segunda-feira, 29 de junho de 2009

Fica Sarney. Virgílio tem funcionário fantasma.


Quem diria heim!O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), o homem que se dizia ético, dono da moral e dos bons costumes, que um dia prometeu dar uma surra no Presidente Lula, admitiu ontem para o jornal de oposição ao governo Lula, o Globo, que tem funcionário fantasma em seu gabinete.Não se sabe se a valentia do senador Arthur Virgílio já foi posta à prova por algum outro valentão. Mas o rigor ético que ele enverga agora não fica de pé um segundo diante das declarações que ele deu depois da matéria publicada ontem, pela revista IstoÉ

Carlos Alberto Nina Neto, seu secretário particular, continuou recebendo salário da Casa quando foi morar no exterior. Nina Neto é filho de um amigo e assessor do tucano, Carlos Homero Vieira Nina. A denúncia de que o tucano manteve um funcionário fantasma foi publicada pela revista "IstoÉ" e você lê aqui.

Queridos leitores. Morram de rir neste frio domingão!!

O senador Arthur Virgílio disse que pedirá investigação sobre si mesmo.

Virgílio afirmou que vai abrir seu sigilo bancário e que entrará com uma representação no Conselho de Ética contra si próprio, para que sejam investigadas as denúncias, e contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e trabalhará na coleta de assinaturas para a CPI dos Atos Secretos. Não é para rolar de rir?

- Cometo a idiotice de permitir que o filho de um grande amigo permaneça ligado (há anos) ao meu gabinete por um tempo, uma imbecilidade, um gesto paternal equivocado, disse Virgílio. Ou seja; Se a revista IstoÉ não denunciasse, ele continuaria sendo idiota e fazendo seus eleitores de idiotas. "O Rei dos Malandros é um otário", mas como é um idiota, achou que fosse bobagem.

Virgílio está no Amazonas, e disse não lembrar por quanto tempo Nina Neto, foi funcionário fantasma e recebeu salário pago pelo povo.

O pai de Nina Neto, Carlos Homero, é funcionário do Senado desde 1979. Outro filho dele, Guarani Alves Nina, é secretário de Virgílio, lotado em seu gabinete. Um terceiro filho dele, Tomás Alves Nina, também já trabalhou para o senador.
De acordo com a reportagem da IstoÉ, Agaciel depositou na conta de Virgílio US$ 10 mil numa viagem particular a Paris, em 2003.

A revista diz que o Senado pagou R$ 723 mil pelo tratamento de saúde da mãe dele, quando o regimento permite gasto anual de R$ 30 mil. Virgílio disse que pediu ajuda a Homero, que acionou Agaciel, de quem era amigo.

Segundo funcionáro fantasma:
Virglio, contratou o professor de jiu-jitsu, Oswaldo Alves, para ser funcionário de seu gabinete.O senador tucano explicou que uma coisa é coisa, e que outra coisa é outra coisa, e jura que é perfeitamente normal incluir em sua assessoria parlamentar um lutador de jiu-jitsu, conforme declarou: Leia aqui

Senador Caixa dois

E o caixa dois do senador Arthur Virgílio (Clique na imagem)

Jornal do Brasil. Publicadas na página 9, da edição do dia 19 de novembro de 2000, elas nocauteiam a ética que o senador ostenta agora.

“Em 1986, fui obrigado a fazer caixa 2 na campanha para o governo do Amazonas. As empresas que fizeram doação não declararam as doações com medo de perseguição política”, disse ele, em matéria assinada por Valdeci Rodrigues. O repórter anotou, após essa afirmação, que o então deputado “ficou tranqüilo porque esse crime eleitoral que cometeu já está prescrito”.

A reportagem, que tem o título de “Ilegalidade é freqüente”, trata da denúncia de que houve doações de mais de R$ 10 milhões à campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso que não foram registradas no Tribunal Superior Eleitoral.

“Vamos acabar com mocinhos pré-fabricados e bandidos pré-concebidos. Neste país, o caixa 1 é improvável. A maioria das campanhas tem caixa 2”, declarou Virgílio, em 2000.

As declarações de Virgílio sugeriram o seguinte comentário do procurador da República Guilherme Schelb, também publicadas pelo Jornal do Brasil: “Quando buscam a defesa atacando os outros, estão reconhecendo que também adotam a mesma prática”.

Do Blog Amigos do Presidente Lula:http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

Gabrielli: PiG (*) fabrica denúncias contra a Petrobrás.



Charge do Bessinha



A edição deste domingo do Estadão traz como manchete principal a entrevista com o presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli. Ele afirma ao jornal que está preparado para o “vale-tudo” que deverá ocorrer com a instalação da CPI da Petrobrás. Além disso, Gabrielli diz, com todas as letras, que há uma campanha dos maiores jornais e revistas do país para criar “fatos artificiais” que justifiquem a CPI. Lei abaixo trechos da entrevista:

Domingo, 28 de Junho de 2009

”Estamos preparados para vale-tudo”

Irany Tereza e Nicola Pamplona

Às vésperas da instalação da comissão parlamentar de inquérito (CPI), criada no Senado em 15 de maio para apurar um rol de cinco denúncias de irregularidades envolvendo a Petrobrás, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, afirma que há uma campanha de criação de “fatos artificiais” para justificá-la. Em entrevista exclusiva ao Estado na noite de sexta-feira, na sede da empresa, Gabrielli citou os maiores jornais e revistas do País como participantes de uma espécie de ciranda, na qual parlamentares de oposição alimentariam de denúncias a imprensa para depois reproduzir as acusações no Congresso, pedindo inclusão na CPI. “Será que há algum esquema de criação de fatos artificiais?”, indaga, para emendar em seguida com a resposta: “Não há dúvida.” Para o presidente da Petrobrás, o ambiente de instalação da CPI estaria imerso numa espécie de “vale-tudo” e avisa que está preparado para embarcar no jogo: “Nós estamos preparados para um vale-tudo! Nós estamos preparados. Nós não atacamos ninguém ainda. Só temos nos defendido.” E arremata: “O ataque também faz parte da defesa”. A seguir, os principais trechos da entrevista:

A expectativa da Petrobrás é de instalação da CPI esta semana?

Não sei. Acho que o Congresso vai decidir o que fazer. Imagino que a dinâmica interna parlamentar vai determinar o que os congressistas vão decidir. Eu não tenho a menor opinião hoje, nesse momento, sobre se vai instalar ou não.

O senhor ainda tem dúvidas se vai instalar ou não?

Não sou senador. Sou o presidente da Petrobrás.

O senhor percorreu gabinetes do Senado para tentar dissuadir os parlamentares da criação da CPI. Qual foi a sua sensação dessas conversas?

Os parlamentares concluíram que precisavam criar a CPI porque veio o pedido de instalação que foi lido no plenário. Portanto, do ponto de vista do ritual e do processual legislativo, devia ser instalada. Conversei com os senadores e alguns acharam que não havia necessidade. Mas os senadores da oposição acharam que tinha de ter uma CPI. Nossa argumentação, muito explícita desde aquele momento, é que os temas que estão nos requerimentos estão sob investigação neste momento por órgãos competentes para isso, a Polícia Federal, o Ministério Público, o TCU, a Receita Federal, os diversos órgãos de investigação da companhia. Portanto, a investigação que a CPI poderia trazer, do ponto de vista legal, contribuiria muito pouco. O que poderia trazer problema é a criação de um clima nacional de denúncia. Buscar denúncia para criar possibilidade de investigar coisas que vão aparecer. Isso, na língua portuguesa antiga, chama-se coscuvilhice. A CPI legalmente tem de ser criada para fato determinado. Mas, uma vez criada a CPI, temos de obedecer, atender aos requisitos da CPI, ponto. Não tem alternativa para nós.

Nesse sentido está surgindo uma discussão sobre a remuneração dos executivos da Petrobrás.

Pois é, isso é um exemplo. Infelizmente até o Estadão entrou nessa matéria muito ridícula. Uma matéria que não tem fato novo nenhum porque, inclusive, a divulgação disso é da nossa própria assembleia-geral, que é pública. A informação refere-se à remuneração dos dirigentes da companhia de forma bastante truncada, envolve um claro indício de crime de quebra de sigilo fiscal, porque, aparentemente, o repórter que fez a matéria pelo Correio Braziliense obteve de forma fraudulenta informações fiscais protegidas por sigilo (o jornal publicou reportagem mostrando que houve reajuste de 90% nos salários da direção da empresa entre 2003 e 2007). Dessa maneira, portanto, de um lado ela é evidência de um crime; de outro lado, do ponto de vista de valor, os valores são bastante modestos, comparados com empresas do mesmo porte. Todos os dirigentes da Petrobrás receberam R$ 7,108 milhões no ano de 2007. O Itaú teve R$ 244 milhões; o Bradesco, R$ 170 milhões; o Unibanco, R$ 153 milhões, o Gerdau, R$ 59 milhões; Vale, R$ 43 milhões; Sadia, R$ 16 milhões; Perdigão, R$ 14 milhões; Aracruz, R$ 9 milhões, CSN, R$ 9,5 milhões. Portanto, a Petrobrás é a menor de todas. Se comparar com empresas internacionais, então, a Exxon teve US$ 13,7 milhões, a BP, US$ 4,2 milhões. Então é absolutamente pequeno o tamanho da Petrobrás…

O que tem se questionado não é tanto o valor, mas o reajuste de 90% em um período em que a inflação acumulou 33,92%…

O valor dos dirigentes da Petrobrás é o teto da carreira. O presidente ganha 15% acima do salário do maior gerente e os diretores, 10% acima. Então, se você tem um salário que é baixo para diretores, achata toda a cadeia de salários da companhia. Isso torna mais vulneráveis os profissionais da companhia às atrações de mercado. Evitamos isso com uma política de retenção de talentos, que envolve carreira profissional de longo prazo, treinamento, condições de trabalho adequada. Isso faz com que as pessoas gostem de trabalhar na companhia e queiram ficar na companhia, mesmo ganhando menos. O reajuste dos salários dos diretores da Petrobrás acompanhou os acordos coletivos. O reajuste dos trabalhadores da Petrobrás não é relacionado à inflação. Houve aumento real, sim, nestes últimos anos. Os trabalhadores ganharam, inclusive, mais do que o reajuste dos diretores. Não há nada que motive um escândalo. O que estão fazendo é exclusivamente coscuvilhice, é tentativa de criar fofoca muitas vezes repetida para virar verdade.

Como a Petrobrás está se preparando para a eventual instalação da CPI esta semana? Esses temas podem entrar na investigação?

Do ponto de vista legal, na nossa avaliação, não. Porque são temas que não estão pedidos na CPI. Há uma sistemática clara: a imprensa nos últimos seis, sete, oito meses tem, no fim de semana, uma matéria bombástica de acusação contra a Petrobrás; na segunda-feira, uma suíte (sequência da reportagem) que reproduz essa matéria na boca de um parlamentar da oposição pedindo para (o assunto) entrar na CPI. É sistemático: ou é O Globo, ou o Estadão, ou a Folha de S. Paulo, ou uma revista.

O senhor citou a existência de crime fiscal…

Há um crime fiscal. E a empresa vai tomar providências. Estamos avançando no nosso jurídico avaliando para saber o que fazer. Evidente que, como crime de sigilo fiscal é de ação pública, talvez tenhamos de representar ao Ministério Público. Estamos discutindo ainda o que fazer. Mas há um crime de sigilo fiscal assumido pelo repórter. Não pode ficar impune uma coisa dessas.

Por falar em quebra de sigilo, a quebra de sigilo telefônico do executivo Wilson Santarosa preocupa?

Esse é outro tipo de situação absurda. Tem uma investigação que ocorre no ano 2006, que continua em segredo de Justiça; Santarosa nunca foi intimado a falar; o jornal O Globo publica uma matéria cujo lead (abertura) é uma imprecisão absoluta em termos de texto – se a quebra do sigilo telefônico refere-se ao período de 2006 ou se foi pedida em 2006, a matéria não fica clara. Os nossos advogados procuram investigar em Cuiabá o processo e não conseguem identificar. E O Globo continua publicando matéria sobre algo que ninguém consegue identificar. Algo muito estranho está acontecendo. Não é estranho para quem está interpretando que isso é apenas criação de factoides, coscuvilhices, mexericos.

Mas preocupa uma quebra de sigilo telefônico do Santarosa?

Não. O problema não é na quebra de sigilo telefônico, se tem uma investigação de acordo com a lei, etc., Não é esse o ponto. O ponto é: onde O Globo conseguiu a informação de que houve esse pedido? Quem passou essa informação? Por que só O Globo tem acesso a essa informação? Por que essa informação é imediatamente reproduzida por algum senador da oposição? Será que há algum esquema de criação de fatos artificiais? Não há dúvida.

E a que o senhor atribui esse…

(cortando) Atribuo à ideia de uma CPI que vai buscar o que investigar, que não tem foco, que não sabe o que fazer.

Por isso o senhor acha que a CPI pode não ser instalada?

Não posso dizer que a CPI não vai ser instalada. A CPI está lá para ser instalada. Isso é uma dinâmica interna do Parlamento. Eu sou parte externa ao processo. Sou investigado, enquanto presidente da Petrobrás.

Explique por que a gerência executiva de Wilson Santarosa é formada por gerentes regionais do PT?

Não é verdade. A Petrobrás tem 2 mil, 3 mil e tantos gerentes.

Estamos falando dos cinco gerentes regionais da área dele.

Não é verdade o que vocês estão dizendo. Vocês estão pegando gerentes regionais que têm história sindical absolutamente legítimas, profissionais de longo tempo de companhia…

Mas que não têm carreira construída na área de comunicação da companhia…

Na área de responsabilidade social, têm. Na área de articulação com comunidades, na área de vinculação institucional com o poder público, na área de relação com a comunicação interna… Inclusive por terem sido sindicalistas, têm essas relações. É positivo, não é negativo ter sido sindicalista.

A Petrobrás tem 240 mil contratos e o senhor diz que não há como dizer que todos são corretos?

Não posso. Temos de garantir que todos os 240 mil contratos devem ter seguido uma mesma sistemática. Tem uma auditoria, corregedoria, avaliação posterior, segurança empresarial, avaliação externa, investigações particulares de evidências… Agora, nada é perfeito. Mas temos de, encontrando as imperfeições, corrigir as imperfeições.

Qual a estratégia da Petrobrás para a CPI?

A Petrobrás está pronta para responder todos os temas do requerimento. Não temos problema nenhum.

Quantas pessoas estão envolvidas especificamente nisso?

Em tempo integral, umas 20 ou 30 pessoas, só. Mas toda a empresa é mobilizada. Todo o meu setor de orçamento está respondendo ao TCU. Porque tem de responder. Então, para de fazer os orçamentos para dar respostas ao TCU.

De alguma forma a CPI já está impactando o andamento de negócios, a assinatura ou a renovação de contratos?

Nós tendemos a reduzir o ritmo. Tem gente que não pode fechar orçamento porque está tratando de outras coisas. Não é ainda significativo. Se eu levaria um tempo X para fazer o orçamento, agora vou levar um tempo X mais alguma coisa, porque os técnicos estão voltados para responder problemas internos. Isso tem impacto. Se eu tenho dificuldades para constituir comissões de licitação. Isso também tem um impacto. Isso a gente está falando em milhares de coisas.

Se a situação perdurar, em quanto tempo o impacto deverá ser significativo?

É impossível de responder, porque não sabemos a profundidade, não sabemos o grau… O que tem acontecido nestes dois últimos fins de semana são coisas escandalosas. O que aconteceu na imprensa sobre a quebra do sigilo fiscal dos salários de diretores e da quebra do segredo de Justiça do Santarosa… vale tudo! Você pode criar, recriar, realimentar, redefinir e tentar fazer escândalo. Finalmente, as pessoas começam a perceber que não tem fundamento. Tem muita espuma e não tem realidade.

A Petrobrás está preparada para um vale-tudo?

Nós estamos preparados para um vale-tudo! Nós estamos preparados. Nós ainda não atacamos ninguém. Não atacamos ninguém ainda. Só temos nos defendido.

As acusações da CPI…

Vou falar dos cinco temas da CPI. Tem o caso da (Operação) Águas Profundas, uma ação do Ministério Público e Polícia Federal, que teve ampla participação da Petrobrás desde o início. Colaboramos inteiramente com o processo. Demitimos dois funcionários e suspendemos três. Isso está no âmbito do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça, em pleno andamento. No que é que a CPI vai contribuir para isso? Não sei. No caso da Operação Castelo de Areia, é um processo em que se identifica uma diferença de interpretação do que é custo unitário e de como se mede o custo de terraplenagem. São discussões técnicas que estão em pleno andamento entre a Petrobrás e o TCU. O terceiro tema da CPI é um eventual aumento de custos de plataformas, verificado pelo TCU. Nós interpretamos que isso se refere a ajustes cambiais realizados quando houve uma variação substantiva do câmbio brasileiro em 2004 e 2005. O quarto tema, extremamente excitante, mobilizador e emocionante, é o de regime de caixa e de competência sobre como fazer o pagamento do Imposto de Renda sobre as variações de caixa no exterior. Pessoalmente, como economista, eu acho maravilhoso. Agora, fazer uma CPI para isso, eu acho uma coisa exótica. No máximo deveria ser uma discussão da Petrobrás e da Receita Federal. E sequer isso existe porque não fomos ainda intimados. Temos absoluta certeza de que fizemos tudo dentro das condições legais e regimentais. Há ainda a questão das festas juninas e ONGs. Sobre festas juninas, eu acho que envolve um conjunto de preconceitos contra os nordestinos que é escandaloso. A festa junina é mais importante para muitos do Nordeste do que o carnaval. E nós tivemos também apoio ao carnaval aqui. Nós fizemos também. Nossa presença no carnaval foi em muitos momentos criticada e nós nos fizemos presentes não só no apoio financeiro, mas também na participação social junto às escolas de samba do Rio e de São Paulo. Participamos também de outras festas étnicas. A relação da Petrobrás com a brasilidade é um orgulho da Petrobrás. Não é uma questão de vergonha.

E não há então uma escolha partidária de prefeituras?

Há uma escolha por onde tem festa de São João. Se são 49, ou 60 prefeituras, não sei bem, se nestas tantas tem 11 prefeituras que são do PT, coincidiu isso. Todas as outras são do DEM, do PSDB, do PMDB, dos outros partidos todos. É só fazer a conta. São fatos. Está no blog. É só ver os números lá.

Falando no blog, o senhor disse que a Petrobrás está pronta para comprar uma briga…

Nós não estamos prontos para comprar uma briga. Estamos apenas nos defendendo. Não queremos comprar briga nenhuma. Estamos nos defendendo apenas.

Por enquanto…

Vamos nos defender. Agora, o ataque faz parte da defesa também. Nós não temos ataque nenhum ainda.

E quando começa?

Não vamos começar. Não queremos começar ataque nenhum. Não temos porquê. Estamos nos defendendo. O blog foi defesa. Foi difusão de informação da Petrobrás. É combate a distorções. É combate a interpretações equivocadas.

Conheça o Blog da Petrobrás

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(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Do Site do PHA:
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=13042

Cratera do metrô: MP diz que laudo dos peritos de Serra é fajuto




Para a promotoria, o buraco é mais embaixo


Reportagem publicada no jornal Agora sobre o caso da cratera do Metrô paulista, no qual sete pessoas morreram, informa que o Ministério Público desprezou o laudo pericial produzido pelo Instituto de Criminalística paulista.
Segundo o jornal os promotores não utilizaram nem uma linha sequer do documento. “O laudo foi desprezado porque parece ter sido feito sob encomenda para os investigados”, sustenta o jornal.
Veja a íntegra do texto no site do Agora.



Do site do PHA:
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=13015


DA REPORTAGEM LOCAL
Dois laudos técnicos, produzidos pelos professores Siome Klein Goldenstein e Anderson Rocha, do Instituto de Computação da Universidade de Campinas, foram entregues pela Ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Folha de S.Paulo, a propósito da velhacaria publicada por essa gazeta na capa da edição do último dia 5 de abril.



Mosca da Folha

Naquela ocasião, a mando de seu Diretor de Redação, o poltranaz Otavio Frias Filho, o diário paulista estampou uma imagem fraudulenta do que seria uma "ficha do Dops" de Dilma, com a descarada intenção de pespegar à ministra a pecha de "terrorista". Além de desmascarar de maneira cabal a falsidade da "ficha", os documentos elaborados pelos dois peritos serviram, também, para demonstrar a propensão dolosa e o espírito patife dos responsáveis pelo "jornal". É o que se pode provar pela leitura do texto abaixo, publicado ontem pelos Al Capones da notícia, e que reproduzimos na íntegra, para que você não tenha que gastar seu dinheiro assinando porcaria.

foto do blog do Edu Guimarães.


. Dilma contrata laudos que negam autenticidade de ficha
. Imagem ilustrava reportagem da Folha; peritos não se basearam no jornal impresso
. Professores compararam imagens reproduzidas pela internet com papéis do Arquivo Público; Folha reconheceu que ficha chegou por e-mail


DA REPORTAGEM LOCAL


A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, encaminhou à Folha dois laudos técnicos, por ela custeados, que apontaram "manipulações tipográficas" e "fabricação digital" em uma ficha reproduzida pela Folha na edição do último dia 5 de abril.
A ficha contém dados e foto de Dilma e lista ações armadas feitas por organizações de esquerda nas quais a ministra militou nos anos 60. Dilma nega ter participado dessas ações. A imagem foi publicada pela Folha com a seguinte legenda: "Ficha de Dilma após ser presa com crimes atribuídos a ela, mas que ela não cometeu".
O laudo produzido pelos professores do Instituto de Computação da Unicamp (Universidade de Campinas) Siome Klein Goldenstein e Anderson Rocha concluiu: "O objeto deste laudo foi digitalmente fabricado, assim como as demais imagens aqui consideradas. A foto foi recortada e colada de uma outra fonte, o texto foi posteriormente adicionado digitalmente e é improvável que qualquer objeto tenha sido escaneado no Arquivo Público de São Paulo antes das manipulações digitais".
O laudo produzido pelo perito Antonio Nuno de Castro Santa Rosa da Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos), ligada à UnB (Universidade de Brasília), chega às mesmas conclusões.

A ministra anexou o laudo da Unicamp em carta ao ombudsman da Folha. "Diante da prova técnica da falsidade do documento, solicito providências no sentido de que seja prestada informação clara e precisa acerca da "ficha" fraudulenta, nas mesmas condições editoriais de publicação da matéria por meio da qual ela foi amplamente divulgada, em 5 de abril de 2009", escreveu Dilma.
Em reportagem publicada no dia 25 de abril, intitulada "Autenticidade de ficha de Dilma não é provada", a Folha reconheceu ter cometido dois erros na reportagem original. O primeiro foi afirmar, na Primeira Página, que a origem da ficha era "o arquivo [do] Dops". Na verdade, o jornal recebera a imagem por e-mail. O segundo foi tratar como verdadeira uma ficha cuja autenticidade não podia ser assegurada, bem como não podia ser descartada.
O jornal também publicou um Erramos com os mesmos esclarecimentos. A ministra se disse insatisfeita, questionou a nova reportagem e decidiu contratar um parecer técnico.
Para a análise, os professores descartaram a imagem da ficha reproduzida pela Folha em sua edição impressa. Captaram na internet cinco imagens "com conteúdo similar ao utilizado pelo jornal Folha de S.Paulo". Dentre elas, escolheram como "objeto do laudo" a imagem divulgada no blog do jornalista Luiz Carlos Azenha, que reproduz artigos que criticam o jornal e questionam a autenticidade da ficha.
Para os peritos, a imagem do blog era a que tinha "a maior riqueza de detalhes". Goldenstein disse à Folha que "todas as imagens são de uma mesma família" e que a qualidade da imagem publicada pelo jornal não é boa o suficiente para "análise nenhuma".
Os professores compararam a imagem com documentos reais que supostamente teriam alguma semelhança (papel, caracteres) com a ficha questionada. Trata-se de cópias de fichas de presos pela ditadura, hoje abrigadas no Arquivo Público paulista. Escolheram as produzidas entre 1967 e 1969.Contudo, no Erramos e na reportagem publicados no final de abril, a Folha havia explicado que a origem da ficha não era o Arquivo Público. A imagem não é datada -relaciona eventos ocorridos entre 1967 e 1969, mas pode ter sido produzida em data posterior.
Para concluir que a fotografia foi "recortada e colada", os professores compararam a foto de Dilma com fotos que encontraram no mesmo arquivo. A ficha questionada não informa que a foto de Dilma foi obtida naquele arquivo.
Sobre a impressão digital contida na ficha, os peritos apontaram não ser possível nenhuma conclusão, devido à baixa qualidade da imagem.

. Crimes negados

. Ouvido pela Folha na última quinta-feira, Goldenstein disse que não leu o blog do jornalista em que captou a imagem analisada e tampouco a reportagem original da Folha. "Não estou criticando o que a Folha fez. Vou ser bem sincero, eu nem li a reportagem original da Folha. Não cabe a mim julgar absolutamente nada. Meu papel é analisar essas imagens digitais que estão circulando na internet. O que a ministra me pediu: "É possível verificar, é possível um laudo sobre a autenticidade/origem da imagem? É possível dizer se vieram ou não do Arquivo Público?".
" Doutor em ciência da computação pela Universidade de Pennsylvania (EUA), ele diz que foi o primeiro laudo externo que produziu em sua carreira. A ficha questionada era uma das imagens que ilustrava a reportagem original cujo título foi: "Grupo de Dilma planejou sequestro de Delfim Netto".Na carta à Folha, Dilma escreveu: "Reitero que jamais fui investigada, denunciada ou processada pelos atos mencionados nesse documento falso e de procedência inidônea, ao qual não se pode emprestar nenhuma credibilidade".
A Folha tem procurado checar a autenticidade da ficha. Foram contatados três peritos de larga experiência na análise de documentos e um especialista em imagens digitais.Todos disseram que teriam dificuldades em emitir um laudo, pois necessitavam do original da ficha, que nunca esteve em poder da reportagem. Disseram que a análise de uma imagem contida num e-mail não seria suficiente para identificar uma eventual fraude.

Postado por Cloaca News às 03:11:00 0 comentários
Marcadores: Folha, Imprensa pestilenta, Jornalismo de Esgoto

Golpistas apóiam golpes


Noite de domingo. Mais uma vez, o fantasma dos golpes de Estado paira sobre a América Latina. É a vez de Honduras. Num primeiro momento, pela internet é possível ver de que lado ficaram os governos, os organismos multilaterais e a mídia.


Hondurenhos protestam contra golpe de Estado. Manifestante exibe título de eleitor



Aqui vai a lista de apenas alguns dos que condenaram o golpe de Estado em Honduras:

Barack Obama

Hillary Clinton

Bill Clinton

Hugo Chávez

Evo Morales

Lula


Cristina de Kirchner

Rafael Correa

Michelle Bachelet

OEA

ONU

União Européia


Agora, a lista (eloqüente) de alguns dos que apoiaram ou trataram como “legal” o golpe de Estado hondurenho:

Portal G1 (Globo)
UOL (Folha)
Estadão.com.br
IG
Terra
Ricardo Noblat
Reinaldo Azevedo


A justificativa do golpe por este segundo grupo é a mesma dos golpistas hondurenhos, de que a convocação de um referendo pelo presidente Manuel Zelaya à revelia da Suprema Corte e do Parlamento justificaria a ruptura institucional no país.

Já pensaram se a moda começa a pegar de novo aqui na América Latina? O povo elege e, se meia dúzia de golpistas influentes não gostar do eleito, inventa alguma coisa e derruba

Nem direi que caiu a máscara desses falsos democratas, desses golpistas que condenam suspeita de fraude eleitoral no Irã e apóiam o insuspeito golpe de Estado hondurenho.

Dos que ficaram do lado dos golpistas, só o Esgoto da Veja teve coragem de usar a conversa mole dos golpistas para justificar o golpe. Os outros se limitaram a divulgar que Honduras “elegeu” um novo presidente e a difundir acriticamente a justificativa dos golpistas.

Alguma surpresa? Nenhuma, ora. Golpistas apóiam golpes e é por isso que a imprensa golpista latino-americana aderiu rapidamente ao golpe hondurenho.

Talvez recuem daqui a pouco devido ao consenso da opinião pública internacional contra o golpe, mas o que importa é a reação deles no primeiro momento, que lhes tira as máscaras. Pena que seja só para aqueles que sabem que eles usam máscaras.


Escrito por Eduardo Guimarães às 21h08
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Do blog do Edu Guimarães:http://edu.guim.blog.uol.com.br/

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O tiro da urubóloga saiu pela culatra.


Eduardo Guimarães flagra Leitão com a “boca na botija”

Denúncia

Míriam Leitão mente no “Bom Dia Brasil

O que aconteceu, Miriam ? Confusão na matemática ?

por Eduardo Guimarães, no Cidadania

No vídeo acima, comentário de Miriam Leitão sobre a criação de 131 mil empregos em maio último – os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O comentário foi feito na edição desta terça-feira do “Bom Dia Brasil”.

Segundo Leitão, estamos mal. Ela opina que deveríamos ter criado 190 mil empregos no mês passado, segundo a média dos últimos dez anos para o mês de maio. Ou seja, a analista econômica global pega todos os meses de maio de 1999 até hoje e divide por dez.

Faltou informar que, se a média for calculada só durante o governo Lula, será muito maior, e que se for calculada só no segundo mandato de FHC, será muito menor do que 190 mil empregos. Vejam:

FHC

Maio de 1999 – 97.182

Maio de 2000 – 162.837

Maio de 2001 – 161.898

Maio de 2002 – 155.813

LULA

Maio de 2003 – 140.313

Maio de 2004 – 291.822

Maio de 2005 – 212.450

Maio de 2006 – 198.837

Maio de 2007 – 212.217

Maio de 2008 – 202.984

Maio de 2009 – 131.557

Conclui-se, então, o seguinte: a média de empregos criados no mês de maio durante o segundo mandato de FHC, foi de 122.432 empregos, e durante o primeiro mandato de Lula, foi de 210.855 empregos.

Estamos falando quase do dobro de empregos do segundo mandato do tucano para o primeiro mandato do petista. Ou seja: ao misturar o fim do governo FHC com o governo Lula, Leitão faz parecer que a forte criação de empregos que se vê no Brasil desde 2003 começou na era tucana.

Mas a questão nem é essa. O grande problema (para usar um termo leve) da fala de Leitão na tevê é que ela mentiu descaradamente ao dizer o seguinte:

E, ao todo, desde a crise, o Brasil perdeu 800 mil empregos nos primeiros três meses, até janeiro, e criou 180 mil nos últimos quatro meses.

Miriam Leitão mente. Nos últimos quatro meses, o Brasil não criou 180 mil empregos coisa nenhuma. Criou 281.754, ou seja, cerca de cem mil empregos a mais do que disse a analista econômica da Globo. Vejam os números do Caged de fevereiro para cá:

Fevereiro de 2009 – 9.179

Março de 2009 – 34.818

Abril de 2009 – 106.200

Maio de 2009 – 131.557

Leitão mentiu para milhões de telespectadores. Não dá nem para dizer que foi um engano. Eu que não sou nem jornalista, nem economista, nem apresentador de tevê, soube que o número de 180 mil empregos de fevereiro a maio era mentira assim que ela o proferiu.

Como se vê, está valendo até mentir para o público na tentativa estúpida de fazê-lo acreditar que o Brasil não está dando um show de competência diante do mundo em meio à maior crise econômica dos últimos oitenta anos. Para mim, isso é desespero de causa.

Se quiser ir ao blog de Leitão para protestar, clique aqui

Leitão se retrata

Miriam Leitão pôs a seguinte nota em seu blog:

Alguns leitores comentaram que existe um equívoco nos dados de geração de empregos referentes aos últimos quatro meses. E eles têm razão. Foram gerados cerca de 280 mil postos nesse período, e não 180 mil. O número de 180 mil refere-se à geração de empregos nos cinco meses, o que desconta uma queda de 100 mil em janeiro. Fica aqui a correção.

Ela se retratou depois de ter sido desmascarada aqui. Bem, mas e como ficam os milhões de telespectadores que ela desinformou na Globo hoje pela manhã? Será que na próxima edição do “Bom Dia Brasil” ela irá reparar o “engano”? E como é possível uma “sumidade” como Leitão se enganar dessa forma se eu, um simples comerciante, pude detectar a farsa no exato momento em que foi proferida?

Para ir ao Cidadania, clique aqui

Do Site do PHA:http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=12846

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Leia sobre o sucesso de Lula no exterior (Em espanhol…).



veja a importância da visita do Presidente Lula ao Cazaquistão.


Especialmente esse trecho:

El papel de Brasil, y concretamente del presidente Lula, tanto durante la cumbre del BRIC, como durante su encuentro con el presidente kazajo, Nazarbáyev, se está revelando especialmente importante, por las características del país suramericano, con gran capacidad de diálogo, y por la perspicacia de Lula, que desde que llegó al poder apostó por poner los ojos en Asia para ensanchar los horizontes de Brasil y de América Latina.

É de uma reportagem do jornal espanhol El País, um dos melhores do mundo: Ele usa a palavra “perspicácia” para se referir a Lula.

Do site do PHA:
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=12604

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Lula parece ter razão...

Nos primeiros sete dias úteis de junho, a poupança somou média diária de R$ 288,4 milhões em novos depósitos, segundo o Banco Central. O volume é maior que toda a captação líquida de maio, quando os depósitos líquidos somaram R$ 94 milhões diários.

Segundo informações do mesmo Banco Central, naquele mês os saques na poupança superaram os depósitos em 941,55 milhões de reais.

A diferença brusca de comportamento dos poupadores certamente guarda relação com a campanha televisiva do PPS denunciando, por vias tortas, que Lula pretenderia confiscar a poupança “como fez o Collor” , campanha esta endossada pelo PSDB e pelo PFL por conta de declarações de caciques dos partidos.

A volta massiva do poupador às cadernetas de poupança denota o fracasso da estratégia da direita para desacreditar o governo Lula. Aliás, a própria popularidade ascendente dele já denota que aquela estratégia do PPS não surtiu o menor efeito.

O que é digno de nota, porém, é que fica claro que os poupadores – os quais, por terem evidentemente mais recursos financeiros do que a maioria, em grande parte não devem integrar os 80% que apóiam o presidente da República – concluíram que as “denúncias” do PPS, do PSDB e do PFL sobre confisco de poupança eram mentirosas.

Lula disse hoje (quarta-feira) que, de tanto a imprensa publicar campanhas com denúncias e críticas que depois não se confirmam, o povo acaba percebendo e passa a desconfiar também dela, imprensa.

Disseram, por exemplo, que as cotas e o Prouni rebaixariam o “nível acadêmico” das universidades. Entretanto, depois vem a público que os cotistas e bolsistas do Prouni têm apresentado desempenho acadêmico igual ou até superior ao desempenho dos universitários não-cotistas e não-bolsistas.

Disseram, no ano passado, que a inflação iria explodir, mas não explodiu; disseram que haveria epidemia de febre amarela, e não houve; disseram que o desemprego ia explodir por causa da crise, e nos últimos três meses o desemprego vem caindo...

Ao mesmo tempo, comportamentos como esse dos poupadores e as pesquisas sobre a aprovação do presidente da República mostram que ele parece saber o que diz quando afirma que o povo “percebe” e que passa a desconfiar de cada ataque, denúncia ou crítica da imprensa ao seu governo.

Do blog do Edu Guimarães:
http://edu.guim.blog.uol.com.br/

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Por que o PIG encolheu.


Suponho que a maioria dos que lêem sobre estes assuntos já sabe de números divulgados recentemente pelo Instituto de Verificação de Circulação (IVC) que revelaram persistente queda na tiragem dos três meios de comunicação que hoje são tidos e havidos como cabeças de um setor da imprensa qualificado até por grande parte da classe jornalística como político-partidarizado e golpista.

Refiro-me, sobretudo, aos três diários de maior tiragem no país, que, pela ordem, ainda são a Folha de São Paulo, O Globo e O Estado de São Paulo, mesmo que a queda, conforme a notícia abaixo, tenha atingido a maioria dos jornais de menor porte que, em boa parte, limita-se a repercutir os grandes jornais, sobretudo em termos de viés político-ideológico.

Vejam a notícia.

Não é difícil entender por que essas quedas vêm ocorrendo. O aumento das tiragens de veículos menores e mais independentes da imprensa escrita revela que o fenômeno de encolhimento dos maiores jornais se deve a que se tornaram conhecidos por atuarem como braços parajornalísticos de partidos políticos.

Recentes pesquisas de opinião (Sensus, Datafolha e ibope) mostraram que o governo Lula e seu titular são aprovados por larga maioria até entre a elite do Sul e Sudeste. E aviso que nem discutirei esse assunto com quem antes não tiver lido essas pesquisas... na íntegra.

Como se não fosse bastante, ainda temos um trabalho que vem minando semanalmente a credibilidade da Folha, do Globo e do Estadão. O ombudsman do primeiro veículo, o jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, vem tendo que se render ao baixo nível de práticas jornalísticas do veículo em que atua.

O nível político-partidarizado da Folha, aliás, nos dois principais “concorrentes” é ainda mais baixo, em alguma medida, por mais que, às vezes, tais conteúdos sejam mais honestos, já que Globo e Estadão se empenham menos em mostrar uma inverossímil “isenção”.

Neste domingo, por exemplo, Lins da Silva teve que se render à gigantesca estupidez que foi a celeuma armada pela mídia em torno da criação do blog da Petrobrás e da prática daquele blog de antecipar na internet entrevistas que a empresa concedesse à imprensa.

O titubeante (por querer fazer omeletes sem quebrar ovos) ombudsman teve que pegar mais pesado desta vez, pois essa histeria toda em torno da conduta da Petrobrás teve uma característica que até agora poucos tinham percebido: a maior parte do conteúdo dos jornais impressos já “vaza” para internet no mínimo um dia antes de sua publicação em papel-jornal.

do blog do Edu Guimarães.
http://edu.guim.blog.uol.com.br/

domingo, 14 de junho de 2009

Programa de Serra na TV:Fraude do princípio ao fim.


Na foto, José Serra, que criou os genéricos (também conhecido como Jamil)

É uma apropriação indébita do principio ao fim.

. O Eterno Futuro Presidente diz que são conquistas do PSDB:

1) Os genéricos, criados pelo Ministro da Saúde, Jamil Haddad, do Governo Itamar Franco;

2) O Plano Real é do Governo Itamar Franco, plano que José Serra criticou;

3) O seguro desemprego é do Governo Sarney.

. Zé Pedágio também tentou se apropriar do programa de tratamento da AIDs, mas o Azenha não deixou …
. Daqui a pouco, Zé Pedágio vai dizer que inventou a penicilina.
. Da mesma forma que diz que é economista sem ser.

Do site do PHA:
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Cloaca: tucanos queriam desmontar a Petrobras.


O site Cloaca News tira mais um esqueleto do armário.

Velhas declarações tucanas mostram que tipo de projeto move a oposição em seu ímpeto de "fiscalizar" a Petrobrás.

Em 1998, o então poderoso Ministro Sergio Motta (já falecido) dizia que o objetivo do PSDB era desmontar o "paquiderme", "osso por osso".

Não chega a surpreender. Mas é importante que o país entenda quais são os projetos em disputa.

Leiam o texto do Cloaca http://cloacanews.blogspot.com/:

"É da natureza ontológica deste Cloaca News revirar lixo e desentranhar porcarias, entre outras sujidades. São os ossos de nosso ofício. Pois, revolvíamos o arquivo morto da Agência Brasil quando encontramos esta curiosa informação na sinopse de O Globo, de 31/01/98:

"O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, disse ontem que a Petrobras é "um dos últimos esqueletos da República" e que o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), David Zylbersztajn, terá de desmontá-la "osso por osso". Motta referiu-se à estatal como um paquiderme que consome US$ 9 bilhões em importações, prejudicando a balança comercial do País e a sociedade brasileira. (pág. 1 e 30)".

http://www.radiobras.gov.br/anteriores/1998/sinopses_3101.htm#4

Do site do Rodrigo Viana

Franklin Martins mostra por que é a resposta de Lula à mídia corporativa.


Em artigo publicado na Folha, o jornalista defende seu trabalho e, nas entrelinhas, denuncia o acordo tácito governo-mídia corporativa, que ele em boa hora rompeu.

Para que criar fantasmas?

Na última semana, alguns colunistas e políticos da oposição abriram baterias contra a regionalização da publicidade do governo federal. Não gostaram de saber que os anúncios da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), até 2003 concentrados em apenas 499 veículos e 182 municípios, em 2008 alcançaram 5.297 órgãos de comunicação em 1.149 municípios -um aumento da ordem de 961%.
Por incrível que pareça, conseguiram enxergar nesse saudável processo de desconcentração um ardiloso mecanismo de corrupção dos jornais e rádios do interior. Essa seria a explicação para as altas taxas de avaliação positiva do presidente Lula, registrada pelos institutos de opinião.
O raciocínio não tem pé nem cabeça. Vamos aos fatos.

As verbas publicitárias de todos os órgãos ligados ao governo federal permaneceram no mesmo patamar do governo anterior, em torno de R$ 1 bilhão ao ano. Desse total, 70% são investidos por empresas estatais, que não fazem publicidade do governo, mas de seus produtos e serviços, para competir com companhias privadas.
Além disso, os ministérios e autarquias, que respondem por 20% da verba publicitária federal, não podem fazer propaganda institucional, só campanhas de utilidade pública (vacinação, educação de trânsito, direitos humanos etc.). Apenas a Secom está autorizada a fazer publicidade institucional. Para esse fim, seu orçamento é igual ao do governo anterior (cerca de R$ 105 milhões).

Não houve aumento de verbas. O que mudou foi a política. Em vez de concentrar anúncios num punhado de jornais, rádios e televisões, a publicidade do governo federal alcança agora o maior número possível de veículos. Pelo mesmo custo, está falando melhor e mais diretamente com mais brasileiros. Acompanhando a diversificação que está ocorrendo nos meios de comunicação.

A circulação dos jornais tradicionais do eixo Rio-São Paulo-Brasília, por exemplo, está estagnada há mais de cinco anos, próxima dos 900 mil exemplares. No mesmo período, conforme o Instituto Verificador de Circulação, os jornais das outras capitais cresceram 41%, chegando a 1.630.883 exemplares em abril. As vendas dos jornais do interior subiram mais ainda: 61,7% (552.380). No caso dos jornais populares, a alta foi espetacular, de 121,4% (1.189.090 exemplares).

Por que deveríamos fechar os olhos para essas transformações? A dota hoje o princípio da mídia técnica: a participação dos órgãos de comunicação na publicidade é proporcional à sua circulação ou audiência. Houve época em que eram comuns distorções, às vezes bastante acentuadas, a favor dos grupos mais fortes. Isso acabou.

Esses critérios técnicos, amplamente discutidos com o TCU e entidades do setor, têm favorecido a democratização, a transparência e a eficiência nos investimentos de publicidade do governo federal. Não há privilégios nem perseguições. Tampouco zonas de sombra. Muito menos compra de consciências.

É importante ressaltar ainda que a comunicação do governo não se dá principalmente pela publicidade. Esta apenas presta conta das ações mais importantes e consolida algumas ideias-força. O governo comunica-se com a sociedade basicamente por meio da imprensa, respondendo a perguntas, críticas e inquietações.

Para ter uma ideia, em 2008 o presidente Lula deu 182 entrevistas à imprensa, respondendo, em média, a 4,8 perguntas por dia, incluindo fins de semana e feriados. É pouco provável que exista um chefe de governo no mundo que tenha conversado tanto com a imprensa quanto o nosso. Atendendo a todo tipo de imprensa, pois não existe no Brasil só a imprensa do eixo Rio-São Paulo-Brasília. São várias, com percepções e interesses diferentes. Cada uma fazendo o jornalismo que lhe parece mais apropriado e se dirigindo ao público que conseguiu conquistar.

Exemplo: quando Lula lançou em São Paulo o atendimento em 30 minutos aos pedidos de aposentadoria no INSS, os grandes jornais não destacaram o fato. Mas o tema foi manchete de quase todos os jornais populares e diários das demais capitais. O que para uns foi nota de pé de página, para outros foi a notícia do dia.

Por tudo isso, temos que ficar atentos às mudanças na forma como os brasileiros se informam. O crescimento da internet é um fenômeno que abre extraordinárias possibilidades e lança imensos desafios. Não podemos fechar os olhos para a realidade: os jovens, cada vez mais, buscam informações nos portais, nos blogs e nas redes sociais da internet.
Por último, não se sustenta o raciocínio de que as altas taxas de aprovação do governo Lula teriam a ver com um arrastão de compra de jornais e rádios no interior. Basta recorrer ao último Datafolha, que atribui 67% de ótimo e bom para o governo federal nas regiões metropolitanas e 71% no interior. A diferença está situada dentro da margem de erro da pesquisa. Os números são praticamente os mesmos. O resto é preconceito.
O mais provável é que as altas taxas de aprovação do governo tenham uma explicação bem mais simples: a maioria da população está satisfeita com seu trabalho. É legítimo que aqueles que não concordam com tal percepção recorram à luta política para mudá-la. O debate faz parte da democracia. E faz bem a ela.
Mas é necessário criar fantasmas?
Do blog do Melo: http://blogdomello.blogspot.com/

PM de Serra usa bala de borracha contra manifestantes da USP.


Imagens do confronto na Cidade Universitária

Um confronto entre a Polícia Militar, funcionários administrativos da USP, em greve há mais de um mês e estudantes ocorreu na tarde desta terça-feira, depois que manifestantes bloquearam ruas Alvarenga e Afrânio Peixoto, no Butantã- o chamado “trancaço”, por volta das 15h30. O ato ocorreu após uma assembléia, cuja principal reivindicação foi justamente a saída da PM, que está no campus desde a semana passada.

. Logo após o “trancaço”, estudante e grevistas bloquearam o portão 1, principal acesso ao campus, aos gritos de “fora PM”. Foram reprimidos por policiais, que utilizaram balas de borracha e bombas de gás.

. O confronto se estendeu até aproximadamente 18h. A polícia fez um cordão de isolamento para impedir a invadisão da reitoria. Imagens transmitidas ao vivo pelos canais de televisão mostravam um manifestante idoso, de cabelos brancos, caído no chão e de outro manifestante jovem no momento em que ele foi algemado por policiais.

. Os funcionários da USP estão em greve há cerca de um mês. Professores e alunos se solidarizaram no protesto contra a presença da PM, chamada para atuar na universidade por força de medida judicial, de iniciativa da reitoria.

. As entidades representativas dos funcionários e professores reivindicam a reabertura de negociações com o Conselho de Reitores das Universidades Paulistas (Cruesp), que foram interrompidas no último dia 25. Mas a reitoria da USP alega que só voltará a negociar depois do fim dos piquetes.

. O Fórum das Seis, entidade representativa de estudantes, professores e funcionários administrativos da universidades estaduais de São Paulo considera a presença da PM no campus um insulto à autonomia universitária.

PIB da marolinha: consumo interno segura a economia.



. A divulgação do PIB do primeiro trimestre decepcionou o PiG(*) e os colonistas (**).

. A economia caiu menos do que esperavam.

. E já demonstra sinais de vigor.

. O responsável por isso é o consumo doméstico.

. Ou seja, o Bolsa Família, o aumento real do salário mínimo, o crédito consignado, o PAC e a intervenção do Estado na economia.

. O Abílio Diniz não leva o PiG (Partido da Imprensa Golpista) a sério, por isso comprou o Ponto Frio: por causa da demanda doméstica.

. Ou seja, quando a eleição se realizar em 2010, a economia crescerá 4% ao ano.

. A oposição tem duas opções: matar a Dilma ou afundar a Petrobrás.

. Bye bye Serra 2010

do site do PHA: http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=11978

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Jornal fala em internação de Serra: notícia sumiu?.

Rodrigo Viana


A notícia foi publicada só pelo "Estadão". De forma discreta. Aliás, discretíssima: no "pé" (finalzinho) de uma reportagem sobre a visita de José Serra a Presidente Prudente, no interior paulista:

"Já sobre os rumores de que Serra teria se submetido a um cateterismo, feito secretamente de madrugada no Hospital Sírio-Libanês, o secretário da Saúde, Luis Roberto Barradas, foi lacônico: "Imagina! Nada disso! É desnecessário".

A informação foi publicada só na versão digital do Estadão. Confira, está no último parágrafo desse texto aqui: http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac379226,0.htm.

Na versão impressa, dizem-se jornalistas que trabalham no Estadão, nada saiu: "no jornal não entrou, censura conhecida", diz-me um repórter.

Hum, estranho...

O que temos aqui? Quase nada. A pergunta de um repórter, e o desmentido do secretário de Saúde. O estranho, acho eu, é que o Estadão botou a informação na versão eletrônica. Foi um erro? Editores mais experientes (ou, mais bem "orientados", digamos) vetaram a informação na edição impressa?

Recebo, de um jornalista que não pode se identifcar por trabalhar justamente num grande jornal, a seguinte mensagem:

"Especula-se sobre uma internação do Serra. Na época da Dilma, começaram a rolar boatos de que ele estaria até em tratamento nos EUA. Na semana passada, deixaram de ser boatos. Explico: Serra foi mesmo internado para fazer um cateterismo. Ele passou mal, sentiu dores e, para desobstruir artérias, a equipe médica decidiu adotar o procedimento. Doença cardíaca? Não sei. Um cateterismo pode ser feito numa artéria ou veia do corpo, basta ela estar obstruída. O Serra tem esse problema, e como são pequenas obstruções, em dadas ocasiões o cateterismo é uma prevenção.


Estão querendo esconder algo? Se se trata de algo besta, um procedimento médico banal, porque não se diz. Se forem varizes, por que negar a informação? Ou, então, por que a imprensa não cobre com tanto ímpeto e voracidade como cobriu o câncer da Dilma? O fato é que nesse episódio, mais uma vez, dois pesos e duas medidas."

Esse jornalista confirmou a informação com um médico - de quem é muito próximo. Não posso dizer mais nada.

Barradas, o secretário de Serra, desmente. Ótimo. Tudo feito às claras: pergunta pública, desmentido público.

O estranho é: por que o Estadão publicou a informação (e o desmentido) no site, mas vetou na edição impressa?
Do site do Rodrigo Viana: http://www.rodrigovianna.com.br/

Todos os nossos semelhantes


Se alguém ainda tinha alguma dúvida de que, no Brasil, há várias classes de cidadãos, o acidente com o avião da Air France acaba de provar que essa é a mais dolorosa de nossas verdades. Uma verdade que muitos de nós se recusam a ver porque nos envergonha.

Escrevo logo depois de ler que o presidente da República em exercício, José Alencar, acaba de decretar luto de três dias pela morte de cerca de cinco dezenas de brasileiros naquele acidente aéreo.

Nos últimos dias, o sumiço do avião sobre o Atlântico, as especulações sobre o que teria acontecido, os dramas pessoais decorrentes da tragédia e, finalmente, a confirmação da morte daqueles cidadãos, tudo isso foi alçado a um patamar que terminou pondo a nação de luto.

Não tenho nada contra o país condoer-se pelas vítimas dessa tragédia, até porque me condôo da mesma forma. São seres humanos, meus semelhantes.

Oponho-me somente a não haver luto oficial ou comoção da mídia quando outras cinco dezenas de brasileiros morrem de forma tão ou mais trágica no Norte e no Nordeste por conta de chuvas e inundações, com o agravante de que a tragédia norte-nordestina é de proporções muito maiores. Famílias inteiras desabrigadas, montanhas de feridos, gente adoecendo gravemente. Foram milhares os atingidos.

Pergunto: por que uma tragédia é menor do que a outra? Se são tragédias no mínimo igualmente trágicas, porque são tratadas pelo Estado e pela mídia de forma tão diversa? O que torna mais importantes os cidadãos que estavam naquele vôo trágico?

A resposta a essas perguntas é dolorosa: cor da pele e classe social. Ponto.

Não há dúvida sobre isso. Há gente que será suficientemente calhorda para negar, mas é lógico que, por haver quase uma totalidade de negros, índios ou seus descendentes entre os mortos do Norte e do Nordeste - e por serem todos pobres -, não merecem tratamento igual ao da esmagadora maioria de brancos de classe média alta que morreram no desastre aéreo.

Não estou contando nenhuma novidade. Todos sabem que é assim no Brasil e em tantas outras partes do mundo, inclusive no mundo rico, e ninguém fala nada. Aceitamos isso assim inclusive porque se trata do nosso grupo social, no caso do acidente aéreo, com variações maiores ou menores de poder econômico.

Eu, pelo menos, não consigo aceitar esse tipo de coisa. Não consigo me conformar. Exijo de mim mesmo ficar indignado. Não posso perder essa capacidade. Não posso achar que seja civilizado, decente, humano tratar seres humanos de forma tão díspar. E muito menos que todos aceitem calados uma barbaridade civilizatória como essa.
Do blog do Edu Guimaraães: http://edu.guim.blog.uol.com.br/

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Crise acaba por fortalecer a imagem de Lula.



Na pesquisa que o instituto Datafolha publicou, na edição deste domingo do diário paulistano Folha de S. Paulo, o índice de aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é classificado como ótimo/bom para 69% dos entrevistados. Mesmo com os efeitos aparentes no país da crise econômica mundial, a avaliação positiva do presidente Lula voltou ao patamar de novembro passado, quando a taxa de aprovação do governo bateu 70%, em franca recuperação desde março, no pico do declínio causado pela recessão na maioria dos países do mundo, quando o índice atingiu 65%.

Na entrevista à Folha, o diretor geral do instituto, Mauro Paulino, atribuiu os últimos declínios à crise, mas a recuperação da nota média de 7,6, atingida em novembro do ano passado, a maior desde que assumiu a Presidência, em janeiro de 2003 deve-se ao fato de a população estar "mais confiante quanto ao desempenho do governo frente à crise, o governo recuperou o nível de aprovação", afirmou o executivo.

No vácuo

Embalado pelos excelentes níveis de popularidade no país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou, neste domingo, uma viagem de quatro dias pela América Central, na expectativa de conquistar mais espaço em uma região que vem sendo deixada de lado pelos norte-americanos. Tradicional área de influência dos Estados Unidos e do México, a América Central saiu do radar de prioridades dos dois países - o que, segundo o Itamaraty, abre novas possibilidades para a diplomacia brasileira.

– Sem dúvida esse será o tom da mensagem do presidente Lula nessas visitas – diz um diplomata brasileiro.

Durante o mandato do presidente George W. Bush, a América Central recebeu menos atenção dos americanos. O distanciamento aumentou com a crise financeira, que fez minguar os investimentos e as remessas para a região. Historicamente bastante ligado aos países da América Central, o México também vem se distanciando nos últimos anos.

– A prioridade dos mexicanos passou a ser os países mais desenvolvidos. Além disso, o governo tem grandes problemas internos para resolver, como a violência – diz o diretor da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade Autônoma de Guadalajara, Ricardo Flores Cantú.

Hugo Chávez

O vácuo deixado pela diplomacia norte-americana e mexicana, nos últimos anos, tem sido preenchido por outro líder na região: O presidente da Venezuela, Hugo Chávez. O caso mais simbólico é o de Honduras. Tradicional aliado dos Estados Unidos, o país passou por uma inversão política e é, hoje, um dos principais seguidores da política chavista. O diplomata do Itamaraty diz, no entanto, que o avanço de Chávez na região não é "fluido" e que, por isso, não preocupa.

– Muitos desses países veem no Brasil e não na Venezuela uma possibilidade de contraponto – disse o diplomata.

Segundo ele, muitos líderes da região "se espelham" na figura do presidente Lula, com quem criaram uma "forte relação". Ele cita o exemplo da Guatemala, cujo governo vem adotando políticas públicas "inspiradas" na experiência brasileira, como o "Mi Familia Progeso", espécie de Bolsa Família local.

Agenda

A agenda oficial começa nesta segunda-feira, em El Salvador. De lá o presidente parte para a Guatemala e, em seguida, para a Costa Rica. O presidente Lula quer aproveitar a visita para avançar nas conversas sobre um acordo entre o Mercosul e o Sistema de Integração Centro-Americana (Sica), grupo que inclui diversos países da região.

Além disso, há uma série propostas sobre a mesa que poderão resultar em financiamentos brasileiros à América Central. Apesar da proximidade e do desejo brasileiro por maior integração regional, o BNDES não tem linhas de crédito a nenhum país da região.

– Há muitos pedidos de crédito em andamento, mas nada foi efetivamente fechado até hoje – diz o diplomata.

Entre as propostas em fase avançada está uma linha de crédito ao governo da Guatemala para a compra de aviões da Embraer, no valor de US$ 99 milhões. O governo da Guatemala estuda ainda um crédito junto ao BNDES para a compra de 3 mil ônibus fabricados no Brasil. Em El Salvador, Lula participa da posse do presidente eleito, Mauricio Funes - um jornalista de centro-esquerda, casado com a representante do Partido dos Trabalhadores (PT) na América Central, Vanda Pignato.

Terceiro mandato

Em outra recente pesquisa do Datafolha, semana passada, revela que uma emenda constitucional para permitir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concorresse a um terceiro mandato receberia hoje o apoio de 47% dos brasileiros e seria reprovada por 49% (disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Em novembro de 2007, a mesma proposta era rejeitada por 63% dos entrevistados e tinha o apoio de apenas 34%. A pesquisa mostra ainda que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), possível candidata do PT à Presidência, reduziu em oito pontos a distância de José Serra (PSDB). No principal cenário, ela subiu cinco pontos e foi a 16%; o governador de SP perdeu três pontos e ficou com 38%.
Do site do Jornal do Correio do Brasil:
http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=153283