miséria parece não existir, tampouco a expansão do consumo popular.
E cada agulha sumida numa repartição pública torna-se um escândalo.
Pior: a indignação é seletiva, pois o graúdo que desvanece nas administrações estaduais neoliberais nunca vira manchete.
Se há notícia boa do Brasil, ela é minimizada. Se o positivo é notório, emprega-se logo uma adversativa, um “mas”, para reduzir ou neutralizar o impacto da mensagem.
São espantosos os malabarismos aritméticos, os artifícios de linguagem e os sofismas utilizados para transformar em ruim o que é bom.
São gráficos lidos de trás para frente ou pizzas que têm apenas uma ou outra fatia destacada.
Disseminar a síndrome de vira-lata, obviamente, tem um objetivo claro.
É recalcar os tradicionais estratos médios, é causar rancor, é produzir a intriga, é gerar dissensão, é fomentar o ciúme, é espalhar o ódio entre irmãos.
Afinal, para os obsoletos da elite midiota, é preciso difundir todos os dias a ideia do caos, mesmo que imaginário.
Para quem perdeu, faz-se urgente uma insurreição para acabar com a festa do crescimento econômico extensivo, da inclusão social e da democratização de acessos.
Enquanto eles não passam, vale a pena ficar com o Pará, com os brasileiros do Pará. Viva o Pará!


A inflação sobe, mas cai, entendeu?





Há um mês, quando saiu o IGP-M de agosto, as manchetes foram iguais: “sobe a inflação do aluguel”.


O noticiário pouca ou nenhuma menção fazia ao fato de que a variação acumulada, que vale tanto para o reajuste do aluguel quanto para a avaliação da situação da economia caíra, outra vez, de 8,35% para 8%.


Este mês, a história se repete.


O IGP-M de setembro deste ano (+0,65%) substitui, na série anual, o de 2010 (+1,15%), o que leva o acumulado em 12 meses a cair agora de 8% para 7,46%.


E, como outubro e novembro tiveram, ano passado, valores altos (1,01% e 1,45%, respectivamente), embora o próximo IGP-M vá absorver o restante do reajuste do dólar – é um índice mais sensível ao câmbio, a tendência é de baixa, para terminar o ano na faixa dos 6%.


Isso quer dizer pouco mais da metade do IGP-M acumulado em dezembro do ano passado, que foi de 11,32%.


Como isso não ajuda o clima de terrorismo econômico, não é explicado na maioria dos jornais.


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Europa quer taxar transação financeira. A Urubóloga vai ter um troço !




Na foto, o efeito da futura CPMF sobre um tucano paulista



-A Comissão Europeia aprovou nesta quarta-feira uma proposta de imposto para transações financeiras que deve gerar 55 bilhões de euros anuais, anunciou seu presidente José Manuel Barroso durante um discurso ante o Parlamento europeu em Estrasburgo.


Além do anúncio, Barroso se pronunciou a favor da emissão de bônus europeus, assegurou que a Grécia permanecerá na Eurozona e disse ainda que “a crise da dívida constitui o maior desafio da história da União Europeia (UE)”.


“Durante os três últimos anos, os Estados membros ofereceram ajudas e garantias ao setor financeiro de 4,6 bilhões de euros. Agora é hora de o setor financeiro retribuir à sociedade”, disse.


A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, propuseram durante uma reunião em agosto que a taxa fosse a mais baixa possível.





Trata-se da Tobin Tax, do genial economista americano James Tobin, que os Neolibelês (*) combatem incansavelmente.


A coisa já esteve melhor para os ricos e a seleção brasileira, depois que a Holanda empatou, como diria o Galvão Bueno.


Já esteve melhor.


Aqui, tão certo quanto dois e dois dão quatro, virá a CPMF dos ricos.


Paulo Henrique Amorim

(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.


Raul Jungmann do PPS, o partido decente, responde processo por crimes de fraudes a licitação, peculato e corrupção ativa e passiva

ANANINDEUADEBATES
Opinião,Pensamentos e Política


Processo contra Raul Jungmann volta para 1ª instância.


Em virtude do término do mandato de Raul Jungmann(Foto) como deputado federal, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a baixa dos autos da investigação (Inquérito 2531) por supostas fraudes à lei de licitações contra o ex-parlamentar para o Juízo da 12ª Vara Federal do Distrito Federal.


O inquérito apura fatos que configurariam crimes de fraudes a licitações, peculato e corrupção ativa e passiva, em contratos de publicidade celebrados em 1998 e 2001 entre o Incra e duas empresas de comunicação. Tais contratos seriam de responsabilidade do ministro do Desenvolvimento Agrário, cargo ocupado por Jungmann à época dos fatos.


O caso chegou ao STF depois que Jungmann foi eleito deputado federal em 2006. Mas, com o fim do mandato em 2010, o Ministério Público Federal manifestou-se pela cessação da competência do Supremo para julgar o caso, pedido que foi acolhido pelo ministro Fux.


O ex-parlamentar ainda chegou a pedir o arquivamento dos autos, uma vez que não teriam sido colhidos elementos suficientes para instaurar ação penal. Esse pedido, contudo, explicou o ministro, não pode ser apreciado pelo STF, uma vez que a Corte “não detém mais jurisdição para este feito”.



Presidente da Câmara faz Globo engolir mentira







Notável âncora do jn evita cassação da Globo




O presidente da Câmara dos deputados, Marco Maia (PT/SP) fez a TV Globo engolir um sapo, e ler uma espécie de direito de resposta no Jornal Nacional de terça-feira.


E emissora havia “denunciado” algo normal e insignificante como se fosse um escândalo, desde a semana passada, em todos os seus telejornais. O tom agressivo do jornalismo da emissora ganhou aparência de intimidação sobre deputados através de noticiário negativo.


A Globo disse que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) havia aprovado “118 projetos com apenas 2 deputados presentes”. A Globo não disse, mas os 118 projetos dispensam debate sobre constitucionalidade, por isso 35 deputados assinaram presença e não ficaram para votar pessoalmente, como se deixassem uma procuração para votar pela aprovação. A maioria dos “118 projetos” não passava de concessão de rádios com parecer pela aprovação (leia aqui os detalhes).


Maia explicou porque essa sessão não será anulada, como cobrava a Globo:


“Não houve, em nenhum momento, qualquer tipo de infração em relação ao Regimento Interno da Câmara, que permite a realização de sessões mesmo sem o quórum presencial. Basta que haja quórum de deputados presentes na Casa….


… se essa sessão da CCJ fosse anulada, teriam que ser anuladas as votações das sessões que aconteceram nos últimos dez anos, com votação em bloco, o que acarretaria a suspensão da concessão das rádios e televisões praticamente de todo o Brasil, inclusive da Globo”.


As renovações das concessões de vários veículos da Rede Globo foram feitas no dia 5 de maio de 2009, numa sessão também com votação simbólica em bloco.


Na terça-feira, o apresentador Heraldo Pereira do Jornal Nacional, leu a notícia com semblante de quem estava estava literalmente engolindo o sapo, e teve que pagar o mico de dizer :”Maia disse que decisões têm sido tomadas da mesma forma nos últimos dez anos, e citou a concessão de rádios e televisões de todo o Brasil, inclusive da Globo”.

Em tempo: o Conversa Afiada tem o prazer de publicar o seguinte comentário do amigo navegante Engenheiro Vicente:


Prezado Paulo Henrique Amorim, muito bom dia!


Acho que precisamos ser mais claros com os excessos. Que patacoada essa apresentada há alguns dias pelo jornal “O Globo” e pela “TV Globo”?


Sobre a votação de 118 projetos de lei em 3 minutos pela Câmara dos Deputados, gostaria que você observasse e considerasse o seguinte:


a) Dos 118 projetos nenhum era de interesse efetivo do povo brasileiro, vejamos:
a1) 38 projetos de decreto legislativo, redações finais, ou seja, já foram apreciados e votados e tratam de outorga ou renovação de serviços de radiodifusão (da Globo inclusive – PHA);
a2) 08 redações finais de projetos de lei, ou seja, também já foram discutidos e votados.
a3) 66 projetos de decreto legislativo referente á concessão ou renovação de outorga de serviços de radiodifusão.


Tudo isto, caro Paulo Henrique, votados por acordo.Isso é feito há muito tempo. Repare, em 05 de maio deste ano, em bloco e de forma simbólica, foi aprovada a renovação da rede globo.


Nada se comentou!


E por que agora?


Porque na lista dos aprovados estavam os projetos da Rede Bandeirantes e da Rede Record.


Veja! O PDC 2883/2010 é da rádio e TV Bandeirantes de São Paulo, o PDC 2999/10 é da rádio e TV Bandeirantes de Campinas e o PDC 192/11 é da Record.


Posso, meu prezado PHA, estar vendo chifre na cabeça de cavalo.


Mas, por que a Globo não denunciou antes, se isso se faz há anos ?


Só agora que aparecem (2) concorrentes é que eles (a Globo) denunciaram?


Alguém precisa apresentar o contraponto: só você!


Com o abraço fraterno, Vicente.



Tapajós/Carajás: da posição do governador Simão Jatene à casa de horrores, na ALEPA

Manuel Dutra
Jornalismo, Ciência, Ambiente


"Permanecendo a atual situação, de um Pará “unido”, haverá mais igualdade? Haverá mais honestidade no trato do dinheiro público?"



Governador Jatene, um burocratapopulista. Sim ou Não, sua situaçãoé muito delicada, e seu futuro também.

Leia a seguir parte da entrevista que concedi ao site do Instituto Humanitas (IHU) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, a UNISINOS, localizada em São Leopoldo, na Grande Porto Alegre. Trata-se de uma das melhores universidades brasileiras, com um dos mais qualificados quadros de professores e uma das melhores bibliotecas universitárias da América Latina.


Quem me entrevistou foi a jovem jornalista e acadêmica Thamiris Magalhães, de quem fui professor na UNAMA-BR, em Belém, e que hoje realiza seu mestrado na universidade gaúcha (Ao final, está o link para a entrevista completa):


IHU On-Line – Como o governo tem reagido em relação à divisão? Tem algum posicionamento formal?

Manuel Dutra – O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), tem dito que agirá como “magistrado”. Ao mesmo tempo, incentiva forças políticas a darem início a uma campanha severa contra a divisão. Igualmente como está vorazmente cooptando lideranças políticas do oeste e do sudeste do estado. O vice-governador Helenilson Pontes, que era separatista, agora se cala. O ex-vice, Odair Correa, está falando agora porque saiu do governo. Ambos são de Santarém e sempre foram adeptos da separação. O governo está agora prometendo investimentos no interior do estado, com dinheiro que não existe, até porque o estado não tem crédito. Por que esses investimentos não foram feitos antes, já que o interior paraense é uma chaga aberta de pobreza, tanto quanto as imensas periferias da capital?


IHU On-Line – De acordo com pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea, Carajás e Tapajós seriam estados inviáveis, pelo que demonstram cálculos econômicos. Como avalia a frase que diz que Tapajós e Carajás "serão estados de boca aberta, esperando o dinheiro do governo federal”?

Manuel Dutra – O Estado brasileiro sempre foi avesso a qualquer alteração nos seus limites internos. O Ipea é um órgão do governo central; logo, ele é contra. A redução da demanda autonomista ao seu aspecto econômico e fiscal é um discurso de desqualificação dos objetivos do plebiscito. Adquirindo a autonomia, estas duas regiões amazônicas, Tapajós e Carajás, poderão dispor de maior poder de barganha junto ao governo central e assim conseguir os investimentos que o governo paraense nunca se interessou em buscar.


IHU On-Line – As propostas para dividir o estado do Pará não são novas. Desde 1950, a pauta já existia. Quem se favorece com a criação dos estados de Tapajós e Carajás?

Manuel Dutra – A demanda por autonomia não vem de 1950. Ela começou após 1850, quando o hoje estado do Amazonas se separou do Pará. A cidade de Santarém, naquele tempo, possuía o mesmo status jurídico do Pará e do Amazonas, como Comarca que era. Isso alimentou o desejo das elites locais por autonomia. Mas foi em 1883 que se fundou, na cidade, uma entidade que se propunha a lutar pela separação do Pará, criando assim uma outra província, que se chamaria Província do Baixo Amazonas. De lá para cá o movimento nunca parou, embora com ímpetos distintos ao longo das décadas. Essa questão de favorecimento é parte dos argumentos contrários. Os estados do Tapajós e do Carajás vão favorecer a Amazônia como um todo, uma imensa região mal representada no Congresso Nacional. Com os novos estados, o Novo Pará vai ficar com a maior parte da riqueza hoje existente e assim poderá resolver os gravíssimos problemas de uma região metropolitana, em torno de Belém, que hoje já se mostra uma cidade quase inviável e com enormes bolsões de pobreza extrema.


IHU On-Line – Existem circulando hoje no Congresso Nacional propostas para a criação de 13 novos estados e territórios. Caso todas se concretizem, teremos uma federação com 37 estados, três territórios e cerca de 13 bilhões a mais de gastos. Como o senhor vê esta situação?

Manuel Dutra – Quando a Comarca de Curitiba decidiu se separar de São Paulo para formar a Província do Paraná, ou quando os amazonenses tomaram a decisão de se separar do Pará, mais ou menos à mesma época, os argumentos foram os mesmos. Não haveria recursos para tal. A questão é histórica: o poder central brasileiro nunca quis mexer nos limites internos. Na Constituição de 1824 o assunto foi levantado, mas o que ficou, no Brasil independente, foi uma configuração provincial parecida com a divisão do tempo das capitanias hereditárias. Se formos olhar para os Estados Unidos, lá o capitalismo exigiu racionalidade nos limites internos e isso foi feito sem traumas. No nosso país, do Império à República, são mais de 40 propostas de reorganização dos limites territoriais internos. Mas as oligarquias sempre impediram o debate.


IHU On-Line – Um dos comentários feitos pelas pessoas que se manifestam contra a divisão do estado do Pará é o fato de que, com os dois novos estados, haverá mais desigualdades, com maior número de políticos e verbas que pouco ou nada irão mudar a realidade dos nativos, causando apenas mais desigualdades. Como o senhor avalia essa informação?

Manuel Dutra – Permanecendo a atual situação, de um Pará “unido”, haverá mais igualdade? Haverá mais honestidade no trato do dinheiro público? Você deve ter lido sobre o que ocorre na Assembleia Legislativa do Pará atualmente: uma verdadeira casa de horrores, tantos são os atos de corrupção. Igualdade, o combate à corrupção e a busca de um Brasil mais equânime podem ser objetivos de estados autônomos, mas a decisão será sempre nacional, de todos os brasileiros a exigir mudanças nas leis penais, pondo fim aos privilégios dos poderosos que raramente são alcançados pela lei e pela cadeia. Há riscos, sim, para os novos estados. Porém, onde, em que estado do país não há desmandos?



Imagens: eleicoes.uol.com.br / ulissesvsilva.blogspot.com


http://blogmanueldutra.blogspot.com/2011/09/tapajoscarajas-da-posicao-do-governador.html


Mais corrupção tucana em SP: justiça obriga ALESP a publicar listão secreto de apaniguados




Deputado Barros Munhos (PSDB/SP), presidente da ALESP e governador Alckmin (PSDB/SP). Ocultação de gastos públicos com emendas parlamentares e com folha de pagamento, exalam forte cheiro de corrupção.


Quem se lembra dos atos secretos do Senado, que tanto escândalo provocou? Pois é, na Assembléia Legislativa de São Paulo (ALESP) acontece algo bem pior.A ALESP guarda a sete chaves, longe dos olhos da população, sem qualquer transparência, a lista de cerca de 4 mil funcionários que constam em sua folha de pagamento.


O assunto é tratado como tabu. Ninguém sabe direito quem é quem, quantos são, onde estão lotados e o que fazem cada um dos supostos 4 mil funcionários com seus polpudos contra-cheques, para atender 94 deputados.


A direção demo-tucana, que controla a casa há tempos, trava uma surreal luta de 11 anos na justiça para NÃO informar ao distinto público como é gasto o dinheiro do cidadão contribuinte.


No ano de 2000, diante de suspeitas de funcionários fantasmas na casa, um grupo de estudantes de direito entrou na justiça com uma ação para obrigar a divulgação dos nomes e lotação dos quadros funcionais. Em todas as instâncias, o judiciário condenou a Assembléia a cumprir o princípio da moralidade e publicidade, um dever constitucional na administração pública. A mesa que dirige a casa, presidida por Barros Munhoz (PSDB/SP), chegou a apelar até ao STF, alegando que as decisões judiciais seriam interferência do poder judiciário no legislativo.


Perdeu! Desde 25 de junho deste ano, a ALESP foi sentenciada pelo STF a publicar no diário oficial a lista completa de seus servidores e os cargos por eles ocupados. Não tem mais como apelar.


Mesmo assim, não publicou o listão secreto até hoje, desafiando uma decisão judicial, e afrontando os próprios cidadãos paulistas.


O que será que há de tão errado assim no listão secreto de apaniguados da ALESP, para esse mistério todo?


Em tempo: cadê a OAB para se pronunciar sobre a corrupção em São Paulo? (Com informações do Estado de SP)


Conversa no ônibus: Sem Governo

ANANINDEUADEBATES
Opinião,Pensamentos e Política

Em um ônibus que faz a linha Cidade Nova 6 - Presidente Vargas, um passageiro comentou: "Do jeito que vai, o governo Jatene vai entrar para turma do Sem";

Sem Segurança Pública, Sem Educação, Sem Saúde, Sem Direitos Humanos , Sem CPI da ALEPA e Sem o Pará.
Há testemunhas.


Pobreza no Brasil cai 24%



O bom desempenho da economia e do mercado de trabalho arrancou 4,2 milhões de brasileiros da pobreza nos últimos nove anos. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado ontem mostrou que o total de empregados com rendimento médio per capita familiar de até meio salário mínimo caiu de 17 milhões para 12,8 milhões nas seis principais regiões metropolitanas do país desde 2002, uma redução de 24,8%.


O resultado só não foi melhor por causa da crise vivida pelo Brasil entre 2002 e 2003, quando parte da opinião pública desconfiava da capacidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conduzir o país. Com isso, a inflação disparou. Para reverter esse quadro e conquistar credibilidade, o governo do PT promoveu um forte arrocho na economia. O resultado foi uma breve recessão no primeiro semestre de 2003 - nesse período, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,1% ante o quarto trimestre de 2002 - que acabou jogando 1,5 milhão de pessoas no grupo com rendimento menor que meio salário mínimo.


A partir de 2003, no entanto, houve uma sucessão de quedas no total de pessoas na pobreza. "As mudanças são atribuídas não apenas ao crescimento econômico do país, mas à qualidade que ele apresentou. O aumento da formalização no mercado de trabalho e do salário mínimo puxa a renda dos mais pobres", destacou André Calixtre, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea.


Realização


A melhoria na renda da população permitiu a realização de sonhos de pessoas como Nathália Lopes dos Santos, 21 anos. Há dois anos, ela foi contratada como operadora de caixa em um restaurante, onde hoje já ocupa o cargo de subgerente. A renda per capita da família, nesse período, praticamente triplicou. "Antes, éramos quatro pessoas com o salário da minha mãe, de R$ 800. Hoje, como um irmão também já não mora conosco, nossa renda chega a R$ 1,8 mil para três pessoas", disse. Com o dinheiro, veio também o conforto. "Neste ano, ajudei a minha mãe a comprar uma máquina de lavar. Também comprei um computador e pago a conexão com a internet", afirmou Nathália.


Com o jovem Alexandro Alves de Oliveira, 24 anos, a situação não foi diferente. Há um ano, ele deixou o ofício de auxiliar de construção civil para se tornar ajudante em um restaurante de frutos do mar. "Pude concretizar o projeto de morar só. Minha última aquisição foi uma moto ", relatou.


Calixtre destacou a mudança geográfica na distribuição do trabalho de baixa renda. Nos últimos nove anos, a maior redução nessa população ocorreu em Belo Horizonte. O número de empregados nessa situação caiu de 2 milhões para 1,2 milhão, uma diminuição de 40,5%. (CB)


Povo de Curitiba vai às ruas por faxina na corrupção tucana



População de Curitiba, principalmente estudantes e trabalhadores, vão às ruas contra a corrupção tucana na Câmara Municipal.


O amor é lindo... o tucano presidente da Câmara de Vereadores de Curitiba deu de presente para sua amada esposa, R$ 5,1 milhões sob a forma de contrato de publicidade, tudo pago pelos cofres públicos.


Deixando a ironia de lado, o presidente da Câmara Municipal, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), é acusado de contratar a empresa de publicidade da própria mulher, a jornalista Claudia Queiroz, e de contratar funcionários irregularmente.


Já é questionável Câmara de Vereadores contratar Agência de Publicidade e gastar R$ 31 milhões que poderiam ser gastos na saúde e educação.


A situação fica insustentável quando se sabe que boa parte deste dinheiro foi para o bolso da mulher do presidente da casa. Ficou tão insustentável, que os vereadores (mesmo sendo a maioria demo-tucana) abriram uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para salvar a pele nas eleições do ano que vem .


Hoje (28), a população foi às ruas exigir o afastamento do tucano, e acompanhar a reunião da CPI, para não deixar virar pizza, já que enquanto o Derosso estiver na presidência a apuração dos fatos fica comprometida.


Os contratos foram assinados em 2006, e vem sendo prorrogados com aditamento, sem licitação.


As empresas felizardas são Visão Publicidade e Oficina de Notícias. Esta última pertence à Cláudia, esposa do tucano, e recebeu R$ 5,1 milhões no período.


Estranho a falta de destaque dado pela imprensa demo-tucana e a discreção da OAB, que até poucos dias conclamava o povo a sair às ruas contra a corrupção.


Problema tucano não é Serra vs. Aécio. É São Paulo




A polêmica em torno da divulgação de uma pesquisa interna do PSDB que minguaria para 25% o apoio a uma candidatura José Serra a presidente, hoje – Dilma teria 59% e Marina, 15% – é só mais um round da disputa entre Aécio Neves e José Serra.


Mas a batalha verdadeira é a disputa pela prefeitura de São Paulo, onde tucanos de todos os tons estão num mato sem cachorro. O artigo de Maria Inês Nassif, no site Carta Maior, é leitura obrigatória para entender o que se passa no ninho tucano.


“O ex-governador não tem mais espaço nacional no PSDB. E o seu “Plano B”, o PSD do prefeito Gilberto Kassab, alçou voos próprios que não credenciam seu criador a ir além da capital paulista no apoio a Serra. Integrantes do novo partido consideram que o prefeito pode cumprir seus compromissos passados com o ex-governador se ele decidir disputar as eleições para prefeito. Para aí. A vocação governista com que nasce o PSD não aconselhariam a apoiar Serra contra o governador Geraldo Alckmin, numa disputa pelo governo do Estado, ou ir na direção contrária a da presidenta Dilma Rousseff, na disputa pela reeleição.


No PSDB paulista, Serra perdeu terreno na capital, onde tinha mais influência que Alckmin, e não expandiu seus domínios para o interior, reduto alckmista. A avaliação no núcleo tucano paulistano é que o PSDB não pode recusar a Serra a legenda para a prefeitura, se ele quiser, mas nem o partido gostaria que isso acontecesse, dado o alto grau de rejeição ao seu nome acusado por pesquisa do instituto DataFolha há duas semanas, nem o próprio ex-governador parece disposto a correr o risco de uma derrota municipal num momento em que está particularmente fraco. Isso inviabilizaria por completo qualquer tentativa futura de retomar uma carreira política nacional.”


Serra está num dilema atroz. Não pode perder a eleição para prefeito e também muito dificilmente pode ganhá-la. Portanto, é quase impossível que saia candidato. Kassab também não tem candidato além de Serra, mas precisa ter um, com um mínimo de viabilidade eleitoral para já não começar o PSD com uma derrota acachapante. Geraldo Alckmin terá candidato – possivelmente um nome novo, como Bruno Covas, que o preserve de responsabilidades maiores . O candidato de Serra…bem…


Quem leu com atenção o parágrafo anterior já entendeu porque o ex-presidente Lula colocou o ministro Fernando Haddad debaixo do braço e carrega a sua candidatura ainda incipiente.
O barbudo manja do assunto…


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Lei da Mídia: razões, entraves, detalhamento e viabilização





Recentes declarações de lideranças petistas como o ex-ministro José Dirceu de que o governo Dilma Roussef pretenderia enviar ao Congresso, até o fim deste ano, projeto de lei sobre o marco regulatório da comunicação exige que se aprofunde esse debate. Até hoje, o tema regulação da mídia vinha sendo tratado pelo seu aspecto político, mas parece ter chegado a hora de ser tratado como possibilidade concreta.


Houve tempo em que jamais se cogitaria discutir, por exemplo, uma Comissão da Verdade que esclarecesse crimes ocorridos durante a ditadura militar, e hoje já se discute se ela terá mais ou menos poderes e se terá profundidade suficiente. Nãos se discute mais se será criada, porém. Devido à enormidade desse passo de se conseguir ao menos discutir os crimes da ditadura, parece necessário discutir, passo a passo, os quatro fatores que envolvem a regulação da mídia brasileira.


Os quatro fatores referentes ao arcabouço jurídico-institucional das comunicações são as razões para que seja criado, os entraves para sequer discuti-lo, os detalhes do que seria uma “lei da mídia” e, finalmente, a idéia sobre como se pode viabilizar uma discussão muito mais difícil do que a da Comissão da Verdade, que terá apenas conseqüências políticas enquanto que a regulação da mídia teria enormes desdobramentos econômicos, políticos e sociais.
Vamos a esses fatores, pois.


Por que criar uma lei da mídia?


A grande dificuldade de se elaborar e aprovar uma lei da mídia reside no fato de que a comunicação, no Brasil, transformou-se em uma sucessão de feudos controlados por empresas familiares e que concede a esse reduzido grupo de empresários um poder político que paira sobre a sociedade de forma extraordinária.


As faixas de onda da mídia eletrônica (tevês e rádios, sobretudo), por serem concessões distribuídas pelo governo, ao longo do século XX foram entregues a grupos políticos que pretendiam se perpetuar no poder valendo-se do que a comunicação concede a quem a controla, o poder de decidir o que a sociedade deve ou não saber e de influir e pautar costumes e a própria cultura popular.


Por conta disso, suspeita-se de que muitos grandes meios de comunicação sejam alimentados por verbas imensas que nem dariam retorno financeiro proporcional aos investimentos. Entretanto, devido ao poder político que uma televisão ou uma rádio concedem aos seus controladores valeria a pena investir nesses meios de comunicação para obter outro tipo de retorno mais valioso do que dinheiro.


Em São Paulo, por exemplo, o governo do Estado acaba de investir 9 milhões de reais em compra de assinaturas de jornais e revistas politicamente alinhados com o partido do governador Geraldo Alckmin. A contrapartida para essa generosidade de comprar tanto material impresso para escolas em que muitas vezes falta até o básico de tudo, desde instalações até professores, mostra que o retorno do investimento em mídia não se resume ao resultado das operações daquela empresa de comunicação, mas dos favores daqueles aos quais a mídia presta “serviços”.


Essa é a razão pela qual todas as democracias mais avançadas tratam de impedir que a comunicação se concentre nas mãos de poucos e que políticos controlem concessões públicas de rádio e tevê, além de proibirem que um mesmo grupo econômico tenha meios eletrônicos e impressos simultaneamente.


Em um país de dimensões continentais como o Brasil e no qual poucos empresários controlam tantos meios de comunicação ao mesmo tempo, a opinião deles e seus interesses econômicos, comerciais e políticos acabam se tornando lei por disporem de meios inclusive de chantagear a classe política e os governos municipais, estaduais e o governo federal, pois se as vontades midiáticas não forem feitas poder-se-á ou negar espaço a políticos e a administrações públicas ou até difamá-los sem que os prejudicados tenham como reclamar, pois estarão amordaçados.


Assim sendo, é lícito dizer que a comunicação não difere, por exemplo, do setor supermercadista. Como todos se lembram, há pouco tempo foi amplamente divulgado que estaria havendo risco de concentração de propriedade de grandes redes de supermercados, o que iria gerar risco maior de os grandes grupos imporem preços mais altos ao consumidor caso este tenha poucas alternativas de compra.


Com a comunicação é a mesma coisa. Todavia, a sociedade não se dá conta de que a concentração de propriedade neste ou naquele segmento de mercado não difere da concentração de propriedade de meios de comunicação. As pessoas se acostumaram a ter poucas fontes de informação e passaram a julgar normal que um grupo empresarial como as Organizações Globo controle o que lêem, assistem e ouvem, pois controla revistas, jornais, tevês, rádios e portais de internet. Tudo ao mesmo tempo e na mesma região.


Um exemplo bem esclarecedor e de fácil assimilação pelo cidadão comum de como a concentração de propriedade de meios de comunicação afeta negativamente a sua vida – e que foi usado com muito sucesso na Argentina, quando implantou a sua lei da mídia – diz respeito ao futebol, esporte cuja importância no cotidiano dos brasileiros dispensa comentários.

Os jogos dos campeonatos nacional e regionais são comprados pela Globo e esta consegue, com o poder de transmiti-los quando e como quiser, impor um horário para que sejam realizados que obriga o cidadão que levanta cedo no dia seguinte a ficar até próximo da meia noite acordado. Se os jogos fossem ao ar mais cedo, atrapalhariam a programação da emissora, sobretudo a novela das oito. Assim, a Globo faz o cidadão se adaptar às suas necessidades e os clubes obedecerem às suas ordens.


Mas a comunicação em poucas mãos é danosa à sociedade em muitos outros aspectos. Por exemplo, nas relações trabalhistas. Recentemente, foi aprovada uma lei justa que concede aviso prévio maior para quem trabalha há mais tempo em uma empresa. Essa lei foi bombardeada pela imprensa, que, obviamente, falava em nome do patronato, ou dos anunciantes. Apesar disso, foi aprovada. Mas foi exceção.


Uma das leis trabalhistas mais necessárias em um país como este é a que reduziria a jornada de trabalho. Em centros urbanos como São Paulo, por exemplo, em que se gastam horas para ir ao trabalho e voltar, a jornada de 48 horas semanais é desumana. Grande parte da população não pode dedicar praticamente tempo nenhum dos seus dias a si mesma. Apesar disso, a mídia impede qualquer tentativa de discutir o assunto, que é sempre tratado como danoso para o próprio trabalhador e fim de conversa.


A razão de fundo para o Brasil vir a ter um marco regulatório que impeça a concentração de propriedade de meios de comunicação, portanto, é a de que enquanto poucos controlarem esses meios a democracia não funcionará de verdade, pois essa concentração resulta em cassação do debate sobre os temas que desagradam aos grandes grupos econômicos.


Entraves à Lei da Mídia


Para que se possa mensurar a dificuldade de se implantar no Brasil uma legislação para a mídia à altura das leis que existem hoje não só nos países mais importantes daqui da América do Sul, mas em praticamente todos os países mais desenvolvidos, é de natureza política e econômica. Imagine-se o que seria a Globo ter que se desfazer de parte de seu império.

Uma regulamentação da mídia igual à que existe nos Estados Unidos, por exemplo, impediria que a Globo tivesse tevê, rádio, revistas, jornais e portais de internet não só nas regiões menos povoadas mas também em São Paulo, no Rio ou em outros grandes centros urbanos. Nos EUA, a Globo teria que se desfazer da maioria de seu império, assim como aqui não se permite que uma única rede de supermercado controle metade das lojas de varejo.


Ocorre que a Globo tem, além do poder de comunicar, de calar ou de dar voz, o poder político. Tem na mão o PSDB, o DEM e o PPS e suborna o PSOL com uma exposição que jamais teria para que se junte à cantilena dos outros partidos contra o PT. Assim sendo, consegue impedir a discussão do marco regulatório da mídia simplesmente qualificando-o como desejo de alguns “petistas” autoritários de “censurar a imprensa”. Por conta disso, não se permite que alguém apareça em uma grande televisão ou em um grande jornal defendendo a Lei da Mídia, explicando do que realmente se trata.


Apesar de haver um forte sentimento pela adoção de uma legislação dessa natureza no Congresso Nacional, não se pode esquecer que a cultura brasileira nas comunicações doou tevês e rádios regionais a políticos influentes, o que formou uma forte bancada suprapartidária que não aceita sequer discutir uma lei que fatalmente impediria que políticos tivessem meios de comunicação. Até para não terem vantagem injusta sobre seus adversários.

Hoje, esses meios de comunicação entregues a políticos concentram-se no PMDB, no PSDB e no DEM. O resto do espectro político-partidário também tem seus veículos, mas a parte do leão é controlada por esses partidos. Ou seja: mesmo entre as hostes governistas, francamente favoráveis à regulação da mídia, há quem não aceite lei alguma para moralizar a propriedade de meios de comunicação no Brasil.


O que é a Lei da Mídia?


Chega-se, portanto, ao ponto crucial. Esta é a discussão que a direita brasileira tenta travar e impedir a todo custo, pois se fosse explicado à sociedade o que conteria a legislação que se quer aprovar, não haveria quem ficasse contra. Aliás, não é por outra razão que em países como a Argentina, por exemplo, a maioria esmagadora da população apoiou a criação da “ley de medios” e se diz satisfeita com ela.


No país vizinho, estão sendo distribuídas centenas de tevês e rádios e a propriedade de meios de comunicação está se desconcentrando rapidamente. Todavia, a Globo argentina, o Grupo Clarím, ainda está conseguindo resistir a vender parte de seu oligopólio graças a recursos à Justiça.


Apesar disso, o melhor exemplo de que a “ley de medios” argentina não gerou qualquer tipo de censura à imprensa local está em matéria recente nessa imprensa que veiculou uma notícia sem qualquer comprovação e até um tanto quanto inverossímil, de que a presidente Cristina Kirchner teria gasto 100 mil dólares em sapatos.


Não há censura, na Argentina. Há regras como as que vigem em qualquer país civilizado e democrático e há disseminação de opções. Ou seja, com o tempo o argentino poderá escolher múltiplas fontes de informação e inclusive poderá comparar opiniões divergentes e saber de fatos como os que, no Brasil, é impossível saber.

São Paulo, por exemplo, é um dos Estados que tem sofrido forte piora na qualidade de vida, que vem perdendo importância e peso na formação do Produto Interno Bruto (PIB), que sofreu forte redução de renda per capita, no qual a violência e a criminalidade subiram a níveis estratosféricos de 1995 para cá, apesar de nos últimos anos ter havido redução dos índices, que vêm sendo questionados e até acusados de manipulação…


Não faz muito tempo, por exemplo, que o portal de internet UOL, que pertence ao Grupo Folha, veiculou matéria que insinuava que as enchentes e mortes ocorridas na capital paulista no início do ano derivaram de o governo José Serra ter reduzido drasticamente as obras de limpeza do rio Tietê entre 2007 e 2010, e que no ano passado os gastos com publicidade aumentaram exponencialmente em medida similar à redução das obras naquele rio. A matéria ficou poucas horas no ar e não foi tratada por nenhum veículo da imprensa escrita paulista.


A Lei da Mídia que se pretende, portanto, permitiria que escândalos assim não fossem abafados. Ou seja: o que se quer não é que a mídia fale menos, mas que fale mais. Sobretudo aquilo que não diz para atender aos seus aliados políticos ou parceiros comerciais.


A desconcentração da propriedade de meios de comunicação certamente tornaria praticamente impossível que o governo paulista expedisse uma ordem para sumir com uma matéria da imprensa. Mudanças na legislação trabalhista, políticas públicas de interesse da sociedade mas que não interessam aos grandes grupos econômicos, enfim, é infindável o cabedal de benefícios que a sociedade colheria.


Se a Globo optasse – e certamente optaria – por manter as televisões, teria que abrir mão das rádios, dos jornais, das revistas e dos portais de internet. E teria, como nos EUA, um limite de audiência. Nenhuma rede de televisão pode ter mais do que cerca de 30% de naquele país. Aqui, acharíamos um nível adequado. Provavelmente nesse patamar.


Na Inglaterra, já se discute até regulação da imprensa que não é feita através de concessão pública, a imprensa escrita. Até há pouco, antes do escândalo na imprensa local que mostrou práticas criminosas que no Brasil são comuns, aquele país adotava, nesse segmento, a auto-regulação. Isso deve mudar. Haverá um controle externo para inibir, por exemplo, escutas ilegais ou mesmo invasão de domicílio por “jornalistas”.


Nos países do dito primeiro mundo, a fiscalização sobre a imprensa aumenta exponencialmente nos períodos eleitorais. Por exemplo: há comitês que fiscalizam se um grupo de mídia não está expondo acusações (comuns em períodos eleitorais) contra alguns e escondendo contra outros. Ou seja: não haveria impedimento a que a Globo noticiasse o caso Erenice Guerra, ano passado, mas a emissora seria penalizada por ter escondido os negócios da filha de José Serra com a irmã de Daniel Dantas.


Outro abuso da mídia brasileira diz respeito ao direito de resposta. Hoje, por exemplo, um grande jornal pode fazer a acusação que quiser a qualquer um e essa pessoa não tem direito nem ao menos de dizer naquele mesmo veículo a sua versão dos fatos, se o tal jornal não quiser. E isso acontece o tempo todo.


Para se conseguir um direito de resposta, então, será preciso ingressar na Justiça e a obtenção desse direito pode demorar anos, caso aquele indivíduo tenha recursos financeiros suficientes para sustentar por tanto tempo um dispendioso processo judicial. Por conta disso, a mídia destrói reputações, causa danos imensos a pessoas acusadas por ela e depois, apesar de não provar a acusação que fez, não acontece nada. E as vidas das pessoas vão sendo destruídas pelo caminho.


Onde está, então, a censura? É censura querer dar ao público daquele veículo uma outra versão para a história que ele contou?


Como tornar viável a Lei da Mídia


O principal entrave para regular a comunicação sem regras que há no Brasil reside no fato de que muitos deputados e senadores que votariam a Lei da Mídia são proprietários de meios de comunicação e essa lei fatalmente os privaria desse poder político imenso. Todavia, é a minoria da minoria dos parlamentares que detém tais meios. Resta saber, portanto, quão grande é a influência que parlamentares “com-mídia” exercem sobre seus pares “sem-mídia”.


De qualquer forma, uma campanha publicitária ampla explicando à sociedade o que seria a Lei da Mídia poderia desmascarar a campanha midiática e dos partidos de oposição ao governo Dilma – e até de alguns aliados – que tenta tachar como “censura” uma legislação que todos os países democráticos têm. Contudo, o governo pode sofrer um forte ataque midiático se levar essa campanha à frente e corre o risco de dividir a base aliada.


Recentemente, portanto, surgiu a idéia de promover um “plebiscito” sobre a Leia da Mídia. Isso impediria que interesses de parte da própria classe política no oligopólio das comunicações, prevalecessem. Na verdade, não seria bem um plebiscito. Teria que ser um referendo a um projeto de lei enviado ao Congresso pelo governo ou que fosse criado pelos parlamentares.


Como foi feito em relação às armas, o referendo permitiria um “horário eleitoral” na tevê no qual os que são contra e a favor daquele projeto de regulação da mídia expusessem as suas razões, e que vencesse quem tivesse os melhores argumentos. Todavia, entre os defensores da Lei da Mídia há quem não goste da idéia.


Segundo os opositores da proposta de um referendo à Lei da Mídia, os grandes meios de comunicação desencadeariam uma campanha contrária que tornaria desigual a disputa pelo voto popular. Parece bobagem. Não se faria nada mais ou nada menos do que se fez em todas as eleições presidenciais desde a redemocratização e, como todos sabem, hoje a mídia só consegue fazer o povo votar como ela quer em São Paulo.


Uma campanha que discutisse a regulação da comunicação dessa forma certamente desembocaria na aprovação da legislação, pois os argumentos são fortíssimos. A parcela da população que escuta ou lê a mídia dizendo que os petistas querem censurá-la nem faz idéia de que a lei que se propõe existe em todos os países mais democráticos. E não sabe dos malefícios que a ausência dessa lei lhe causa.


Na verdade, a iniciativa de submeter uma Lei da Mídia à vontade do povo nem precisa partir do governo Dilma, apesar de que se o projeto de lei partisse do Poder Executivo chegaria mais forte ao Congresso. E é nesse ponto que reside a grande esperança de este país moralizar sua comunicação, pois só uma grande comoção popular esvaziaria uma pauta que vai tomando o Legislativo. Algo assim como grandes marchas contra a corrupção…


Então o negócio era bom…






Deu na Reuters: “o fundo soberano do Catar se dispôs a participar da operação frustrada de união entre Pão de Açúcar e Carrefour no Brasil”.


Ué, mas a operação não era uma furada, um negócio para colocar dinheiro público para favorecer Abílio Diniz ou pagar-lhe favores políticos?


Será que Abílio Diniz é amigo do emir Hamad bin Khalifa? Não pode ter ajudado na sua “eleição”, porque não tem eleição no Catar para emir.


É que no Catar eles gostam de bons negócios.
E, fechando este - de ocasião, porque o Carrefour anda mal das pernas - ficam com a mão na maior empresa varejista do quarto maior mercado consumidor do mundo.


O Brasil, terra de uma elite tão acostumada a fazer falcatrua que vê falcatrua em tudo e termina por desprezar uma chance assim.



O pré-sal vai de vento em pôpa




Como quase não passa um dia sem que os jornais tragam alguma notícia negativa em relação à Petrobras, quando as novidades são boas, a gente tem quase de espalhar a informação.
Hoje, o gerente de planejamento de Exploração e Produção da estatal, Mauro Yusi Hayashi, anunciou que a produção do pré-sal brasileiro já atinge 130 mil barris/dia. E vai chegar a 1 milhão de barris/dia, em seis anos. Podia até ser mais, mas o engenheiro Hayashi explica porque a limitação.
- Temos que calibrar a curva de produção com a capacidade das unidades de produção. Não adianta perfurar muitos poços se a plataforma tem limitação. O crescimento da produção está limitada por isso e um melhor desempenho dos poços vai se refletir num tempo de vida maior dos poços.
Aí está o motivo de ser tão importante investir na expansão no nosso parque de refino: se não tivernos capacidade de processar parte do petróleo excedente ao nosso consumo, teremos de exportá-lo em bruto. É um bom negócio, mas o de exportar derivados de primeira geração – obtidos diretamente do refino – e de segunda geração, produzidos pelas indústrias petroquímicas, estaremos desperdiçando a chance de ampliarmos não apenas nossas receitas, mas nossas indústria, os empregos e a cadeia de conhecimento que este setor produz.
Além da Petrobras, há previsão de enorme crescimento na produção de outras petroleiras – especialmente a OGX e a Repsol-Sinopec, na Bacia de Campos, e, portanto, de maiores excedentes.
Por isso, é esdrúxula a ideia de sair correndo com novas licitações, sobretudo quando pode – possibilidade, apenas, mas possibilidade – de ter sido descoberta uma nova área de grande capacidade (e qualidade) ao largo do litoral de Sergipe. O índice de sucesso exploratório da Petrobras no pré-sal é de cerca de 80 por cento, enquanto na média mundial é de 30 por cento, o que, segundo Hayashi, reduz custos imensamente, ao diminuir o número de poços a serem perfurados.
Não podemos deixar que ocorra com o petróleo o mesmo que ocorre com o ferro: correr para exportar, ter lucro rápido e não usa-lo como ferramenta do desenvolvimento nacional.


Mensalão na Alesp: Relatos reforçam esquema de emendas na Assembleia de SP



Dois deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo citam episódios que reforçam a acusação do deputado Roque Barbiere (PTB) de que há colegas que vendem emendas parlamentares. Os fatos foram vividos e relatados pelo deputado licenciado e secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas (PSDB), e pelo deputado Major Olímpio (PDT). O primeiro é governista; o segundo, de oposição.
Em entrevista ao Estado, há cerca de um mês, Bruno Covas mencionou oferta de propina que lhe fizeram pela liberação de uma emenda. O secretário falava sobre corrupção na máquina pública quando abordou a questão. Indagado sobre os mecanismos que poderiam coibir desvios, disse que dar “exemplo” era a melhor coisa. “É o primeiro ‘não’ que segura os avanços e solicitações. E, depois, ninguém mais faz nenhum tipo de proposta.”, declarou, durante a entrevista.
Na sequência, indagado se já havia passado por alguma situação envolvendo corrupção no exercício do mandato na Assembleia, Bruno respondeu: “Ah, já. Uma vez, consegui uma emenda parlamentar de R$ 50 mil para obra de um município. Assinamos o convênio e depois o prefeito veio perguntar com quem ele deixava os 5 mil”, contou o secretário. “Respondi: ‘Doa para a Santa Casa, eu que não vou ficar com isso’. Não sei se ele contou para os outros, mas foi o único caso que eu tive na Assembleia”, completou, sem dar o nome da cidade que recebera a verba.
Na sexta-feira, o Estado procurou a assessoria de Bruno Covas para questioná-lo sobre as declarações, pois o jornal publicara, no mesmo dia, reportagem com as afirmações de Barbieri sobre o esquema de desvios nas emendas. A assessoria disse que o secretário não iria citar o nome do prefeito, mas não retirava as declarações sobre o assunto, que tinham sido dadas a título de exemplo sobre situações envolvendo tentativa de corrupção.
Repasse. Já Major Olímpio contou ter ouvido do presidente de uma entidade o relato sobre a artimanha usada por alguns deputados para ficar com parte da verba de R$ 2 milhões a que têm direito. O artifício consiste em dizer ao representante da associação beneficiada pela emenda parlamentar que precisará repassar parte da verba a outra entidade, a qual não tem a regulamentação em dia e, portanto, não poderia receber dinheiro público.
“Segundo esse relato, a abordagem de alguns parlamentares é de sempre ter uma entidade não completamente regularizada e de o deputado se comprometer a fornecer um valor de emenda, desde que haja um retorno para ajudar a entidade que não tem declaração de utilidade publica ou o pró-social”, afirmou Olímpio. Estadão
Por


Inflação cai, mas TV Globo diz que vai subir, do jeito que o patrocinador banqueiro gosta


Havia duas notícias sobre inflação nesta segunda-feira (26):

1) A divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas (FGV): a inflação diminuiu em seis das sete capitais pesquisadas. Essa notícia é menos interessante para o lucro dos banqueiros.


2) A divulgação do boletim focus do Banco Central (aqui), datado de sexta-feira (23), mostrando projeções do mercado financeiro para uma suposta inflação maior até o final ano.


Vejam bem, é projeção (estimativa), não é medida da inflação que de fato aconteceu, é o que a bola de cristal dos "especialistas" do mercado financeiro acham que vai ser a inflação medida pelo índice IPCA/IBGE até o fim do ano.


Obviamente essa segunda notícia é mais interessante para o lucro dos banqueiros.


Adivinhe qual delas o Jornal Nacional da TV Globo divulgou?


E ganha um doce quem advinhar qual é o patrocinador do Jornal Nacional.


Notícia mofada, com prazo de validade vencido As projeções da pesquisa focus foram feitas a partir de especulações em cima do IPCA-15 / IBGE, medido até o 13 de setembro, um período anterior à medida feita pela Fundação Getúlio Vargas na semana passada, o que já indicou mudança na tendência.


Isso deixa a notícia da Globo, da forma como foi ao ar, sem dizer também dos números da FGV, com prazo de validade vencido, com cheiro de mofo.


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O “Cansei” não sabe o que diz. Ou sabe e não diz




José Antonio Meira da Rocha, leitor deste blog e autor do blog O Homem que Calculava nos traz uma belíssima contribuição sobre a discussão sobre carga tributária brasileira, que nossa imprensa quase sempre trata como um escândalo, mas jamais no que ela mais tem de escandaloso, que é estar concentrada na parcela mais pobre da população.


Bem, o José Antonio compilou os dados da Heritage, uma fundação americana, sobre impostos e PIB e fez uma tabela que eu transformei em gráfico, aí ao lado, com países selecionados, para você comparar. No blog O Homem que Calculava – como o Malba Tahan faz falta aos nossos jornalistas! – você verá ainda que o Brasil, que é o 31º na relação tributos/PIB é o 51º primeiro se essa proporção é entre PIB per capita e arracadação tributária.


O pessoal do “Cansei”, recomenda o José Antonio, que fala tanto em corrupção, deveria se tocar da sonegação que, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) relativas a 2008, desvia do Tesouro, anualmente, cerca de 200 bilhões de reais. Tá na Veja mas, é claro, nunca dá capa.


Taí uma idéia: porque, ao lado do impostômetro, os “cansados” não criam o “sonegômetro”.


As contas marotas do “Estadão”




O Estadão abre carga hoje contra o Ministro Carlos Lupi, dizendo que ele transformou em “balcão” partidário o Ministério do Trabalho.
Não discuto, como sempre digo, questão partidárias neste blog, embora dentro do PDT tenhamos nossas divergências, que lá devem ser tratadas.
Não o farei, portanto, mas não posso deixar de apontar a “marotice” da matéria.Os desentendimentos partidários não devem impedir que se veja que há algo estranho nessa investida.
A matéria é esquisita. Porque, pelo menos que tenha sido publicado, não aponta irregularidades concretas, mas fala em “empreguismo partidário”. Não vejo onde o Ministro devesse escolher quadros políticos senão no seu partido, a menos que se esperasse que ele os fosse pedir ao PSDB ou ao DEM.
Mais de uma vez disse que não tenho qualquer indicação no Ministério, o que me permite falar sem parcialidade.
Mas há uma incorreção absoluta na matéria, que mostra com que propósitos se deu a ela o destaque de manchete.
Diz que Lupi “mantém dez integrantes da Executiva Nacional do seu partido em postos de comando do ministério” . Ora, a Executiva Nacional do PDT – cuja lista pode ser consultada aqui - tem 23 integrantes e, deles, só oito não exercem mandatos eletivos. Portanto, não poderiam ser dez, nem que o ministro quisesse. Depois, os nomes apontados na matéria não compõem e nunca compuseram a Executiva do partido.
Sobre um deles, pelo menos, causa espanto a carga do Estadão: o médico epidemiologista e ex-presidente da Farmanguinhos, Eduardo Costa, ex-secretário de Saúde do primeiro Governo Brizola. O que há de errado em que um órgão de defesa da saúde do trabalhador seja presidido por um médico de renome e com experiência que vai desde a atuação nas barrancas do Amazônia, na erradicação da varíola na Índia e na produção de medicamentos antivirais no Brasil? Se o Estadão quiser conferir, o currículo do Dr. Eduardo está aqui, é público.
Quanto à suposta intenção de Lupi de deixar o ministério em março, não tenho conhecimento. Imagino que ele me dissesse isso, se fosse verdadeiro, até porque, conforme estabelecido na Convenção Nacional do Partido, a partir daquele mês exercerei a Presidência do PDT.


sábado, 24 de setembro de 2011

"Roberto Jefferson" da ALESP denuncia mensalão paulista. Cadê a OAB? Cadê a faxina na corrupção em SP?







O deputado estadual paulista Roque Barbiere (PTB), conhecido como Roquinho, concedeu entrevista ao programa "Questão de Opinião", no site do Jornal "Folha da Região" de Araçatuba, e soltou a seguinte bomba:


Entrevistador: - É verdade que tá cheio de deputado que vende emenda, trabalha para empreiteira, faz lobby com prefeitura vendendo, inclusive, projetos educacionais?


Deputado: - É! Não que tá cheio, tem bastante que faz isso. Não é a maioria, mas tem um belo de um grupo que vive, sobrevive e enriquece fazendo isso.


Entrevistador: - De 100%, você chutaria um tanto?


Deputado: - 25 a 30%.


Entrevistador: - 25 a 30%... você pode citar um?


Deputado: - Poderia, mas não vou ser dedo-duro e não vou citar. Mas existe! Existe ao meu lado, existe de vizinho, vejo acontecer, falo para eles, inclusive, para parar. Aviso que se um dia vier cassação do mandato deles, não vir me pedir o voto que eu vou votar para cassá-los, mas não vou dedurar.


Em 2004, Roberto Jefferson fez denúncia semelhante e resultou em tres CPI's, na maior cobertura midiática promovida pela imprensa dia-e-noite, sem parar, da história do Brasil.


E agora, governador Alckmin (PSDB/SP)? Vai deixar a ALESP (Assembléia Legislativa) abrir uma CPI só que seja, para os supostos 70% "honestos", investigarem os "supostos 30%" corruptos denunciados pelo deputado Roquinho? Ou tem medo desse mensalão bater na porta do Palácio dos Bandeirantes?


E agora, Globo? E agora, Veja? E agora, Folha (*)? Vão ficar caladas, protegendo a corrupção tucana, jogando a sujeira para baixo do tapete, só porque o governador Alckmin comprou com dinheiro público do contribuinte paulista R$ 9 milhões de assinaturas de seus jornais e revistas?


Na gestão anterior de Geraldo Alckmin no governo do Estado, já houve uma grave denúncia de um mensalão da Nossa Caixa (o banco do governo do estado de SP na época, depois vendido) para comprar apoio de deputados estaduais mediante anúncios superfaturados em jornais e rádios pertencentes aos deputados. Foi tudo abafado e engavetado. Dessa vez será diferente?Por sinal, cadê a OAB? Cadê a indignação do Ophir Cavalcanti?


Em tempo:Essa denúncia do deputado já virou alvo de investigação do Ministério Público Estadual.


Pizza de xuxu expressa: Geraldo Alckmin (PSDB) já correu na imprensa amiga para engavetar as denúncias.


O deputado Roquinho é da base aliada do governador tucano (e não é dissidente). (*) O Estadão, por enquanto, se dignou a publicar a notícia, apesar de já estar aceitando as "explicações" de Alckmin de forma acrítica.


http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011/09/roberto-jefferson-da-alesp-denuncia.html

O navio fantasma.




A Vale recebe hoje o segundo de seus 12 meganavios encomendados lá fora. Uma pena que tão complexa obra de engenharia carregue, para sempre, o estigma de ter sido construída sem nenhum amor pela terra e pela gente que a tornou possível.


É o segundo supernavio destinado a levar o minério bruto brasileiro para siderúrgicas no exterior. Ele próprio, por não ser construído aqui, levou US$ 748 milhões de nosso país.


Ainda teremos 10 destas bofetadas no rosto do Brasil desfechadas pelo sr. Roger Agnelli, endeusado pela imprensa.


Tivesse ele, como pediu Lula, dado preferência a produzir aqui essa frota, isso representaria um acréscimo de 80% à tonelagem em produção nos estaleiros nacionais. Cada um deles tem 362 metros de comprimento, 65 de largura e capacidade para 400 mil toneladas de minério. E levam, também, milhares de empregos que não existiram aqui.


São navios que vão carregar nossas entranhas minerais, mas não a nossa alma. É um navio fantasma, uma enorme, gigantesca e amarga nave colonial, que nos assombra de tanta indiferença ao Brasil.


Merval Pereira toma posse na Academia Brasileira de Letras sem nunca ter escrito um livro




O picareta Merval Pereira substitui o escritor de verdade Moacyr Scliar na cadeira 31 da ABL (Academia Brasileira de Letras).


Em sua longa (61 anos) e inútil vida jamais escreveu nenhuma obra literária: publicou dois livros com coletâneas de seus horrendos artigos escritos para jornais.


Se tivessem algum valor jornalístico suas "obras" teriam sido premiadas em sua área, mas ninguém jamais pensou numa ofensa dessas ao jornalismo.


Além de seu lixo impresso destaca-se como insuflador do ódio e disseminador da burrice nas organizações Globo de rádio e TV.


Uma vergonha para uma academia que destaca-se por nunca ter tido a menor vergonha em lamber as botas do poder elegendo ditadores, políticos e, agora, jornalistas de esgoto.