quarta-feira, 31 de julho de 2013

IDH: Lula 10 vs 0 FHC


Os colonistas (*) pigais (**) tentam tucanar o resultado do IDHM … Por que o Cerra e o Alckmin esconderam o FHC do palanque?

O Conversa Afiada reproduz post do Instituto Lula que ajuda a entender o que o Marcelo Neri descreveu como um resultado es-pe-ta-cu-lar!

Dados do IDH por município mostram escala das mudanças no Brasil nos últimos 10 anos



O Brasil viveu uma radical mudança em qualidade de vida, distribuição de renda e educação entre 2000 e 2010. Os desafios pela frente ainda são grandes, mas as conquistas dos últimos anos mostram que o país caminha no rumo certo. Os dados que referendam essas afirmações estão no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, lançado nesta segunda-feira (29), em Brasília, pelo PNUD, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.


Na semana passada, em Salvador, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia falado sobre a importância de reconhecer as conquistas e continuar avançando. “Tem gente querendo fazer com que as pessoas esqueçam o que fizemos nos últimos dez anos”, afirmou Lula no começo de seu discurso em comemoração pelos 10 anos de governo democrático e popular. “Nós temos o direito de reivindicar tudo que falta, mas temos a obrigação de reconhecer tudo que conquistamos”, completou.


O Atlas 2013 mostra que cerca de 74% dos municípios brasileiros (ou 4.122 deles) se encontram nas faixas de Médio e Alto Desenvolvimento Humano. O trabalho pela frente ainda é grande, cerca de 25% deles (ou 1.431 municípios) estão nas faixas de Baixo e Muito Baixo Desenvolvimento Humano. Ainda mais reveladora é a comparação com os dados da série histórica. Em 1991, 99,2% dos municípios brasileiros estavam nas faixas de IDH de Baixo e Muito Baixo desenvolvimento. Em 2000, 71,5% dos municípios, bem mais de dois terços do país, encontrava-se na mesma situação. Dez anos depois, esse número havia baixado para 25,2%, porcentagem menor do que a dos municípios no extremo oposto, de Alto e Muito Alto Desenvolvimento, que faziam 34,7% do país.

Os dados refletem a evolução apresentada pelo IDHM do Brasil nas duas últimas décadas, ao sair da faixa de Muito Baixo (0,493) em 1991 para Alto (0,727) em 2010. Esta evolução sinaliza também que o país está conseguindo, aos poucos, reduzir as disparidades históricas de desenvolvimento humano entre os municípios das regiões Norte e Nordeste e aqueles localizados no Centro-Sul.

Apesar da evolução neste quadro, a análise por regiões mostra que o Nordeste ainda tem a maioria de seus municípios no grupo de Baixo Desenvolvimento Humano (61,3%, ou 1.099 municípios), enquanto no Norte eles somam 40,1% (180 municípios) nesta categoria. Pelos dados atuais, 0,8% dos municípios do Brasil (44 deles) faziam, em 2010, parte da faixa de Muito Alto Desenvolvimento Humano e 33,9% estavam na faixa de Alto Desenvolvimento.

Educação foi o indicador que mais melhorou
O item educação foi o que mais melhorou no acompanhamento do PNUD (128%), mas é também aquele que apresenta menor valor absoluto do IDHM (0,637 em 2010, contra 0,279 em 1991). Pelos dados reajustados, em 1991, apenas três municípios (de um total de 5.565) estavam acima da faixa mais baixa de desenvolvimento humano em educação. Em 2000, a situação havia mudado sensivelmente no Sudeste e no Sul, mas continuava idêntica na maior parte do Brasil. O mapa de 2010 mostra a mudança em todas as regiões do país, puxada principalmente pelo aumento do fluxo escolar de crianças e jovens (156%).

Alguns dados de educação (entre 1991 e 2010):
- População adulta com ensino fundamental concluído passou de 30,1% para 54,9%
- Crianças de 5 a 6 anos frequentando a escola passou de 37,3% para 91,1%
- Jovens de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental passou de 36,8% para 84,9%
- Jovens de 15 a 17 anos com fundamental completo passou de 20% para 57,2%
Porém: 40% dos jovens nesta faixa ainda não têm fundamental completo
- Jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo passou de 13 para 41%
Ou seja: a maioria destes jovens ainda não possui médio completo



(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

http://www.conversaafiada.com.br/economia/2013/07/31/idh-lula-10-vs-0-fhc/

Desigualdade caiu 1,89% com FHC e 9,22% com Lula


A divulgação na última segunda-feira do Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM) gerou um previsível proselitismo político da grande mídia em relação a uma pequena diferença no desempenho dos indicadores do estudo em favor do decênio em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso governou em maior parte.

A Folha de São Paulo, por exemplo, destaca que o IDHM subiu 24,14% (de 0,493 para 0,612) entre 1991 e 2000 (década em que FHC governou por 6 anos), enquanto que subiu 18,79% (de 0,612 para 0,727) de 2000 a 2010 (década em que FHC governou por 2 anos e Lula, por 8 anos).

Abaixo, um quadro que mostra em que áreas de estudo do IDHM o governo FHC teve melhor desempenho. O gráfico deixa claro que a política de “universalização da educação” no governo FHC foi responsável pela melhora um pouco maior na década retrasada nesse índice específico da ONU. Àquela época, houve um grande esforço para “colocar todas as crianças e adolescentes na escola”



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O intuito da Folha, é óbvio, foi o de desmontar a teoria de que a era Lula foi superior à era FHC no “social”.

Infelizmente, o IDHM é um índice apurado a cada 10 anos e, assim, não existe disponibilidade ano a ano de sua evolução. Se existisse, ficaria claro que a década “de Lula” foi prejudicada pelos 3 anos finais do governo FHC (2000, 2001 e 2002), quando o país mergulhou em uma gravíssima crise econômica que teve início em 1998 e que piorou todos os indicadores até o primeiro ano do governo Lula (2003), a partir do qual o Brasil começou a melhorar socialmente.

Assim como o desemprego e a inflação dispararam entre 1999 e 2002 (o segundo mandato de FHC), pode-se supor que os dados apurados pelo PNUD, pelo IBGE e pelo IPEA para compor o IDHM também devem ter sofrido com a situação vigente naqueles quatro anos.

Seja como for, para esclarecer melhor essa pequena diferença em favor do período FHC no âmbito do IDHM, o Blog da Cidadania, mais uma vez, recorreu ao doutor Marcio Pochmann, que foi presidente do IPEA entre 2007 e 2012 e que, semana passada, concedeu-lhe uma entrevista.

Abaixo, a visão de Pochmann sobre o resultado do estudo recém-divulgado e, em seguida, um dado impressionante que o Blog apurou sobre a distribuição de renda no Brasil nos governos Lula e FHC.

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O índice de desenvolvimento Humano das Nações Unidas foi criado em uma época em que a dominação neoliberal era bastante grande no mundo. Hoje estamos vivendo um quadro de questionamento do que foi o neoliberalismo e os resultados sociais e econômicos que deixou. 

O IDHM é simplista e se fundamenta em três informações: renda per capita, expectativa de vida e escolaridade. Esses três indicadores, de maneira geral, têm quase uma progressão natural porque é difícil um país não abrir escolas, não crescer minimamente a sua economia e é difícil não haver ganhos na saúde, que resulta em mais expectativa de vida. 

No meu entender, esse índice deveria ser melhor aprofundado, com dados tão importantes quanto expectativa de vida, educação e escolaridade. Haveria que incluir indicadores de maior qualidade. Da forma que é feito, não permite uma visão mais complexa e aprofundada dos países.

Da forma como é feito esse estudo, é como medir a temperatura de dois braços, estando um no congelador e o outro no forno. Somam-se as temperaturas de ambos os grupos (mais pobres e mais ricos) e se tira a média, o que produz um resultado distorcido”.
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Com base na explicação do doutor Pochmann, o Blog foi verificar outro indicador que explica melhor o que aconteceu no Brasil durante os governos Lula e FHC em termos, por exemplo, de distribuição de renda e o resultado foi impressionante.

O gráfico abaixo foi extraído da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) 2011. Ilustra os níveis de concentração de renda no Brasil de 1995 a 2002 (governo FHC) e de 2003 a 2011 (governo Lula), apurados pelo Índice de Gini.


O que se nota, através do gráfico acima, é que, enquanto entre 1995 e 2002 (8 anos) a concentração de renda no Brasil caiu 1,89%, de 2003 a 2011 (9 anos) a queda foi de 9,22%. Ou seja: o gráfico mostra uma queda da desigualdade durante a era FHC que foi quase que inercial, enquanto que durante a era Lula-Dilma foi uma política de Estado.

Se o IDH juntasse a concentração de renda e a redução da pobreza aos três dados “simplistas”, por certo haveria como comparar os governos Lula e FHC no que tange ao social. Usar para esse fim somente três indicadores que são afetados pelo transcurso do tempo e pelo desenvolvimento que experimenta qualquer país, é vigarice.

http://www.blogdacidadania.com.br/2013/07/desigualdade-caiu-189-com-fhc-e-918-com-lula/

Bomba: a funcionária que sumiu com fraude da Globo !


Azenha e Amaury, na Record, detonam fraude que MP preferiu não investigar.

O Conversa Afiada reproduz reportagem do Jornal da Record desta segunda-feira sobre a fraude da Globo na Receita Federal.

Cadê o DARF ?

E o ECAD, que ela também não paga ?

Deve ser por isso que a Globo se converteu ao papismo desvairado, nos últimos dias .

Ela não sabia que tinha sido condenada ... (Clique na imagem para assistir à reportagem

http://www.conversaafiada.com.br/pig/2013/07/30/bomba-a-funcionaria-que-sumiu-com-fraude-da-globo/

Concessão da TV Globo será revogada?




http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/07/concessao-da-tv-globo-sera-revogada.html

Tijolaço e a Globo:

 o Gurgel brindeirou !

Por que o MP não quis a Polícia Federal na investigação? Por que não quis quebrar nem aceitou o pedido da ladra para que se quebrassem seus sigilos fiscal e telefônico?


Saiu no Tijolaço do Fernando Brito:

Finalmente o caso de sonegação da Rede Globo chega à TV, com a exibição da matéria de Luiz Carlos Azenha, com informações de Amaury Ribeiro Jr., ontem, no Jornal da Record.

Embora a maioria dos fatos narrados ali já tivessem sido veiculados na blogosfera, além da importância do assunto ter, finalmente, chegado ao grande público, duas informações escandalosas acabaram me chamando a atenção.

E ambas indicam ter havido um completo desinteresse do Ministério Público em investigar mais profundamente um caso que envolvia nada menos que R$ 615 milhões.

Primeiro: o fato não foi objeto de inquérito policial, embora isto não seja condição sine qua non para o processo judicial – justamente como a PEC 37 queria abolir – porque o Ministério Público conduziu a investigação junto à Receita, certamente poderia aprofundar o conhecimento do porquê e do para quem se deu o furto do processo, que continha uma decisão na iminência de ser intimada formalmente.

Isto está meridianamente claro na página 2 da sentença judicial, porque foi objeto de questionamento da própria ladra.

Segundo, o Ministério Público recusou – isso mesmo, recusou – o pedido de perícia nas contas bancárias e nos telefones da condenada, por considerar irrelevantes e apenas destinados a protelar o andamento do processo. Também isso está consignado na página 3 da sentença, que republico abaixo para facilitar a consulta.

Clique aqui para ler os documentos


Assim, Cristina foi condenada apenas pelos crimes previstos nos artigos 305 e 313-A do Código Penal – supressão de documento público e inserção de dado falso em sistema informatizado público, respectivamente – que dispensam a existência de interesse alheio no ato criminoso e, portanto, dispensariam a investigação sobre a participação de terceiros.

O Ministério Público Federal está desafiado a explicar a conduta de seu representante neste processo que não está – não adianta alegar isso – protegido por nenhum sigilo fiscal ou judicial.

1- Por que não quis a Polícia Federal na investigação?

2- Por que não quis quebrar nem aceitou o pedido da ladra para que se quebrassem seus sigilos fiscal e telefônico?

E agora, o mais grave:

Azenha destaca que a nota oficial da Globo diz que somente no último dia 9 a emissora teve conhecimento do sumiço do processo.

É a confissão de que a Globo sequer foi chamada pelo Ministério Público para falar de um processo de seu interesse – e que interesse: R$ 615 milhões! – que desapareceu em plena Receita, justamente no momento em que seria notificada do débito.

O MP, segundo sua nota, apenas perguntou à funcionária quem havia mandado fazer isso. Como ela não falou, muito bem, “morreu o assunto”.

Perdão, mas não somos idiotas.

Os senhores promotores podem ficar “consternados” de que o público saiba disso. Podem até querer – só querer, porque não tem base legal alguma para fazê-lo – processar quem revela este crime, em lugar de fazê-lo em relação aos que dele se beneficiaram, no mínimo, com prazo extra – afinal, só foram notificados dez (!) meses depois – para contestar seus débitos milionários.

Mas não podem se portar como um ente imperial, que não pode ter seus atos examinados e ponderados pelos cidadãos.

A atuação do MP no caso do surrupio dos documentos da Globo e no julgamento de Cristina Maris Meinick Ribeiro não estão, repito, cobertos por qualquer tipo de sigilo, nem fiscal, nem judicial.


Clique aqui para ler: “Bomba ! A mulher que roubou a fraude da Globo!”.

E aqui para ler “Cinismo de Gurgel foi longe demais”.

E, como diz o Mino, é tudo a mesma sopa. Clique aqui para ver que foi o Gilmar quem deu o HC que tirou a ladra da cadeia.

http://www.conversaafiada.com.br/pig/2013/07/30/tijolaco-e-a-globo-o-gurgel-brindeirou/

Ferro e a fraude da Globo:

Cadê o Merval, o Jabor ?

Jornal da Record informa que o MP do DF tem 90 dias para concluir investigação criminal sobre a fraude em paraíso fiscal.

O Conversa Afiada reproduz reportagem de Luiz Carlos Azenha.

Nesta terça-feira, ele e o Amaury Ribeiro Jr já tinham lançado esta bomba no colo da empresa agora conhecida como “Sonega Globo”.

Clique na imagem para assistir à matéria


Em tempo: o deputado Fernando Ferro poderia incluir na lista dos (agora mudos) paladinos da Ética e da Moral (quando tratam de petistas), o dos múltiplos chapéus e a Urubóloga, que também deve a leitores uma análise profunda sobre a queda da arrecadação da Receita, com a mega-fraude no que Ferro chama de “inferno fiscal”.

http://www.conversaafiada.com.br/pig/2013/07/31/ferro-e-a-fraude-da-globo-cade-o-merval-o-jabor/

Justiça condena a Globo

 
Do sítio Vermelho:

A Justiça Federal no Tocantins condenou a emissora Globo Comunicação e Participações S/A e a empresa Quatro Elementos Turismo Ltda a repararem o dano causado à Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins pelo uso indevido de imagem durante a veiculação de uma reportagem exibida no programa Esporte Espetacular do dia 25 de abril de 2010, que associa a imagem da cachoeira da Fumaça à prática de rafting esportivo, prática esta, incompatível com os objetivos das estações ecológicas.

A sentença proferida pela titular da 1ª vara, juíza federal Denise Dias Dutra Drumond, julgou procedente a ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal e condenou as empresas ao pagamento de indenização ao Meio Ambiente no valor de 500 mil reais e a reparação do dano por meio da produção de uma reportagem, previamente autorizada, com o tema “Turismo Sustentável na Região do Jalapão”, que deverá ser exibida em horário semelhante e com a mesma duração da anterior.

Consta nos autos, que a reportagem exibida foi feita mesmo com o pedido de autorização negado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia federal que administra a área. De acordo com o relatório do ICM, a equipe foi avisada sobre o impedimento de realizar gravações com foco na prática de esportes radicais naquela área, tendo em vista que a Instrução Normativa do IBAMA 05/2002 determina que as matérias jornalísticas realizadas em Estações Ecológicas e Reservas Biológicas não deverão fomentar atividades que não sejam de caráter científico e preservacionista.

Em sua fundamentação a magistrada ponderou que a Estação Ecológica foi criada para evitar a exploração turística e econômica desordenada. Para isso a legislação proíbe a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional ou científico. “Em outras palavras, a Estação Ecológica tem em seu anonimato um de seus grandes trunfos, pois fica assim protegida da curiosidade leiga e da depredação que a atividade turística em massa e desordenada promove. Logo, a exposição em si mesma da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins como área propícia à prática esportiva, diversa portanto de sua finalidade legal específica, já configura o dano ambiental” constatou.

Na defesa, as empresas alegaram inexistência de dano ambiental e a Globo Comunicações alegou ofensa a liberdade de imprensa. Argumento este, afastado pelo juízo federal durante a fundamentação. Para a magistrada, não se pode permitir abusos no desfrute da plenitude de liberdade de imprensa e este direito não está imune à obrigação de indenizar caso haja lesão à bem jurídico de terceiros.

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/07/justica-condena-globo.html

terça-feira, 30 de julho de 2013

Papa estimula protestos contra Globo





 
Por Altamiro Borges

A mídia fez de tudo para politizar a visita do papa Francisco ao Brasil. Cauteloso, o líder religioso bem que evitou entrar nas bolas divididas, enfatizando que desconhecia a realidade nacional. Mesmo assim, jornais, revistas e emissoras de tevê insinuaram que ele condenou a corrupção no país e incentivou manifestações de rua. O Globo até estampou no título: "Papa estimula jovens a protestar". Já que se trata de aposta, não de jornalismo, dá para intuir que ele também defendeu novos protestos contra as manipulações deste império midiático. É só ler atentamente o que o papa disse ao repórter Gerson Camarotti, da Globo News:

 "Com toda a franqueza lhe digo: não sei bem por que os jovens estão protestando. Esse é o primeiro ponto. Segundo ponto: um jovem que não protesta não me agrada. Porque o jovem tem a ilusão da utopia, e a utopia não é sempre ruim. A utopia é respirar e olhar adiante. O jovem é mais espontâneo, não tem tanta experiência de vida, é verdade. Mas às vezes a experiência nos freia. E ele tem mais energia para defender suas ideias. O jovem é essencialmente um inconformista. E isso é muito lindo! É preciso ouvir os jovens, dar-lhes lugares para se expressar, e cuidar para que não sejam manipulados".

O blogueiro Ricardo Noblat, hospedado no sítio do jornal O Globo, deu destaque hoje para este trecho da entrevista. Ele apenas retirou a última frase: "cuidar para que não sejam manipulados". Curioso, né!
 
 
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/07/papa-estimula-protestos-contra-globo.html

Desenvolvimento Humano cresce com vigor !

 

Bolsa Família empurra a Educação ! Chora, Cerra, chora !


O Conversa Afiada reproduz reportagem do G1 sobre o PNUD dos municípios brasileiros:

IDH municipal do Brasil cresce 47,5% em 20 anos, aponta Pnud



O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil cresceu 47,5% entre 1991 e 2010, segundo o “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013″, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). De acordo com a publicação, a cidade com o IDHM mais elevado é São Caetano (SP), e os municípios que tiveram maior evolução no quesito “renda” são das regiões Norte e Nordeste.

A classificação do IDHM geral do Brasil mudou de “muito baixo” (0,493), em 1991 para “alto desenvolvimento humano” (0,727), em 2010. Em 2000, o IDHM geral do Brasil era 0,612, considerado “médio”.


O IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda).

O IDHM do país não é a média municipal do índice, mas é um cálculo feito a partir das informações do conjunto da população brasileiras em relação aos três indicadores. O IDH municipal também tem critérios diferentes do IDH global, que o Pnud divulga anualmente e que compara o desenvolvimento humano entre países.

Entre os três indicadores que compõem o IDHM, o que mais contribuiu para a pontuação geral do Brasil em 2013 foi o de longevidade, com 0,816 (classificação “desenvolvimento muito alto”, seguido por renda (0,739; “alto”) e por educação (0,637; “médio”).

Apesar de educação ter o índice mais baixo dos três, foi o indicador que mais cresceu nos últimos 20 anos: de 0,279 para 0,637 (128%). Segundo o Pnud, esse avanço é motivado por uma maior frequência de jovens na escola (2,5 vezes mais que em 1991). No indicador longevidade, o crescimento foi 23% entre 1991 e 2010; no caso de renda, a alta foi de 14%.

Categoria ‘muito baixo’ encolhe

Em 20 anos, 85% dos municípios do Brasil saíram da faixa de “muito baixo desenvolvimento humano”, segundo classificação criada pelo Pnud. Atualmente, 0,57% dos municípios, ou 32 cidades das 5.565 do país, são consideradas de “muito baixo desenvolvimento humano”.

De acordo com os dados do “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013″, 85,8% dos municípios brasileiros faziam parte do grupo de “muito baixo desenvolvimento humano” em 1991. Em 2000, esse número caiu para 70% e, em 2010, despencou para 0,57% .
(…)
Clique aqui para ver o gráfico.
Em tempo: Clique aqui para ler “Fies tem 10 vezes mais alunos em 3 anos”

 Muitos dos maiores avanços vieram nos últimos 10 anos.

Veja só:

“De acordo com os dados do “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013″, 85,8% dos municípios brasileiros faziam parte do grupo de “muito baixo desenvolvimento humano” em 1991.

Em 2000, esse número caiu para 70% e, em 2010, despencou para 0,57% .”

Note: a diferença entre 2000 e 2010. É enorme.

Em um trecho anterior, diz:

“Apesar de a educação ter o índice mais baixo dos três, foi o indicador que mais cresceu nos últimos 20 anos: de 0,279 para 0,637. Segundo o Pnud, esse avanço é motivado por uma maior frequência de jovens na escola (2,5 vezes mais que em 1991).”

Quer dizer, para ganhar, todo mês, o dinheiro do Bolsa Família é preciso que os filhos dos beneficiários frequentem a escola.

Alisson Matos, editor do Conversa Afiada


http://www.conversaafiada.com.br/economia/2013/07/29/desenvolvimento-humano-cresce-com-vigor/

Distrito Federal tem IDH municipal mais alto do país

APOSENTADO INVOCADO


 O Distrito Federal é a unidade da federação com o IDHM mais elevado do país (0,824). São Paulo vem depois, com 0,783. Alagoas está na outra ponta, com 0,631, seguido pelo Maranhão (0,639). Apesar de continuar grande, a desigualdade entre os Estados diminuiu 25,5% nas últimas duas décadas.
Com renda per capita média de R$ 1.715,11, o DF tem expectativa de vida de 77,35 anos e o IDHM educação de 0,742. Em Alagoas, a renda é R$ 432,56; a expectativa, de 70,32 anos; e o IDHM de 0,520.
Compilado com dados dos censos demográficos do IBGE, o índice leva em conta educação, expectativa de vida e renda e varia numa escala de 0 a 1, considerando o 1 como o mais avançado. Essa escala é dividida em cinco faixas (de muito baixo a muito alto desenvolvimento).
Das capitais brasileiras, apenas cinco delas aparecem entre os 20 municípios de maior IDHM: Florianópolis (3º), Vitória (4º), Brasília (9º) e Belo Horizonte (20º).

Os Estados do Sul e do Sudeste continuam liderando em desenvolvimento e possuem indicadores superiores aos do Brasil e a maioria dos seus municípios está concentrada na faixa de alto desenvolvimento. Isso se aplica a 64,7% das cidades do Sul e a 52,2% dos municípios do Sudeste.
No Centro-Oeste (56,9%) e no Norte (50,3%), a maioria está na faixa de médio desenvolvimento. Já o Nordeste tem 61,3% dos seus municípios na faixa de baixo desenvolvimento.
A maior redução das disparidades entre os Estados foi encontrada no IDHM longevidade, que teve queda de 41,6% de 1991 para 2010. "Muito se deve à queda na mortalidade infantil", explica Marcelo Neri, presidente do Ipea e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência. 

http://aposentadoinvocado1.blogspot.com.br/2013/07/distrito-federal-que-o-colunista.html

sábado, 27 de julho de 2013

Terror midiático naufraga diante da realidade


 

Programas oficiais como Bolsa-família, Enem e Mais Médicos, o regime de pleno emprego e o controle da inflação já foram, um a um, dinamitados, antecipadamente, pela mídia tradicional; ao que se pode ler nos últimos meses em revistas como Veja, Exame e Época, fracasso de todas as principais iniciativas do governo Dilma, sem exceção, era líquido e certo; na vida real, porém, quadro é outro: inflação de junho foi de 0,07%, Mais Médicos bateu metas, Enem superou recordes, Bolsa-família é copiado mundialmente e estádios que Veja previu para 2038 já foram entregues e estão em uso; até aposta em que se cantaria o Hino Nacional de costas, na Copa das Confederações, deu errado, assim como a do apagão de energia; mídia vai se emendar?

247 – Um a um, todos os principais programas lançados pela presidente Dilma Rousseff foram dinamitados, desde logo e sem piedade, pela imprensa tradicional. A vida real, no entanto, mostrou, com o tempo, que todas, repita-se, to-das as sinistras previsões multiplicadas pela mídia não pagaram as apostas. Em outras palavras, o escrito não valeu. Acompanhe:

INFLAÇÃO DISPARADA - O terrorismo midiático com forte viés ideológico previu, no início do ano, uma disparada sem freios da inflação, com uma capa da revista Veja, em janeiro, mostrando Dilma, em montagem grosseira, pisando no tomate. Na Rede Globo, Ana Maria Braga, quem não se lembra?, exibiu um colar em que os legumes vermelhos faziam as vezes de pérolas. Em junho, no entanto, a variação do Índice de Preços aos Consumidor (IPC) foi de ínfimos 0,07% e, para julho, todas as previsões convergem para uma deflação. Até o presidenciável José Serra, em teleconferência esta semana, admitiu que o índice inflacionário fechará o ano dentro da meta prevista pelo BC. O assunto, assim, saiu da pauta.

APAGÃO ENERGÉTICO - Antes da aposta na alta dos preços, não houve noticiário de jornal ou colunista que não tivesse cravado, na virada do ano, um iminente apagão de energia elétrica no País. Nesse campo, a ênfase mais especial partiu no jornal Folha de S. Paulo e sua articulista Eliane Cantanhêde. As defesas feitas pela presidente em pessoa e o ministro Edson Lobão, das Minas e Energia, foram ironizadas e desprezadas.

LUZ MAIS CARA - O propalado colapso no sistema de energia, porém, não se deu, e o Brasil continuou com suas luzes acesas, apesar do obscurantismo da mídia tradicional. Mais ainda, o igualmente combatido plano federal de barateamento das contas de luz para todos os consumidores do País, indiscriminadamente, por meio de subsídios oficiais, deu certo – e, hoje, o que se paga pela energia é mais de 10% menos do que o custo no início do ano.

FRACASSO DO ENEM - A aposta pelo caos energético foi sucedida, este ano, pela cravada geral na imprensa de que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seria um retumbante fracasso. Desta feita, foi o jornal O Estado de S. Paulo quem mais aplicadamente bateu o bumbo da derrota governamental. O que se viu quando foram contadas oficialmente as inscrições do Enem de 2013, entretanto, foi um recorde espetacular, com mais de 7,8 milhões de adesões espontâneas da classe estudantil. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, outro que não encontrava repercussão para suas previsões de sucesso, acertara em cheio.

BOLSA-FAMÍLIA INÚTIL - Hoje um sucesso mundial, exportado para diferentes países, o Bolsa-Família, dinamizado no atual governo, que o levou para mais de 10 milhões de lares no País, foi ironizado, escrachado e combatido de todas as formas. O fato, gostem os barões da mídia ou não, é que ele sobreviveu, proliferou e modernizou-se com o passar dos anos, tornando-se o ponto de alavancagem para que 40 milhões de brasileiros, nos últimos anos, superassem sua situação de pobreza extrema.

MAIS MÉDICOS DERROTADO - Nesta sexta-feira 26, quando o programa Mais Médicos, que visa situar profissionais de Medicina nos rincões do Brasil, com salários de até R$ 10 mil para os que aceitarem o desafio, encerrou suas inscrições, mais do mesmo. Atacado por todos os flancos, o Mais Médicos obteve 18,4 mil inscrições de interessados em participar, além da adesão de mais de 3,5 mil municípios, ou 63% do total das cidades brasileiras. Um sucesso que a mídia tradicional, outra vez, não apenas não soube adiantar ao público, como o colocou no rumo errado de que, assim como os já citados anteriormente aqui, não haveria chance de dar certo. O problema, sobre esse noticiário, é que a primeira etapa do programa superou, sim, até as previsões mais otimistas – e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pode respirar aliviado.

DESEMPREGO GALOPANTE - Para usar a expressão repetida pelo papa Francisco, a mídia tradicional, agora, "bota fé" na escalada de desemprego, depois que os dados de junho mostraram, pela primeira vez desde 2009, uma interrupção no crescimento do mercado de trabalho. O ministro Guido Mantega, da Fazenda, que, de resto, já foi retirado de seu cargo diversas vezes no noticiário recente, não apenas está lá, como garantindo que o derrotismo espalhado pelos jornais não irá triunfar. Ele assegurou que todos os indicadores do governo apontam para a manutenção da taxa de desemprego em torno do nível atual de 6% até o final do ano – e, como das vezes anteriores, suas palavras são questionadas fortemente, como se, ao mesmo desta vez, e num ponto estratégico para o governo, a mídia queria receber o prêmio de sua aposta.

ESTÁDIOS PARA 2038 - Num cúmulo de erro matemático, só explicado pela distorção ideológica produtora de parcialidade, a revista Veja, carro-chefe da Editora Abril, chegou a assegurar em uma de suas capas de 2012 que os novos estádios de futebol planejados para a Copa do Mundo só ficariam prontos, isso mesmo, em 2038! Hoje, à parte a discussão sobre custos e fiscalização no emprego de recursos, o que se sabe, a olhos vistos, é que todos os estádios prometidos, sem exceção, ou já estão prontos, e em pleno funcionamento, ou em vias de serem entregues. Um dos antecessores do papa Francisco já admitiu que nem mais os papas são infalíveis, mas Veja, apesar de todos os seus erros mal intencionados, continua vendendo a sua infalibilidade. Mas quem acredita ainda nisso?

HINO NACIONAL DE COSTAS - O jogo de 'quanto pior, melhor' praticado pela imprensa, que no passado tinha a imparcialidade como um de seus dogmas, levou a mídia a vender ao público a certeza de que o público que lotou a Arena Fonte Nova, na Bahia, para ver a estréia do Brasil contra o Japão, na Copa das Confederações, em junho, iria cantar o Hino Nacional de costas para o campo. O que houve na real, no entanto, foram mais de 40 mil pessoas emocionando os jogadores em campo com suas vozes a plenos pulmões, mão no peito, respeitando o símbolo nacional em todos os seus versos. De frente e com a cabeça erguida. De quebra, a desacreditada, pela mesma mídia, Seleção Brasileira de Futebol, venceu de forma invicta e espetacular o torneio – levando dezenas de jornalistas-torcedores a rasgarem suas inúteis apostas na derrota.

ACREDITE SE QUISER - Jogando em previsões sinistras e, ao não vê-las se realizarem, perdendo verticalmente em credibilidade, a mídia tradicional, nos dois últimos anos, está muito mais confundindo os leitores do que informando-os sobre o que, de fato, está acontecendo. Fosse de outra forma, os casos registrados acima não poderia ser narrados. Mas podem, porque verdadeiros.
Uma previsão séria, diante desse quadro passado, é a de que, sem a menor dúvida, a mídia que insistir na leitura da realidade pelo caleidoscópio da ideologia irá continuar, cada vez mais, confundindo e desinformando. Acredita quem quiser no que lá está escrito.

http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/109747/Terror-midi%C3%A1tico-naufraga-diante-da-realidade.htm
 
 
 
 Por Altamiro Borges
Apesar do silêncio cúmplice do grosso da mídia, a revista IstoÉ que chegou às bancas nesta sexta-feira não recuou nas denúncias sobre o propinoduto tucano em São Paulo. Em nova reportagem de capa, intitulada "A fabulosa história do achaque de 30%", a publicação revela que pelos menos R$ 425 milhões foram saqueados dos cofres públicos num esquema mafioso montado entre o alto tucanato e várias multinacionais do setor de transporte. Será que agora sai a CPI do propinoduto tucano na Assembléia Legislativa? Vale conferir a explosiva reportagem, assinada Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas:
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Na última semana, IstoÉ publicou documentos inéditos e trouxe à tona o depoimento voluntário de um ex-funcionário da multinacional alemã Siemens ao Ministério Público. Segundo as revelações, o esquema montado por empresas da área de transporte sobre trilhos em São Paulo para vencer e lucrar com licitações públicas durante os sucessivos governos do PSDB nos últimos 20 anos contou com a participação de autoridades e servidores públicos e abasteceu um propinoduto milionário que desviou dinheiro das obras para políticos tucanos. Toda a documentação, inclusive um relatório do que foi revelado pelo ex-funcionário da empresa alemã, está em poder do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para quem a Siemens – ré confessa por formação de cartel – vem denunciando desde maio de 2012 as falcatruas no Metrô e nos trens paulistas, em troca de imunidade civil e criminal para si e seus executivos. Até semana passada, porém, não se sabia quão rentável era este cartel.Ao se aprofundarem, nos últimos dias, na análise da papelada e depoimentos colhidos até agora, integrantes do Cade e do Ministério Público se surpreenderam com a quantidade de irregularidades encontradas nos acordos firmados entre os governos tucanos de São Paulo e as companhias encarregadas da manutenção e aquisição de trens e da construção de linhas do Metrô e de trens. Uma das autoridades envolvidas na investigação chegou a se referir ao esquema como uma fabulosa história de achaque aos cofres públicos, num enredo formado por pessoas-chaves da administração – entre eles diretores do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) –, com participação especial de políticos do PSDB, os principais beneficiários da tramoia. 
Durante a apuração, ficou evidente que o desenlace dessa trama é amargo para os contribuintes paulistas. A investigação revela que o cartel superfaturou cada obra em 30%. É o mesmo que dizer que os governantes tucanos jogaram nos trilhos R$ 3 de cada R$ 10 desembolsado com o dinheiro arrecadado dos impostos. Foram analisados 16 contratos correspondentes a seis projetos. De acordo com o MP e o Cade, os prejuízos aos cofres públicos somente nesses negócios chegaram a RS 425,1 milhões. Os valores, dizem fontes ligadas à investigação ouvidas por IstoÉ, ainda devem se ampliar com o detalhamento de outros certames vencidos em São Paulo pelas empresas integrantes do cartel nesses e em outros projetos.

Entre os contratos em que o Cade detectou flagrante sobrepreço está o de fornecimento e instalação de sistemas para transporte sobre trilhos da fase 1 da Linha 5 Lilás do metrô paulista. A licitação foi vencida pelo consórcio Sistrem, formado pela empresa francesa Alstom, pela alemã Siemens juntamente com a ADtranz (da canadense Bombardier) e a espanhola CAF. Os serviços foram orçados em R$ 615 milhões. De acordo com testemunhos oferecidos ao Cade e ao Ministério Público, esse contrato rendeu uma comissão de 7,5% a políticos do PSDB e dirigentes da estatal. Isso significa algo em torno de R$ 46 milhões só em propina. "A Alstom coordenou um grande acordo entre várias empresas, possibilitando dessa forma um superfaturamento do projeto", revelou um funcionário da Siemens ao MP. Antes da licitação, a Alstom, a ADtranz, a CAF, a Siemens, a TTrans e a Mitsui definiram a estratégia para obter o maior lucro possível. As companhias que se associaram para a prática criminosa são as principais detentoras da tecnologia dos serviços contratados.

O responsável por estabelecer o escopo de fornecimento e os preços a serem praticados pelas empresas nesse contrato era o executivo Masao Suzuki, da Mitsui. Sua empresa, no entanto, não foi a principal beneficiária do certame. Quem ficou com a maior parte dos valores recebidos no contrato da fase 1 da Linha 5 Lilás do Metrô paulista foi a Alstom, que comandou a ação do cartel durante a licitação. Mas todas as participantes entraram no caixa da propina. Cada empresa tinha sua própria forma de pagar a comissão combinada com integrantes do PSDB paulista, segundo relato do delator e ex-funcionário da Siemens revelado por ISTOÉ em sua última edição. Nesse contrato específico, a multinacional francesa Alstom e a alemã Siemens recorreram à consultoria dos lobistas Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira. Documentos apresentados por ISTOÉ na semana passada mostraram que eles operam por meio de duas offshores localizadas no Uruguai, a Leraway Consulting S/A e Gantown Consulting S/A. Para não deixar rastro do suborno, ambos também se valem de contas em bancos na Suíça, de acordo a investigação.

No contrato da Linha 2 do Metrô, o superfaturamento identificado até agora causou um prejuízo estimado em R$ 67,5 milhões ao erário paulista. As licitações investigadas foram vencidas pela dupla Alstom/Siemens e pelo consórcio Metrosist, do qual a Alstom também fez parte. O contrato executado previa a prestação de serviços de engenharia, o fornecimento, a montagem e a instalação de sistemas destinados à extensão oeste da Linha 2 Verde. Orçado inicialmente em R$ 81,7 milhões, só esse contrato recebeu 13 reajustes desde que foi assinado, em outubro de 1997. As multinacionais francesa e alemã ficaram responsáveis pelo projeto executivo para fornecimento e implantação de sistemas para o trecho Ana Rosa/ Ipiranga. A Asltom e a Siemens receberam pelo menos R$ 143,6 milhões para executar esse serviço.

O sobrepreço de 30% foi estabelecido também em contratos celebrados entre as empresas pertencentes ao cartel e à estatal paulista CPTM. Entre eles, o firmado em 2002 para prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva de dez trens da série 3000. A Siemens ganhou o certame por um valor original de R$ 33,7 milhões. Em seguida, o conglomerado alemão subcontratou a MGE Transportes para serviços que nunca foram realizados. A MGE, na verdade, serviu de ponte para que a Siemens pudesse efetuar o pagamento da propina de 5% acertada com autoridades e dirigentes do Metrô e da CPTM. O dinheiro da comissão – cerca de R$ 1,7 milhão só nessa negociata, segundo os investigadores – mais uma vez tinha como destino final a alta cúpula da estatal e políticos ligados ao PSDB. A propina seria distribuída, segundo depoimento ao Cade ao qual ISTOÉ teve acesso, pelo diretor da CPTM, Luiz Lavorente. Além da MGE, a Siemens também recorreu à companhia japonesa Mitsui para intermediar pagamentos de propina em outras transações. O que mais uma vez demonstra o quão próxima eram as relações das empresas do cartel que, na teoria, deveriam concorrer entre si pelos milionários contratos públicos no setor de transportes sobre trilhos. O resultado da parceria criminosa entre as gigantes do setor pareceu claro em outros 12 contratos celebrados com a CPTM referentes às manutenções dos trens das séries 2000 e 2100 e o Projeto Boa Viagem, que já foram analisados pelo CADE. Neles, foi contabilizado um sobrepreço de aproximadamente R$ 163 milhões.

Não é por acaso que as autoridades responsáveis por investigar o caso referem-se ao esquema dos governos do PSDB em São Paulo como uma "fabulosa história". O superfaturamento constatado nos contratos de serviços e oferta de produtos às estatais paulistanas Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos [CPTM] supera até mesmo os índices médios calculados internacionalmente durante a prática deste crime. Cálculos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, por exemplo, apontam que os cartéis ocasionam um prejuízo aos cofres públicos de 10% a 20%. No caso destes 16 contratos, a combinação de preços e direcionamentos realizados pelas companhias participantes da prática criminosa levaram a um surpreendente rombo de 30% aos cofres paulistas.

Diante das denúncias, na última semana o PT e outros partidos oposicionistas em São Paulo passaram a se movimentar para tentar aprovar a instalação de uma CPI. "O governador Geraldo Alckmin diz querer que as denúncias do Metrô e da CPTM sejam apuradas. Então, que oriente a sua bancada a protocolar o pedido de CPI, pelo menos, desta vez", propôs o líder do PT na Assembleia paulista, Luiz Cláudio Marcolino. "É flagrante que os contratos precisam ser revisados. Temos de ter transparência com o dinheiro público independente de partido", diz ele. Caso a bancada estadual do PT não consiga aprovar o pedido, por ter minoria, a sigla tentará abrir uma investigação na Câmara Federal. "Não podemos deixar um assunto desta gravidade sem esclarecimentos. Ainda mais quando se trato de acusações tão contundentes de desvios de verbas públicas", afirmou o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP). O que se sabe até agora já é suficiente para ensejar um inquérito. Afinal, trata-se de um desvio milionário de uma das principais obras da cidade mais populosa do País e onde se concentra o maior orçamento nacional. Se investigada a fundo, a história do achaque de 30% aos cofres públicos pode trazer ainda mais revelações fabulosas.

Queima de arquivo

Uma pasta amarela com cerca de 200 páginas guardada na 1ª Vara Criminal do Fórum da cidade de Itu, interior paulista, expõe um lado ainda mais sombrio das investigações que apuram o desvio milionário das obras do metrô e trens metropolitanos durante governos do PSDB em São Paulo nos últimos 20 anos. Trata-se do processo judicial 9900.98.2012 que investiga um incêndio criminoso que consumiu durante cinco horas 15.339 caixas de documentos e 3.001 tubos de desenhos técnicos. A papelada fazia parte dos arquivos do metrô armazenados havia três décadas. Entre os papeis que viraram cinzas estão contratos assinados entre 1977 e 2011, laudos técnicos, processos de contratação, de incidentes, propostas, empenhos, além de relatórios de acompanhamento de contratos de 1968 até 2009. Sob segredo de Justiça, a investigação que poderá ser reaberta pelo Ministério Público, diante das novas revelações sobre o caso feitas por ISTOÉ, acrescenta novos ingredientes às já contundentes denúncias feitas ao Cade pelos empresários da Siemens a respeito do escândalo do metrô paulista. Afinal, a ação dos bandidos pode ter acobertado a distribuição de propina, superfaturamento das obras, serviços e a compra e manutenção de equipamentos para o metrô paulista.

Segundo o processo, na madrugada do dia 9 de julho do ano passado, nove homens encapuzados e armados invadiram o galpão da empresa PA Arquivos Ltda, na cidade de Itu, distante 110 km da capital paulista, renderam os dois vigias, roubaram 10 computadores usados, espalharam gasolina pelo prédio de 5 mil m² e atearam fogo. Não sobrou nada. Quatro meses depois de lavrado o boletim de ocorrência, nº 1435/2012, a polícia paulista concluiu que o incêndio não passou de um crime comum. "As investigações não deram em nada", admite a delegada de Policia Civil Milena, que insistiu em se identificar apenas pelo primeiro nome. "Os homens estavam encapuzados e não foram identificados", diz a policial. Investigado basicamente como sumiço de papéis velhos, o incêndio agora ganha ares de queima de arquivo. O incidente ocorreu 50 dias depois de entrar em vigor a Lei do Acesso à Informação, que obriga os órgãos públicos a fornecerem cópias a quem solicitar de qualquer documento que não seja coberto por sigilo legal, e quatro meses depois de começarem as negociações entre o Cade e a Siemens para a assinatura do acordo de leniência, que vem denunciando as falcatruas no metrô e trens paulistas. "Não podemos descartar que a intenção desse crime era esconder provas da corrupção", entende o deputado Luiz Cláudio Marcolino, líder do PT na Assembleia Legislativa do Estado.

Além das circunstâncias mais do que suspeitas do incêndio, documentos oficiais do governo, elaborados pela gerência de Auditoria e Segurança da Informação (GAD), nº 360, em 19 de setembro passado, deixam claro que o galpão para onde foi levado todo o arquivo do metrô não tinha as mínimas condições para a guarda do material. Cravado em plena zona rural de Itu, entre uma criação de coelhos e um pasto com cocheiras de gado, o galpão onde estavam armazenados os documentos não tinha qualquer segurança. Poderia ser facilmente acessado pelas laterais e fundos da construção.

De acordo com os documentos aos quais ISTOÉ teve acesso, o governo estadual sabia exatamente da precariedade da construção quando transferiu os arquivos para o local. O relatório de auditoria afirma que em 20 de abril de 2012 - portanto, três dias depois da assinatura do contrato entre a PA Arquivos e o governo de Geraldo Alckmin - o galpão permanecia em obras e "a empresa não estava preparada para receber as caixas do Metrô". A comunicação interna do governo diz mais. Segundo o laudo técnico do GAD, "a empresa não possuía instalações adequadas para garantir a preservação do acervo documental". Não havia sequer a climatização do ambiente, item fundamental para serviços deste tipo.

O prédio foi incendiado poucos dias depois da migração do material para o espaço. "Não quero falar sobre esse crime", disse um dos proprietários da empresa, na época do incêndio, Carlos Ulderico Botelho. "Briguei com o meu sócio, sai da sociedade e tomei muito prejuízo. Esse incêndio foi estranho. Por isso, prefiro ficar em silêncio". Outra excentricidade do crime é que o fato só foi confirmado oficialmente pelo governo seis meses depois do ocorrido. Em 16 páginas do Diário do Diário Oficial, falou-se em "sumiço" da papelada. Logo depois da divulgação do sinistro, o deputado estadual do PT, Simão Pedro, hoje secretário de Serviços da Prefeitura de São Paulo, representou contra o Governo do Estado no Ministério Público Estadual. "Acredita-se que os bandidos tenham provocado o incêndio devido o lugar abrigar vários documentos". Para o parlamentar, "esse fato sairia da hipótese de crime de roubo com o agravante de causar incêndio, para outro crime, de deliberada destruição de documentos públicos", disse Simão, em dezembro passado. Procurados por ISTOÉ, dirigentes do Metrô de SP não quiseram se posicionar.
 
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/07/o-superfaturamento-tucano-em-sp.html

Nas pesquisas, Dilma estabilizou. Alckmin continuou despencando.



 Duas pesquisas feitas após as manifestações com quase um mês de intervalo, mostra que a presidenta Dilma parou de cair, enquanto o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) despencou mais 12%.

O Datafolha fez a pesquisa nos dias 27 e 28 de junho.

A pesquisa CNI/Ibope foi feita nos dia 9 a 12 de julho.

Dilma tinha 30% de ótimo e bom no Datafolha e teve 31% no CNI/Ibope.

Alckmin tinha 38% de ótimo e bom no Datafolha e teve 26% no CNI/Ibope.

Das duas, uma. Ou o Datafolha deu uma "tucanada" na sua pesquisa ou Alckmin despencou 12% em menos de duas semanas. Ou, quem sabe, aconteceu um pouco das duas coisas.

Apesar de serem de institutos diferentes, com metodologias diferentes, estatísticas sérias devem chegar a resultados próximos quando feitas sobre o mesmo eleitorado. Porém o histórico dos institutos brasileiros, com fortes interesses políticos de seus donos, não é muito confiável em pesquisas longe das eleições, sendo comum aparecerem resultados com diferenças gritantes.

No caso, o período de duas semanas é um "álibi" dos institutos para justificar tamanha diferença nos números de Alckmin.

O Datafolha não fez pesquisa sobre outros governadores (quase todos aparecem com maus números na pesquisa CNI/Ibope). Mas os números, indicam o que dissemos em uma nota de ontem: Dilma, por ser presidenta e ter maior visibilidade, foi a maior atingida pela a primeira onda de descontentamento com o sistema político em geral, na frente dos outros. Essa onda ao passar por ela, segue adiante atingindo nominalmente governadores, prefeitos, parlamentares, e outros poderes como o Ministério Público e o Judiciário, pois o descontentamento é também com a inoperância, parcialidade, privilégios e regalias destes outros poderes.

As manifestações estão exigindo dos governos um patamar mais alto nos serviços públicos e nas práticas políticas. Quem quiser sobreviver politicamente, terá que mostrar serviço. Quem mostrar serviço, sem embromação, se destacará e recuperará a popularidade. Dilma tem uma grande vantagem sobre os demotucanos: a agenda popular é igual à sua (ainda que boa parte da base governista conservadora ofereça resistência, e esse é o maior desafio a enfrentar). 

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2013/07/nas-pesquisas-dilma-estabilizou-alckmin.html

Ex-presidente do Ipea acusa a mídia de terrorismo econômico

 

Na última quarta-feira, o IBGE divulgou os resultados da sua Pesquisa Mensal do Emprego (PME) e, apesar de trazer boas novidades, foi apresentada pela mídia, a partir dali, como sendo ruim por o desemprego de junho deste ano ter sido 0,2 ponto percentual maior do que no mesmo mês do ano passado.

Neste momento político em que os bons níveis de emprego e renda constituem o que impede Dilma Rousseff de perder ainda mais popularidade, essa distorção dos fatos não pode passar batida e, nesse aspecto, o governo viu a distorção sendo feita e, como de costume, não contestou.

No sentido de fazer a sua parte no contraponto à desinformação, o Blog foi ouvir um dos economistas mais importantes do Brasil, o ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) doutor Marcio Pochmann.

Antes da entrevista, porém, alguns dados sobre o entrevistado.

Formou-se em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1984. Entre 1985 e 1988 concluiu a sua pós-graduação em Ciências Políticas e foi supervisor do Escritório Regional do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Distrito Federal, além de docente na Universidade Católica de Brasília.

Em 1989, mudou-se para o Estado de São Paulo, onde iniciou seu doutorado – concluído em 1993 – em Ciência Econômica na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), tornando-se pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit), do qual seria diretor-executivo anos mais tarde, assim como membro do corpo docente da Unicamp.

Foi, ainda, pesquisador visitante em universidades da França, da Itália e da Inglaterra. Fez pós-doutorado nos temas de relações de trabalho e políticas para juventude e atuou como consultor no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), bem como na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e no Dieese, entre outras instituições nacionais.

No plano internacional, foi consultor em diferentes organismos multilaterais das Nações Unidas, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

De 2001 a 2004, em São Paulo, Pochmann dirigiu a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade do governo da prefeita Marta Suplicy. A partir de 2007, passou a exercer a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília, cujo comando deixou no ano passado para disputar a eleição para prefeito de Campinas, na qual foi derrotado.

Na entrevista a seguir, Pochmann fala sobre economia e política e deixa ver expressiva confiança no país.

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Blog da Cidadania – Doutor Marcio Pochmann, na quarta-feira foram divulgados os dados da Pesquisa Mensal do Emprego (PME), do IBGE, referentes a junho último e, em relação a junho de 2012, o desemprego subiu de 5,8% para 6%, correto?

Márcio Pochmann – O IBGE realiza essa pesquisa em seis regiões metropolitanas, que representam um terço do Brasil, sobre o mercado de Trabalho. Mas, ainda assim, resume-se a regiões metropolitanas.

A informação relativa ao desemprego, em termos nacionais, é oferecida pelo IBGE apenas uma vez ao ano, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que é realizada no mês de setembro e divulgada sempre com um ano de defasagem.

Essa informação da PME de junho revela uma oscilação no mercado de trabalho que é sazonal, tendo em vista que no primeiro semestre de cada ano o desemprego é, em geral, superior ao do segundo semestre, quando a atividade econômica é mais acelerada.

Quem estuda o mercado de trabalho sabe, portanto, que esse resultado a que você se refere é sazonal e não apresenta nenhuma novidade.

Blog da Cidadania – No contexto em que o nível de crescimento do PIB ou a inflação vêm sendo tratados pelo noticiário econômico como sinais de que a economia está afundando, a impressão que se tem é a de que, agora, o desemprego pode se juntar a esses outros “cavalos-de-batalha”.

Ontem (25.7), editorial da Folha de São Paulo intitulado “Mudança de sinal” diz que essa “alta” constitui “Mais um sinal de esgotamento da política econômica do governo Dilma”. O senhor acha que é cabível uma conclusão como essa por conta de uma alta de 0,2% no desemprego de junho deste ano em relação a junho do ano passado?

Marcio Pochmann – A prática de terrorismo midiático não é uma novidade no Brasil. Se nós voltássemos no tempo e tivéssemos a oportunidade de analisar as manchetes de jornal de 1953, 1954 ou de 1963, 1964, possivelmente encontraríamos similitudes em relação às notícias econômicas de hoje.

Não há, a meu modo de ver, nada que possa apontar para um sinal – seja da inflação, seja do desemprego – comparável à crítica situação que vive os Estados Unidos, que vive a Europa, os quais têm, inclusive, adotado políticas econômicas que o Brasil adotou nos anos 1990 com resultados extremamente desfavoráveis ao conjunto da população.

Essa prática de terrorismo vem sendo usada, recorrentemente, desde a virada do ano passado para este ano. O “descontrole inflacionário” no Brasil foi apresentado como uma verdade absoluta.

De fato tivemos uma oscilação que acelerou a inflação por causa da safra agrícola e, como se vê, esse fenômeno vai sendo dissipado. Neste momento, há queda da taxa de inflação e, possivelmente, o Brasil vai fechar este ano – como aconteceu nos últimos dez anos – com ela dentro da meta estabelecida pelo Banco Central.

Se tomássemos como referência o que ocorreu nos anos de 2000, 2001, 2002, perceberíamos que, naqueles três anos, em nenhum deles a inflação ficou dentro da meta do Banco Central e não houve, no meu modo de ver, nenhuma manifestação midiática comparável ao que estamos vendo hoje.

Então há, de certa maneira, um terrorismo. Como hoje a inflação não se apresenta em uma trajetória de aceleração e, sim, de queda, então a nova temática passa a ser o desemprego.

O Brasil não vai crescer tanto quanto deveria, mas vai crescer mais do que no ano passado e, portanto, é muito difícil entender que nós tenhamos neste ano de 2013 um desempenho pior do que em 2012, pois se a economia vai crescer mais, ampliam-se os postos de trabalho.

Corrupção tucana: superfaturamento de R$ 425 milhões no metrô paulista

TUDO EM CIMA
 
Reportagem de capa da revista Istoé conta que, a partir de documentos da Siemens, empresa integrante do cartel que drenou recursos do Metrô e trens de São Paulo, o Cade e o Ministério Público concluíram que os cofres paulistas foram lesados em pelo menos R$ 425 milhões pelo esquema montado por empresas da área de transporte sobre trilhos para vencer e lucrar com licitações públicas durante os sucessivos governos do PSDB nos últimos 20 anos. Leia: