sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Aldo e a necesidade de um zagueiro-zagueiro




Quem parar para refletir um pouco verá que a saída do Ministro Orlando Silva do Ministério dos Esportes tem menos a ver com a onda de denúncias contra ele do que com a necessidade política do governo de ter alguém capaz de enfrentar os brucutus da Fifa e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
Isso ficou claro quando Dilma ignorou solenemente o cartola brasileiro e botou do seu lado Pelé como figura símbolo da Copa no Brasil.
Teixeira, como se sabe, está sendo acusado de malversações de recursos, junto com outros dirigentes da Fifa, num processo que corre em segredo de Justiça na Suíça, que teve parte de seu suposto conteúdo revelado ontem, no Senado, pelo jornalista inglês Andrew Jennings.
A Fifa também o pressiona, ameaçando tornar disponíveis as informações do processo, algo do que duvido, porque uma andorinha só não faz verão nestas coisas.
Orlando ficou pequeno, politicamente, para enfrentar essa linha de ataque.
Diferente do que se passava com Lula, capaz de desarmar as jogadas mais perigosas, matar no peito e sair jogando, para Dilma era insuficiente um zagueiro que pudesse ser facilmente driblado. E que, ainda pior, era politicamente frágil, incapaz de resistir à onda que levantaram contra ele.
Esta é a razão essencial. E é compreensível e provável que Aldo Rebelo, uma homem de quem se pode discordar aqui e ali, mas que é sólido e capaz, politicamente, possa desempenhar melhor este papel.
Aldo já pisou em todos os tapetes e não haverá conversas que o deslumbrem. E conhece o assunto. Foi ele quem começou a colher assinaturas, em 99, para a CPI para analisar a regularidade do contrato entre a CBF e a Nike, presidiu-a e os resultados só não foram melhores porque as irregularidades apontadas nunca tiveram uma investigação que desdobrasse com vigor as irregularidades apontadas em relação a Ricardo Teixeira.
Aldo, nesta matéria, se mantiver aquela postura, será um zagueiro-zagueiro, destes que metem medo nos atacantes, apesar de seus modos gentis.
Outra coisa, muito diferente, é a forma com que tudo ocorreu, na política.
Em primeiro lugar, ocorreu um massacre de um dirigente político sem condições, de comunicação e de estatura política, de defender-se. Houve pouco ou nenhum rigor nas “apurações”, tanto que a acusação mais forte, a que detonou todo o processo, feita pelo mais do que suspeito soldado-milionário, a de que havia sido entregue dinheiro na garagem do Ministério – que desde o primeiro dia dissemos ser inverossímil - acabou sendo desmentida pelo próprio acusador.
Isso, claro, não tem nenhuma importância.
A função da denúncia já tinha sido alcançada, e começou uma vasculhação geral sobre cada um dos milhares de convênios e atos do Ministério, coisas de anos atrás às quais a nossa investigativa imprensa, até então, não tinha dado qualquer importância. ora, qualquer um vê que não é investigação a palavra que o define, mas devassa.
Corre um sério perigo quem acha que se pode usar o apetite do monstro que se tornou a mídia brasileira como arma de sua própria estabilidade política. Porque a cada vítima que faz, ele se torna mais sequioso e convicto de seu poder. Já exige não apuração dos fatos, mas demissão sumária de todo aquele que fulmine com seus raios de “moralidade pública”.
Haverá um próximo ataque, e as condições de defesa, a cada vítima, pioram. Eles estão, como se diz no futebol, gostando do jogo.
E isso é mais que perigoso, é temerário.


Wikileaks aponta Wiliam Waack como informante do governo dos EUA

Grupo Beatrice

Blog Brasil que Vai cita documentos sigilosos divulgado pelo site de Julian Assange



O repórter da Globo William Waack, que seria informante do governo dos EUA, segundo post do blog Brasil que Vai (com base em documentos do site Wikileaks)O repórter William Waack, da Rede Globo de Televisão, foi apontado como informante do governo americano, segundo post do blog Brasil que Vai - citando documentos sigilosos trazidos a público pelo site Wikileaks há pouco menos de dois meses.
De acordo com o texto, Waack foi indicado por membros do governo dos EUA para “sustentar posições na mídia brasileira afinadas com as grandes linhas da política externa americana”.
- Por essa razão é que se sentiu à vontade de protagonizar insólitos episódios na programação que conduz, nos quais não faltaram sequer palavrões dirigidos a autoridades do governo brasileiro.
O post informa que a política externa brasileira tem “novas orientações” que “não mais se coadunam nem com os interesses americanos, que se preocupam com o cosmopolitismo nacional, nem com os do Estado de Israel, influente no ‘stablishment’ norte- americano”. Por isso, o Departamento de Estado dos EUA “buscou fincar estacas nos meios de comunicação especializados em política internacional do Brasil” - no que seria um caso de “infiltração da CIA [a agência norte-americana de inteligência] nas instituições do país”.
O post do blog afirma ainda que os documentos divulgados pelo Wikileaks de encontros regulares de Waack com o embaixador do EUA no Brasil e com autoridades do Departamento de Estado e da Embaixada de Israel “mostram que sua atuação atende a outro comando que não aquele instalado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro”.

*GilsonSampaio

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O SONHO DA OPOSIÇÃO E DO PIG É UM PESADELO PARA O BRASIL



Há dez anos o povo brasileiro estava imerso no caos econômico e social. Desemprego recorde, juros estratosféricos, o FMI mandando e desmandando na nossa economia, 54 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, filas intermináveis no SUS, os aposentados sendo xingados de vagabundos. Privatizações escusas. O sonho dos brasileiros era por um fim a esse pesadelo. Quem imaginaria, há dez anos, que esse sonho se tornaria realidade? Poucos acreditavam que seria eleito um presidente do povo, um migrante nordestino, ex-metalúrgico, e que ele seria o melhor presidente que o Brasil já teve em todos os tempos? Quem, há dez anos, imaginava que seria criado o PROUNI, o Bolsa Família, o Luz Para Todos, A Farmácia Popular, o SAMU, que seriam gerados mais de 10 milhões de empregos e que outros tantos programas sociais tirariam o povo da miséria extrema e devolveriam a dignidade aos cidadãos?


Quem imaginava, há dez anos, que hoje o Brasil seria exemplo de democracia, de combate à pobreza e à fome, de condução da economia, soberano, e que o nosso presidente, um migrante nordestino, ex-metalúrgico, seria homenageado no mundo todo? Quem imaginaria que o Brasil governado por Lula passaria por uma crise econômica mundial sem piscar? Há dez anos poucos imaginavam que o presidente Lula seria eleito, reeleito e elegeria uma mulher como sua sucessora. Dilma Rousseff, a primeira mulher eleita presidenta do Brasil. Quem imaginaria que hoje o Canadá, pediria a opinião da presidenta Dilma sobre como se portar ante a crise internacional. Por telefone, o premiê canadense, Stephen Harper, pediu a opinião brasileira sobre a crise, numa conversa prévia à reunião de cúpula do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo.


"A presidenta evocou a experiência brasileira, disse que era importante assegurar responsabilidade fiscal, combater a inflação e manter um bom nível de reservas", disse o porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena. Harper telefonou para a presidenta Dilma Rousseff na noite de segunda-feira, 24/10/2011. Queria falar sobre a reunião de cúpula do G20, que acontecerá em Cannes, na França, no início de novembro.


Além de mencionar a crise na Europa, a presidenta falou sobre o desempenho econômico do Brasil. Na opinião da presidenta, o essencial é a busca do desenvolvimento sustentável, que consistiria em desenvolvimento social e criação de empregos, somados ao desenvolvimento econômico. O premiê, que já esteve no Brasil em visita oficial, combinou uma conversa bilateral com a presidenta em Cannes e a convidou para uma visita oficial ao Canadá. Dilma concordou e agora os acertos serão feitos pelos serviços diplomáticos dos dois países. Há dez anos não se imaginava que um país desenvolvido, como Canadá, pediria a opinião do Brasil para resolver uma crise econômica mundial.


O Brasil de Lula/Dilma vai sediar a Copa 2014 e as Olimpíadas de 2016, dois megaeventos que vão colocar o Brasil no topo do mundo, além de gerar milhares de empregos diretos e indiretos, grandes empreendimentos e muitas obras. Quem imaginava isso há dez anos? O PIG e a oposição PSDB/dem/pps não se conformam com isso e farão de tudo para evitar mais esses sucessos.


Eles querem que o Brasil fracasse para terem uma chance de voltar ao poder. Querem transformar o Brasil no que ele foi há dez anos, um país fracassado, em caos econômico, sem credibilidade, refém do FMI, com uma vasta população miserável, sem nenhum programa social que contribua para diminuir a desigualdade social. Eles não querem que o Brasil seja um país de todos.
Jussara Seixas


TSE cassa propaganda partidária do PSDB e multa José Serra



Por unanimidade, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) à perda do próximo programa nacional da legenda e de 12,3 minutos de inserções ao longo da programação das emissoras de televisão, porque entendeu que a propaganda veiculada pela sigla no primeiro semestre de 2010 foi utilizada indevidamente para promoção da candidatura de José Serra à Presidência da República. Além disso, o Tribunal aplicou multas que somam R$ 50 mil para o PSDB e R$ 20 mil para José Serra.
Foram cassados o programa nacional em bloco do PSDB, que seria veiculado no primeiro semestre de 2012, além dos 12,3 minutos de inserções nacionais do partido, ainda neste ano ou no primeiro semestre de 2012.
Relatora de quatro representações apresentadas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) contra o PSDB e José Serra, a ministra Nancy Andrighi afirmou em todas elas que houve o desvirtuamento da finalidade da propaganda partidária e a clara promoção da imagem do então pré-candidato ao cargo de presidente, o que caracteriza a propaganda antecipada proibida pela Lei das Eleições (Lei 9.504/97).
O artigo 36 da Lei das Eleições só permite a propaganda após o dia 5 de julho do ano da eleição. A violação do disposto deste artigo sujeita à multa que varia de R$ 5 mil a R$ 25 mil ou ao equivalente ao custo da propaganda se este for maior.

Voto

Segundo a ministra Nancy Andrighi, as inserções nacionais e o programa em bloco do PSDB, ao mostrarem imagens de José Serra acompanhadas de falas que o promovem como a pessoa mais apta a ocupar cargo público, no caso a Presidência, extrapolaram o artigo 45 da Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95).
Esse artigo estabelece que a propaganda partidária gratuita só pode ser usada pela legenda para difundir os programas partidários, transmitir mensagens aos filiados, divulgar a posição do partido sobre temas político-comunitários e promover a participação política feminina.
A ministra Nancy Andrighi afirmou que as inserções do PSDB e o bloco nacional partidário da legenda tiveram como objetivo enaltecer a imagem de José Serra enquanto pré-candidato do partido. Ela lembrou ainda que as inserções e a propaganda nacional do PSDB ora mencionaram as supostas obras realizadas por José Serra enquanto governador de São Paulo ou diziam que ele era um político que “tinha história” para mostrar.
Ao estabelecer os valores das multas nas representações, a ministra Nancy Andrighi disse que definiu a gradação de R$ 5 mil, R$ 7,5 mil, 12,5 mil, e 25 mil das quatro multas aplicadas ao PSDB e as quatro multas de R$ 5 mil impostas a José Serra em razão da reiterada conduta praticada pelos acusados na divulgação de propaganda eleitoral extemporânea. A ministra votou ainda pelo envio dos autos das representações à Procuradoria-Geral Eleitoral (PGR) para as providências que o órgão achar cabíveis.
Na época em que o PT entrou com representações, o corregedor-geral eleitoral, ministro Aldir Passarinho Junior, concedeu liminares ao partido para que o PSDB retirasse do ar e não mais transmitisse as inserções objeto de questionamento.


Processos relacionados:
141041
145375

147451

156289


No site do TSE



Internautas criticam governo por “covardia” diante da mídia







Desde a noite de terça-feira, blogs e redes sociais começaram a ser invadidos por onda de revolta contra desfecho da novela Orlando Silva que já se fazia previsível. Todavia, após sucessivas garantias da presidente Dilma, do PC do B e do próprio ministro de que a “presunção de inocência” deste prevaleceria sobre o bombardeio de acusações da mídia, ontem a demissão se concretizou.
Foi a primeira vez, neste ano, que a militância governista na internet não se dividiu como ocorrera em demissões anteriores de ministros, com destaque para a primeira da série de demissões que ocorreria após a queda do ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci, quando a aquela militância rachou praticamente ao meio sobre a permanência dele no cargo.
O apoio a Orlando Silva foi esmagadoramente majoritário entre a militância governista na internet. Há poucos dias, milhares de tuiteiros já haviam levado esse apoio aos Trending Topics do Twitter. Na terça-feira, repúdio a declaração do deputado ACM Neto de que o ministro do Esporte afrontava o país por ter ido a audiência na Câmara ficou entre os cinco temas mais comentados naquela rede social.
Ao ir se materializando a rendição do ministro, do PC do B e do governo à mídia, uma onda de revolta de militantes governistas tomou as caixas de comentários dos grandes portais e blogs corporativos e as dos blogs e sites independentes, além dos comentários no Twitter e no Facebook. O alvo principal do mau-humor digital foi a presidente Dilma, em quem muitos prometeram “nunca mais votar”.
Além do prejuízo político previsível entre a sociedade que a rendição do governo pode gerar, o prolongamento da agonia do agora ex-ministro do Esporte soma-se à patética encenação de autoridade e de independência de um governo que, aos dez meses, parece cansado e sem autoridade, dependurado em bons resultados na economia que, em um momento de crise internacional, podem sumir rapidamente.
Para completar, internautas comentavam às dezenas, ontem, que a nova investida da mídia sobre o Enem sugere que o ministro da Educação, Fernando Hadadad, pré-candidato a prefeito de São Paulo deve ser o próximo alvo da caça midiática a ministros do governo Dilma. O fator eleitoral confere verossimilhança à teoria. Um escândalo nesse ministério enterraria de vez a candidatura de Haddad. A conferir.


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A batata na chaleira esportiva




A Reuters, finalmente, “levanta a bola” de uma jogada à qual ninguém estava dando atenção e publica hoje a seguinte matéria:



O governo avalia que a denúncia contra o ministro do Esporte, Orlando Silva, traz benefícios para Fifa e CBF, como na negociação da Lei Geral da Copa, que começou a tramitar na Câmara dos Deputados na semana passada, disse à Reuters uma fonte do governo.


A aprovação dessa legislação é cobrada pela federação internacional para realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 e inclui normas desde o valor dos ingressos até a proteção das marcas de patrocinadores no país, por exemplo.


Essa fonte, que pediu para não ter seu nome revelado, afirmou que o clima no governo em relação às duas entidades é de beligerância e que o Executivo não tentará impedir a criação de uma regra que permita a cobrança de meia-entrada para estudantes nos jogos da Copa de 2014.


Essa era uma das principais reclamações da Fifa e até agora o governo vinha argumentando que a meia-entrada para estudantes era determinada por legislações estaduais. Deixar livre para o Congresso a criação de uma legislação federal sobre o tema seria o primeiro gesto político para o governo mostrar que será mais firme na negociação com a Fifa a partir de agora.


A indignação do governo com o tratamento recebido das duas entidades é crescente, segundo relato dessa fonte, e a relação chegou no seu pior momento agora.


No fim de semana, a revista Veja publicou reportagem segundo a qual organizações não-governamentais que realizam convênios com o Ministério dos Esportes no âmbito do programa Segundo Tempo só receberiam os recursos destinados ao acordo após pagamento de até 20 por cento do valor do convênio a pessoas ligadas ao PCdoB, partido do ministro.”


Os jornalistas brasileiros são muito bem informados e inteligentes, em geral. E quando escrevem fora dos grandes jornais começam a achar as estopas com que se pregam certos pregos…


Em tese, o enfraquecimento do Governo, com as acusações ao Ministro do Esporte, facilita a imposição dos apetites leoninos da Fifa. E tira de cena as investigações sobre o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.


Já dizia o antigo comentarista Ruy Porto, da TV Tupi, que a melhor defesa é o ataque, não é?

Ainda mais quando está o que está em jogo não é a bola, mas uma bolada.


PM ganha apoio da oposição para embolsar os R$ 3 milhões dos cofres públicos



Reunião do PM João Dias e a sua bancada de apoio do PSDB, DEMos e PPS.

Que toma-lá-dá-cá é esse?

A bancada demo-tucana deixa o PM embolsar R$ 3 milhões e escapar ileso, em troca de derrubar um ministro que quer reaver os R$ 3 milhões aos cofres públicos?



O PM João Dias Ferreira foi autuado pelo Ministério dos Esportes, TCU, CGU, Polícia Federal e Ministério Público Federal para devolver mais de R$ 3 milhões aos cofres públicos, por dinheiro desviado de convênio não cumprido e fraudado.


Pela narrativa da revista Veja, está subentendido que ele ameaçou: ou abafavam suas maracutaias no Ministério do Esporte, ou ele produziria escândalo político.


O ministro Orlando Silva não abafou nada, e o escândalo político está aí, forjado.


O ministro chamou a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, para resolver essa bandidagem e recuperar os mais de R$ 3 milhões de volta aos cofres públicos. O PM fugiu de depor na Polícia Federal de manhã e, de tarde, chamou uma bancada de apoio de deputados e senadores do PSDB, DEMos e PPS, que estão desempenhando o papel de conspirar contra a devolução de mais de R$ 3 milhões aos cofres públicos, apenas para derrubar um ministro com base em uma mentira.


PM promete e não entrega provas


Em tempo: o PM falou, falou, falou e falou à revista Veja, ao Estadão, ao Jornal Nacional, à bancada demo-tucana, mas prova que é bom, até agora não apresentou nada, e ainda fugiu de depor na PF na manhã de terça-feira.



CADÊ AS PROVAS, JOÃO DIAS FERREIRA?



O soldado da PM João Dias Ferreira não pôde comparecer ontem para depor na PF, segundo informou, por motivo de saúde. Mas estava bem saudável para participar de uma reunião a portas fechadas com os políticos da oposição, PSDB/DEM/PPS. Segundo o discurso da oposição, são "estarrecedoras" as revelações que ele fez.


Mas não disseram nada, não contaram o que o PM revelou, e nem usaram o que ficaram sabendo para arguir o ministro Orlando Silva, que estava prestando esclarecimentos no Congresso por sua livre e espontânea vontade. O PM João Dias Ferreira explicou para os parlamentares do PSDB/DEM/PPS como ficou rico? Como conseguiu em tão pouco tempo ter uma mansão, apartamentos, carros importados, academias de kung fu e ginástica registradas em nomes de" amigos" e familiares? Na operação Shaolin, desencadeada pela PF em 2010, ele relatou à PF uma de suas transações imobiliárias: trocou uma academia, nada mais nada menos, por quatro apartamentos no edificio El Shaday, em Sobradinho, que pertenciam ao ex-deputado Ronivon Santiago. Ronivon Santiago foi aquele deputado que em 1997 revelou o esquema de FHC de compra de votos para a reeleição. Mas na época houve uma imensa ‘operação abafa’ por parte do PSDB/DEM, do engavetador-geral da república, Geraldo Brindeiro, e da mídia, e desse modo a maracutaia da reeleição de FHC não foi investigada. Segundo Ronivon Santigo, a quantia paga foi de R$ 200.000,00 por parlamentar.


João Dias Ferreira foi preso pela PF por suspeitas de irregularidades no programa Segundo Tempo, e foi cobrado pelo Ministério do Esporte e pelo Ministério Público Federal em R$ 3 milhões por recursos que recebeu e não aplicou em projetos previstos. Mas com certeza os parlamentares do PSDB?DEM?PPS que estiveram reunidos ontem com ele não estavam interessados nisso. O único interesse deles é criar desgastes para o ministro Orlando Silva e para o governo Dilma. Por que ele já não apresentou as provas que diz ter contra o ministro quando foi preso pela PF, em 2010? Se ele tem provas, se tem gravações, por que não apresenta para a PF e o MP? Por que não apresenta para a mídia? Porque mentiu para a PF e não compareceu para depor? Esse sujeito é muito esperto, ardiloso, dissimulado, mentiroso, do jeito que a oposição gosta para manipular, instruir, e jogar contra o governo.


Jussara Seixas


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Em que caso das emendas em SP difere do caso nos Esportes?




Ontem à noite, o ministro Orlando Silva apareceu no programa da Rede Globo “Fantástico” em uma matéria que, para o público, deixou poucas dúvidas de que os acusadores desse ministro e do seu partido (PC do B) – e, por tabela, do ex-presidente Lula e da presidente Dilma, que o nomearam – estão falando a verdade.
Esse tom da imprensa de apoio irrestrito à versão dos acusadores de Silva é muito mais forte na revista Veja. Na publicação, ao acusado pela sua matéria só resta demissão e, em seguida, o cárcere. A palavra de pessoas acusadas, processadas e até presas por formarem uma quadrilha é tomada como expressão da verdade.
Os programas de tevê e rádio, os editoriais, as colunas, as análises, as cartas de leitores, as manchetes e até as pretensas reportagens já condenaram os acusados pela Veja – entre os quais está um partido político inteirinho –, mas inexistem em escândalos envolvendo os adversários políticos desses acusados.
O escândalo sobre as emendas parlamentares ao Orçamento do governo de São Paulo, que envolve deputados da base de apoio ao governo Geraldo Alckmin, não saiu na Veja, não saiu no Fantástico e, sobretudo, o governo Alckmin e seu partido inteiro não foram alvo da condenação opinativa da grande mídia. Ninguém ousa tratar casos iguais com igualdade.
Todos essas matérias contra Orlando Silva e seu partido não ocorrem no caso paulista apesar de também ter um denunciante que acusa e faz ameaças como o que acusou e ameaçou o ministro. E o que é pior: quem acusa o ministro e seu partido é alguém com graves problemas com a lei e quem acusa o governo Alckmin e sua base de apoio é um parlamentar contra quem, ao menos até aqui, não pesa denúncia alguma.
Este blogueiro apoiaria a imprensa se tratasse os dois casos da mesma forma. Se o fato de haver um denunciante que militava na base de apoio do governo Dilma torna a denúncia contra o PC do B verdadeira, por que o fato de haver um denunciante da base de apoio do governo Alckmin não torna sua denúncia igualmente verdadeira?
Por que esses colunistas que já julgaram e condenaram um lado não condenam o outro se os elementos de prova são idênticos? Por que a denúncia de baixa credibilidade de um elemento como o policial militar João Dias Ferreira contra o governo Dilma é mais forte do que a denúncia de alta credibilidade de um deputado como Roque Barbiere contra o governo Alckmin?
Conclusão inescapável: o caso das emendas parlamentares ao Orçamento de São Paulo só difere do caso das ONGs do ministério dos Esportes na cobertura jornalística. Quem, então, terá coragem de perguntar ao vivo – e, se possível, no Jornal Nacional – por que casos iguais são tratados com tanta diferença?


O novo (?) delírio golpista




Você acredita que, em pleno século XXI, com o Brasil atravessando o melhor momento econômico e social de sua história, as forças político-ideológicas que, a serviço da elite branca, já deram golpes de Estado teriam coragem de sabotar o país e depois subjugá-lo a fim de interromper a ascensão social da maioria morena e pobre que começa a ocupar postos de trabalho, vagas nas universidades e até a morar nos bairros de brancos ricos?
A quase totalidade da população brasileira, essa nação de quase duzentos milhões de habitantes, está preocupada hoje apenas em colher os frutos de um processo de desenvolvimento jamais visto aqui. Nunca antes na história deste país ele cresceu e distribuiu renda e oportunidades por tanto tempo seguido. Agora, o povo acha que chegou a sua vez. Como derrotar um partido que é visto pela maioria como autor do novo Brasil?
Na opinião deste blog, as forças progressistas – que incluem todos aqueles que querem que o Brasil deixe de ser uma fazendona com uma imensa Casa Grande habitada por um grupelho ínfimo de famílias brancas de descendência indo-européia e uma vasta Senzala ocupada por 9/10 da população – têm o dever de avaliar com responsabilidade o risco que este blog vê no atual quadro político brasileiro.
Pouco importa que você ache que não há clima para o bom e velho golpismo tupiniquim tendo o Brasil chegado ao atual estágio de importância internacional a que chegou. Diante da tragédia que seria a existência de um plano para abortar o processo de distribuição de renda e de oportunidades em um país marcado pela concentração de renda e pela falta de oportunidades para a maioria afrodescente, todo democrata tem obrigação de parar e pensar.
Recentemente, a politóloga americana Frances Hagopian, estudiosa dos partidos políticos brasileiros, situou o PSDB na centro-direita do espectro ideológico, ou seja, como representante da classe social diminuta, branca e abastada que há quase meio século exigiu e obteve um golpe de Estado a fim de impedir medidas que visavam inclusão social.
Não há muita dúvida, entre os estudiosos da política brasileira, de que o espectro político e ideológico brasileiro divide-se hoje em três grupos: um grupo social-democrata, um grupo democrata-cristão e um terceiro e amplamente minoritário grupo de esquerda radical que vê os outros dois grupos como seus inimigos, mas que acaba se unindo episodicamente à direita por seu adversário de centro-esquerda estar no poder.
O PT lidera uma coalizão de centro-esquerda que abriga legendas de aluguel de direita e até de extrema-direita que se submeteram ao programa social-democrata para não perderem completamente as tetas do Estado. Essa é a grande janela de oportunidade que a direita convicta e representante de classe vê para tentar retomar o poder, pois sabe que são partidos que aderem ao poder, seja ele exercido por quem for, para continuarem pilhando o Estado.
Partidos aliados ao PT como o PP de Jair Bolsonaro e Paulo Maluf representam a garantia petista à elite de que não haverá mudanças bruscas. Além disso, acabam se somando ao governo social-democrata em votações no Congresso. Todavia, são partidos cuja corrupção sempre foi e sempre será parte do próprio DNA e constitui, portanto, um manancial de objetos para denúncias.
Como a elite branca e conservadora sabe que, pela via eleitoral convencional, dificilmente voltará ao poder tão cedo, pode ter optado por um “atalho” político – entenda-se tornar-se a única opção eleitoral após a completa destruição dos adversários. E indícios de que esse pode ser seu plano, não faltam.
O processo eleitoral de 2010 foi assustador. E o que assustou foi a direita político-partidária e midiática ter ressuscitado o que havia de mais reacionário no Brasil – os preconceitos raciais, sexuais, regionais e ideológicos todos vieram à tona e não saíram mais da agenda nacional. Desde então, o país começou a travar uma guerra incessante contra o preconceito.
Já no dia da eleição em segundo turno, ano passado, a internet viu espalhar-se uma revolta de setores da classe média branca do Sul e do Sudeste contra “nordestinos” que teriam sido os “responsáveis” pela vitória de Dilma Rousseff, apesar de ela ter vencido também no Sudeste. Dali em diante, não há mês em que não sobrevenham notícias de casos de racismo, homofobia e ódio de classe, de tudo que representa o ideário conservador.
Esse soerguimento do preconceito é um fenômeno recente. Não existia antes do processo eleitoral de 2010, apesar de o ideário preconceituoso sempre ter estado lá. Contudo, era dissimulado. Não saía à luz do dia. Resumia-se aos convescotes da elite.
Enquanto a artilharia político-midiático-partidária contra o governo Dilma resumia-se aos escândalos forjados pela direita ideológica que infernizou o governo Lula, achava-se que o golpismo poderia ser contido. Todavia, após nove anos fora do poder, a direita parece querer ir mais longe.
No sábado, o blogueiro Emerson Luis, do blog Nas Retinas, terminou um trabalho que este blog iniciou na semana passada ao cobrir a versão paulistana das “marchas contra a corrupção” que saíram pelas ruas do país no último dia 12 de outubro. Emerson identificou o DNA tucano nas tais marchas, as convocações daquela militância do PSDB que este blog encontrou e entrevistou durante a manifestação paulistana da última quarta-feira.
Em seguida, para oferecer “alimento” para outras “marchas” que estão sendo programadas para o mês que vem, a direita midiática acaba de forjar novo “escândalo” que, apesar de ter sido construído sobre vento, será um prato cheio para essas novas manifestações “contra a corrupção” organizadas pelo PSDB, o terceiro partido com mais cassações de parlamentares por corrupção, segundo o TSE, superado apenas por PMDB (2º lugar) e pelo DEM (o campeão).
Nessa equação antidemocrática não poderia faltar a boa e velha Igreja Católica, que aqui, em Honduras, no Chile, na Argentina e em todo o resto da América Latina sempre esteve de braços dados com o golpismo de direita. Essa ingerência da religião na política brasileira, após ter ajudado a atirar este país em uma ditadura de vinte anos, parece que volta à cena, até porque a Igreja Católica identifica neste governo estímulo ao crescimento das igrejas evangélicas, que vêm fazendo minguar o “rebanho” católico.
Agora, a última reportagem de capa da revista Veja e reportagem que o programa global Fantástico leva ao ar neste domingo (15 de outubro) contra o ministério dos Esportes denunciam um plano que seria a cereja do bolo dos delírios golpistas da direita nacional: enfurecer a sociedade contra o governo Dilma fazendo o Brasil deixar de ser a sede da Copa do Mundo de 2014.
Alguém consegue imaginar meio mais adequado para derrubar – mesmo que por impeachment – o governo Dilma do que fazer o Brasil não ser mais a sede da próxima Copa do Mundo? Se isso ocorresse por conta de constrangimentos ao governo do país que, então, estaria sob denúncias de corrupção, seria a destruição final e eterna do PT e o início de um reinado de mil anos da direita. Este povo ficaria furioso.
Você não precisa acreditar nessa hipótese para abrir os olhos. Por mais que ache que é um exagero, como cidadão e democrata tem o dever de refletir. É o país dos seus filhos e netos que está em jogo. O processo de distribuição de renda e de oportunidades em curso hoje no Brasil interessa a todos, menos ao topo da pirâmide social que durante cinco séculos manteve a massa a pão e água enquanto nadava em uma riqueza usurpada.


Serra e o seu telhado de vidro




O senhor José Serra ressuscita hoje na internet, em seu blog e na imprensa que se socorre dele, para repercutir o caso das acusações ao Ministro do Esporte, Orlando Silva.
Claro que o Ministro tem a obrigação de explicar todos os seus atos. Mas não pode ser julgado apenas pelas declarações de um desviador de verba publicadas por uma revista.
Senão, teríamos de fazer o mesmo com o próprio senhor José Serra. Afinal, uma revista – a Istoé – diz que ele estava envolvido com os integrantes da “Máfia das Ambulâncias”, a partir das acusações dos empresários Darci Vedoin e seu filho Luiz Antônio, donos na Planam , que vendia as ambulâncias superfaturadas.
Descentralização, o remédio recomendado pelo senhor Serra como antídoto à corrupção é bom, mas também não é garantia de que os processos serão honestos. No caso das ambulâncias, os recursos eram repassados às prefeituras, que faziam as licitações fraudulentas. Se, como diz Serra em seu blog, isso “dificultaria, sem dúvida, em razão de um cruzamento de controles feitos por esferas distintas”, no seu caso isso falhou.
O braço de direito de Serra e seu sucessor no Ministério da Saúde, Barjas Negri, foi multado pelo TCU por falta de fiscalização nestes convênios, firmados por indicação de emendas parlamentares.
Serra, pessoalmente, defendeu estes métodos de decisão política, em entrevista à Folha, ano passado:
“O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, revelou ontem a empresários sua fórmula para garantia de governabilidade, caso seja eleito: “Congresso você leva com emendas”.”Você não discrimina entre oposição e situação. Dá para todo mundo. Fiz isso e deu certo. Você leva. Leva ao pé da letra”, continuou.Em palestra a associações comerciais, Serra disse ser fácil “controlar as emendas no sentido da prioridade”. Na Saúde, seu secretário-executivo, Barjas Negri, indicava as áreas a serem beneficiadas: “A turma fazia. Porque o sujeito quer aprovar emenda, quer ter voto lá”.
Naquela ocasião, Serra se disse vítima de uma armação da revista, dos denunciados e de seus adversários políticos. Se foi assim, como vítima destes processos, Serra deveria ter mais cuidado com acusações que só tem a sustentá-las as declarações de um acusado e o espalhafato de uma revista.
Como toda a acusação, está sendo feito o que deve ser feito numa democracia e num estado de Direito: investigar e, havendo provas, responsabilizar e punir. Até porque a presunção da inocência vale para o ministro, vale para José Serra e vale (ou deveria valer) para qualquer cidadão.
Porque a imprensa pode e deve mostrar irregularidades documentadas. Mas não assumir o papel de investigar, julgar e condenar.


Por que derrubar Orlando Silva? Siga o dinheiro em Liechtenstein, pago pela TV Globo.




Causa profunda estranheza o esforço que a TV Globo e revista Veja estão fazendo para derrubar o ministro do esporte, Orlando Silva, sem se preocupar em apurar a verdade dos fatos. Sabe-se que as denúncias são fracas, os denunciantes suspeitos, com comportamento suspeito, enquanto o ministro comporta-se de forma destemida, como quem enfrenta máfias. Mesmo assim a TV Globo e a revista Veja, fazem de tudo para NÃO procurar a verdade e forçar a barra só no noticiário negativo de bate-boca e boatos, não concedendo o princípio da presunção de inocência até que apareçam provas.


A TV Globo tem uma profunda relação de parceria em negócios com os cartolas do futebol brasileiro, cuja figura máxima é o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.


A Globo ganha todas, e sem concorrência, sabe-se lá como: os direitos de transmissão do Brasileirão e dos jogos da Seleção Brasileira, em negociações entre quatro paredes sem qualquer transparência pública.


O governo Dilma, através do ministro do esporte, tem contrariado interesses da FIFA e da CBF. Tem publicado tudo sobre a Copa-2014 no portal da transparência. Talvez esteja contrariando interesses cruzados da TV Globo, sem saber.


Um interessante caminho para desvendar essa caixa-preta do futebol brasileiro é seguir o dinheiro.


O escândalo de subornos na FIFA, que atinge o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, teve seu estopim em 2001, cuja causa é atribuída ao pagamento de 60 milhões de dólares feito pela TV Globo por direitos de transmissão da Copa de 2002.


Relembre essa notícia de 2008, publicada na imprensa Suíça, a partir do documento de 179 páginas do Tribunal Penal de Zug, na Suíça:





Tribunal suíço faz graves acusações à Fifa


O Tribunal Penal do cantão (estado) de Zug, na Suíça, publicou detalhes da sentença proferida em julho passado sobre o caso de corrupção envolvendo a ISL, em que os juízes fazem sérias acusações contra a Fifa.


O documento de 179 páginas comprova que, através de empresas, fundações e "caixas dois" do conglomerado ISL/ISMM, foram pagos subornos no valor de 138 milhões de francos (US$ 115 milhões) a altos dirigentes esportivos.


Seis executivos do grupo ISL/ISMM, ex-número 1 do marketing esportivo mundial, foram levados ao banco dos réus no julgamento iniciado em Zug no começo deste ano. Três deles foram inocentados. Os outros três – incluindo o "homem do cofre" Jean-Marie Weber – levaram multas.


Além dos 138 milhões transferidos às contas de cartolas em todo o mundo, ainda estavam previstos mais 18 milhões de francos para propinas, mas este dinheiro acabou sendo bloqueado por ocasião da falência da firma em 2001.


Inicialmente, em 2001, a Fifa havia dado queixa contra a ISL/ISMM, supostamente por causa de um pagamento antecipado de 60 milhões de dólares feito pela TV Globo por direitos de transmissão da Copa de 2002, que a ISMM teria desviado para uma conta "secreta" em Liechtenstein, fora do controle da Fifa. Em 2004, surpreendentemente, a Fifa declarou não ter mais interesse em um processo penal. "Isso nunca foi justificado", lê-se na sentença do tribunal.


Argumentação "confusa"


O texto da sentença agora acusa a Fifa de ter tido um "comportamento enganoso, que, em parte, dificultou a investigação". A cooperação da entidade máxima do futebol com o juiz encarregado do caso "nem sempre ocorreu em conformidade com o melhor entender nem foi baseada no princípio da fidelidade e credibilidade".


Segundo a sentença citada por vários jornais, na terça-feira (25/11), a Fifa teria "silenciado" sobre conhecimentos internos e usado deliberadamente uma argumentação "confusa". Por isso, a entidade foi obrigada a pagar uma parte dos custos de investigação.


Durante o processo, advogados dos acusados chegaram a fazer graves denúncias de cumplicidade. Por exemplo, dois presidentes da Fifa, Joseph Blatter e seu antecessor, o brasileiro João Havelange, teriam exigido a permanência do "homem do cofre" Jean-Marie Weber no comando da ISL. Do contrário, não seriam mais firmados contratos com a agência.


Desta forma, os pagamentos teriam obtido o status de "acordos formais obrigatórios". Na linguagem oficial, os pagamentos de subornos eram chamados de "custos de compra de direitos". O sistema de fraude teria sido instalado com ajuda de autoridades fiscais suíças e renomados escritórios de advocacia, conforme documenta a sentença.


Isso foi facilitado pelo fato de o suborno de pessoas físicas (este é o status dos cartolas do esporte), pela lei Suíça da época, no período de 1989 a 2001, não era crime. Para poder declarar os contratos bilionários da ISL com a Fifa, o COI, a Uefa, Fina, Fiba, ATP, FIAA, entre outras, como "contrários aos bons costumes", era necessário haver contratos entre corruptores e corrompidos.


O "homem do cofre"Jean-Marie Weber, que ainda trabalha para a Federação Internacional de Atletismo (FIAA), a Federação Africana de Futebol e tinha credenciamento do COI para os Jogos Olímpicos de Pequim, conhece os nomes de todos os que receberam dinheiro da ISL. Numa entrevista, ele disse que levará esses nomes para o túmulo.


A sentença resume as informações escritas e orais sobre práticas de corrupção de quatro dos seis acusados. Através dessas informações e do texto de acusação da Promotoria Pública de Zug, é descrito um sistema pelo qual a ISL dominou o esporte mundial durante 20 anos.


Segundo o jornal suíço NZZ, embora a maioria dos "beneficiados" mencionados na documentação do processo continue nos seus cargos – como, por exemplo, os membros do Comitê Executivo da Fifa Nicolas Leóz (Paraguai) e Ricardo Teixeira (Brasil) –, nenhuma entidade esportiva tomou iniciativas de esclarecimento.


O processo envolvendo a ISL ainda não está completamente concluído. Duas investigações ainda estão em curso para descobrir o paradeiro de mais receptores de propinas. Além disso, ainda não esclarecido se a Fifa pagou ou não 2,5 milhões de francos a Jean-Marie Weber para fechar um assim chamado "acordo para ocultar a corrupção".



Promotor vai convocar Bruno Covas para depor




Flávio Ferreira, folha.com


“O Ministério Público de São Paulo vai convocar o secretário estadual de Meio Ambiente e deputado estadual Bruno Covas (PSDB) para prestar depoimento no inquérito que investiga a suposta venda de emendas na Assembleia Legislativa paulista.

A Promotoria também quer ouvir outros políticos. Entre eles estão o deputado Dilmo dos Santos (PV), a ex-deputada Patrícia Lima (PR) e o ex-deputado José Antonio Bruno (DEM).
A princípio, Covas, que é pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, e os outros deputados serão chamados a colaborar nas investigações como testemunhas.


Na semana passada reportagens e integrantes do PT levantaram a hipótese de favorecimento a Covas na liberação de emendas. Regra estalecida entre governo e Assembleia prevê que cada um dos deputados tem direito a propor emendas de até R$ 2 milhões por ano. Porém, o PT afirma que, em quatro anos de exercício do cargo de deputado (Covas assumiu a secretaria em 2011), ele obteve a aprovações que somaram R$ 15 milhões.”



sexta-feira, 7 de outubro de 2011

E quem disse que fugiam?




Não demora muito tempo para de desmontarem certos terrores “vendidos” pela imprensa.

O da suposta fuga dos automóveis importados e dos privilégios inaceitáveis dados às montadoras instaladas no país não durou um mês.

Neste período, a Renault anunciou R$ 1,5 bilhão na ampliação de sua fábrica no Paraná, sua associada Nissan mais R$ 2,6 bilhão numa fábrica pioneira no Rio de Janeiro, a Mercedes deve, segundo o jornal alemão Handelsblatt, escolher São Paulo para uma nova fábrica no Brasil e, agora, o representante da JAC Motors, chinesa, confirma a montagem de uma unidade da empresa na Bahia.

Não foi diferente do que aconteceu quando se taxou a entrada de capital financeiro. O mundo ia desabar, os investidores iam fugir, o desastre era iminente.

Nada disso aconteceu por uma simples e única razão: ganha-se muito dinheiro no Brasil.

http://www.tijolaco.com/e-quem-disse-que-fugiam/

Band ameaça governo: “Cuidado”




Por sugestão do leitor George Alckmin, fui conferir editorial do Jornal da Band lido ontem à noite pelo comentarista Joelmir Betting. Segundo o leitor, tratou-se de um editorial “golpista”. O texto critica “omissão desse governo” em reprimir greve dos Correios que já dura semanas e elenca prejuízos que paralisação de serviço tão essencial causa à sociedade.

Até aí, ok. Parece razoável. O problema está no fecho do editorial. Pretende-se expressão da “justa indignação dos milhões de cidadãos prejudicados” e, após citar o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o presidente dos Correios dizendo que têm “medo” dos sindicalistas que encabeçam a greve, enigmaticamente recomenda “cuidado” ao governo.

Inicialmente, o leitor pareceu exagerar ao usar o termo “golpista”. Pode-se argumentar que o “cuidado” que o editorial da emissora paulista recomenda ao governo Dilma Rousseff refira-se a possível punição que poderia advir das urnas devido ao descontentamento da população com uma greve que obviamente gera inconvenientes a todos.

Parece, entretanto, exagerado insinuar que mera greve nos Correios seja capaz de fazer a “sociedade” passar a repudiar o grupo político que colhe sucessivos êxitos eleitorais desde 2002 e que já atravessou crises bem piores.

Por fim, quando o editorial da Band diz que “enganam-se esses farsantes que não estão à altura dos cargos que ocupam se pensam que poderão afrontar o interesse público por muito mais tempo”, afiançando que a continuidade da greve poderia vir a “acender o sinal vermelho da paciência nacional”, pareceu estranho. Sobretudo o tom.

Como o leitor que recomendou a matéria, este blog tampouco entendeu direito a que se referiu o comentarista. O que pode acontecer com “esse governo”, com o ministro Paulo Bernardo, com o presidente dos Correios? Essas foram as autoridades citadas. Note-se que o governo inteiro está inserido no contexto. O que é o “sinal vermelho da paciência nacional”?

Terminei de assistir ao vídeo com a mesma sensação do leitor de que, em curto prazo, alguma coisa aconteceria por conta da greve dos Correios se ela não tivesse um ponto final, e que o que aconteceria seria conseqüência do esgotamento da “paciência nacional”. O que pode acontecer em “curto prazo”, no Brasil?

Melhor que você, leitor, confira (abaixo) o vídeo do editorial e decida se os termos “ameaça” e “golpista” também lhe parecem cabíveis diante do que foi dito na concessão pública de canal de televisão que a família Saad detém. Enquanto isso, seria bom que a emissora esclarecesse melhor seu editorial. Que pareceu ameaça, pareceu. Mas de quê?

http://www.blogcidadania.com.br/2011/10/band-ameaca-governo-%e2%80%9ccuidado%e2%80%9d/

Lula ganha prêmio nos Estados Unidos por combate à fome




O ex-presidente Lula é um dos ganhadores do prêmio "World Food Prize" por criar políticas públicas de combate à fome e à miséria no país.O ex-presidente de Gana John Kufuor é o outro vencedor.

O prêmio existe desde 1994 e nomeia, anualmente, personalidades que investiram em segurança alimentar. A cerimônia de premiação vai ocorrer em Iowa, nos Estados Unidos, entre 12 e 14 de outubro.

Para a Worldwatch Institute, organizadora do prêmio, Lula criou programas sociais capazes de garantir "um mínimo de renda, permitindo acesso a bens básicos e serviços", que reduziram a pobreza extrema no Brasil.

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011/10/lula-ganha-premio-nos-estados-unidos.html

Cuba faz campanha contra o terrorismo de estado dos EUA



Cuba iniciou na quinta-feira uma jornada nacional contra o “terrorismo de Estado” por parte de Washington, com atos em escolas, fábricas, hospitais e ocupando amplo espaço na mídia, no 35º aniversário do atentado contra um avião civil cubano.

“Jamais abandonaremos a luta contra o terrorismo”, era a manchete do jornal diário Granma que em seu longo editorial afirmou ser “indigna a maneira como atua o governo dos Estados Unidos em relação aos assassinos” da sabotagem que matou 73 pessoas em 1976.

O jornal lembrou que o anticastrista Luis Posada Carriles, o autor do planejamento do atentado que derrubou um DC-10 da aviação cubana, vive livremente nos Estados Unidos, país onde se refugiaram todos que participaram de centenas de ações violentas que fizeram mais de 5 mil mortos e deficientes em Cuba durante meio século.

Centenas de jovens estudantes e trabalhadores fizeram na noite de sábado uma vigília em memória das vítimas do atentado na frente da Sessão de Interesses dos Estados Unidos em Havana, com o apoio do presidente do Parlamento, Ricardo Alarcón.

As dezenas de atos e comícios por toda a ilha, terminaram em uma atividade central no ministério das Forças Armadas Revolucionárias (FAR), onde é esperado o discurso do presidente Raúl Castro, que no ano passado decretou esta data “Dia das vítimas do terrorismo de Estado”.

A data serve também para exigir a libertação de cinco agentes cubanos condenados por espionagem nos Estados Unidos. (Do Terra)

http://osamigosdobrasil.com.br/2011/10/07/cuba-faz-campanha-contra-o-terrorismo-de-estado-dos-eua/

TV Globo: falta de responsabilidade social com as mulheres, e mais grosseria contra Iriny




A ministra da Secretaria das mulheres, Iriny Lopes, com toda a educação e cordialidade, sugeriu à TV Globo, que a novela "Fina Estampa" ajude a divulgar o "Ligue 180" - o telefone da Central de Atendimento à Mulher - voltado, sobretudo, para orientar e acolher queixas de mulheres vítimas de violência.

A sugestão foi motivada porque a novela tem uma personagem que apanha do marido e não tem coragem de denunciá-lo. (A nota da ministra sobre o assunto está aqui).

Creio que qualquer emissora séria do mundo ficaria satisfeita em receber sugestões construtivas de ministros de estado, mesmo que discorde e mesmo que não pudesse acatar o sugerido, por algum motivo qualquer.

Não há razão nenhuma para qualquer hostilidade à Ministra por causa disto. Pelo contrário, deveria aproveitar para melhorar a imagem combalida da emissora.

Mas não é o que aconteceu na TV Globo. O autor da novela, Aguinaldo Silva, saiu atirando na Ministra em seu twitter, em dobradinha com as boçalidades do blogueiro da revista Veja, Reinaldo Azevedo.

Qual a razão desse tipo de grosseria? Mercenarismo? A TV Globo não quer ter responsabilidade social, sobretudo com suas telespectadoras? Quer cobrar jabá ("marchandising") para divulgar um telefone de serviço público para atender mulheres vítimas da violência?

Polêmicas estão funcionando para difundir as políticas para mulheres

Parabéns à Ministra Iriny Lopes. Continue denunciando tudo que afronta a dignidade da mulher e continue sugerindo coisas pertinentes.

Continue com todas as polêmicas que tiver que se envolver, mesmo que os obscurantistas e grosseirões continuem atirando pedras.

No caso da lingerie, há quem diga que a polêmica ajudou a dar mais visibilidade à propaganda. Não discordo, só desconfio que não foi positivo para a marca de lingerie.

Mas vamos olhar o outro lado:

As polêmicas estão despertando reflexões, debates e atingindo consciências. E também estão dando enorme visibilidade para o trabalho da Secretaria de Política para Mulheres.

Quem ainda não sabia do Ligue 180, como eu, agora está sabendo e ajudando a divulgar, graças as grosserias da dupla Reinaldo-Aguinaldo.