terça-feira, 26 de junho de 2012

Paraguai explica a política hoje


Em primeiro lugar, deixemos registrado que a Folha de São Paulo, em sua edição do primeiro dia útil da semana, logo depois de sua “porta” ter sido “arrombada” pela internet, publicou as fotos da aliança que fizeram Paulo Maluf e Fernando Henrique Cardoso em 1998, aliança que teve direito até a outdoor. Aliás, vale mencionar que a foto do outdoor que os dois políticos dividiram naquele ano, essa não foi parar na Folha porque, também, ninguém é de ferro…

Mas as fotos mostram a tônica da política de nosso tempo, o tempo da Realpolitik, que, aliás, de novo não tem nada, haja vista que nada difere do que foi teorizado há séculos pelo formulador florentino Nicolau Maquiavel após ter sido usada durante toda a história da humanidade, quando impérios em guerra, que colocaram seus cidadãos para se matarem uns aos outros, casavam os próprios filhos entre si e, assim, estabeleciam paz que, de repente, seria rompida de novo. Ou pela primeira vez. Muitas vezes, até por uma traição conjugal.

O que se pode dizer do mundo contemporâneo é que ficamos mais cínicos e passamos a nos valer da Realpolitik por razões concretas em vez de por birras de reis ou rainhas corneados (as) por seus consortes. E só.

Todavia, após séculos (ou milênios?), os sucessores de uma aristocracia que não entendia nada de política – simplesmente porque nada entendia de povo –, os quais saíram das massas para comandar o Estado, passaram a exercer a política com maior competência, evitando guerras desnecessárias, sendo, assim, maquiavélicos sem culpa, sob a premissa do bem maior que alianças e rompimentos poderiam gerar ao bem comum.

Alguém disse, recentemente, que faltou um PMDB ao presidente defenestrado Fernando Lugo. Ou um Maluf. Talvez tenham faltado ambos. Certamente faltaram alianças. Possivelmente por o deposto não ter querido ceder “filhos” para o matrimônio, o que se entende por ceder em programas sociais e interlocução com sem-terras.

A deposição extemporânea e apressada de Lugo remete ao medo do processo de sua sucessão que estava à porta, sugerindo que os golpistas não sentiram-se seguros em disputar com ele a formação do novo congresso, que poderia lhe ser menos hostil.

Transfiram para o Brasil as eternas acusações de “corrupção” e “incompetência” que a direita faz à esquerda quando ela sobe ao poder – ou quando ameaça subir. Imaginem se Lula não tivesse alianças da esquerda à direita, passando pelo centro. As investigações exaustivas sobre seu envolvimento no mensalão deram em nada, mas as forças políticas esperaram as investigações terminarem. Não se pediu seu impeachement.

Até porque, em 2005 o processo eleitoral estava às portas, no ano seguinte, e as forças políticas que se assanharam com um só mandato para Lula acharam que o jogo estava jogado, após o bombardeio que fizeram da imagem dele durante a eclosão de um escândalo em que era abertamente acusado de mentor.

Se tivesse PMDB, PP e outras legendas menores de direita e centro-direita na oposição aberta a si, Lula teria sucumbido em questão de semanas, talvez um pouco mais de tempo do que Lugo. Mas, provavelmente, não tanto mais.

O golpe no Paraguai desnuda o que acontece sem alianças políticas e concessões. As acusações de “pragmatismo excessivo” e “endireitamento” aos governos Lula e Dilma partiram e partem de forças que sabiam e sabem que a Realpolitik é inevitável para manter o poder, para não ser destruído moralmente e, em casos extremos, até fisicamente.

É aceitável discutir esse império da conveniência sobre o direito e a dignidade na política, mas só é aceitável se for uma discussão honesta. A crítica a um dos que se valem da Realpolítik sendo feita pelos que sempre se valeram, valem-se e não pretendem deixar de se valer dela nunca é inaceitável, desonesta, hipócrita e atenta contra o bem comum.

Vejam Obama. Tinha tudo para revolucionar as Américas e o mundo. Negro, ascendência africana, ainda que adotado pela aristocracia, era a aposta no fim da supremacia branca, com a chegada de um negro ao cargo de maior poder na Terra.

O que será que aconteceu com Obama? Será que se rendeu ou será que entendeu? Talvez tenha descoberto que governar uma nação deixou de ser submetê-la aos próprios desejos, nem quando são os mais nobres, até quando são abjetos, meros caprichos como os de reis e imperadores de outrora que detinham o poder de impor a própria vontade.

Governar, hoje, é tomar decisões amparadas em sentimentos coletivos, tentando, ao máximo, sobrepor a justiça à injustiça, o que está longe de ser o ideal, mas que é melhor do que era dado à aristocracia, àqueles que, à diferença do que acontece no regime democrático, não precisavam demonstrar coerência ou se explicar.

É confuso. Haveria que discutir a Realpolitik, haveria que discutir a influência de grupos de pressão sobre governos, haveria que discutir a autonomia de mandatários para deliberarem. Haveria que discutir muita coisa.

O escritor e político alemão do século XIX Ludwig August von Rochau, seguindo a idéia de Klemens Wenzel von Metternich de achar caminhos para equilibrar as relações de poder, formulou a teoria da Realpolitik, da política “real”, a qual vige, prepondera ou, do contrário, gera o que se viu no Paraguai recentemente. Gostemos ou não.


Lula: Cerra empacou em 30%. E empacará em 2014

Ao ser derrotado na eleição de prefeito de São Paulo, ao lado de Aloysio 300 mil dirá, como fez em 2010: “a luta continua !”.


Saiu no Estadão:


Lula promete ‘morder as canelas dos adversários’ para eleger Haddad

Na sede do PC do B, ex-presidente afirmou que Serra cometeu um ‘equívoco’ ao se lançar candidato em SP

Julia Duailibi e Fernando Gallo, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO – Em anúncio da aliança PT-PC do B em torno da candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o candidato do PSDB José Serra ao dizer que ele não tem “competência” e que foi um “equívoco” se lançar na disputa pela Prefeitura.

“Serra está patinando nas pesquisas, jogaram óleo na pista, ele vai perceber que foi um equívoco quem o convenceu a sair candidato”, disse Lula ao lado de Haddad e de líderes do PC do B na sede dos comunistas em São Paulo. O petista lembrou também que Serra, depois de eleito em 2005, ficou um ano e três meses na Prefeitura. “Ele foi eleito e, ao invés de governar, ficou um ano e 4 meses (sic) e saiu”, disse o ex-presidente, que completou: “Ele não pegou nem a primeira enchente e o bichinho já correu, ele saiu”.

Lula disse que está se recuperando do tratamento de saúde para combater um câncer e que, logo que estiver totalmente recuperado, pretende entrar de cabeça na campanha de Haddad, participando de comícios, gravações de TV e demais atividades. “Logo vou estar batendo falta e fazendo gol”, afirmou. “Se necessário, morderei as canelas dos adversários para eleger Fernando Haddad”, resumiu.

Segundo a Folha (*):

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira não se arrepender “nem um pouco” da aliança eleitoral costurada com o deputado Paulo Maluf (PP-SP) em torno da candidatura do petista Fernando Haddad.

NAVALHA

Talvez o Nunca Dantes tenha preferido ignorar que Cerra será sempre candidato.


Porque essa é a profissão dele: concorrer e correr.

Como Jânio, que fez de concorrer uma profissão.

Ao ser derrotado na eleição de prefeito de São Paulo, ao lado de Aloysio 300 mil dirá, como fez em 2010: “a luta continua !”.

E se lançará, ali mesmo, candidato a Presidente em 2014.

Como se sabe, Aécio Never não controla o PiG (**).

E o PiG (**) considera Cerra “a elite da elite”.

Com ele morrerá.

Com 30%, sempre.


Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.


(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

 

Lugo: quem ri por último, rirá melhor?

Causou perplexidade a forma como o presidente Lugo jogou a toalha, acatando seu impeachment, em golpe sumário, de forma até surpreendente pela falta de reação mais contundente. Chegou a sair com um sorriso do Palácio, coisa estranha para quem acabara de levar um golpe.

Ele poderia ter feito um escândalo na imprensa internacional, como fez Zelaya em Honduras, mas ficou voltado só para o embate interno no Paraguai. Poderia não ter enviado advogado para fazer sua defesa ao Senado para não legitimar o julgamento de impeachment. Poderia ter convocado de própria voz o povo nas ruas. Não fez nada disso.

Seria radicalismo cristão, ao oferecer a outra face após ser "esbofeteado" (de forma figurada) por dezenas de senadores e deputados?

Não. Ouvindo suas palavras no dia seguinte, nota-se que ele tem uma estratégia política.

É preciso entender a realidade do Paraguai, para tentar compreender os movimentos do presidente deposto.

Lugo foi eleito com uma coligação ampla, para vencer o partido colorado, das oligarquias, que estava no poder há décadas.

Ele, como o "bispo dos pobres", militante pela inclusão social. Do outro lado, o Parlamento eleito, inclusive com seus ex-aliados, era todo conservador e ele não conseguia governabilidade para fazer reformas populares. Mesmo na presidência, e com "vontade política", não conseguia fazer um governo verdadeiramente progressista. E ainda por cima, toda vez que não mandava baixar o porrete em movimentos sociais, era ameaçado de impeachment, até que aconteceu.

É improvável que Lugo tenha provocado seu próprio impeachment, mas a partir de certo ponto ele parece ter resolvido fazer do limão, a limonada. Em vez de passar 5 anos como um leão sem dentes na presidência, e passar a faixa devendo promessas que não teria como cumprir, preferiu expor seus adversários como seus algozes, e jogar o ônus de um governo travado pelo Congresso, a quem de direito.

Lugo foi derrubado da presidência aceitando o "processo legal", logo ninguém pode prendê-lo, nem persegui-lo. Por isso, ele já é o líder da oposição em campanha eleitoral que ocorrerá daqui a 10 meses. Em vez de ser vidraça por fazer um governo travado, voltou a ser estilingue contra o partido colorado (e seus ex-aliados, de seu vice, que viraram a casaca para o lado da oposição)

Parece que Lugo não pode ser candidato a presidente nas próximas eleições (talvez possa, há controvérsias), mas no sábado disse pensar em ser candidato ao senado. No Paraguai o voto é em lista. Lugo puxando a lista elegerá uma grande bancada, e seu partido ainda terá grande chance de fazer o presidente, afinal o mesmo discurso de mudança que o elegeu em 2008, continua atual, já que ele foi impedido. E os atuais adversários ainda irão para o pleito com a pecha de golpistas pendurada no pescoço.

Se não der errado, a coligação de esquerda de Lugo recupera a presidência em 2013 e com uma nova correlação de forças no parlamento muito mais favorável.

O Brasil é o país mais importante para o Paraguai, por suas relações econômicas e fronteiriças. O grande desafio do governo Dilma é rebater a jurisprudência do golpe de estado "constitucional" criado, e deixar claro que golpes não podem ser recompensados. Mais um precedente, além do que houve em Honduras, não é nada bom para américa latina. Mas também é preciso calibrar a dose ministrada de sanções, para não causar retrocesso maior no Paraguai. O vice já será um governo fraco, e se cair no caos, poderá emergir algo como um golpe pior de algum aventureiro, nos moldes dos golpes dentro do golpe do século passado, patrocinado por países imperialistas, para melar eleições livres.

Ao que tudo indica, o grande desafio no Paraguai para as forças políticas progressistas e solidárias latino-americanas será fortalecer o projeto oposicionista de Lugo e enfraquecer o governo golpista de Frederico Franco, até as próximas eleições (ou até alguma reviravolta que antecipe o processo).

Em tempo: há quem reclame outro caminho, como o da rebelião popular, mas é preciso entender que não existe mobilização suficiente para isso lá, como foi visto desde sexta-feira. O que parece haver é o desejo de mudança da maioria pobre e da classe média progressista, mas silenciosa, que se manifesta nas urnas. Portanto o caminho pacífico da política escolhido por Lugo ainda é o melhor remédio, por enquanto.


Demóstenes cassado. Veja lamenta!


Por Altamiro Borges


O Conselho de Ética do Senado aprovou na noite desta segunda-feira (25), por unanimidade, o relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) pela cassação do mandato do ex-demo Demóstenes Torres. A votação se deu através do voto aberto e nominal - o que dificulta futuras manobras para inocentar o o falso paladino da ética e jagunço de reputações. O relatório teve a aprovação dos 15 senadores que integram o conselho.

O parecer será agora encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para análise dos aspectos constitucionais. Na sequência, ele seguirá para votação no plenário. Até os íntimos amigos do falso paladino da ética já dão como certa sua cassação. Do contrário, alegam, ocorrerá a total desmoralização do Senado. As provas da ligação de Demóstenes Torres com a máfia de Carlinhos Cachoeira são irrefutáveis.

Os viúvos do ex-demo

A cassação do ex-demo representará um duro golpe para a oposição de direita no país. Para o DEM, que já havia lançado o senador para a sucessão presidencial de 2014, ela quase significa um passaporte para o inferno. O partido tende a extinção após as eleições municipais de outubro. Já o PSDB perde o seu mais fiel aliado, sustentáculo do governo FHC e de outros governos tucanos. A cassação também enterra de vez o falso discurso moralista, udenista, da oposição da direita - mais suja do que pau de galinheiro.

Além do baque na direita partidária, a cassação também causa abalos na mídia hegemônica. O ex-demo era paparicado por jornalões, revistonas e emissoras de tevê. Era presença constante na imprensa como líder da oposição e arauto da moralidade. Quem mais sofre com o fim de carreira de Demóstenes Torres é a revista Veja, que sempre usou o senador como fonte privilegiada. O ex-demo chegou a ser eleito pela revista como um dos "mosqueteiros da ética". Bob Civita deve ter insônias nesta noite!
 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Globo veta Toffoli

“O ‘mensalão’ merece um julgamento severo e técnico. Mas a interferência da mídia no processo ultrapassa o limite de bom senso”.

Saiu no Blog do Nassif:

Depois da operação Gilmar, a Operação Toffoli pelo Globo

Primeiro, a operação que emprenhou Gilmar Mendes pelo ouvido – levando-o à explosão inconsequente e à antecipação do julgamento do “mensalão”. Agora, a Operação Toffolli, visando constranger o Procurador Geral e provocar o impedimento de Tofolli para o julgamento. Em ambos os casos, O Globo.

O “mensalão” merece um julgamento severo e técnico. Mas a interferência da mídia no processo ultrapassa qualquer limite de bom senso. Comporta-se como o poder maior da República, de fato.

A lista em questão é aberta a todos os procuradores e contem todos os tipos de emails e comentários. Alguns deles referem-se diretamente à coluna Radar, da Veja, como veículo de estratégia midiática de Carlinhos Cachoeira, por exemplo. Em outras áreas, espaço para bate papos. Ao todo, mais de 200 emails por dia.

O que o jornal faz é selecionar parte dos comentários – que representa pensamento de ALGUNS procuradores -, e apresentar como se fosse a opinião DOS procuradores. Muito embora haja um sentimento contrário à presença de Toffoli, é evidente uma enorme forçada de barra.

Há motivos para questionar a presença de Tofoli, como motivos mais que evidentes para questionar a isenção de Gilmar Mendes. Mas o viés do noticiário mostra uma compulsão de interferir no julgamento que atropela normas básicas de direito.

O Globo

Mensalão: procuradores querem Toffoli fora do julgamento
Grupo mandou a Gurgel motivos que tornariam ministro impedido de julgar caso

Júnia Gama

BRASÍLIA – Procuradores da República estão pressionando o procurador-geral, Roberto Gurgel, para que peça o impedimento do ministro José Antônio Dias Toffoli no julgamento do mensalão. O grupo já preparou uma sustentação teórica defendendo que Toffoli deve ser declarado impedido e manda recados para que Gurgel interceda. Os procuradores manifestam incômodo com a atitude do procurador-geral no caso, porque avaliam que ele deveria ter atuado nesse sentido, já que a permanência de Toffoli, na avaliação deles, pode prejudicar o julgamento.

O GLOBO teve acesso a e-mails trocados pelos procuradores em um sistema de rede interna do Ministério Público. Nas mensagens, procuradores enumeram fatos jurídicos para sustentar o impedimento de Toffoli.

Para uma procuradora ouvida pelo GLOBO, apesar do que já saiu na imprensa, Toffoli parece não se constranger. Essa integrante do MPF diz que Gurgel tem ciência dessa discussão entre os colegas, porque participa da rede de e-mails que discute os mais variados assuntos.

— Esperamos que ele atenda o nosso pedido de provocar a suspeição do ministro neste julgamento — disse a procuradora da República, que pediu para não ser identificada.

Entre os pontos destacados pelos procuradores está a atuação de Toffoli como advogado do PT à época em que ocorreram os primeiros fatos denunciados — os empréstimos feitos por Marcos Valério para saldar dívidas do PT. Depois de ser advogado do partido, Toffoli foi subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, em uma sala contígua à do então ministro José Dirceu, hoje réu no processo.

O terceiro fator de suspeição seria a atuação da namorada do ministro, a advogada Roberta Rangel, na defesa de réus do processo do mensalão. Os procuradores apontam “vastas provas da ligação visceral de Toffoli com José Dirceu e outros réus também integrantes da cúpula”.

“De todos os ministros indicados por Lula para o Supremo, Toffoli é o que tem mais proximidade política e ideológica com o presidente e o partido. Sua carreira confunde-se com a trajetória de militante petista. Essa simbiose é, ao fundo e ao cabo, a única justificativa para encaminhá-lo ao Supremo”, diz uma das mensagens.

— É preciso uma decisão rápida sobre a participação do ministro Dias Toffoli no julgamento do mensalão, para que sejam afastadas as sombras de especulações de se tratar de um julgamento político. Em prol da boa técnica de um julgamento isento, esse é um tema sobre o qual o Supremo Tribunal Federal precisa ostensivamente decidir — afirma o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Alexandre Camanho.

Toffoli tem dito que não decidirá agora se vai ou não se declarar impedido. Gurgel não comentou as cobranças dos colegas.

A Veja sabotou a capa da CartaCapital?



Quando vi a capa da revista CartaCapital desta semana, pensei que era a capa da Veja.

Uma foto em close de Paulo Maluf rindo, e a revista contando a versão da estória que os demotucanos gostam. O título diz "Vale Tudo: por 1 minuto e 43 segundos na tv, o PT troca Erundina por Maluf".

Ora está tudo errado e fora do lugar nesta capa. Primeiro, Maluf não é o centro da eleição paulistana, é um político coadjuvante nela, e não há razão nenhuma que justifique dar essa dimensão de matéria de capa, por uma coisa que não tem essa relevância toda.

Segundo, o PT não trocou Erundina. Pelo contrário, só fechou o apoio do PP de Maluf, depois de ter garantido o lugar de vice para ela. Logo, sequer passaria pela conversa com Maluf a questão de quem seria o vice. Foi Erundina quem renunciou a vice.

Terceiro, não existe um "vale tudo", porque o apoio do PP é pontual, é um dos partidos da coligação, e que já faz parte de base governista no plano federal há anos.

Quarto, o tempo de TV tem seu peso para qualquer candidatura que queira ser vencedora, e é um grande erro negligenciar esse fator.

Com tanto assunto importante acontecendo, como a tentativa dos partidos conservadores em derrubar o presidente Lugo no Paraguai, como a Rio+20, a CartaCapital me vem com essa capa.
 
 

Demóstenes e Cachoeira viajaram juntos para os Estados Unidos.


Esse é o mosqueteiro da revista Veja, um ladrão safado. E ainda tem o Cachoeira amigo dos diretores da revista corrupta. A publicação se cala e se esconde, não ataca Cachoeira e nem Demóstenes. A atuação da revista é estranha e merece responder na CPMI.

Senador, sua mulher e contraventor foram no mesmo voo para Miami

Chico de Gois

BRASÍLIA - O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), a mulher dele, Flávia Gonçalves Coelho, e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, viajaram no mesmo voo, em 26 de janeiro do ano passado, uma quarta-feira, para Miami. O voo JJ8042, da TAM, partiu de Brasília. O trio retornou no domingo, dia 30, no voo JJ8043.

O motivo da viagem foi a festa de aniversário do empresário Marcelo Limírio, que tem uma casa na cidade da Flórida. Limírio foi sócio de Cachoeira e é sócio de Demóstenes em uma faculdade em Minas Gerais. Ele também comprou uma área em Pirenópolis (GO), com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) e a mulher dele, Valéria Peixoto Perillo, além de outros investidores.

A viagem está listada em documento que a Polícia Federal encaminhou nesta semana à CPI do Cachoeira. O relatório cita saídas e entradas do contraventor, do senador e da mulher dele no período de 2001 a 2012. Até 2004, Cachoeira faz poucas viagens ao exterior. Segundo os dados disponíveis, ele foi duas vezes aos Estados Unidos, três vezes à Argentina, uma vez para a Espanha e outra para a Inglaterra.

Em 2007, foram registradas três saídas para os Estados Unidos. Já em 2008, ele viajou oito vezes, sete das quais para os Estados Unidos, e uma vez para a França. Em 2009, das seis viagens, a maioria também foi para os EUA. Essa foi a média mantida no ano de 2010. No ano passado, dos sete voos, só um foi para o Panamá. Os demais também foram para os EUA.

Advogado confirma viagem aos EUA

De 2004 até o ano passado, Demóstenes fez 22 viagens. Além dos Estados Unidos, um dos destinos mais comuns é Portugal, partindo de Brasília — uma das principais rotas de quem mora no Distrito Federal e quer chegar à Europa. Há voos ainda para Argentina, Panamá, Peru, Uruguai, Inglaterra e França. A mulher do senador, Flávia, viajou uma vez a mais do que o marido. Na maioria das vezes, ela o acompanha.

O relatório da Polícia Federal anota que o sistema utilizado para registro de entradas e saídas de passageiros pelos aeroportos pode apresentar incongruências. Diz o documento: “Considerando que o STI (o sistema que registra o fluxo de passageiros entrando e saindo do país) encontra-se em fase de implementação em território nacional, seu banco pode apresentar incongruências. Em suma, mostra-se possível que as pessoas em questão tenham realizado viagens internacionais, as quais não se encontram registradas nos sistemas consultados.”

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay, confirmou que Demóstenes viajou com Cachoeira para os Estados Unidos. O advogado diz que foi só uma viagem e outras pessoas também estavam juntas.

— Ficaram lá três ou quatro dias e depois voltaram — disse Kakay.

Em outro documento enviado à CPI, a Receita Federal aponta que a Delta Construções omitiu R$ 93,6 milhões em compras de matéria prima entre 2007 e 2010. “No período em análise, o contribuinte não declarou na DIPJ ter realizado compras de matéria-prima. Contudo, de acordo com a coleta de dados relativos ao ICMS realizado por esta secretaria junto aos estados do Piauí, Goiás, Sergipe, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul, a pessoa jurídica realizou compras”, informa auditoria enviada à CPI. Pelo documento, só entre 2009 e 2010 a empresa comprou nada menos que R$ 80 milhões e não informou ao fisco.

O relatório também indica “incongruências nos valores de lucros e dividendos distribuídos entre os dirigentes da Delta entre 2007 e 2010. Só em 2008, o ex-presidente Fernando Cavendish recebeu R$ 8,5 milhões.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

PT tenta o suicídio em São Paulo.


O desastre eleitoral que se abateu sobre o PT paulistano não poderia ser mais grave se a mídia e o PSDB o tivessem planejado. Por isso, a candidatura de Fernando Haddad sofreu um ferimento mortal do qual poderá até se recuperar, mas não será fácil.

A aliança entre o PP e o PT paulistanos, por si só, era difícil de aceitar. Mas a foto de Lula, Paulo Maluf e Haddad confraternizando entre si tornou intragável o que já era difícil de engolir. Além disso, a imagem será usada pelos adversários de Lula até o dia em que ele permanecer na política.

Dirão que a culpa é toda de Lula porque foi dele a decisão de fazer a aliança maldita “com Maluf”. Todavia, não é verdade. Apesar da falta de percepção do ex-presidente sobre a política paulistana Erundina poderia ter resistido, pois sabia da aliança.

Desistir da chapa de Haddad não isentou a ex-prefeita. Ela atribui tudo à foto, mas se aceitou a aliança contanto que não houvesse foto sugere que se tivesse sido feito tudo às escondidas não se importaria de estar ao lado de Maluf. A emenda saiu pior do que o soneto.

Se Erundina não tivesse renunciado haveria muito burburinho, mas, em alguns dias, tudo teria sumido. Contudo, como ela parece não ter convicções de seus atos deixou-se intimidar por uma militância embriagada, incapaz de enxergar prioridades.

Sim, a aliança com o PP de São Paulo é repugnante porque quem manda no partido, aqui, é Maluf. Em nível federal o partido não é dele, mas, em São Paulo, é. Todavia, a militância entregar o jogo por uma foto é condenar a cidade a continuar piorando.

Sem um bom prefeito, São Paulo continuará piorando. Caso Serra vença, o rumo em que a cidade está será mantido porque é ele quem a governa desde 2004. Se o eleito for Russomano, Chalita ou Soninha talvez seja até pior, pois nenhum deles é administrador como o tucano ou Haddad.

A militância não quis saber. Agiu como manada. Insuflada por militantes tucanos travestidos de “petistas arrependidos”, começou a propagar slogans contra Erundina até que ela se deixasse intimidar e materializasse o desastre.

Claro que o erro maior foi de Lula. Subestimou a passionalidade da militância e superestimou Erundina e a si mesmo. Além disso, adotou uma postura autocrática ao empurrar Maluf pela goela de todos. Mas ele tem desculpa. Está voltando do inferno.

Não foi por falta de aviso, porém, que essa hecatombe ocorreu. Antes de qualquer um, ainda na sexta-feira passada publiquei post contendo denúncia contra Maluf. No sábado, elenquei as razões pelas quais aquela aliança maldita seria ruim. Mas não fiz escarcéu.

Todos poderiam ter marcado posição sobre a inconveniência da aliança, mas não era preciso fuzilar Erundina até que seu lado titubeante aflorasse.

Agora, se a candidatura Haddad não resistir, São Paulo pode vir a ter um prefeito pior do que Kassab caso Serra não se eleja – ele ainda seria menos ruim do que seu pupilo. Seria pior, pois, um Russomano vencer. Ou, no limite do impensável, uma Soninha.

Todavia, há um fio de esperança. Conhecendo o povo de São Paulo, é mais do que certo que expressiva parcela da população não considera que se aliar a Maluf é se aliar ao demônio. Muito pelo contrário. O prejuízo real, portanto, pode ter sido pequeno ou até zero.

A menos, é claro, que a militância petista continue dando uma banana para São Paulo e fazendo jogo de cena sobre a aliança com o PP paulistano…

Por outro lado, talvez tenha sido bom Erundina não ser vice de Haddad. Ela seria um foco permanente de crises ao se deixar guiar pela mídia ou pelas redes sociais da internet. Ninguém consegue governar ouvindo só a opinião pública.

Por outro lado, bom seria se o comando da campanha de Haddad não continuasse repetindo as burradas da campanha de Marta Suplicy em 2008, que, como agora, decidiu jogar sua história no lixo usando as mesmas armas que os adversários – ou seja, o preconceito.

Usar o preconceito contra Kassab em 2008 ou se aliar ao restolho da política brasileira em 2012 são faces da mesma moeda, a moeda da ânsia de obter a vitória a qualquer preço. E o que é pior: apelando para “atalhos” que não se tem segurança sobre aonde vão dar.

Há um só caminho para Haddad vencer a eleição: há que fazer o povo pensar em sua vida e convencê-lo de que sabe como melhorá-la. Jogadas políticas espertalhonas são o campo em que a direita midiática joga. Não dá para vencê-la nesse campo.


Dilma na Rio+20: erradicar a pobreza é o desafio,

“Estamos introduzindo o objetivo de erradicação da pobreza como o maior desafio global que o mundo enfrenta”.


Saiu no Blog do Planalto:


Erradicação da pobreza é o maior desafio global que o mundo enfrenta, diz Dilma na Rio+20

A presidenta Dilma Rousseff ressaltou hoje (20), na cerimônia de abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, a importância da inclusão da erradicação da pobreza no documento que será submetido aos chefes de Estado e de governo.

“O texto aprovado consagra avanços importantes e eu queria aqui destacar alguns: estamos introduzindo o objetivo de erradicação da pobreza como o maior desafio global que o mundo enfrenta”, disse.

Segundo Dilma, a Rio-92 estabeleceu um consenso mundial em torno do desenvolvimento sustentável e estabeleceu princípios, tais como o de que os seres humanos estão no centro das preocupações com desenvolvimento sustentável, que devem ser aprofundados na Rio+20.

“Esse princípio ligou, de forma indissolúvel, a agenda ambiental à necessidade de realizar reformas estruturais, capazes de incluir as multidões de homens e mulheres e crianças que viviam e ainda vivem na pobreza e exclusão”.

Dilma pediu ambição aos líderes presentes na Rio+20 para que se construam compromissos firmes com a sustentabilidade. Segundo a presidenta, os líderes têm a responsabilidade, perante a História e perante seus povos, de fazer da Rio+20 o momento de firmar compromissos para o futuro.

“Nossa conferência deve gerar compromissos firmes para o desenvolvimento sustentável, temos de ser ambiciosos, o texto, aprovado pelas consultas pré-conferência, representa o consenso entre os diversos países aqui presentes. É o resultado de grande esforço de conciliação e aproximação de posições para avançarmos concretamente na direção do futuro que queremos. Representa, antes de tudo, uma decisão de não retroceder de nenhuma forma os compromissos que assumimos em 1992″.


Em tempo: Dilma subordinou o Verdismo da Sustentabilidade Sustentável à política de inclusão social dela e do Nunca Dantes.

Ela esta mais preocupada em inchar a Classe C do que em encher a Classe A de Verde.

Deixa essa tarefa (inutil) para o PiG (*) Chic.

Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Serra demagogo, que já cortejou Maluf, agora critica PT


Serra demagogo, que já cortejou Maluf, agora critica PT

O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra,criticou o ex minitro da educação e pré candidato a prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmando que não vale tudo para aumentar o tempo de TV:

Serra disse que a população e a imprensa-- que faz campanha para ele-- e que devem julgar a política de alianças . Serra não disse que tanto ele como seu partido PSDB também vinhma cortejando o PP de Maluf

Quem não lembra da bronca pública que José Serra deu no governador Geraldo Alckmin? o José Serra culpou Alckmin por ter, "deixado Maluf escapar".

No Terra

Segundo aliados, Serra está "muito irritado" com o governador, que havia garantido o apoio do PP à candidatura tucana. "Serra acha que Alckmin acertou com Maluf para 2014 e não se esforçou muito, digamos assim, para este ano", explica um dirigente do PSDB paulistano. "Ele (Serra) acredita que Alckmin deixou Maluf escapar, não segurou o PSB, e ainda teve a história do PR… o PR foi Kassab que trouxe", completa.
O grupo paulista do PP estava muito próximo de fechar com Serra, já que integra a base de Alckmin. Essas negociações, porém, começaram a azedar nas últimas semanas, depois que o governador se recusou a ceder a Secretaria de Habitação do Estado ao PP. Por outro lado, Maluf conseguiu emplacar um de seus aliados na Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, cargo negociado com a presidente Dilma pelo ministro da pasta, Aguinaldo Ribeiro (PP)

E para quem não sabe...

Maluf já controla a CDHU, a companhia de Habitação do Estado de São Paulo...
 

Receber apoio não tem nada a ver com apoiar


Parte das reações entre petistas ao apoio recebido por Fernando Haddad (PT-SP) do PP, beiram a histeria. Há pessoas se comportando como se fosse o contrário: como se Maluf fosse o candidato a prefeito e como se o PT o estivesse apoiando. A própria desistência da candidata Luiza Erundina (PSB-SP) ao posto de vice-prefeita só aumenta a confusão.


Receber apoio do PP de Maluf não muda nada em Haddad, não muda nada em Lula, não muda nada no PT, não mudaria nada em Erundina, e nem mudará nada na situação de Maluf.

O que seria inaceitável para um petista é se Maluf fosse o candidato a prefeito, e o PT o apoiasse. Aí sim haveria motivo para rupturas. Mas receber apoio de mais um partido, entre alguns, é uma situação completamente diferente e inofensiva.

É do jogo dos serristas, nos putros partidos – mas principalmente na imprensa –, explorarem o assunto e procurarem baixar a guarda e desestimular a militância petista. Mas é muita ingenuidade cair nessa.

Quem tem consciência de seus ideais políticos sabe que receber apoios não muda a personalidade política de ninguém que os recebe, principalmente porque o PP não é um partido tão grande a ponto de exigir concessões que descaracterizem o programa de governo petista.

Baixar a cabeça para esse tipo de crítica é rendição ao adversário, e lembra o sapo que se deixa hipnotizar pela cobra e ser engolido sem reação.

http://www.redebrasilatual.com.br/blog/helena/receber-apoio-nao-tem-nada-a-ver-com-apoiar

terça-feira, 19 de junho de 2012

Lula, Maluf e o Churcho.


O ansioso blogueiro estava no taxi, preso no trânsito a elogiar a política de transporte público dos tucanos, que há dezoito anos engarrafam São Paulo.

Conversa vai, conversa vem, o Ipad não tinha sinal, e a rádio que troca a notícia, a CBN, disse que o Lula tinha se encontrado com o Maluf para fechar um acordo pelo minuto de tevê que o partido do Maluf tem em São Paulo.

– O Lula fez acordo com o Maluf ?, pergunta o motorista atônito. Com o Maluf ?

– É, parece que sim, disse ansioso blogueiro, assim, como quem não quer se comprometer.

– E a Erundina sabe disso ? Vai ficar uma fera !

– É provável, disse o ansioso blogueiro, também, a tirar o corpo fora.

– Mas, como é que se explica uma coisa dessas ?, continuava ele, indignado. Com o Maluf ! E o engarrafamento, igual.

– Você conhece a história do Churcho ?, perguntou o ansioso blogueiro.

– Churcho ? Que Churcho ?

– Aquele, aquele inglês do charuto. Ele disse assim: se Hitler invadir o Inferno, eu me alio ao Demônio.

– Ah ! O Churchill, o Churchill, disse ele num inglês irretocável.

– É isso mesmo, o Churchill. Para derrotar o Hitler ele faria qualquer coisa. Até se aliar ao Demônio.

– E quem é o Demônio agora? ele perguntou.

– O Cerra !

– Menos, meu querido, menos. Ele não é isso tudo, não.

E o carro começou a andar.
Moral da história 1: nem pra Demônio ele serve.

Moral da história 2: jamais menospreze o inglês do interlocutor.

Em tempo: o jn ignorou o encontro do Lula com o Maluf. O que significa que deve ter sido bom para o Haddad.


Paulo Henrique Amorim

Bolsa Família ajudou a reduzir em 21% a violência em SP,diz estudo da PUC-SP


A redução da desigualdade com o Bolsa Família está chegando aos números da violência. Levantamento inédito feito na cidade de São Paulo por pesquisadores da PUC-Rio mostra que a expansão do programa na cidade foi responsável pela queda de 21% da criminalidade lá, devido principalmente à diminuição da desigualdade, diz a pesquisa. É o primeiro estudo a mostrar esse efeito do programa na violência.

Em 2008, o Bolsa Família, que até ali atendia a famílias com adolescentes até 15 anos, passou a incluir famílias com jovens de 16 e 17 anos. Feito pelos pesquisadores João Manoel Pinho de Mello, Laura Chioda e Rodrigo Soares para o Banco Mundial, o estudo comparou, de 2006 a 2009, o número de registros de ocorrência de vários crimes — roubos, assaltos, atos de vandalismo, crimes violentos (lesão corporal dolosa, estupro e homicídio), crimes ligados a drogas e contra menores —, nas áreas de cerca de 900 escolas públicas, antes e depois dessa expansão......

Mais informações »

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Gilmar imprimiu extrato antes. CUT quer impeachment


Ué, parece que já assou...


O Conversa Afiada reproduz e-mail do infatigável Staney Burburinho:

1 – No dia 26/04/2012, houve o tal encontro entre Lula, Gilmar Mendes e Jobim no escritório do ex-ministro, no DF:

“NOTA À IMPRENSA

São Paulo, 28 de maio de 2012

Sobre a reportagem da revista Veja publicada nesse final de semana, que apresenta uma versão atribuída ao ministro do STF, Gilmar Mendes, sobre um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:

(…)


2 – Curiosamente, no dia 30/03/2012, vinte e sete dias antes do dia do encontro entre os três, Gilmar Mendes resolveu imprimir as faturas dos seus cartões de crédito do ano de 2011, um pouco mais de um ano, para mostrar os débitos com as suas viagens. Veja nas páginas 16/18 do link abaixo:


Minhas perguntas:

a) O que levou Gilmar Mendes a recuperar os extratos de um ano atrás?

b) Será que Gilmar Mendes já estava se prevenindo contra alguma coisa?

c) Ou será que Gilmar Mendes estava premeditando alguma coisa?

Sobre o pedido de impeachment da CUT:


Conduta de Gilmar Mendes provoca críticas e representações

Brasília – As recentes declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria tentado chantageá-lo para que adiasse o julgamento do “mensalão”, provocaram vários questionamentos sobre a conduta do ministro, classificada como “polêmica”, “questionável” e mesmo “destemperada”.

O PSOL – que havia se unido ao PSDB, DEM e PPS para solicitar à investigação da conduta de Lula – protocolou ontem, na Procuradoria Geral da República, representação em que questiona a conduta do Mendes, classificada pela sigla como “bastante questionável”. No documento, o partido pede a investigação dos fatos e, se comprovada conduta indevida, que a Procuradoria adote as medidas cabíveis, nos âmbitos administrativo, civil ou penal.

O servidor público Cícero Batista Araújo Rôla protocolou, nesta quarta (30), na presidência do Senado, o pedido de impeachment do ministro do STF, Gilmar Mendes. Cícero, que é filiado ao PT e secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores no Distrito Federal (CUT-DF), disse à Carta Maior que, “como cidadão que cumpre suas obrigações, não pode aceitar que este magistrado desrespeite o ordenamento jurídico, adote posições tão parciais”.

“Esta é uma postura inaceitável da parte de um juiz da mais alta corte. As contradições entre os depoimentos dos dois revelam que ou Lula cometeu uma irregularidade, ou o ministro mente, o que é uma postura inaceitável da parte de um juiz da mais alta corte. E, dado o histórico de mentiras de Gilmar Mendes, solicitei ao Senado que o afaste de suas funções e apure sua conduta”, justifica.




A batata está assando.






Paulo Henrique Amorim









Jornal O Globo promove campanha contra Lula no Twitter



Quinta feira ocorreu um fato espantoso que explica bem por que a grande imprensa brasileira é chamada de PIG – sigla que significa “Partido da Imprensa Golpista”, uma sigla cunhada pelo deputado federal pelo PT de Pernambuco Fernando Ferro que se popularizou sobremaneira na internet.

A dita “mídia” é chamada de partido por boas razões. Uma delas é a de que tem militância exatamente como um partido. Centenas de pessoas defendem ferozmente as ações de Globo, Folha de São Paulo, Veja e Estado de São Paulo contra o Partido dos Trabalhadores e o governo federal.

Essas pessoas se escondem sob o anonimato e chegam ao ponto de fazer ameaças de assassinato ou de tortura contra quem se mostre simpatizante do PT e do governo, sobretudo se for blogueiro. Quando menos, promovem campanhas anônimas de difamação, atacam família etc.

Mas, ontem, a atuação da mídia como partido político chegou ao impensável. O jornal O Globo, em sua campanha incansável, interminável e eterna contra Lula, lançou mão de um recurso que só militâncias de partidos usam.

Tuitaço é o envio de múltiplas mensagens pela rede social Twitter para fazer “subir” frases sobre algum assunto ao que se convencionou chamar de Trending Topics, o ranking dos dez assuntos mais comentados no Brasil ou no mundo.

A revista Veja tem sido alvo de tuitaços de militantes petistas e de outros partidos de esquerda. E não é que O Globo, como prova de que é um partido político disfarçado de jornal, decidiu instigar tuiteiros militantes do PIG a promoverem uma campanha contra o ex-presidente Lula?

A imagem acima mostra que o perfil de O Globo no Twitter foi responsável pela “subida” da frase “Lula mente” ao topo dos Trending Topics.

O Globo tem mais de 500 mil “seguidores” no Twitter. Como as campanhas de militantes de oposição ao governo Lula – ou militantes da mídia – para levar frases aos Trending Topics vinham fracassando, o perfil do jornal naquela rede social resolveu dar uma ajudinha veiculando hashtag contra Lula para suas centenas de milhares de seguidores

Assim, O Globo conseguiu colocar no primeiro lugar dos Trending Topics aquela frase. Mas foi só por alguns minutos.

O que o Globo não sabia é que seguir o seu perfil no Twitter não significa apoiar o que faz. Este blogueiro mesmo “segue” o perfil @JornalOGlobo e nem por isso compartilha suas posições políticas. Muito pelo contrário.

Quando descobri que o Globo é que estava por trás da “subida” de #LulaMente ao topo dos Trending Topics, entrei no tuitaço de reação. Rapidamente, em questão de minutos, os simpatizantes de Lula e do PT desbancaram a hashtag #LulaMente, substituindo-a por #BrasilComLula, que permaneceu por mais de uma hora nos Trending Topics.

Então, leitor, se faltava algo para a grande imprensa brasileira comprovar que se converteu em partido político, não falta mais. O segundo (?) maior jornal do país lançou mão do recurso mais banal da política contemporânea para um grupo político atacar outro. O que será que o TSE acha disso?

Quem Gilmar e Demóstenes foram paraninfar em Goiânia ?



Do mestre, com carinho



O Conversa Afiada reproduz comentário e singelo vídeo enviados pelo amigo navegante Fábio.

Enternecedor, amigo navegante.

Contenha a emoção !

Fabio

31 de maio de 2012

PHA

Sou de Goiânia, estava lendo sobre sobre esse caso da “reportagem” da revista Veja envolvendo Lula e Gilmar Mendes, e algo me chamou a atenção. O Gilmar Mendes alegou que pegou carona de avião com o Demóstenes, porque seria paraninfo de uma turma de Direito em Goiânia. Foi aí que lembrei que o governador Marconi se formou em Direito. Nesse momento, fiquei imaginando se não seria essa a turma de que ele foi paraninfo. Que turma será essa, tão importante ? Adivinhe só !

Vejam esse vídeo: http://youtu.be/moy7zYxOihY

Todos juntos: Gilmar, Demóstenes e Marconi. Está lá pra todo mundo ver. Aliás, Marconi Perillo foi um aluno especial. A mulher dele, Valéria Perillo, também. A Faculdade Alves Faria (Alfa), em Goiânia, montou uma turma de Direito exclusiva para os dois. Que prestigio, hein ?

Observe, amigo navegante, a fala do Demóstenes neste vídeo revelador: diz que o Maconi sabe tudo, tem a “expertise”.

Sem dúvida !!!

E a fala do Gilmar Dantas (*), amigo navegante ?

Uma platitude.

Parece fala do Fernando Henrique – ali, o sol não brilha !

Tem a luminosidade de uma toga de Juiz.

Em tempo: é ou não é uma comunidade unida: Gilmar, Demóstenes, Perillo e o Cerra que pede ao Johnbim para ter uma conversinha com a Veja ? Só faltou nessa formatura o Carlinhos. Será que ele estava com o Policarpo ?

Paulo Henrique Amorim

(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista (**) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

Apareceu R$ 45 mil de Cachoeira no caixa-2 da campanha de Perillo, do PSDB


Terça-feira (29) - Perillo marchou triunfalmente no Congresso enquadrando o senador Aloysio Nunes (PSDB/SP) e o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) a apoiá-lo na defesa da relação que ele manteve com o bicheiro Cachoeira.
 
Ainda na terça-feira, arrancou demonstrações apoio e solidariedade do PSDB para seu tipo de relação com o bicheiro Cachoeira.


O jornalista Luiz Carlos Bordoni foi responsável pela campanha de rádio na campanha de Marconi Perillo (PSDB-GO), em 2010.

Ele contou a seguinte história:

Tinha ficado pendente um pagamento de R$ 90 mil, como dívida de campanha.

Em 2011, após seis meses de atraso no pagamento, o assessor especial do já governador Perillo, Lúcio Gouthier acertou de pagar e ligou pedindo o número da conta pra depositar esse dinheiro. O jornalista disse que deu o número da conta da filha, que administra as finanças dele.

Foi depositado a metade, R$ 45 mil.

A origem do dinheiro veio da empresa Alberto e Pantoja que, segundo a Polícia Federal, era empresa fantasma controlada por Cachoeira.

Quando foi quebrado o sigilo bancário da empresa apareceu esse valor depositado na conta de Bruna Bordoni, filha dele.

Bruna chegou a ser nomeada em 2005 como assessora do senador Demóstenes Torres, mas não tomou posse por em razão de um tratamento de saúde. Segundo Bordoni, a nomeação era por ter feito a campanha de Demóstenes ao Senado em 2002 sem cobrar.

O nome dela apareceu citado durante o depoimento de Demóstenes ao Conselho de Ética. Então Bordoni resolveu vir a público para afastar seu envolvimento com o esquema. Ele afirma: "Prestei o serviço honestamente. Não vou deixar que ninguém venha avacalhar minha credibilidade por causa de Cachoeira."

Lúcio Gouthier é o assessor de Perillo que assinou documento afirmando ter recebido R$ 1,4 milhão pela casa do governador, que supostamente foi vendida para Carlinhos Cachoeira. Ele também é suspeito de ter recebido R$ 500 mil, que teriam sido enviados pelo braço direito do contraventor, Wladimir Garcêz, ao Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, em uma caixa de computador. (Com informações do Estadão)
 

Lula no programa do Ratinho


BLOG DO SARAIVA


 


http://saraiva13.blogspot.com.br/2012/06/integra-do-video-lula-no-programa-do.html

Folha devia falar da tucanada na casa de Monica Waldvogel



Saiu uma matéria na edição de ontem (30.05) do jornal Folha de São Paulo que seria de cair o queixo se não se tratasse de um veículo que se especializou em inventar e/ou distorcer notícias. O texto versa sobre encontro que o pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, teve com blogueiros na residência de Paulo Henrique Amorim.

O texto da Folha, além de mentiroso, é curioso. E, segundo apuração que fiz, não conteve tantas imprecisões por preguiça da jornalista Catia Seabra, que assina a matéria, simplesmente porque o jornal colocou um repórter fotográfico de tocaia em um carro que ficou parado próximo à casa de PHA, de forma a registrar a entrada e saída de convidados.

Coitado do rapaz. Enquanto degustávamos uma magnífica pasta recheada de bacalhau desfiado, acompanhada de um vinho divinal, ele mofava dentro de um carro tentando adivinhar quanto tempo mais aquela maldita reunião duraria.

O relato de Catia Seabra – com quem tive um bate-boca em 2007, quando o Movimento dos Sem Mídia fez seu primeiro ato público diante da Folha – conteve manipulação da lista de blogueiros que se encontraram com Haddad e, também, da natureza do encontro. Segundo a jornalista, o pré-candidato teria ido “pedir ajuda” a tais blogueiros.

Como não pedi autorização às pessoas presentes e ausentes para citá-las, só posso dizer que, das oito que foram nomeadas na matéria da Folha, três não participaram do encontro com Haddad e outras quatro que participaram (sendo eu uma delas) não foram citadas. Por que a Folha manipulou a lista de convidados que publicou? Sabe-se lá…

Mas o mais grave – e o mais ridículo – dessa “reportagem” foi a descrição da natureza do encontro. O pré-candidato a prefeito de São Paulo foi “pedir ajuda” a blogueiros que a Folha sempre diz que são pagos pelo partido dele? Ora, se somos pagos não haveria por que pedir nada e muito menos se encontrar conosco. Quem paga, manda.

Aliás, por que Haddad pediria alguma coisa a blogueiros que a matéria da Folha diz que apóiam o PT? Se já apóiam, o pré-candidato foi pedir o quê? Para continuarem apoiando, talvez?

Ridículo.

Aliás, a prova de que quem trabalha para partidos é a Folha está no fato de que o jornal só se interessa por encontros de políticos com jornalistas se os políticos forem petistas. Por que a Folha não noticia a revoada de tucanos que vive acontecendo na casa de praia da jornalista da Globo News Mônica Waldvogel?

Esquisito, não? Por que essa afasia jornalística em relação a tucanos e o ímpeto irrefreável em relação a petistas?

Sobre a natureza do encontro de Haddad com blogueiros, transformou-se em uma sabatina informal em que o pré-candidato respondeu a uma saraivada de questões deste e dos outros blogueiros presentes. As questões foram sobre projetos e estratégia política. Nem nós, blogueiros, nem os políticos presentes pediram nada uns aos outros.

O fato, caro leitor, é que se as pessoas soubessem como são feitas as salsichas e o jornalismo da Folha, não os consumiriam nem sob a mira de um fuzil.