domingo, 31 de março de 2013

Nova pesquisa, velhas frustrações



Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Nada dá certo para as oposições faz tempo. Elas tentam, se esforçam, mobilizam seus vastos recursos e as coisas não acontecem. Seu pior pesadelo parece prestes a se materializar.

A tomar pelo que dizem os eleitores, quando perguntados sobre como pretendem votar na próxima eleição, Dilma Rousseff se reelegerá sem grandes problemas. Prognosticar sua vitória não é difícil para quem conhece um mínimo da sociedade brasileira.

Ela tem tudo para vencer:

a) A “inércia reeleitoral”, que beneficia até governantes mal avaliados (quem não se lembra dos muitos governadores e prefeitos que, apesar de enfrentarem sérias dificuldades, terminaram vencendo?).

b) Faz um governo bem avaliado, aprovado por quatro em cada cinco brasileiros (quem preferiria mudar, estando satisfeito com o que tem? Se há uma coisa em que o eleitor acredita é que mais vale um pássaro na mão do que dois voando).

c) Tem uma imagem pessoal muito positiva, é querida pela ampla maioria dos eleitores, que gostam de seu jeito de ser e se portar como presidenta (algum de seus possíveis adversários chega sequer perto do que ela alcança no julgamento da atuação pessoal?).

d) É conhecida e aprovada pela quase totalidade do eleitorado, não precisa perder tempo para se apresentar ao País (qual de seus oponentes em potencial pode dizer o mesmo, uma vez que todos existem em nichos regionais ou ideológicos?).

Confirmado o favoritismo, Dilma será a quarta chefe de governo eleita pelo PT em sequência. Ao cabo de seu segundo mandato, chegaremos a 16 anos de hegemonia petista na política brasileira.

O que será da atual geração de lideranças oposicionistas em 2018? Quantas estarão ainda em condições de atrair a atenção dos eleitores? Quantos de seus jovens terão envelhecido? Quantos dos atuais “formadores de opinião”, na mídia conservadora, estarão ainda na ativa? (A maioria é tão velha que, entre aposentados e falecidos, é possível que restem poucos).

A gravidade do quadro que as oposições enfrentam voltou a ser confirmada na semana passada, quando uma nova pesquisa do Datafolha a respeito da sucessão presidencial foi divulgada. Ela não trouxe novidade em relação ao que se sabia desde o início de 2012. Exatamente por isso, foi uma ducha de água fria no ânimo dos partidos da oposição e nos segmentos “antilulopetistas” da opinião pública.

Apesar dos esforços diários e da militância radicalizada da mídia de direita, Dilma fica cada vez melhor na corrida eleitoral. Enquanto isso, seus adversários patinam ou retrocedem. Entre dezembro de 2012 e março deste ano, ela foi de 54% a 58%, na vizinhança dos 60%, patamar onde outras pesquisas já a haviam colocado. Marina Silva (sem partido) e Aécio Neves (PSDB-MG) perderam 2% cada um, ela de 18% para 16% e ele de 12% para 10%.

Mais frustrante para a mídia foi, no entanto, o modesto crescimento do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Depois de “bombado” incessantemente na mídia, foi de escassos 4% a escassos 6%.

Uma simples aritmética mostra que os três não mudaram seu tamanho total: somavam 34%, em dezembro, e foram a 32%, em março. No máximo, o que teria ocorrido seria uma pequena reacomodação no terço do eleitorado que não pretende votar na presidenta: Campos tirou uma lasquinha de Marina e de Aécio.

Em votos válidos (a conta relevante para especular sobre vitórias em primeiro turno), Dilma teria, hoje, perto de 64%. Muito próximo de alcançar, sozinha, o dobro da soma dos demais.

Significa que “já ganhou”, que vencerá no primeiro turno? Claro que não, e seria um equívoco se sua assessoria interpretasse assim a pesquisa. Mas que os resultados do Datafolha foram uma decepção para as oposições, disso não há dúvida.

O que lhes resta fazer?

O circo armado em torno do julgamento do “mensalão” foi inútil do ponto de vista eleitoral. O PT não perdeu espaço em 2012 e nada indica que será afetado em 2014.

A tese da incompetência gerencial da presidenta, à qual se dedicaram assim que perceberam o insucesso anterior, não tem adeptos na maioria da opinião pública. Ao contrário, os brasileiros se mostram cada vez mais satisfeitos com o desempenho do governo.

A valorização dos possíveis adversários não comove os eleitores de Dilma. Campos, seu mais dileto produto na atualidade, permanece com números de nanico.

Quando pesquisas como essa são publicadas, ficam tristes e devem pensar no “povinho” que Deus pôs no Brasil. O problema é que não podem trocá-lo. Ou será que vão procurar prescindir dele na hora de decidir quem vai mandar?


http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/03/nova-pesquisa-velhas-frustracoes.html

Joelma da Banda Calipso "Se tivesse um filho gay, lutaria até a morte para fazer sua conversão”

 

Só faltava essa, além  de Feliciano, temos uma "Pop Star"  homofóbica.

Joelma nega ter comparado gays a drogados: 'recuperação é tão difícil

A entrevista gerou repercussão e a cantora fez questão de comentar, em seu Twitter, uma declaração dada ao veículo: “Já vi muitos (gays) se regenerarem. Conheço muitas mães que sofrem por terem filhos gays. É como um drogado tentando se recuperar”, disse Joelma, à revista.
 
No Twitter oficial da banda Calypso, ela afirmou que não comparou a opção sexual dos gays com a situação de um usuário de drogas.
 
“Eu não comparei gays às drogas. Disse que a recuperação é tão difícil quanto mas Deus faz o impossível. Falo em recuperação porque conheço pessoas que saíram dessa. Foi muito difícil mas, Deus pode absolutamente tudo”, afirmou, no microblog.
 
"Meu melhor amigo e confidente é gay e apesar das nossas diferentes opiniões somos amigos. Meus amores obrigada por tudo amo vocês. Opinião cada um tem a sua", encerrou.
 
 http://ananindeuadebates.blogspot.com.br/2013/03/joelma-da-banda-calipso-se-tivesse-um.html

PF descobre que deputado do PSDB é sócios de castelo em Minas

 


Os meus queridos leitores lembram do castelo do ex deputado Edmar Moreira (DEM-MG)?. Passou de pai para filho

O milionário investimento do ex-deputado federal Edmar Moreira (DEM)  para a construção de um castelo, que deveria se transformar em um hotel de luxo, no município de São João Nepomuceno, Zona da Mata mineira, virou um pesadelo. O empreendimento nunca se concretizou. E ainda provocou o indiciamento de um de seus filhos, o deputado estadual Leonardo Moreira (PSDB), em inquérito da Polícia Federal. A PF concluiu que Leonardo, um dos sócios da empresa Hotel Castelo Monaliza Ltda., cometeu crime eleitoral ao omitir na declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral, na eleição de 2006, a propriedade de 49% das cotas do empreendimento. As informações são do jornal Correrio Braziliense

O pai dele não se reelegeu, mas Leonardo Moreira está no terceiro mandato consecutivo. O relatório, encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) no início do ano, deu origem a processo que tramita em segredo de Justiça. Além do indiciamento, a construção - avaliada em pelo menos R$ 25 milhões com 7,5 mil metros quadrados, mas hoje abandonada e depredada - pode trazer outras dores de cabeça para os investidores.

De acordo com a Polícia Federal, a apuração do ilícito eleitoral trouxe à tona "indícios de outros crimes" e, por isso, as provas colhidas no inquérito foram enviadas à Receita Federal e ao Ministério Público Federal. A investigação apontou que nas informações apresentadas ao Leão referentes à declaração simplificada de pessoa jurídica do castelo, inativa de 2007 a 2011, o empreendimento está em nome de um ex-funcionário de Edmar Moreira, Geraldo Pedrosa, que morreu em 2006.

No relatório, a PF afirma que Geraldo, que trabalhou durante 27 anos para a família, consta como sócio-administrador do Hotel Castelo Monaliza perante a Receita Federal, mas não na relação de sócios registrada na Junta Comercial de Minas Gerais.

Distorções


O TRE-MG autorizou a quebra do sigilo fiscal do deputado Leonardo Moreira, atendendo pedido da Polícia Federal. A devassa demonstrou que o parlamentar informou à Receita que o capital social da empresa era de R$ 1,17 milhão, mas nunca foi integralizado e, por não ter faturamento, era declarado como microempresa. Entretanto, a família tentou negociar o castelo em 2009 por R$ 25 milhões.

Segundo a PF, ao tentar esclarecer as negociações envolvendo seu empreendimento, Leonardo Moreira admitiu que promoveu "movimentações financeiras fora do sistema bancário." Entre elas, estaria o saque de um cheque no valor de R$ 500 mil, referente à venda de um imóvel. Para a polícia, uma tentativa de "frustrar a penhora de débitos trabalhistas" de três empresas de vigilância de sua família, com sede em São Paulo.

Em seu depoimento, Leonardo Moreira não escondeu o interesse de evitar os controles do sistema bancário brasileiro. Ele disse à PF que "não manteve o dinheiro em conta devido aos problemas financeiros das empresas das quais era diretor" e "como havia bloqueio de valores da sua conta e de seus familiares, parou de deixar dinheiro em banco".

Quanto à omissão da declaração de suas cotas no castelo à Justiça Eleitoral, Moreira disse acreditar que ela "pode ser decorrente do fato de a empresa (Castelo Monaliza Ltda) ainda não estar formalizada". O parlamentar, no entanto, fez questão de frisar que seu empreendimento está baixado na Junta Comercial de São João Nepomuceno desde 2007, quando tentou vender a mansão.

 "Do exposto, restou comprovada a omissão na declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral no pleito de 2006 de 49% das cotas do Hotel Castelo Monaliza Ltda., com valor registrado em R$ 1,176 milhão e o valor real de mais de R$ 10 milhões, o que tipifica o crime previsto no artigo 350 do Código Eleitoral", concluiu o delegado Roger Lima, responsável pelo inquérito.


Problemas


Os problemas causados à família do ex-deputado federal Edmar Moreira pela propriedade do castelo tiveram início em 2009, logo depois que ele foi eleito corregedor da Câmara e 2º vice-presidente da Casa. As denúncias contra o deputado não demoraram a aparecer. Entre elas, estava a existência de uma ação penal para apurar a apropriação indébita de valores referentes ao INSS de servidores de suas empresas. Mas nada chamou tanta a atenção quanto a propriedade em São João Nepomuceno, que não constaria de sua declaração de bens. Moreira conseguiu provar que fez a doação do imóvel a seus filhos, entre eles, o deputado estadual Leonardo Moreira, mas não conseguiu se desvencilhar da maldição do castelo.

A mansão tem 36 suítes, com mármore por todos os lados, sendo que um dos apartamentos ocupa três andares de uma de suas torres, com piscinas, lago e jardins. A mansão tem ainda dois elevadores que deveriam dar acesso aos seus seis andares. A cozinha industrial, que fica no primeiro andar, e a sauna também estão desativadas.

A construção está inacabada e marcada pelo abandono. O imóvel, avaliado em R$ 25 milhões, está à venda desde 2009, mas ainda não apareceram compradores.

36- Número de suítes da mansão em São João Nepomuceno (MG)
 
 
 http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2013/03/pf-descobre-que-deputado-do-psdb-e.html

Azenha: Globo e governo Dilma parecem estar perto da vitória

 
 
 
Azenha anunciou que vai fechar o Viomundo depois de perder ação na justiça movida pela Globo. É uma notícia-bomba. Uma derrota parcial da luta pela democratização no país. E quando alguém perde, outro alguém ganha. Os vencedores são os grandes grupos econômicos de comunicação, mas também uma boa parte do governo que anda mais preocupada com negócios do que em construir políticas públicas que modifiquem a imensa concentração deste segmento.
 
No momento, estou em Tunis, na Túnisia, cobrindo o Fórum Social Mundial. Antes de vir pra cá estive em Brasília. Conversei com muita gente. E confirmei o que já imaginava. Primeiro, que o governo Dilma não vai mexer no que considera um vespeiro, a regulamentação da comunicação. Segundo, que o ministro Paulo Bernardo deixou de ser apenas uma adversário desta tese. Passou a se um inimigo. E mais do que isso, agora instrumentaliza nossa luta para conquistar ainda mais poder.
 
Bernardo hoje é o homem dos grandes grupos de comunicação no PT. É o sujeito que livra as teles e a Globo dos “monstros” que querem a regulamentação e a democratização. E o que fazemos, no fundo, o ajuda a ampliar seu poder. Foi neste contexto que seu secretário-executivo, Cezar Alvares, teria dito a frase de que o governo Dilma não faria a regulamentação das comunicações. Aquilo não foi um deslize. Foi a assinatura de um contrato público com o povo da radiodifusão. Foi a Carta ao Povo Brasileiro de Dilma com esses setores. Eles queriam um sinal claro. Bernardo deu.
 
Mas não é só isso. Paulo Bernardo (e não só ele) também tem se referido a blogueiros como vagabundos e pilantras. E completa a frase com “e o governo ainda sustenta essa gente…”. Convenhamos, isso é bobagem. O que não é bobagem é que ele tem feito pressão pessoal para que ninguém mais apoie os poucos veículos que ainda recebem alguma verba publicitária. (Aliás, se você quer saber o tamanho deste apoio, leia este artigo do Miguel do Rosário.)
 
Nos Correios, por exemplo, a ordem é clara. Se algum centavo for destinado a esse “povo”, cabeças rolarão. Procure algo dos Correios em qualquer veículo da mídia alternativa ou livre. Mas também procure na Veja, na Globo, na Folha e no Estadão…
 
Azenha não está anunciando o fechamento do seu blogue por causa da Secom e do Paulo Bernardo. Mas também não está fazendo isso só por causa da Globo. Se a gente tivesse nesta luta pela democratização da mídia, mas não se sentisse sendo usado, talvez ele não tivesse tomado esta atitude.
 
Espero que ela ainda reflita e que um movimento cidadão o anime a seguir em frente. Azenha nunca teve um centavo de recurso público no seu blogue. E desde que o conheço nunca se mostrou interessado neste tipo de financiamento. Mas ele sonhou junto com muitos de nós que teríamos condição de melhorar a correlação de forças da comunicação no Brasil. Imaginou que tínhamos aliados. E ouviu, como eu, discursos de muitos se comprometendo com a causa.
 
E com o tempo passando, foi percebendo que só estávamos sendo usados. É este o exato sentimento: usados. E talvez essa sua decisão seja um sinal para um movimento que pode se tornar bastante importante. O Azenha não pode ficar sozinho nisso. É hora de refletir.
 
 
 http://contextolivre.blogspot.com.br/2013/03/azenha-globo-e-governo-dilma-parecem.html

O império contra-ataca

  




A esta altura, você já deve estar sabendo – e, se não sabia, agora saberá – que Luiz Carlos Azenha, jornalista-repórter da TV Record e editor do site Viomundo, foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a indenizar o diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, em 30 mil reais. Segundo a sentença, por Azenha ter movido “campanha insultuosa” contra ele.
Kamel vem obtendo sucessivas – e esquisitíssimas – vitórias na Justiça do Rio, assim como a emissora que o emprega, ao lado de outros grandes veículos de comunicação, conseguiu condenar, no STF, inimigos dessa corrente política que congrega partidos de oposição e impérios de comunicação.

O império da direita midiática no Brasil já conseguiu muito mais. Conseguiu manter o país sob uma ditadura militar durante duas décadas. O império da direita brasileira já conseguiu derrubar um governo legitimamente eleito e, depois, sustentou um regime que, por falta de votos, impediu este povo de escolher seus dirigentes.

A direita midiática, porém, perdeu poder. Hoje, exercita-o investindo contra trabalhadores da indústria da comunicação, mas não consegue mais dar golpes e eleger os governos que quer.

Azenha, ao lado de tantos outros, ajudou a derrotar a Globo em 2006, em 2010 e em 2012 – neste último ano, foi possível impedir o campeão da direita, candidato duas vezes a presidente, de se eleger como prefeito de São Paulo.

A Globo e seus tentáculos, bem como o exército de militantes – quase todos anônimos – que mantêm na internet, dirão que é muita pretensão achar que a blogosfera derrotou o império destro-midiático. Entretanto, as investidas desse império contra blogueiros referenda a tese que tentarão desqualificar.

O diretor da Globo não investiria contra Azenha, Paulo Henrique Amorim, Rodrigo Vianna, Cloaca News e tantos outros blogueiros, ou um colunista da Veja não investiria contra este que escreve, entre tantos outros, se nós não os incomodássemos. Incomodamos, e muito.

O ex-ministro da Secom Franklin Martins explicou, no último encontro de blogueiros progressistas, em Salvador, que o que nossos blogs fazem é visto como um perigo e um incômodo imensos por esses impérios de comunicação.

Para entender como simples blogs podem incomodar tanto esse império midiático que mantém 90% da comunicação de massas na mão de meia dúzia de famílias bilionárias, uma analogia: você sabe, leitor, por que as ditaduras censuram até uma distribuição de panfletos na rua? Sabe por que censuram uma música ou uma peça de teatro?

A comunicação, seja de que forma for feita, é “viral”. A informação esgueira-se por qualquer fresta que deixarem aberta e se espalha em progressão geométrica, mesmo que de forma lenta.
Uma Globo tem o poder da instantaneidade na comunicação. O que sai no Jornal Nacional às 20:31 hs., em questão de minutos já é sabido e consabido em todo território nacional e até no exterior. Contudo, a informação em um simples blog vai circulando devagar, muito devagar, mas sempre, sem parar.

As pessoas recebem artigo que escrevo em seus e-mails, em seus perfis nas redes sociais ou recebem indicação daquele texto ou até daquele blog através de amigos. E os argumentos que eu uso, por exemplo, vão sendo contrapostos à informação instantânea que a Globo, também por exemplo, difundiu.

Quando não existia a internet, esse processo era milhões de vezes mais lento e, ainda assim, assustava os déspotas que precisam falar sozinhos para mentir com “sucesso”.

Em campanhas eleitorais, aliás, a internet é muito mais importante. Por que a audiência em blogs políticos sobe tanto em períodos eleitorais? Porque pessoas pouco ligadas em política vão buscar informações adicionais na internet, já que muita gente já se deu conta de que o noticiário tradicional não conta a história toda.

Entendo as razões que o Azenha alega para encerrar seu site. É um repórter de sucesso, tem uma carreira pela frente e uma família a sustentar. Seu sufocamento financeiro pelas seguidas ações que Ali Kamel move contra si – e nas quais a Globo tem muito interesse – pode fazê-lo perder boa parte de seus bens, amealhados com trabalho honesto.

Além disso, assim como todos os outros blogueiros, Azenha não recebe dinheiro público que o governo Dilma Rousseff despeja aos borbotões nos cofres de uma Globo, que, apesar de ter só 45% da audiência, recebe 60% de todas as verbas publicitárias do governo federal.

É revoltante? Claro. Azenha tem todas as razões plausíveis para desistir de enfrentar esse poder discricionário e antidemocrático? Tem. Mas deve? Aí é outra questão.

Ao contrário do que parece, o império destro-midiático está perdendo o embate. O esforço que vem fazendo desde meados do ano passado, quando iniciou a sua última investida contra o governo Dilma e contra o PT, custou-lhe centenas de milhões de dólares.

Que resultado a Globo obteve com edições inteiras do Jornal Nacional focadas em destruir a imagem do PT? Zero. O PT, em pesquisa recente, aparece com 29% de preferência dos brasileiros – um patamar histórico – e se tornou, em 2012, o partido mais votado do país. E, de quebra, ainda tomou São Paulo do PSDB.

Ainda cabe recurso a Azenha na ação que Ali Kamel venceu contra si em primeira instância. O caso pode chegar ao Supremo Tribunal Federal, que está mudando de perfil. Além disso, mesmo se vier a perder, não tenho a menor dúvida de que boa parte do público da blogosfera se cotizaria e pagaria a indenização por ele.

Não é fácil ser blogueiro. O próprio Azenha relatou, recentemente, os riscos de violência física que este blogueiro corre, já que não conseguirão tirar nada de mim porque não tenho o que tirarem, em termos financeiros.

Há o caso Falha de SP, site do jornalista Lino Bocchini, quem está ameaçado de ter que pagar uma indenização pesada à Folha de São Paulo. Blogueiros que incomodam a direita midiática são assassinados ou espancados por todo o país. É uma “profissão” perigo que requer muita resiliência e coragem.

Todavia, os blogueiros têm um papel histórico. Se não nos deixarmos intimidar, poderemos consolidar a democracia no Brasil minando um poder discricionário e antidemocrático que meia dúzia de famílias bilionárias ainda detêm, mas que diminuiu muito e continuará diminuindo.

Diante de tudo isso, exorto o jornalista – e amigo do peito – Luiz Carlos Azenha a não desistir. Não temos a opção de desistir. Sem dinheiro, sem patrocínio, sofrendo processos e até violência física, estamos ajudando (muito) a mudar o Brasil. A recompensa que receberemos será o agradecimento das gerações futuras, que viverão em um país melhor.


http://www.blogdacidadania.com.br/2013/03/o-imperio-contra-ataca-2/

FHC, Aécio, Cerra: a tropa da elite



Mauricio Dias, na Carta, mostra onde se acha a massa cheirosa

 Saiu na imperdível “Rosa dos Ventos”, na Carta Capital :


Tropa de elite

Durante a recepção dos tucanos ao mineiro Aécio Neves, em São Paulo, Fernando Henrique falou: “O PSDB precisa de um banho de povo. Precisamos é de povo”. Pesquisa de intenções de voto comprova essa exortação sincera do ex-presidente, agora candidato à imortalidade acadêmica. Ele disse mais:  “É preciso ter o sentimento das ruas”.

 
Fonte: números da pesquisa Ibope (14 e 18 de março)

Os porcentuais de votos de atores políticos alinhados contra Dilma, incluindo os da improvável candidatura do ministro Joaquim Barbosa (tabela), indicam o contrário: a sustentação deles concentra-se essencialmente nos setores da elite. Agora é tarde.

 http://www.conversaafiada.com.br/politica/2013/03/31/fhc-aecio-cerra-a-tropa-da-elite/

Caso Azenha: Só a politização pode vencer a judicialização contra os blogs

 
 
 
 O tapetão do judiciário virou a boia salva-vidas dos poderosos, quando perdem a luta política. Mesmo quando há juízes com ideias mais arejadas e dão vitória ao lado mais fraco, em geral a judicialização serve para os grandes asfixiarem os pequenos pelo bolso. Afinal, para se defender, é preciso pagar advogado, se não tiver quem  defenda gratuitamente.

Para quem é tubarão, já conta com departamento jurídico, então essa despesa não significa quase nada, principalmente quando isso significa aniquilar a concorrência de pequenos. Já para quem é pequeno, essas despesas significam rombos no próprio orçamento e bens familiares, trazendo dificuldades imensas.

Os grandes veículos de imprensa (e políticos de oposição) tem recorrido à judicialização contra blogs. Já teve os casos do blog "Desculpe a Nossa Falha" processado pela Folha de São Paulo, tem o caso do Blog do Tarso, no Paraná (duas multas absurdas no total de R$ 106 mil do TRE/PR, a pedido do ex-prefeito Luciano Ducci, do PSB, pela divulgação de duas simples enquetes), teve os casos contra o CloacaNews, Paulo Henrique Amorim, Rodrigo Vianna e, agora, contra Luiz Carlos Azenha, condenado a indenizar em R$ 30 mil, Ali Kamel, da TV Globo, por danos morais.

Azenha diz querer fechar o blog, por não ter como enfrentar financeiramente tubarões neste jogo de judicialização. É compreensível o desabafo e o desalento, e esperamos que venha a mudar de ideia com as manifestações de solidariedade que recebeu. Quando nosso blog foi processado em 2010, foi o apoio e solidariedade recebida que nos motivou a seguir em frente. Mas, independentemente da decisão que Azenha vier a tomar, persiste a luta política dos blogs contra os barões da mídia.

Se os barões da mídia acham que podem ganhar na justiça, nós podemos fazer do limão, a limonada, vencendo-os no campo político, mostrando para todo mundo que eles recorrem ao tapetão para asfixiar quem os critica e quem mostra o que eles escondem. Quanto mais judicialização, com mais politização temos que responder.

Nos casos em que já há condenação em primeira instância, é importante levar os recursos até ao STF, se for necessário, para formar jurisprudência. Se condenar Azenha, pelos mesmos motivos haverá centenas de motivos para condenar também os "rola-bosta". Se absolver, os tubarões da mídia perderão a ferramenta da judicialização por motivos banais. Em qualquer dos casos, estará estabelecida a linha entre o que é livre expressão crítica e o que é dano moral, de forma que o mesmo peso e a mesma medida terá que ser aplicado aos colunistas do PIG (Partido da Imprensa Golpista).

Mas arrastar causas até o STF contra poderosos pode gerar despesas difíceis de serem suportadas para um blogueiro, mesmo que seja para um jornalista bem sucedido como Azenha. A solução é um fundo de solidariedade, ou seja, uma vaquinha para cobrir as despesas e a indenização (se for o caso de derrota), e já há iniciativas em curso, tanto proposta pelos leitores do Viomundo, como por movimentos sociais.

E esse modelo fundo pode ficar de legado para ajudar outros blogueiros menores, ainda mais vulneráveis se atacados por processos. Para evitar desconfianças, não no caso de Azenha, mas de outros blogueiros menores, menos conhecidos, acredito ser  importante que haja completa transparência. Um bom modelo é divulgar o valor que precisa e o motivo, abrir uma conta para contribuição e todo dia divulgar o extrato com o saldo. Quando atingir a meta de valor, avisar a todos para pararem de contribuir por hora, e deixar as contribuições para a próxima necessidade. Quando houver nova necessidade, repete-se o processo.

Reproduzimos abaixo, a nota do Azenha:

Globo consegue o que a ditadura não conseguiu: calar imprensa alternativa
por Luiz Carlos Azenha


Meu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Imortalidade de FHC mata dois Supremos de uma vez



Quem mandou assinar o prefácio do Ataulfo antes de entrar para a academia ?



 O ansioso blogueiro recebeu e-mail de amigo navegante:

Amigo PHA,

O Big Ben de Propriá está perdendo corda com o naufrágio de sua campanha à ABL.
Eros Graus, aquele que validou a autoanistia para os torturadores, foi o primeiro a ser derrotado.
Ayres Britto, mesmo impulsionado pelo Estadão será derrotado por FHC, o pavão, aquele que aprovou a reeleição e o PiG aplaudiu!
E quem mandou assinar o prefácio do livro do Ataulfo antes de entrar na Academia ?
Imortal? Quem? Eu?
Abraços


Sonia Racy – Direto da Fonte – Estadão – 16/12/2012:

Imortal…
Carlos Ayres Britto, aposentado do STF, deve lançar seu livro de poesias em março.
Já tem convites para participar de eventos em Salvador, São Paulo, Aracaju e Brasília.


STF faz homenagem a ex-integrantes da ABL
O Estado de S. Paulo - 13/03/2006

Mas nega que queira retomar uma cadeira na entidade

Mariângela Gallucci

Corte muito apegada a tradições, o Supremo Tribunal Federal (STF) realiza hoje em Brasília uma inusitada homenagem a dez de seus integrantes que no passado tiveram assento na prestigiosa Academia Brasileira de Letras (ABL). O tribunal nega que a sessão solene tenha o objetivo de ajudá-lo a voltar a ter uma cadeira na ABL, mas a realização do evento provocou surpresa até entre ministros do Supremo.

O orador da sessão será o ministro do STF Eros Grau, que nos bastidores da corte é tido como provável candidato a uma futura vaga na ABL. Grau tem uma série de livros publicados sobre direito. Na cerimônia solene também estará o ex-ministro Célio Borja, considerado favorito para ser eleito para a ABL na quinta-feira no lugar do também ex-integrante do Supremo Oscar Dias Corrêa, que morreu em novembro aos 84 anos. Outro ministro apontado como futuro candidato à ABL é Carlos Ayres Britto, que é poeta e membro da Academia Sergipana de Letras.


 http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/03/27/imortalidade-de-fhc-mata-dois-supremos-de-uma-vez/

Dilma não brinca com inflação. E ataca jênios dos juros altos



“O combate à inflação é um valor em si mesmo e permanente do meu governo”


Saiu na Folha (*)

Dilma diz que fala sobre inflação foi manipulada; taxa de juros cai


Após a presidente Dilma Rousseff dizer que é contra políticas que reduzem o crescimento para combater a inflação na manhã desta quarta-feira (27) e o juros futuros fecharem em queda na Bolsa brasileira com a declaração, ela afirmou que houve “manipulação inadmissível” de sua fala.

“Foi uma manipulação inadmissível de minha fala. O combate à inflação é um valor em si mesmo e permanente do meu governo”, disse a presidente ao Blog do Planalto, um dos canais de comunicação da Presidência da República.

Refletindo fala de Dilma, taxas de juros futuros fecham em queda

Ela classificou como “interpretações equivocadas” a reação do mercado a seus comentários, feitos a jornalistas durante a 5ª Cúpula dos Brics –grupo de países emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul–, em Durban, na África do Sul.

Segundo a nota do Planalto, a declaração de Dilma foi feita após a presidente ficar sabendo que agentes do mercado financeiro estavam interpretando “erroneamente” seus comentários como expressão de leniência em relação à inflação.

(…)


Clique aqui para ler Dilma não troca crescimento por inflação menor.

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.


 http://www.conversaafiada.com.br/economia/2013/03/27/dilma-nao-brinca-com-inflacao-e-ataca-jenios-dos-juros-altos/

quarta-feira, 27 de março de 2013

Delfim: povo confia mais do que os empresários

  







Segundo o economista, há uma diferença cognitiva entre os trabalhadores, satisfeitos e confiantes em relação ao futuro, e os empresários, que deveriam investir; "Sem a redução dessa divergência, o atual estado de graça da sociedade caminhará para dificuldades crescentes devido à impossibilidade de violar uma lei física: só se pode distribuir o que já foi produzido", diz; a boa notícia, segundo ele, é que o governo está atento


247 – O economista Antonio Defim Netto vê na sociedade uma profunda divergência cognitiva entre os beneficiados pela inclusão social no governo Dilma e os agentes do investimento. Para ele, essa noção orienta o governo, pois sabe que só se pode distribuir o que já foi produzido. Leia o artigo publicado na Folha:

Empregabilidade

Nos dias 20 e 21 de março deste ano, o Datafolha ouviu 2.653 pessoas escolhidas dentro do seu conjunto amostral. A margem de erro é de mais ou menos 2%. Os resultados sugerem uma profunda divergência cognitiva entre os beneficiados pela inclusão social no governo Dilma e os agentes do investimento, que devem produzir o aumento da oferta para atender àquela inclusão.

Sem a redução dessa divergência, o atual estado de graça da sociedade caminhará para dificuldades crescentes devido à impossibilidade de violar uma lei física: só se pode distribuir o que já foi produzido! No fundo, é o atendimento da demanda de bens e serviços sociais, gerada pelo aumento da renda do trabalho e pelas transferências de renda, que garante a aprovação de 65% ao governo Dilma. Mas ele só pode ser feito permanentemente pela resposta positiva dos 7% que o condenam como ruim ou péssimo. Em outros termos, pelos investidores privados que aumentam a oferta.

A boa notícia é que a compreensão dessas limitações parece orientar o governo. Suas intervenções (que, no curto prazo, parecem hiperativismo tumultuado) vão maturar no médio prazo. Vão destravar os investimentos e produzir um aumento da produtividade total dos fatores.

O Datafolha revela outros aspectos da dissonância nas interpretações da situação econômica nos boletins das instituições financeiras. Estes sugerem que o país está à beira da estagflação, enquanto 76% dos entrevistados achavam, na terceira semana de março, que ele é ótimo ou bom para se viver; 85% acreditavam que a situação econômica do Brasil vai ficar como está ou melhorar; 77% que o poder de compra dos salários vai permanecer ou melhorar; e 64% responderam que o nível de desemprego ficará o mesmo ou diminuirá.

Onde a dissonância parece diminuir é no resultado do Datafolha sobre o que esperam da taxa de inflação: apenas 49% creem que ela vai ficar onde está ou vai diminuir.

Aqui, seguramente, o governo tem um problema complexo que muitos economistas creem ter solução simples: "aumentar a taxa de juros real e gerar desemprego!". Mas, como afirmaram Mauro Paulino e Alessandro Janoni, do Datafolha ("Poder", 24/3), "a base da sensação de bem-estar não se resume à perspectiva de mobilidade social, inclusão no mercado consumidor ou acesso a políticas sociais", mas à mudança contundente do "sentimento de empregabilidade do brasileiro".

A pesquisa mostrou que 75% dos entrevistados não sentem que correm risco de demissão e 59% não creem que tenham a possibilidade de ficar sem emprego. A solução do problema inflacionário é mais trabalhosa: exige mais inteligência, mais paciência e o ataque com vigor das ineficiências do mercado de trabalho.


 http://www.brasil247.com/pt/247/economia/97275/Delfim-povo-confia-mais-do-que-os-empres%C3%A1rios.htm

Senado convoca “Prevaricador” para explicar tablets

 

O senador Collor já conseguiu que o Tribunal de Contas examine as contas de quem chama de “Prevaricador”.


Saiu no Portal de Notícias da Agência Senado:

Procurador-geral será convidado a explicar compra de tablets pelo Ministério Público


A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) aprovou nesta terça-feira (26) requerimento do senador Fernando Collor (PTB-AL) convidando o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a prestar esclarecimentos sobre supostas irregularidades no processo de pregão eletrônico para aquisição, em dezembro, de 1.226 tablets pelo Ministério Público Federal (MPF).

Antes da votação do requerimento, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) sugeriu que a CMA aguardasse conclusão de diligências solicitadas ao Tribunal de Contas da União (TCU) junto à Procuradoria Geral da República para apurar possíveis irregularidades na compra dos equipamentos, para só então deliberar sobre a conveniência ou não do convite ao procurador-geral.

– Se depois de realizada essa auditoria ainda houver pontos obscuros, creio que seria oportuno convite ao procurador-geral da República – argumentou.

Na discussão do assunto, Collor lembrou ser atribuição da CMA fiscalizar e controlar o Poder Executivo, o que inclui o MPF. Assim, o parlamentar considera que a investigação a ser feita pelo TCU não invalida a iniciativa da comissão de chamar Roberto Gurgel a dar explicações aos senadores.

Collor também leu resposta do Conselho do Ministério Público a pedido de apuração sobre o processo de compra dos tablets. Conforme relatou, aquele conselho descartou argumento de que a responsabilidade pela licitação seria da Secretaria Geral do MPF e explicitou as atribuições do procurador-geral na gestão do Ministério Público.

O parlamentar lembrou ainda que o pregão eletrônico para a compra dos tablets foi realizado no dia 31 de dezembro de 2012, às 16h.

– Fico me perguntando se licitação parecida ocorresse no âmbito do Senado da República ou de qualquer governo estadual ou prefeitura do interior, o que não estaria fazendo o Ministério Público em relação a essa licitação. É preciso sim que ele dê as explicações e o Tribunal de Contas da União faça as investigações devidas – frisou o senador por Alagoas.







http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/03/26/senado-convoca-prevaricador-para-explicar-tablets/

CQC submete Genoino a sessão de tortura psicológica




O humor deveria servir para elevar o espírito do homem. Não sei se o humorismo é uma criação divina ou se alguém, algum dia, inventou essa verdadeira forma de arte. Seja quem for que o inventou, porém, não foi pensando em humilhar ou torturar ou em oferecer um instrumento de vingança aos pobres de espírito.

Alguns, como os “humoristas” do programa da TV Bandeirantes CQC, confundem ridicularizar pessoas com fazer humor. Ridicularia e humorismo, porém, não são a mesma coisa. Contudo, antes de abordar a tortura psicológica que eles vêm impondo a um ser humano, farei uma digressão inevitável.

Houve época em que os condenados por aquilo que diziam ser “justiça” – mas que, muitas vezes, não passava de instrumento de tortura usado por um grupo político, social, religioso ou étnico contra outro –, além de ir para o cárcere eram exibidos em praça pública em sessões de humilhação.

No momento em que escrevo, tenho na mente uma canção, “Geni e o Zepelim”, composta e cantada por Chico Buarque. Fez parte do musical Ópera do Malandro, do mesmo autor, lançado em 1978, e do álbum, de 1979, bem como do filme, de 1986 – todos com o mesmo nome.

A Ópera do Malandro conta, entre outras, a história de Geni, um travesti hostilizado na cidade.

O comandante de um dirigível (Zepelin) militar investe contra aquela cidade e decide destruí-la. Porém, apaixona-se por Geni. Sabendo disso, a mesma cidade que fustigava o travesti passa a lhe pedir que interceda por ela junto ao agressor.

Geni, então, usa de seu poder recém-adquirido sobre o militar e salva a cidade, que, na volta à rotina, volta a insultar e a humilhar quem a salvou.

A canção de Chico Buarque eclodiu durante a ditadura militar e teve tal relevância que seu refrão “Joga pedra na Geni” passou a ser usado contra pessoas ou ideias que, em determinadas circunstâncias políticas, viram alvo de execração pública.

A civilização, porém, acabou com as torturas (físicas ou morais) contra aqueles que infringem as leis. Em sociedades civilizadas, a pena de restrição de liberdade e de direitos vários se basta.

A tortura psicológica, a execração pública a que está sendo submetido um homem que entregou sua vida à causa da democracia e que por ela foi torturado fisicamente, portanto, não se coaduna com sociedades civilizadas, mas coaduna-se com o juízo farsesco que condenou José Genoino por “corrupção ativa”.

Só em um país em que pessoas são mandadas para a cadeia sem provas uma tortura mental como a do CQC pode ser aceita.

Pobre Genoino. É um homem sem posses. Tudo o que amealhou em termos de bens pessoais em sua vida parlamentar – atividade na qual a quase totalidade de seus pares no Congresso que o detratam, enriqueceram a olhos vistos – foi uma casa modesta num bairro modesto em São Paulo.

Condenado por “corrupção ativa”. Pobre Genoino. É de revirar o estômago.

Mas admiro a coragem dele. Poderia se recolher ao recesso do lar, à espera da execução da pena que poderá ter que cumprir porque, neste país de homens e mulheres avessos a se sacrificarem por uma causa, poucos entre os que enxergam a injustiça que está sendo cometida ao menos dirão publicamente que se recusam a aceita-la.

Sou dos que não aceitam e, mesmo sem ter como fazer alguma coisa, faço questão de dizer, em alto e bom som, que o que está sendo feito contra Genoino é uma ignominia.
E nem me refiro à condenação injusta e revoltante que lhe foi imposta pelo Supremo Tribunal Federal sob provas “tênues”. Refiro-me à tortura característica de regimes ditatoriais e medievais a que vem sendo submetido por seres amorais como os torturadores da Band.

Solidarizo-me com Genoino pelo linchamento moral que sofreu. Antes de tudo, ele é um ser humano que, mesmo condenado pela justiça, a civilização deveria impedir que fosse torturado, sendo a penalização exclusiva na forma da lei a única admissível. Força, portanto, companheiro. Você não está só.
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PS: o CQC usou uma criança para humilhar Genoino. Que grande exemplo de cidadania esse menino recebeu. Aprendeu a tripudiar, a humilhar, a mentir e a ignorar os direitos e os sentimentos de um semelhante. Terá uma longa carreira na mídia que gerou a ditadura anterior, a qual não se limitou a torturar Genoino psicologicamente como fez o CQC.
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Se tiver estômago, assista, abaixo, a uma legítima sessão de tortura. A uma punição extrajudicial que se choca com o próprio conceito de civilização. Do contrário, pule o vídeo e, logo abaixo, poderá ouvir a obra imorredoura de Chico Buarque: “Geni e o Zepelin”.
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A tortura de Genoino pelo CQC 







 

http://www.blogdacidadania.com.br/2013/03/cqc-submete-genoino-a-sessao-de-tortura-psicologica/

O que pode estar por trás de Feliciano nos Direitos Humanos?




 A situação do deputado Marcos Feliciano  (PSC)  fica insustentável a cada dia que passa. Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), deu um prazo para que o PSC colocasse fim à crise instalada pela indicação do deputado, que é pastor evangélico, para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. O prazo termina hoje (26). Mas Feliciano parece estar gostando da confusão. Ontem, o deputado anunciou que pretende de ir à Bolívia para conhecer a situação dos torcedores corintianos que estão presos na cidade.

O PSC já tem os nomes para ocupar a presidência da comissão, caso o deputado deixe o cargo. Um deles é o da deputada Antônia Lúcia (do Acre), vice-presidente da comissão. A parlamentar é processada pelo Ministério Público Federal (MPF) do seu estado , que pediu a cassação do seu mandato. O caso será decidido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Antônia Lúcia também é acusada de compra de votos e de improbidade administrativa. A parlamentar nega as acusações.

O outro nome é Zequinha Marinho (PSC-PA), que poderia enfrentar a resistência de militantes, já que também é visto como radicalmente contrário aos direitos dos homossexuais.

Muitos estão vendo a viagem do deputado como uma manobra para fugir da crise e não deixar o cargo que ocupa. A direção do partido ainda não decidiu como acabar com o problema e os integrantes da bancada do PSC tentam definir o posicionamento oficial da legenda sobre o caso. Ontem, a Anistia Internacional divulgou nota considerando "inaceitável" a permanência do deputado no cargo.

E parece que a troca de acusações e bate boca não para por aí... Dessa vez sobrou  para o partido de Eduardo Campos. Manifestantes que ocupavam a Câmara e alguns deputados contrários à permanência de Feliciano na comissão acusaram o PSB de ter  dado uma mãozinha para instalar o deputado  na direção da comissão dos Direitos Humanos.

Eles acusam o  PSB de ter escalado o deputado pernambucano Pastor Eurico para titular da Comissão, para deixar  a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) como suplente. Mas o Pastor Eurico deu seu voto para eleger Feliciano presidente.

Nada contra um parlamentar ser pastor, mas uma Comissão de Direitos Humanos precisa de membros comprometidos com a causa, como era o caso de Lysâneas Maciel, que tinha forte engajamento evangélico e era incansável defensor dos Direitos Humanos, mesmo nos momentos mais difíceis da ditadura.

Um deputado nessa comissão deve ter ampla compreensão do respeito às minorias, da diversidade humana, sem trazer um contencioso de preconceitos e pregação discriminatória.

A escolha do PSB chama mais atenção porque Eurico é conterrâneo do presidente do partido e governador, Eduardo Campos, já em pré-campanha presidencial para 2014. O gesto leva a perguntar se Campos não estaria buscando utilizar-se de religiões, não dentro do interesse público, mas de forma oportunista, apenas para colher votos, semelhante ao que ocorreu na campanha das trevas com a candidatura de José Serra (PSDB-SP) nas eleições de 2010.


http://www.redebrasilatual.com.br/blog/helena/o-que-pode-estar-por-tras-de-feliciano-nos-direitos-humanos

Haddad intervém em reintegração de posse






Prefeito de São Paulo deixa evento com ex-presidente Lula para intermediar confronto de famílias sem-teto em ação com a Polícia no Jardim Iguatemi (zona leste); publicação de decreto pela Prefeitura suspende a remoção de quase 3 mil pessoas de terreno


247 - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), deixou de participar de um evento ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para intervir em uma reintegração de posse no Jardim Iguatemi (zona leste), na manhã desta terça-feira (26).

Haddad foi convidado a discrusar no evento Novos Desafios da Sociedade, antes de Lula, mas deixou o local ao ser informado que a PM havia entrado em conflito com os moradores do bairro.

A desocupação, por ordem judicial a pedido do proprietário começou na manhã de ontem com homens da tropa de choque da Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral para dispersar moradores que protestavam na frente do terreno.

O secretário de Habitação do município, José Floriano de Azevedo Marques Neto, foi instruído a procurar o dono da área, Heráclides Batalha, para tentar uma solução negociada, que passaria pela desapropriação amigável do local. Batalha, porém, não teria aceito a proposta.

A Prefeitura optou então por publicar um Decreto de Utilidade Pública (DUP) para suspender a remoção das famílias e fazer a desapropriação do terreno. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 1,7 mil pessoas ocupam a área de 120 mil m². Já a prefeitura, estima que existam quase três mil pessoas no local.


http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/97273/Haddad-interv%C3%A9m-em-reintegra%C3%A7%C3%A3o-de-posse.htm

Presidente FHC, PT não governa para quem o senhor governou



Ilustríssimo senhor doutor Fernando Henrique Cardoso.

Quem lhe escreve é um cidadão comum, sem filiação político-partidária e que ainda guarda na memória o sofrimento pelo qual passou quando o senhor – vá lá – “governou” o Brasil. Aquela foi uma época de muito sofrimento para todos, presidente.

Eis por que leio no jornal O Estado de São Paulo, estupefato, que o senhor declarou, na segunda-feira (25.3), textualmente, que “Essa gente não sabe governar o país”.

Por óbvio, o senhor se referiu ao Partido dos Trabalhadores, ao ex-presidente Lula e à presidente Dilma Rousseff, quem, desde os primeiros momentos da posse, brindou-o com cortesias que, a meu ver, foram exageradas e que, agora, o senhor retribui dessa forma.

Até entendo que, aos 80 e tantos anos, tendo deixado uma obra administrativa que a maioria absoluta dos brasileiros repudia até hoje – como mostram as sucessivas eleições que o seu partido perdeu –, o senhor esteja amargurado.

Contudo, presidente FHC, peço que entenda que o povo brasileiro – que ontem, quando lhe dava seus votos, o senhor dizia sábio – não o odeia. Apenas rejeita a sua forma de governar.

O senhor diz que o PT não sabe governar. O que as urnas dizem é que o PT realmente não sabe governar, mas não é para os milhões que o elegeram, reelegeram e re-reelegeram. O PT não sabe governar para os que foram priorizados pelo seu governo.

Para o povo brasileiro, presidente FHC, o PT sabe governar porque, em lugar do desemprego de 12,8% que o senhor deixou, implantou pleno emprego, com salários que se valorizam a cada mês.

Para o povo brasileiro, presidente FHC, o PT sabe governar porque, em lugar dos programas sociais de mentirinha que o senhor deixou, pôs o maior programa social do mundo, o qual retirou dezenas de milhões da pobreza e outros tantos milhões da miséria.

Para o povo brasileiro, presidente FHC, o PT sabe governar porque, em lugar da ausência total de divisas que o senhor deixou, construiu reservas cambiais de centenas e centenas de bilhões de dólares que, hoje, garantem imunidade do país a crises internacionais muito mais graves do que aquelas crises localizadas só em países mal governados que ocorreram à sua época.

Para o povo brasileiro, presidente FHC, o PT saber governar porque hoje a maioria afrodescendente que o IBGE diz haver no país está chegando às universidades, que não são mais “coisa de rico” como no seu tempo.

Para o povo brasileiro, presidente FHC, o PT sabe governar porque, ao contrário do que ocorreu no seu governo, hoje o Brasil não é visto como um país-mendigo que vagueia pelo mundo com o pires na mão – hoje, este país empresta dinheiro a países em dificuldades.

Para o povo brasileiro, presidente FHC, o PT sabe governar porque, ao contrário de juros de até 45% ao mês que o senhor chegou a pagar aos agradecidos banqueiros que lhe doaram o prédio do Instituto que leva seu nome, o PT reduziu esses juros a um dígito.

Para o povo brasileiro, presidente FHC, o PT sabe governar porque está, após tanto tempo, acabando com negociatas como as que tornaram a energia elétrica no Brasil a segunda mais cara do mundo.

Poderia ficar escrevendo laudas e mais laudas para explicar as razões pelas quais o povo brasileiro não elege mais presidentes do seu partido após a verdadeira praga de gafanhotos que foi seu governo, mas acho que já me fiz entender.

Este povo lhe nega votos enquanto ignora as mesuras desmesuradas e os elogios sem fundamento que alguns donos de impérios de mídia lhe fazem à toa, presidente. É que o povo brasileiro sabe que o senhor sabia governar, sim, mas apenas para uma minoria abastada.

Assim sendo, presidente, o senhor haverá de concordar que os brasileiros rejeitarem seguidamente o PSDB no comando do país confere a esta missiva uma verossimilhança que não será a sua desfaçatez que irá anular.

Atenciosamente,

Eduardo Guimarães

—–
O Estado de São Paulo
25 de março de 2013


GUSTAVO PORTO – Agência Estado

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez nesta segunda-feira duras críticas ao governo, ao PT e à base aliada. “Essa gente não sabe governar o País. Olha o que fizeram com o petróleo. É um crime”, exemplificou, numa referência à crise da Petrobras. 

Fernando Henrique participa do Congresso do PSDB, em São Paulo.

“Juntaram o governo, com o partido, com o Estado, com o mesmo marqueteiro”, completou, numa referência aos anúncios feitos pela presidente Dilma Rousseff da redução do preço da energia e da desoneração da cesta básica, em cadeia nacional de rádio e televisão. 

Ele classificou a alta de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) como um “pibinho que chega numa época em que outros países crescem”.

FHC alertou ainda para a alta da inflação e rebateu as afirmações de que o PSDB é partido de ricos e banqueiros. “Quem dá dinheiro para banqueiros sem parar são eles. Dão ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que dá aos bancos”, ironizou. 

O ex-presidente deixou o evento antes do pronunciamento do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

 http://www.blogdacidadania.com.br/2013/03/presidente-fhc-o-pt-nao-governa-para-quem-o-senhor-governou/

Brasileiro melhora de vida. Neolibelês (*) querem demitir !



Renda sobe 41 % no Governo Lulilma. Chora, Tucanuardo ! Chora, Aécio !

No Valor:

Renda das famílias cresce bem acima do PIB per Capita

Tainara Machado | De São Paulo

A renda familiar no Brasil avançou em um ritmo bastante superior ao do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos dez anos. De acordo com cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a renda domiciliar per capita da população brasileira aumentou 40,7% entre 2003 e 2011, taxa 13,3 pontos superior a apresentada pelo PIB per capita, que avançou 27,7% no período. Dentro do PIB, em consequência, a renda do trabalho tem crescido mais do que as rendas da “propriedade”, que envolvem, na conta do PIB, juros, dividendos e a própria remuneração do capital.

A diferença entre renda familiar e PIB per capita é ainda maior caso a conta per capita das famílias seja feita pelo critério de mediana, que mostra a tendência central. Marcelo Neri, presidente do Ipea, ressalta que, por essa ótica, fica mais evidente a melhora de vida do brasileiro médio: entre 2003 e 2011, a alta acumulada nessa métrica foi de 65,9%. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).



Delfim Netto, em O Globo, pág. 16, 25/3:

O Brasil assiste a um “processo civilizatório”:

A empregada doméstica virou manicure ou foi trabalhar num call center. Agora, ela toma banho com sabonete Dove. A proposta desses ‘gênios’ é fazer com que ela volte a usar sabão de coco aumentando os juros


Estadão, 24 de março, pág. B8, “emprego em alta pressiona inflação”

“Sem aumentar a taxa de desemprego será difícil manter a inflação sob controle num prazo mais longo -a inflação vai se acelerar lentamente.”

De José Marcio Camargo, economista da gestora (sic) Opus

“A saída é frear a economia. Demitir mesmo !”

De Alexandre Schwartsman, ex-diretor de Politica Monetária do Banco Central, em O Globo, 25 de março, pág. 16

“O Governo não dá sinais de que quer abandonar a estratégia de estimular o consumo, e para isso toma decisões voltadas a manter salários reais elevados e o nível de desemprego baixo. (Para aumentar o PIB) … (teria que ) reduzir seus gastos correntes em proporção às receitas, grande parte das quais são transferências de renda às classes de renda mais baixas, responsáveis pela elevação do consumo.”

Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, pág B8, Estadão, 24 de março.
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Como diz o Delfim, são os jenios dos juros.

Coitada da funcionária do call-center !

Pau nos pobres !

Paulo Henrique Amorim


(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

 http://www.conversaafiada.com.br/economia/2013/03/26/nova-ofensiva-neolibeles-%E2%80%9Ce-demitir-mesmo-%E2%80%9D/