quarta-feira, 29 de maio de 2013

A mídia pauta a PF?

 
 Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O velho Brizola, volta e meia, saía-se com essa: tem cara de jacaré, tem couro de jacaré, tem boca de jacaré, como é que não é jacaré?

Lembrei disso agora cedo lendo a matéria de O Globo dizendo que “PF diz que tese do telemarketing perdeu força” na investigação da boataria sobre o Bolsa-Família.

Tese? Vamos reler o que as fontes do jornal disseram no dia 24 :

“Em menos de uma semana de investigação, a Polícia Federal descobriu indícios de que uma central de telemarketing com sede no Rio de Janeiro foi usada para difundir o boato de que o Bolsa Família, o principal programa social do governo federal, iria acabar”.

A matéria dizia que a transmissão do boato era feita através de mensagem de voz.

Só que agora, quando a mídia e a oposição se juntam para dizer que a causa do boato foi a liberação dos pagamentos, a versão muda.

Houve a mensagem de voz, sim, dizem as fontes da direção da PF. Mas o número era inexistente. Leiam:

“Em depoimento ao chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF, Carlos Eduardo Miguel Sobral, a beneficiária teria dito que recebeu uma mensagem de voz no celular sobre o fim do programa. Mas, segundo o gabinete do diretor-geral, a partir de um rastreamento da ligação, os policiais chegaram à conclusão que o número de onde teria partido o telefonema é inexistente”.

Como assim? Como é que um número inexistente faz ligações? Um número oculto, disfarçado, trocado, sim. Mas inexistente?

E tem mais: se a afirmação de que a empresa era do Rio foi feita sem outras informações, é algo que só poderia ser concluído se, ao menos, houvesse a indicação do código 21 no número chamador.

(Detalhe: a fonte, segundo o próprio jornal, é do gabinete do Diretor Geral. Não é o “sub do sub do sub”)

Partindo do princípio de que a cobertura é honesta e que a versão é da direção da PF, será que não ocorreu aos repórteres perguntar como é que um telefone que não existe faz ligações?

Será que aquele do thriller de terror “O chamado”?

Infelizmente, às vezes a gente tem de pensar que De Gaulle tinha razão.
 
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/05/a-midia-pauta-pf.html

Mercadante ao 247: “Com recorde, o Enem venceu"





  

Política pública atacada em editoriais e no noticiário da mídia tradicional desde 2009, Exame Nacional do Ensino Médio avança na população estudantil; adesão cresce 28% sobre o ano passado, chegando agora a 7,8 milhões de inscrições; "É um verdadeiro tsunami a favor de mais ensino de qualidade", disse o ministro da Educação ao 247; Aloizio Mercadante se consolida como portador de boas notícias para a presidente Dilma Rousseff

247 – O ministro Aloizio Mercadante, da Educação, está exultante. Na tarde desta terça-feira 28, ele comemorou um resultado que, na prática, deixa no vazio as críticas permanentes da mídia tradicional contra o Exame Nacional do Ensino Médio. Em editoriais com posicionamentos frontalmente contrários à substituição dos vestibulares tradicionais, ou no noticiário que superdimensionou problemas pontuais, jornais, revistas e tevês questionam a validade do Enem desde 2009. Foi o momento em que o exame, criado em 1998, passou a concorrer com os vestibulares tradicionais como via alternativa oficial de acesso ao ensino superior - e a trombar com interesses dos cursinhos pré-vestibular.

O Ministério da Educação divulgou hoje que 7,8 milhões de estudantes se inscreveram no Enem 2013, cujas provas serão aplicadas em 26 e 27 de outubro. É um número 28% maior do que o registrado no ano passado, de 6,4 milhões de inscritos. O pagamento das inscrições tem de ser feito até amanhã, mas mesmo com desistências o recorde de participação deverá ser mantido.

- O Enem venceu, resumiu ao 247 o ministro Mercadante. O recorde de inscritos mostra um verdadeiro tsunami de adesões e de exigências por mais ensino e, especialmente, por mais ensino de qualidade, completou.

O ministro acredita que o crescimento do público do Enem prova o acerto de políticas oficiais que criaram o ProUni, que concedeu 1,2 milhão de bolsas de estudo para o ensino superior, e o Fies, que financia com carência e juros reduzidos os alunos carentes que não poderiam pagar mensalidades de faculdades particulares. Foram assinados 850 mil contratos desse tipo de financiamento.

- O estudante percebe que há novas chances para crescer. O Enem aponta para a igualdade de oportunidades. O aluno sabe que, a partir do Enem, tem condições de seguir a carreira escolhida com apoio do poder público. Sabe que tem um mercado de trabalho para enfrentar. Ele reconhece que a situação está melhorando.

Além do fechamento recorde das inscrições do Enem, Mercadante festejou a aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do projeto de lei que destina cem por cento dos royalties do petróleo para o setor de Educação.

- Para aumentarmos o percentual da Educação no PIB, essa legislação é fundamental, comentou o ministro. Ele vai se especializando, assim, em ser um condutor de boas notícias para a presidente Dilma Rousseff.

Politicamente, o ministro vê suas chances de ser o candidato do PT ao governo de São Paulo subirem, ainda que, pessoalmente, tenha se retirado da disputa. O 'não' de Mercadante não foi levado a sério pelo ex-presidente Lula, que irá definir o nome do concorrente. Em entrevistas, Lula continua incluindo o ministro da Educação entre seus prováveis escolhidos.

Nesse campo, os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Saúde, Alexandre Padilha, concorrem com ele, assim como o titular da Fazenda, Guido Mantega, também citado por Lula. Agora correndo por fora, o certo é que Mercadante voltou ao páreo em ritmo forte.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/103483/Mercadante-ao-247-%E2%80%9CCom-recorde-o-Enem-venceu.htm

Taxa de negros empregadores passa de 22,84% para 30,19% em dez anos


Entre as mulheres negras o desemprego caiu de 18,2% para 7,7%, revela estudo de economista
CLARICE SPITZ , O Globo


Estilista Marah Silva, dona do Ateliê Cor Sincretismo, diz que herdou da mãe a veia empreendedora FOTO: Daniela Dacorso
RIO — Ainda desigual, mas com avanços. Nos últimos dez anos, negros experimentaram uma melhora nas taxas de emprego e de renda. Aumentou participação de negros entre os empregadores, a categoria mais bem paga do mercado de trabalho: em 2003, representavam 22,84% do total de empregadores; em 2013, já são 30,19%, revela estudo do economista Marcelo Paixão sobre empreendedores negros. É bem verdade que, quando estão em postos de comando, os negros estão predominantemente em atividades de mais baixo rendimento, sobretudo, no comércio e serviços em geral, como cabeleireiros, donos de armarinhos, designers e trabalhadores da construção civil, onde a presença deles é maioria. Entre as mulheres negras, grupo com maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho, o desemprego caiu de 18,2% para 7,7%.
Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, a melhora na economia propiciou a ascensão profissional. Com renda maior, o negro que trabalhava por conta própria pôde incrementar seu negócio e passar a contratar um funcionário, tornando-se um empregador.
— É um salto expressivo. O mercado de trabalho está menos desigual. Ainda se encontram as mazelas de gênero, de cor, de jovens, mas mais amenizadas — afirma Azeredo.
As desvantagens de empregadores negros passam por uma poupança menor. Com menos capital que os brancos, eles costumam ter negócios no setor de serviços, em que os investimentos são mais baixos. Mas a análise dos últimos dez anos mostra que a renda de empregadores negros subiu 42,59%, enquanto a dos empregadores brancos, 20,46%.
Enquanto em 2003, um empregador negro recebia o equivalente a 49,37% do rendimento de um empregador branco, hoje, ele ganha 58,43%. De acordo com Paixão, a redução dessas assimetrias no mercado de trabalho são explicadas, em parte, pela valorização do salário mínimo e de programas de transferência de renda.
— O rendimento de pretos e pardos, proporcionalmente, elevou-se mais que o dos brancos no mesmo intervalo, e tal cenário pode ter contribuído para esse movimento. O mesmo pode-se dizer da escolaridade média. Por outro lado, não se deve descartar por inteiro o fenômeno do crescimento relativo de pretos e pardos no conjunto da população, o que também inclui o grupo dos empregadores — afirma.
Paixão está em campo com uma pesquisa encomendada ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que investiga a discriminação no acesso ao crédito no país.
— Se o empregador não tem recursos, perde uma oportunidade muito grande. Tia Ciata passou a vida inteira com um tabuleiro, quando ela deveria ter uma barraquinha — ilustra.
Para o economista Marcelo Néri, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e ministro-chefe interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, o aumento da escolaridade é o fator fundamental para que negros obtenham um posto de comando.
Segundo Néri, embora o lucro de empreendedores sem instrução tenha sido 74,9% menor que o de pessoas com 11 anos ou mais de estudo, entre 2003 e 2013, o rendimento deles subiu 29,7% no período. A educação de um negro, em termos de anos de estudo, representa 80% da de brancos, segundo dados do Censo de 2010.
— A fotografia ainda é favorável a quem tem estudo, mas a novidade é o filme que mostra redução da desigualdade — afirma.
O presidente do Ipea avalia que contribuíram ainda para a ascensão de negros no mercado de trabalho o maior orgulho da raça, que se traduziu em mais pessoas se autodeclarando negras nas novas gerações. Segundo ele, apesar de ainda ser cedo para ver um efeito das cotas, a chance de alguém nascido nos anos 80 de se reportar como negro é 61% maior que a de um nascido nos anos 1940. Já em 2011, a chance de alguém se reportar como negro era 36% maior do que em 1998.
— Entre 2003 e 2011, 40 milhões de pessoas entraram na nova classe média e três quartos são pretos e pardos, quase a população negra sul-africana. Essa nova classe média é fruto do orgulho e do aumento da renda — resume Néri.
A empresária Lia Vieira diz que não foram poucas as vezes em que viu pessoas se surpreenderem com o fato de ela ser dona de uma agência de viagens. Com clientes predominantemente afrodescendentes e faturamento acima de R$ 200 mil mensais, Lia diz que a formação foi fundamental para que ela chegasse aonde chegou:
— Eu prezo muito a qualificação. O mercado é muito competitivo, e só há espaço para aqueles que investem em si mesmos. A grande dificuldade do empresário negro é que não temos poupança acumulada, não temos herança de família.
A estilista Marah Silva diz que herdou da mãe, baiana de acarajé, a veia empreendedora. Depois de trabalhar com produção de eventos e comida, ela saiu da informalidade em 2006, quando abriu um ateliê de moda na Lapa, centro do Rio. No mês passado, foram 480 peças, um feito para o tamanho do empreendimento.
— Para o empreendedor negro, infelizmente a cor ainda é um percalço, mas a postura não é. Eu sento com meu gerente de banco e vejo o primeiro olhar e o último. Ele nota que tenho conhecimento do que estou falando — diz Marah.
O empresário Josué Elias e a família trabalham com uma pequena empresa de acessórios e bijuterias em couro na casa onde também moram, em Cascadura. Para ele, mais que dificuldades de raça, os microempresários como ele sofrem com a burocracia.
— Acredito na força do trabalho. Com qualidade, tenho quebrado muitas barreiras. Já houve discriminação, mas não foi o mais importante.
A rede Instituto Beleza Natural, com 13 salões de beleza em três estados, nasceu quando a ex-empregada doméstica Heloísa Assis, a Zica, criou uma fórmula para relaxar cabelos crespos. Ao lado do marido Jair, do irmão dela, Rogério Assis, e da amiga Leila Velez, Zica criou uma rede especializada em cabelos crespos. Hoje, são uma média de 90 mil clientes por mês e um faturamento que subiu 27% entre 2011 e 2012.
— A cada instituto que abrimos geramos mais de cem empregos diretos — orgulha-se Zica.

http://mariafro.com/2013/05/28/em-10-anos-taxa-de-patroes-negros-subiu-de-2284-para-3019/

Aécio Neves diz que é contra a censura. Menos em Minas Gerais, claro!

O TERROR DO NORDESTE


Aécio Bebum Neves
Provocado por um repórter de TV que perguntou sobre os projetos do PT de criar um marco regulatório para os meios de comunicação, Aécio disse. “É evidente que a revista Veja não é apenas um patrimônio do grupo Abril, é um patrimônio do Brasil. 

É nosso papel obstruir qualquer ação que impeça a liberdade de imprensa, talvez esta seja a conquista mais importante do nosso tempo. Que a democracia e a liberdade e imprensa sema perenes.

Não é isso que diz o documentário a seguir reproduzido, nem as constantes censuras ao Novo Jornal.Aécio Neves tem mais é que parar de ser calhorda, vagabundo, canalha.




 

http://wwwterrordonordeste.blogspot.com.br/2013/05/aecio-neves-diz-que-e-contra-censura.html

Quem criou a Veja foi Mino Carta quem transformou a Veja num folhetim ficcional foi….


 Morreu sem cumprir sua promessa que derrubaria Dilma Rousseff e não foi por falta de tentativas.

Em 2010 a Revista Veja deixou-se editar por Carlinhos Cachoeira, houve até foca invadindo quarto de hotel de José Dirceu e tudo isso comprovado pelas investigações da Polícia Federal.

Um pouco antes a revista fez uma capa com o presidente Lula levando um pé na bunda entre as inúmeras capas que esta revista fez detratando o presidente ex-operário.

Preconceitos de classe, étnico, de gênero, regional abundam nos textos de seus colunistas e, por vezes, seu ~ jornalismo~ é não apenas partidarizado defendendo os interesses mais reacionários e do grande Capital, mas um jornalismo ficcional que cria fatos como os grampos no Senado ou as gravações de Marco Valério.

A Veja fez campanha contra as cotas, contra o Prouni, contra bolsa família, contra a PEC das domésticas e  pró-armamento, a favor da privatização das teles, das companhias de energia elétrica, da CSN, da Vale, da Petrobras, dos portos, dos aeroportos.

A Veja criminalizou e criminaliza todos os movimentos sociais e demonizou a reforma agrária e as lideranças desta luta no MST. Daí ser compreensível o pesar da Monsanto do Brasil com a morte de RC: “A Monsanto do Brasil expressa seu profundo pesar pelo falecimento de Roberto Civita”.

A Veja chama indígenas de ‘vagabundos’ e de só quererem ‘fazer tumulto’ e o folhetim já comparou homossexuais a cabra e a couve.

E aí vemos toda a alta plumagem do tucanato prestar condolências e chorar a morte de RC, afinal como bem disse Gilberto Maringoni é compreensível os agradecimentos pelos bons serviços prestados pela revista na defesa dos interesses tucanos.

O que é surpreendente, ou melhor seria mesmo surpreendente? É ler o que alguns ~petistas~ escreveram sobre a morte de RC:

“Lamento a morte do empresário Roberto Civita e apresento à família minhas condolências. Além do espírito empreendedor, o criador da revista VEJA marcou seu projeto editorial com a força do pluralismo das ideias e estar exposto a pontos de vista contraditórios é condição essencial da nossa vida democrática”
Se você tiver paciência e estômago acesse aqui.

E tem petista que não entende minha grande admiração por outro Roberto, o Requião:
Pelas declarações oficiais sobre a morte de Civita, foi um erro do governo ele, em vida, não ter sido ministro das comunicações de Dilma.
— Roberto Requião (@requiaopmdb) May 29, 2013

http://mariafro.com/2013/05/29/quem-criou-a-veja-foi-mino-carta-quem-transformou-a-veja-num-folhetim-ficcional-foi/

O estranho compadrio de cartolas da CBF com o Ministério Público



Ao se associar à CBF para melhorar sua imagem, Ministério Público.
                pode estar dando mais uma tremenda bola fora


A postura de austeridade, rigor e independência do Ministério Público (MP), esperada pelo cidadão, não combina com compadrios junto a cartolas do futebol. Principalmente depois que dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) andaram ocupando páginas policiais.

Mas para estarrecimento geral da nação, acaba de sair uma notícia de um compadrio entre "cartolas" da CBF e do MP, para fazer "merchandising" do Ministério Público em eventos promovidos pela CBF.

O acordo prevê faixas exibidas pelos clubes antes dos jogos do Brasileirão, divulgando o Ministério Público "como instituição parceira da sociedade e garantidora da democracia".
Já é de se perguntar o porquê de o Ministério Público precisar fazer propaganda deste tipo, inconvenientemente misturada à publicidade de cervejas, bancos e refrigerantes.

Será que a atuação polêmica de setores do MP, que tem gerado dúvidas, além de privilégios acima da razoabilidade (que outros funcionários públicos não têm), comprometeu tanto a imagem da instituição, a ponto de precisar fazer propaganda daquilo que é a razão de ser do órgão, de acordo com a Constituição de 1988?

O problema desse tipo de propaganda é queimar mais o filme da instituição, em vez de melhorar a imagem.

Ao invés de se aproximar diretamente do povo, indo onde ele está e tornando as portas do órgão mais abertas à população, a instituição se afasta do povo, sentando-se com cartolas para intermediar o contato indireto através da propaganda, como anteparo. Não poderia haver anti-propaganda pior.

Afinal, se quer mostrar ser parceiro da sociedade, é só arregaçar as mangas e trocar reuniões com cartolas por reuniões com grupos de populares, indo onde o povo está sendo vítima de injustiças.

Nenhuma cautela

De acordo com a notícia divulgada pelo próprio Ministério Público do Estado de São Paulo, "as tratativas para a campanha foram realizadas no último dia 17, durante reunião na Federação Paulista de Futebol (FPF), entre Marco Polo Del Nero, presidente da entidade e vice-presidente da CBF; o procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa; o procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Manoel Onofre de Souza Neto; o procurador de Justiça José Antonio Baeta de Melo Cançado, do Ministério Público de Minas Gerais, e Rogério Caboclo, vice-presidente de Finanças da FPF.
A intermediação do trato pelo vice-presidente da CBF, recomendaria cautela redobrada.

A CBF é uma entidade privada, onde cada segundo e cada centímetro de patrocínio são  cobrados em contratos milionários. Não é normal fazer merchandising de graça para ninguém. Por isso também não fica normal o MP aceitar (supondo que não tenha custos para o MP).

Marco Polo Del Nero tem um dos maiores escritórios de advocacia de São Paulo. É muito provável que tem muitos casos em que está defendendo a quem o MP está acusando. Mais um motivo que não pega bem para o MP.

Recentemente a "operação Durkheim" da Polícia Federal desarticulou duas organizações criminosas, uma especializada na venda de informações sigilosas e outra voltada à prática de crimes contra o sistema financeiro. Um dos mandatos de busca e apreensão foi em endereço de Del Nero. Ele próprio prestou depoimento na PF. Sem fazer juízo de valor sobre culpa ou não, o fato é mais um claro inconveniente para o Ministério Público agora aceitar "favores' intermediados pelo cartola.

http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/o-estranho-compadrio-de-cartolas-da-cbf-com-o-ministerio-publico-3246.html

A base aliada é pior que a oposição. Será que querem dinheiro?

 APOSENTADO INVOCADO

INFRAESTRUTURA

Luz pode subir 15% MP que gera desconto na conta de energia perderá validade na segunda-feira se não for aprovada pelo Senado

ANTÔNIO TEMÓTEO
SÍLVIO RIBAS
 
Caso deixe de analisar as medidas provisórias (MP) 601, que amplia a desoneração da folha de pagamento para 16 setores, e 605, que garante a redução da conta de luz para os consumidores, o Senado barra duas iniciativas do governo consideradas estratégicas para estimular a economia. Os textos, aprovados ontem pela Câmara dos Deputados, têm validade até segunda-feira. Mas como os senadores aprovaram regra que determina que MPs só podem ser analisadas pelo plenário se chegarem com pelo menos sete dias antes de perderem a eficácia, elas podem voltar à estaca zero. Nesse caso, os consumidores podem arcar com uma alta de até 15% nas faturas de energia.

A MP 605 permite a transferência de recursos de um fundo setorial, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), para ressarcir concessionárias de usinas térmicas na renovação de contratos, além de autorizar o governo a captar recursos no mercado para financiar essa parte da redução da tarifa.

Pelo texto, a CDE serviria basicamente para anular efeitos da decisão de algumas concessionárias de energia elétrica, como a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), de não aderir à proposta do governo de renovação antecipada e condicionada dos contratos de concessão em troca do desconto nas tarifas. Essa foi a arquitetura encontrada pelo governo para garantir a redução na conta de luz. Temeroso de uma resistência no plenário do Senado, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, chegou a telefonar a aliados nos últimos dias, pedindo apoio na aprovação.

Saída

Os parlamentares da base governista não admitiam, até a tarde de ontem, a hipótese de o plenário do Senado deixar de apreciar as duas MPs dentro do prazo. Mas alguns já estavam avaliando a possibilidade de encontrar uma saída no Congresso, pelo menos no caso da desoneração da conta de luz. Uma opção seria inserir a transferência de recursos do Tesouro em outra MP que esteja tramitando. O “contrabando” teria como alvo um texto em condições de ser votado imediatamente, evitando uma suspensão dos efeitos da MP, que está perto de caducar.

Outra alternativa seria encaminhar ao Congresso outro projeto de lei de igual teor, em regime de urgência. “Se a MP da conta de luz não for aprovada, pode causar uma mudança de 5% a 15% no preço da energia”, disse o líder do PT, Wellington Dias (PI).

A redução das tarifas de eletricidade foi anunciada em setembro de 2012 pela presidente Dilma Rousseff. Para os consumidores residenciais, a tarifa recuou, em média, 18%, e para o setores empresariais, o corte chegou a 32%.

No polêmico anúncio do pacote elétrico, o governo ofereceu às empresas transmissoras e distribuidoras que tinham contratos vencendo até 2017 a chance de renovarem antecipadamente as concessões. Em contrapartida, impôs duras condições. A maior delas foi receber menos pelos serviços de geração e transmissão. Para garantir a queda no custo da conta de luz, o governo deve desembolsar R$ 19 bilhões em indenizações às empresas do setor elétrico e mais R$ 3 bilhões, anualmente, para o fundo compensatório.

Prejuízo

Editada no fim do ano passado, a MP 601 permite que as empresas da construção civil e 16 segmentos da economia sejam incluídos no benefício da desoneração da folha de pagamento e amplia o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra). Segundo a assessoria técnica do PSDB, caso a medida não entre em vigor, o prejuízo para as empresas listadas chegaria a R$ 6 bilhões por ano. Wellington Dias admitiu que o governo pode até colocar também o conteúdo em outra MP, “mas algumas mudanças podem ficar sem validade nesse tempo”.
 
http://aposentadoinvocado1.blogspot.com.br/2013/05/a-base-aliada-e-pior-que-oposicao-sera.html

Protógenes acusa mulher de Gurgel de levar propina





Deputado federal pelo PCdoB afirmou que a subprocuradora Cláudia Sampaio recebeu R$ 280 mil do banqueiro Daniel Dantas e que o dinheiro também teria sido oferecido ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel; empresário do Banco Opportunity entra com queixa-crime contra o parlamentar no STF e Gurgel vê a acusação como "calúnia" de um deputado que, agora, será investigado pelo Supremo; Protógenes é acusado de ter vendido a Operação Satiagraha a interesses privados

247 – O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) acusou a subprocuradora Cláudia Sampaio de ter recebido propina do banqueiro Daniel Dantas e levantou suspeitas sobre seu marido, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Segundo o parlamentar, que deu as declarações no último dia 9, num encontro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Caetano do Sul (Grande São Paulo), o dinheiro teria como objetivo fazer com que o empresário não fosse investigado e que a subprocuradora desse parecer ao STF favorável à quebra dos sigilos telefônico, fiscal e bancário do deputado.

O encontro onde ocorreu a fala do parlamentar teve como tema "Os bastidores da Operação Satiagraha", ação iniciada em 2008 e comandada por Protógenes, então delegado da Polícia Federal. Na ocasião, Dantas acabou sendo preso e solto em menos de 24 horas por ordem do ministro Gilmar Mendes, do STF. A operação foi suspensa por conta de atuação irregular de agentes da Abin. No final de abril, no entanto, Cláudia Sampaio, que já havia se manifestado pelo arquivamento da apuração, reapresentou parecer favorável à investigação, alegando que Protógenes tinha conta na Suíça e que a PF havia encontrado R$ 280 mil na casa do deputado.

Na palestra, Protógenes rebateu as acusações, afirmando que pedirá certidão à Justiça comprovando que não houve a apreensão do dinheiro. "Essa mulher (Cláudia) fez isso (...) Essa certidão vai ter que atestar que não existe 280 mil apreendidos, eu não sei de onde ela tirou, talvez seja os 280 mil que o Daniel Dantas tenha dado para ela, prá dar esse parecer... de cafezinho, né?", disse o deputado. Ele ressalta o fato de que em nenhum outro caso a Procuradoria voltou atrás, como ocorreu com esse, em que Cláudia Sampaio mudou seu parecer. "É perigoso para o Estado ver instituições superiores comprometidas e corruptas", declarou.

O advogado do banqueiro Daniel Dantas, que foi chamado de "bandido" por Protógenes, apresentou queixa-crime no STF contra o deputado por calúnia e difamação, como noticiou nesta terça-feira o 247. Andrei Zenkner, argumenta que as ofensas do delegado afastado não têm qualquer relação com a atividade de deputado e que o Supremo vem afastando a imunidade parlamentar em casos como esse. Já Roberto Gurgel definiu como "calúnia" as acusações de Protógenes. "A calúnia foi feita imediatamente após terem sido requeridas diligências em inquérito a que o deputado responde no STF, circunstância que fala por si mesma", disse o procurador-geral.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/103535/Prot%C3%B3genes-acusa-mulher-de-Gurgel-de-levar-propina.htm