sexta-feira, 18 de abril de 2014

PF até agora não encontrou nada contra a Petrobras de fato. E agora, PIG?




A Polícia Federal apresentou o relatório da primeira parte da Operação Lava Jato, e até agora não encontrou nada que envolva a Petrobras de fato. Claro que outras investigações ainda estão em curso e pode ser que apareçam falcatruas de um ou outro mau funcionário.

Mas só esse fato já mostra o quanto o noticiário forçou a mão, atacando a Petrobras de forma leviana e politiqueira.

A própria revista Época acusou o golpe.

O departamento jurídico da Petrobras precisa passar um pente fino nas reportagens que atacaram a empresa com informações falsas ou injuriosas e exigir direito de resposta exemplar.

Nem é questão de política, é questão de boa gestão técnica que qualquer grande empresa, inclusive privada, que tem uma marca e reputação a zelar, faria. 

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/04/pf-ate-agora-nao-encontrou-nada-contra.html

Que vergonha, Aécio: ANEEL desmente na TV propaganda enganosa da CEMIG






 

Essa notícia o novelão tucano chamado Jornal Nacional da TV Globo escondeu.

Os tucanos mineiros quiseram dar uma de malandros e colocaram na TV uma propaganda enganosa da Cemig (empresa de eletricidade controlada pelo governo de Minas), culpando o governo federal pelo aumento na conta de luz que a empresa é que exigiu.

A propaganda mentia, dizendo que a Cemig apenas cumpria a tarifa determinada pela ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica) do "governo federal".

A verdade é outra. A Cemig pede aumento e a ANEEL apenas autoriza o valor máximo que a Cemig pode cobrar, com base em cálculos de custos, para não haver abuso. A Cemig pode cobrar qualquer tarifa abaixo do máximo, se quiser.

No reajuste deste ano a Cemig pediu absurdos 29,74% de aumento. A ANEEL autorizou no máximo 14,24%, sendo que a Cemig poderia aplicar um reajuste menor, até este limite autorizado.

O desmentido se espalhou rapidamente nas redes sociais.

Ontem a Aneel veiculou na TV mineira propaganda de esclarecimento público desmentindo as informações falsas da Cemig. Vexame total dos tucanos. Se tivessem ficados quietos, não teriam dado esse tiro no pé.

Serviu para os cidadãos desavisados conhecerem como a tucanada é de fato, antes de serem enganados nas urnas.

Até o canal esportivo ESPN comentou:

Nós nunca perdoamos a ditadura, senhores Marinho




Segundo o dicionário Houaiss, editorial é um “Artigo em que se discute uma questão, apresentando o ponto de vista (…) da empresa jornalística (…)”. Nesse contexto, o editorial “Desserviço ao país”, publicado no jornal O Globo em 14 de abril de 2014, contém, tão-somente, a palavra dos donos daquele veículo.
Os atuais donos de O Globo pertencem a uma dinastia de barões da mídia fundada em 1925 e sobre a qual vale fazer alguns comentários antes de prosseguir no tema central do texto.
Naquele ano da graça de 1925, um mês após a morte de Irineu Marinho, que acabara de fundar o jornal O Globo, seu filho Roberto Pisani Marinho herdou a empresa. Em 1957, o Presidente da República, Juscelino Kubitschek, deu uma concessão de TV à Rádio Globo, o segundo braço do império Marinho, fundada em 1944.
Contudo, era uma época conturbada política e economicamente. Roberto Marinho não tinha recursos suficientes para pôr a TV Globo para funcionar e, portanto, ela só seria inaugurada em 1965, graças ao apoio financeiro que a ditadura militar deu ao segundo membro da dinastia Marinho.
Como se vê, apoiar o golpe de 1964, para alguns, acabou sendo um grande negócio.
Eis que Roberto Marinho procriou e deu curso à dinastia midiática. Teve 4 filhos com Stella Goulart, sua primeira esposa. Dessa união nasceram Roberto Irineu Marinho (1947), Paulo Roberto Marinho (1950), João Roberto Marinho (1953) e José Roberto Marinho (955). Paulo Roberto, porém, faleceu em 1970 em um desastre de automóvel.
Dirijo-me, pois, a Roberto Irineu Marinho, a João Roberto Marinho e a José Roberto Marinho meramente porque esses três barões da mídia escreveram, em seu jornal, o editorial supracitado.
O editorial dos Marinho em questão qualifica a luta para anular a Lei da Anistia como “Expressão de um revisionismo em si (…) destituído de representatividade” e movido por “Sentimentos menos nobres, como interesses políticos, vendetas etc”.
Segue, abaixo, trecho do editorial que motiva este texto.
“(…) É nesse terreno que vicejam as tentativas de rever, e até mesmo anular, a Lei de Anistia. Instrumento jurídico que resultou de delicada costura política entre os generais e uma oposição fortalecida nas ruas e nas urnas, já nos estertores de um regime que, não obstante, ainda dispunha de considerável poder dissuasório, a anistia de 1979 tem um pressuposto inegociável — o perdão recíproco, tanto a agentes públicos envolvidos em atos reprováveis quanto a militantes de organizações da esquerda armada, num leque que também incluía opositores de todos os matizes ao regime militar. E válido somente para crimes cometidos até a data de promulgação da lei (…)”
Não tenho outra forma de dizer: é mentira.
Em 1979, quando foi promulgada a Lei da Anistia, de fato a oposição já começava a se fortalecer “nas ruas e nas urnas”, como diz o editorial, apesar de os generais-presidentes terem criado a figura do parlamentar biônico… O que seja, por exemplo um senador que o governo podia indicar para atuar no Congresso Nacional sem ter sido eleito.
Esse absurdo também valia para governadores e prefeitos.
Dessa forma, o regime assegurava a sua maioria ilegal, ditatorial e abusiva. Porém, o regime estava fortalecido pela força das armas e do amplo arcabouço “jurídico” que lhe permitia decidir e impor o que decidia.
Esse poder que a ditadura usou para impor a Lei da Anistia é chamado pelo editorial, eufemisticamente, de “poder dissuasório”, quando, em verdade, era um poder impositivo.
Contudo, a mentira que cito acima reside na tese de “Perdão recíproco tanto a agentes públicos envolvidos em atos reprováveis quanto a militantes de organizações da esquerda armada, num leque que também incluía opositores de todos os matizes ao regime militar”.
Perdão? Quem foi que perdoou?
Em primeiro lugar, note-se que a Lei da Anistia não perdoou os que cometeram crimes de lesa-humanidade, ou seja, os ditadores. Foi um “perdão” aos exilados que, havia 15 anos, viviam longe de suas famílias e amigos.
Os “beneficiados” pela Lei da Anistia, conforme a redação do texto legal, foram os que a ditadura prendeu, torturou e/ou exilou, mas não os que praticaram as atrocidades contra os “anistiados”.
Para comprovar, basta ver a redação da Lei da Anistia.
Art. 1º É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes, crimes eleitorais, aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da Administração Direta e Indireta, de fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário, aos Militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com fundamento em Atos Institucionais e Complementares (…)”
Preste atenção, leitor. Os “anistiados” foram os que “cometeram crimes políticos ou conexo com estes, crimes eleitorais, os que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da administração direta e indireta, de fundações vinculadas ao poder, aos servidores dos poderes Legislativo e Judiciário, aos militares e aos dirigentes e representantes sindicais” que foram “punidos com fundamentos em Atos Institucionais e complementares”.
Ora, os agentes da ditadura que torturaram e/ou mataram pessoas detidas pelo regime já sem condições de reação, esses não foram “punidos com fundamentos em Atos Institucionais e complementares”, como diz o editorial. Por isso é que incontáveis juristas, bem como a Corte Interamericana de Direitos Humanos, dizem que não foram contemplados pela Lei da Anistia.
A absolvição de torturadores é uma leitura da Lei da Anistia absolutamente incompatível com os acordos e com a jurisprudência internacional. Dizer que os torturadores foram anistiados é a interpretação que tem sido feita no Brasil, mas é só uma interpretação.
Seja como for, a afirmação de O Globo de que teria havido “Perdão recíproco tanto a agentes públicos envolvidos em atos reprováveis quanto a militantes de organizações da esquerda armada, num leque que também incluía opositores de todos os matizes ao regime militar”, não é verdadeira.
Conheço dezenas de pessoas que foram vitimadas pela ditadura e que jamais deram seu aval à “anistia” proposta. E os que padeceram sob a mão de ferro dos militares, naquele período da história, chegam aos milhares.
Em 1978, no Rio de Janeiro, criaram um Comitê Brasileiro pela Anistia que reuniu algumas entidades da sociedade civil. Esse comitê tinha como sede a Associação Brasileira de Imprensa. Porém, a representatividade desses que aceitaram a imposição do regime militar era – e continua sendo – absolutamente insuficiente.
Não por outra razão, a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Brasil por não punir os culpados pelos crimes de desaparecimento forçado, mortes, tortura e prisões ilegais dos guerrilheiros do PC do B na Guerrilha do Araguaia.
Afinal, grande parte das ditaduras que já vicejaram pelo mundo terminou com “leis de anistia” como a que foi arrancada deste país sob a chantagem de que só com a aceitação dessa vergonha haveria permissão para volta dos exilados. Mas todas as cortes internacionais condenam e não reconhecem leis de anistia autoconced
idas por ditadores.
O que preocupa O Globo é que, na semana passada, houve aprovação, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, de um projeto que propõe tornar nulo o perdão a militares, policiais e civis envolvidos em atos como tortura, morte e desaparecimento de guerrilheiros, os quais o jornal, no editorial em tela, chama de “terroristas”.
Essa preocupação de O Globo se deve ao fato de que, com a condenação do Brasil pela Corte Interamericana de Direitos Humanos à qual o país se submeteu em acordo firmado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o projeto de anulação do “perdão” a torturadores – um “perdão” que não consta em lugar nenhum da Lei da Anistia – acabe sendo aprovado, apesar de o jornal afirmar ser “pouco provável”.
Afinal, se houver, no Brasil, uma investigação de “militares, policiais e civis envolvidos em atos como tortura”, não se pode descartar a hipótese de que seja descoberta a participação ativa de vários órgãos de imprensa nos crimes cometidos. Órgãos entre os quais figuram as Organizações Globo, por óbvio.

http://www.blogdacidadania.com.br/2014/04/nos-nunca-perdoamos-a-ditadura-senhores-marinho/

O mau negócio da CPI da Petrobras


Por Marcelo Zero, no blog de Paulo Moreira Leite:

Todos os dias, empresas fazem maus negócios, que dão prejuízos. Todos os dias, firmas vão à falência. Nos períodos de bonança e crescimento, muitas empresas lucram bastante fazendo apostas altas nos mercados. Nos períodos de crise, muitas simplesmente desaparecem para nunca mais serem vistas.

Isto se chama capitalismo. O capitalismo implica riscos. Muitos e graves riscos. Há nele uma “destruição criativa”, como dizia Schumpeter, que torna o ambiente dos negócios algo muito mais próximo ao rio de Heráclito que ao ser imutável e imóvel de Parmênides.

Nos períodos de crescimento, tem-se a impressão que os bons negócios são sólidos e vão durar para sempre, ainda que sejam, muitas vezes, meras bolhas alimentadas por ambição desmedida, conveniente cegueira de longo prazo e ausência de regulação estatal. Já nos períodos de crise, como dizia outro filósofo, tudo que é sólido se desmancha no ar.

Pasadena se desmanchou no ar, não há dúvida. De acordo com Graça Fortes, o negócio teria dado um prejuízo a Petrobras de aproximadamente US$ 500 milhões. É bastante, ainda que seja uma cifra bem inferior aos quase US$ 2 bilhões alegados pelos críticos da Petrobras.

Entretanto, se subirmos corrente acima o rio de Heráclito, chegaremos à conclusão que, em 2006, ano em que foi decidida a compra da refinaria, o negócio era, sim, muito bom. Com efeito, havia na época um “boom” do refino nos EUA. As margens de lucro estavam altíssimas, turbinadas por um consumo doméstico de refinados que chegava a 9,5 milhões de barrias/dia. Muitas empresas, não apenas a Petrobras, estavam de olho nesse gigantesco e lucrativo mercado.

Mas não era apenas a perspectiva de grande lucro que motivava a Petrobras. Em 1999, no governo FHC, a empresa havia traçado uma estratégia de negócios que colocava o refino de nosso óleo pesado no exterior como uma das suas prioridades. Na época, ainda não tínhamos o óleo leve do pré-sal, que é bem mais fácil de processar.

Pasadena, bem situada no corredor de Houston e com uma capacidade instalada de 100 mil barris/dia, era uma boa aposta para processar o óleo pesado do pós-sal, principalmente do poço de Marlim, e vender, com lucro muito alto, os refinados no mercado norte-americano. Com isso, a nossa conta de petróleo tenderia a ficar superavitária, pois venderíamos refinados, de valor agregado bem mais alto, no exterior.

E não era apenas Pasadena. Naquele período, impulsionada pela estratégia traçada no governo tucano, a Petrobras comprou as refinarias de Baia Blanca, e San Lorenzo, na Argentina, e a refinaria de Okinawa, no Japão. Observe-se que, de acordo com o sindicato dos petroleiros, em suas transações com a Repsol, na Argentina, o Brasil entregou 3 bilhões de dólares e recebeu 750 milhões de dólares. Um prejuízo de mais de US$ 2 bilhões, quatro vezes maior que o de Pasadena. Porém, essa transação desastrosa não merece, misteriosamente, nenhum comentário da mídia.

No entanto, coerentemente com aquela estratégia traçada no governo tucano e com as condições do mercado da época, tomou-se a decisão de comprar Pasadena. Mesmo com as cláusulas Put Option e Marlim, inexplicavelmente ocultadas do conselho da empresa e explicavelmente inseridas no contrato com a Astra, já que se destinavam a compensar o fato de que a Petrobras teria efetivo poder de mando na refinaria, o negócio tinha boas perspectivas de dar certo.

As perspectivas eram muito boas não fosse um detalhe: a crise internacional, que tomou todo o mundo de surpresa e derrubou, entre muitas outras coisas, o mercado de refino dos EUA. Assim, o problema essencial de Pasadena não foram as cláusulas Put Option e Marlim ou eventual ato de corrupção de diretor da Petrobras, mas a ausência de uma “cláusula Parmênides”, que assegurasse a imutabilidade das condições da economia mundial.

Caso as condições do mercado de refino tivessem permanecido semelhantes às de 2006, ninguém estaria hoje falando de Pasadena, a não ser para elogiar uma decisão estrategicamente acertada. Pasadena já estaria “no lucro”, a Astra não teria abandonado o negócio e a presença de uma refinaria da Petrobras nos EUA, mesmo após a descoberta do pré-sal e da mudança da estratégia da empresa, não seria questionada.

Ante isso, pode-se questionar para que serviria uma CPI que tem como ponto central o mau negócio de Pasadena? Será que tem alguém beócio o suficiente para acreditar que a compra de Pasadena e o mau negócio que ela se tornou resultaram de meros atos de corrupção? É possível que sim, pois reina no Brasil do denuncismo certo reducionismo moral, que pretende explicar todos os problemas do país com base na corrupção e no malfeito.

Entre os Azande, povo africano estudado pelo famoso antropólogo Evans – Pritchard, todos os infortúnios se explicavam pela bruxaria. No Brasil de hoje, todos os problemas se “explicam” pela corrupção. Até mesmo um negócio mal sucedido.

Não que atos de corrupção e de má-gestão não possam ter ocorrido, no caso ou na empresa. Mas atribuir-lhes, de antemão, centralidade é, no mínimo, um exagero “azandeano”. Além disso, a Petrobras já é objeto de inquéritos internos e da própria Polícia Federal. Quem tiver de ser punido, que seja.

Não obstante, essa metafísica da corrupção, quando aplicada à Petrobras em pleno período eleitoral, talvez esconda interesses mais terrenos e menos moralizantes.

Em primeiro lugar, há o óbvio interesse em desgastar o governo Dilma e a candidatura da presidenta, que permanece à frente das pesquisas. Com seu preciso “timing” eleitoral e sua vaga metafísica, a CPI se tornaria palco de inúmeras ilações e denúncias, devidamente potencializadas pelo maior partido de oposição do país.

Em segundo lugar, e menos óbvio, há também o interesse altruísta de livrar a Petrobras do fardo de ter de explorar o pré-sal. Por isso, crescem na mídia as matérias e reportagens patrioticamente dedicadas a mostrar uma Petrobras à beira da falência, ferida de morte por suposta má-gestão típica de uma estatal assediada pela política. Estratégia antiga e marota, que deu certo na época das privatizações.

Não comove os altruístas e patriotas o fato da Petrobras, como bem demonstrou Graça Foster no Senado, ser empresa sólida, com crédito no mercado, desempenho extraordinário em prospecção, expertise única em águas ultraprofundas e excepcionais perspectivas de médio e longo prazo, já que dispõe do pré-sal, enormes megajazidas de óleo leve, num mundo em que há carência de descobertas de novas jazidas, a não ser as de sujo óleo de xisto.

Talvez aconselhados pelos mesmos gênios que apregoam a volta das medidas impopulares, de saudosa memória, esses abnegados senhores desejem o retorno do modelo de concessão, instituído nos tempos de FHC e substituído pelo modelo de partilha, nos tempos de Lula. Nesse modelo de concessão, as jazidas passariam a pertencer às empresas que vencem os leilões e a Petrobras ficaria alijada da exploração conjunta. Exxon, Chevron, Shell, et caterva, agradeceriam esse gesto de grandeza. A União faria um caixa rápido para ampliar o superávit primário e a Petrobras acabaria transmutando-se na tão sonhada Petrobax.

É claro que, neste cenário, a Petrobras seria, agora sim, ferida de morte. A cadeia do petróleo sustentada pela empresa, inclusive a indústria naval, ressuscitada nos governos Lula e Dilma, também. E a alavancagem do desenvolvimento nacional e da educação brasileira pelo pré-sal seria convenientemente esquecida na névoa do denuncismo metafísico.

Assim, a CPI do mau negócio tende a se transformar num mau negócio para o país.

E não se enganem com as juras de amores à Petrobras por parte daqueles que pretendem imolá-la no altar das disputas eleitorais e achincalhá-la no vórtice das ilações e das denúncias vazias. O depoimento de Graça Fortes no Senado, no qual alguns inquisidores se referiram à empresa como “abismo moral”, “quitanda” e outras elevadas expressões, é somente uma prévia do que vem por aí.

Afinal, no caudaloso rio de Heráclito, há coisas que aqui permanecem tão imutáveis quanto o ser de Parmênides. Duas se destacam: o entreguismo e a cara de pau.

* Marcelo Zero é formado em Ciências Sociais pela UnB e assessor legislativo do PT.

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/04/o-mau-negocio-da-cpi-da-petrobras.html

O Globo é barão ou coronel da mídia?



O jornal O Globo fez dois tipos de entrevista com os blogueiros que entrevistaram Lula: do tipo espontâneo e do tipo compulsório. Este que escreve aceitou fazer do jeito mais fácil, do tipo relaxa e goza, mas a maioria dos outros entrevistados teve que fazer na marra, do tipo estupra mas não mata.

Imagine a seguinte situação, você que acha que poder dizer o que pensa politicamente é um direito seu. Ledo e Ivo engano. Um dia, você desagrada um coronel do século XXI, daqueles que não se limitam a não concordar passivamente com uma ideia, se é que me entende, e esse coronel manda seus capangas atrás de você.

Só que estamos no século XXI, caro leitor. Hoje em dia não pega bem um coronel da mídia mandar brutamontes invadirem o seu local de trabalho ou a sua casa e quebrarem você em dois. Até porque, é muito mais eficiente usar uma mocinha esperta, daquelas que, como quem não quer nada, dizendo-se imbuída das melhores intenções, conduza a conversa a um rumo que leve você a produzir uma frase da qual ela possa extrair as necessárias aspas.

O capanga de luxo do século XXI não chuta ou soca costelas, ele publica uma entrevista em que o entrevistador acusa o entrevistado, fala oitenta por cento do tempo e ainda edita o pouco espaço daquele que acusou.

Democrático, não?

Bem, caso você não tenha entendido, leitor, não se trata de uma democracia, mas de uma ditadura, a ditadura da mídia, com seus recursos de divulgação, com suas mocinhas que dão nó em pingo d’água.

Mas em que será que os leitores de O Globo prestaram mais atenção na entrevista dos blogueiros entrevistadores de Lula? Será que foi no que eles tinham a dizer ou na acusação velada (pero no mucho) que lhes foi feita por aquele veículo de comunicação?

Os entrevistadores de Lula foram todos acusados, tanto os que concordaram em participar da entrevista com o Globo quanto os relutantes, os quais o coronel midiático do século XXI entrevistou na marra ao selecionar frases deles e reproduzir.

Fico me perguntando se aqueles que O Globo acusou não têm o direito de responder nas páginas desse jornal. Até para esclarecer, porque, da forma como as palavras deste blogueiro foram selecionadas, ficou a impressão de que todos os outros entrevistados pensam igual sobre Lula, o que não se pode afirmar.

Não sei se mais alguém tem interesse em direito de resposta a ser concedido por O Globo aos blogueiros que “retratou” como mercenários que trocam opiniões políticas por banners em seus blogs, mas eu tenho. E, além de interesse, eu e todos os blogueiros “retratados” por esse jornal temos o DIREITO.

A menos que O Globo tenha medo do que esses blogueiros que entrevistou possam dizer, se tiverem espaço equitativo…

http://www.blogdacidadania.com.br/2014/04/o-globo-e-barao-ou-coronel-da-midia/

Atrasado, Estadão noticia bomba no colo de Alckmin: Propinão tucano aparece na Op. Lava Jato.



Nós publicamos aqui no dia 12, antes de todo mundo, a nota "Bomba no colo de Alckmin: Doleiro preso com Youssef recebeu dinheiro no esquema do propinão tucano da Siemens."

Ontem, no dia 16, com quatro dias de atraso, o jornal Estadão publicou discretamente esta mesma notícia.

Só que conseguiu a proeza de nem citar as palavras metrô, trens, tucanos, PSDB, governo Alckmin. Quando o acusado é tucano vira "agentes públicos brasileiros" no Estadão.


Nem mesmo a suave palavra "cartel" aparece, para o desavisado leitor não ligar o nome à pessoa.

O jornalão teve um súbita amnésia na hora de escrever a matéria, citando apenas "caso Siemens" como se o "caso Siemens" não fosse o escândalo das propinas pagas para obter contratos no metrô e trens nos governos tucanos, inclusive do atual governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP).


 

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/04/atrasado-estadao-noticia-bomba-no-colo.html

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Disciplina de Dirceu impressiona carcereiros na Papuda


:
Condenado na AP 470 a regime semiaberto, ex-ministro José Dirceu chega a ficar 22 horas na cela, com direito a 2 horas de banho de sol; mesmo assim, mostra disposição como voluntário para serviços de varrição e limpeza do pátio da prisão

247 – Em aguarda batalha jurídica pela garantia de seus direitos como condenado ao regime semiaberto na AP 470, José Dirceu mantém rotina exemplar na Papuda. Leia a nota de Claudio Humberto, do Diário do Poder:

DISCIPLINA DE DIRCEU IMPRESSIONA OS CARCEREIROS
Conhecido pela disciplina, José Dirceu impressiona até os mais céticos carcereiros da Papuda. Segundo relato de um deles, logo após sua prisão, em dezembro, José Dirceu se apresentou como voluntário para serviços de varrição e limpeza do pátio da prisão. “Como assim, o senhor, varrendo?”, custou a acreditar o agente penitenciário. Dirceu respondeu: “Para mim, trabalho é tudo igual”. Ganhou a vassoura.

BICO CALADO
Dirceu não reclama das condições do cárcere nem mesmo quando é submetido a 22 horas na cela, com direito a 2 horas de banho de sol.

MALHAÇÃO
Para tentar manter o tônus muscular, o ex-ministro faz exercícios usando, como peso, uma garrafa de coca-cola que encheu de areia.

A FALTA QUE ELA FAZ
O ex-ministro José Dirceu somente se queixa da falta que lhe faz a filha mais nova, de apenas 3 anos, seu xodó.

LEITURA EM DIA
Agora trabalhando na biblioteca da Papuda, José Dirceu se dedica à leitura. Já leu 21 livros, quase todos presenteados pelos advogados.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/136690/Disciplina-de-Dirceu-impressiona-carcereiros-na-Papuda.htm

Collor derrota Veja e leva indenização histórica



Pedro França: Em discurso na tribuna do Senado, senador Fernando Collor (PTB-AL).
Transitou em julgado a ação em que o ex-presidente Fernando Collor reclamava indenização da Editora Abril por ofensas morais publicadas nas páginas de Veja; o Superior Tribunal de Justiça fixou a indenização em R$ 500 mil que, corrigida, ultrapassa R$ 1 milhão; desse total, R$ 945 mil já foram depositados pela Abril e deverão ser pagos nesta semana; outros R$ 195 mil referentes ao tempo de protelação na execução da sentença ainda estão sendo questionados; decisão terá efeito pedagógico?

247 - Nesta semana, a Editora Abril, da família Civita, depositará cerca de R$ 1 milhão numa conta bancária indicada pelo senador e ex-presidente da República, Fernando Collor (PTB-AL). O motivo: a Abril foi condenada em última instância a indenizá-lo por ofensas morais publicadas na revista Veja.

Desse total, R$ 945 mil já foram depositados pela Abril em juízo. Outros R$ 195 mil ainda são objeto de questionamento e referem-se ao tempo em que a editora comandada por Fabio Barbosa protelou a execução da sentença.

A decisão final do Superior Tribunal de Justiça foi tomada por uma razão simples. Collor foi absolvido das acusações de corrupção relacionadas ao processo que redundou em seu impeachment, em 1992. No acórdão, o ministro Sidnei Beneti rejeitou os embargos da Abril que questionavam o valor da indenização – valor considerado "módico" pelo ex-presidente.

Leia, aqui, a íntegra do acórdão.

Leia também reportagem do portal Conjur sobre as circunstâncias do processo.

O que não se sabe, ainda, é se uma condenação tão expressiva terá efeito pedagógico na casa editorial dos Civita, acostumada a assassinatos impunes de reputação.


http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/136674/Collor-derrota-Veja-e-leva-indeniza%C3%A7%C3%A3o-hist%C3%B3rica.htm

Estamos esperando a manifestação da Globo e da Folha sobre isso (sentados é claro, porque em pé cansa).



Slide1 

Ontem foi encerrado o balanço semanal do “Jornal Nacional”.



JN1

De segunda a sexta, foram 56 minutos e 57 segundos de reportagens contra o PT. Contra o PSDB, foi 1 minuto e 48 segundos. Para saber mais sobre os números citados acima, acesse a reportagem completa no link que será disponibilizado no fim do texto.
 
Esse número é ainda mais espantoso se levarmos em conta três fatos:

1) Na quinta-feira o pré-candidato do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, foi indiciado pelo crime de lavagem de dinheiro pela Polícia Federal. A notícia teve só 38 segundos no “Jornal Nacional”.

2) A maior cidade do país (São Paulo) está muito próxima de um racionamento de água. Obras de abastecimento são de responsabilidade do governo estadual, ocupado pelo PSDB há 20 anos. Isso deveria ter bastantes espaço no “JN”, mas não teve.

3) Uma parte considerável no noticiário anti-PT foi dedicada ao Deputado Federal André Vargas, que é acusado de ter envolvimento com um doleiro preso, pois andou no ”jatinho” do mesmo. A questão é que o senador Álvaro Dias, do PSDB, já andou nesse mesmo jatinho, segundo uma reportagem da Folha de 04 de março de 2001. Nada foi falado na Globo sobre isso. O link para a reportagem da Folha é: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0403200125.htm

O link da reportagem completa sobre a cobertura semanal do “Jornal Nacional” é http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/136591/A-resposta-da-Globo-a-Dilma.htm