quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Pagot acusa a Veja. Silêncio na mídia!


Por Altamiro Borges

Em depoimento nesta semana na CPI do Cachoeira, Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Dnit, afirmou com todas as letras que o mafioso bancou reportagem na revista Veja para tirá-lo do cargo. “O contraventor [Carlos Cachoeira] mais um representante da Delta [Claudio Abreu] se uniram a um jornalista [Policarpo Júnior] para me derrubar”, desabafou. No Reino Unido, denúncias similares levaram Rupert Murdoch, imperador da mídia, ao banco de réus. No Brasil, o depoimento sequer virou notícia nos jornalões e nas emissoras de tevê.
Pagot deixou o governo em julho de 2011 em decorrência de denúncias contra o Ministério dos Transportes. Uma matéria da Veja foi o estopim da crise e da exoneração. O ex-diretor do Dnit foi acusado de superfaturar obras e receber propinas. “Foi um episódio amargo na minha vida. Sentia-me um morto vivo, um fantasma. Quando começo a me reestabelecer, tive a brutal notícia que um contraventor e um agente de uma empresa seriam os responsáveis pela reportagem que gerou o afastamento e posteriormente a exoneração”.
"Enfiei tudo no r... do Pagot", diz Cachoeira

Questionado pelo relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), sobre as razões desta trama, Pagot afirmou que ela ocorreu devido a sua postura diante da construtora Delta, braço da quadrilha de Cachoeira. “Era pela atuação que vinha tendo ao Dnit, não dava vida boa a nenhuma empreiteira e prestador de serviço. Era muito exigente. Penso que por isso eles patrocinaram essa matéria jornalística para me tirar do Dnit”. Ele garantiu que a sua queda foi fruto de um complô envolvendo a quadrilha de Cachoeira, a Delta e a Veja!
 
Gravações da Polícia Federal reforçam esta tese. Numa delas, Carlinhos Cachoeira confirma para o diretor da Delta, Claudio Abreu, que “plantou” informações na Veja para favorecer a construtora. “Enfiei tudo no r... do Pagot”, gaba-se o mafioso ao telefone. Apesar dos fortes indícios da ligação da revista com o crime organizado, nada é feito para apurar os fatos. O depoimento de Pagot sequer aparece no noticiário. Nenhuma linha, nenhuma palavra, nada nos jornalões, revistonas e emissoras de rádio e televisão.
O pacto mafioso da imprensa
De forma seletiva, a mídia pinça apenas o que interessa aos seus propósitos políticos – como a afirmação de Pagot de que participou do esquema de arrecadação de fundos para a campanha de Dilma Rousseff. Ele também disse que a Dersa, então dirigida por Paulo Preto, um dos “arrecadadores” de Serra, tentou desviar dinheiro do Dnit para a campanha tucana. Mas isto não virou manchete. Assim como as denúncias contra a revista Veja também sumiram. Desta forma, os barões da mídia mantêm o seu pacto mafioso!
 

Andressa: Policarpo é "empregado” de Cachoeira

 
Afirmação foi feita pela mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira ao juiz federal Alderico Rocha Santos; se deu durante tentativa de chantagem sobre ele, para que tirasse o marido da penitenciária da Papuda; Santos registrou ameaça à Justiça Federal, em julho, como mostra documento obtido com exclusividade por 247
 
É muito mais surpreendente, perigosa e antiética a relação que une o contraventor Carlinhos Cachoeira e o jornalista Policarpo Júnior, editor-chefe e diretor da sucursal de Brasília da revista Veja, a julgar pela ameaça feita pela mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, ao juiz federal Alderico Rocha Santos.
 
Documento obtido com exclusividade por 247 contém o ofício à Justiça Federal de Goiás, datado de 26 de julho, assinado pelo juiz Rocha Santos, no qual ele relata como foi e quais foram os termos da ameaça recebida de Andressa. A iniciativa é tratada como "tentativa de intimidação". Ele lembrou, oficialmente, que só recebeu Andressa em seu gabinete, na 5ª Vara Federal, em Goiânia, após muita insitência da parte dela.
 
Com receio do que poderia ser a conversa, Rocha Santos pediu a presença, durante a audiência, da funcionária Kleine. "Após meia hora em que a referida senhora inistia para que este juiz revogasse a prisão preventiva do seu marido Carlos Augusto de Almeida Ramos, a mesma começou a fazer gestos para que fosse retirada do recindo da referida servidora".
 
Em sua narrativa à Justiça, Rocha Santos afirma que perguntou a Andressa porque ela queria ficar a sós com ele, obtendo como resposta, após nova insistência, que teria assuntos íntimos a relatar, concernentes às visitas feitas a Cachoeira, por ela, na penitenciária da Papuda. Neste momento, o juiz aceitou pedir a Kleine para sair.
 
"Ato incontinenti à saída da servidora, a sra. Andressa falou que seu marido Carlos Augusto tem como empregado o jornalista Policarpo Jr., vinculado à revista Veja, e que este teria montado um dossiê contra a minha pessoa".
 
A importância do depoimento oficial obtido com exclusividade por 247 é fácil de perceber. Nunca antes alguém tão próximo a Cachoeira, como é o caso de sua mulher Andressa, havia usado a expressão "empregado" para definir o padrão de relação entre eles. Após essa definição, Andressa disse que Policarpo tinha pronto um dossiê capaz de, no mínimo, constranger o juiz Rocha Santos, a partir de denúncias contra amigos dele. O magistrado respondeu que nada temia, e não iria conceder, em razão da pressão, a liberdade solicitada a Cachoeira. O caso rendeu a prisão de Andressa, que precisou pagar R$ 100 mil de fiança para não enfrentar a cadeia por longo tempo. A fiança foi paga em dinheiro. O juiz, ao denunciar a "tentativa de constrangimento", fez a sua parte. Cachoeira continua atrás das grades, na Papuda. Policarpo Jr. permanece com a sua reputação em jogo. Um dos grampos da Polícia Federal revelou que ele pediu a Cachoeira para realizar um grampo ilegal sobre o deputado federal Jovair Arantes – e conseguiu o que queria.
 
Confira documento na íntegra:
 
 

Ayres não aceita delação de Jefferson contra Dirceu

 
 
No julgamento desta quinta-feira, o Ministro-Presidente Ayres Britto – sem se referir a Dirceu ou Jefferson – reforça a tese deste ansioso blogueiro de que Dirceu não será condenado.
 
O Conversa Afiada já tinha tratado da única “prova” de que José Dirceu era “o chefe da gang do mensalão” – para usar o que o PiG (*) diz ou quer dizer.

Foi ao reproduzir excelente artigo de Wálter Mayerovitch, na Carta Capital:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/08/23/barbosa-vai-aceitar-a-delacao-de-jefferson/

No julgamento desta quinta-feira, o Ministro-Presidente Ayres Britto – sem se referir a Dirceu ou Jefferson – reforça a tese deste ansioso blogueiro de que Dirceu não será condenado.

Ayres Britto, em resumo, disse que não aceita o que um co-réu diz, já que co-réu não tem a obrigação de dizer a verdade.

O que um co-réu diz só vale se for prestado diante de um Juiz, com a presença do acusado, com direito a se defender.

E se a denúncia se confirmar nos fatos.

Ou seja, Ayres Britto absolveu o Dirceu.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
 

Voto de Peluso deixa um furo: quem decidiu pagar R$ 2,7 milhões do mensalão à TV Globo

No julgamento do chamado "mensalão", o ministro Peluso alegou que a agência de publicidade no contrato com a Câmara dos Deputados fez apenas papel de office-boy ao pagar R$ 7 milhões do valor do contrato para a TV Globo, Editora Abril, Grupo Folha, Estadão, Zero Hora, etc.

Alguém decidiu como dividir essa verba entre os veículos de comunicação. Geralmente é a agência de publicidade que faz esse papel. Se não foi, então quem foi? Será a própria Globo?

Essa pergunta tem que ser respondida, pois se o objetivo do contrato fosse só desviar dinheiro, como alegou o ministro, então, seguindo o caminho desse dinheiro, o grosso foi para a Globo e as demais empresas de mídia.

 
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/08/voto-de-peluso-deixa-um-furo-quem.html

Folha diz na 1ª página que “PT” está “à beira da prisão”

 

 
Na verdade, a frase no alto da primeira página da edição da Folha de São Paulo desta quinta-feira (30.08) é atribuída pelo jornal à esposa do publicitário Gilnei Rampazzo, sócio de Luiz Gonzalez, marqueteiro de José Serra e do PSDB há incontáveis eleições. A frase textual que compõe a manchete é a seguinte:
 
Eliane Cantanhêde: PT à beira da prisão é motivo de constrangimento
 
Fico imaginando o tamanho da prisão que terá que ser construída para abrigar um partido com 1.549.180 filiados caso “o PT” seja preso. Aliás, segundo essa manchete delirante, mal-intencionada, criminosa, a presidente Dilma Rousseff já pode ir preparando sua malinha para esperar o camburão vir recolhê-la, certo?
 
Quem é tão burro para acreditar em um jornal como a Folha de São Paulo? Aquilo nem um partido político é – nenhum partido seria tão burro de acusar um partido adversário inteiro por um escândalo que envolve seus filiados simplesmente porque todos os partidos têm membros envolvidos em escândalos.
 
Assim sendo, quando o mensalão do PSDB for a julgamento no STF – se é que as penas não prescreverão antes – e surgirem condenações, será que essa militante tucana travestida de jornalista dirá que “o PSDB” está “à beira da prisão”? E se escrevesse, será que a Folha colocaria essa cretinice na primeira página?
 
Esse esforço dessa imprensa criminosa para atingir todo um partido político pelo envolvimento de alguns poucos membros seus em um escândalo em que fatos e invenções convivem lado a lado, de acordo com a história recente está fadado ao fracasso.
 
Quem tem um pingo de memória sabe que o mensalão “petista” foi julgado no tribunal popular em 2006 e o partido foi amplamente absolvido. Neste ano, não se percebem efeitos eleitorais dignos de nota, do que é prova a ascensão do candidato Fernando Haddad em São Paulo mesmo com o dilúvio midiático sobre o mensalão.
 
A primeira página da Folha de São Paulo de 30 de agosto de 2012 equivale às primeiras páginas desse panfleto partidário tucano que reproduziram ficha policial falsa da hoje presidente Dilma Rousseff, acusação ao ex-presidente Lula de ter assassinado as vítimas do acidente com o avião da TAM e a acusação a ele de ser “estuprador”.
 
De resto, espera-se que o PT processe a Folha de São Paulo e represente à Procuradoria Geral Eleitoral contra uma jogada política baixa, suja, mesquinha e burra como só uma família que lambeu as botas da ditadura militar e a serviu com vassalagem inaudita, como fez a família Frias, sabe produzir.
 

Movimentos Sociais devem ir à rua denunciar rendição do STF



O visível nervosismo da ministra do STF Rosa Weber ao proferir seu voto pela condenação do ex-presidente petista da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha denuncia um fato inédito na República – ao menos ocorrendo de forma tão desabrida: a Suprema Corte de Justiça do país se transformou em marionete de meia dúzia de mega empresários do setor de comunicação.
A perplexidade dos meios jurídicos com os motivos alegados pelos ministros que condenaram João Paulo com base em “verossimilhança” que dizem enxergar nas acusações que lhe foram feitas é tão grande que na edição de hoje (29.08) da Folha de São Paulo saiu artigo de um professor de Direito Penal que assinala “risco à Justiça” por conta dessa condenação.
Antes de prosseguir, reproduzo artigo do professor de Direito Penal da FGV do Rio Thiago Bottino
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FOLHA DE SÃO PAULO
29.08.2012
Relativizar exigência de prova põe justiça em risco
OS CRITÉRIOS QUE ORIENTAM ESSA ANÁLISE PROVÊM DA FORMAÇÃO JURÍDICA E DA TRAJETÓRIA DE CADA JULGADOR
THIAGO BOTTINO
ESPECIAL PARA A FOLHA
O Código de Processo Penal diz que o juiz deve condenar um acusado com base nas provas. No caso do mensalão há uma gama enorme de provas: documentos, depoimentos, perícias e laudos. Todos os julgadores olham o mesmo enorme mosaico de elementos e a partir dele tomam uma decisão. Esse processo é feito em etapas.
Em primeiro, buscam provas que tenham um “certificado de origem” (não podem ser obtidas de forma ilícita, devem ser produzidas segundo as regras processuais).
Uma vez admitidas, podem passar à próxima etapa. Ainda assim, são milhares de provas de consistência e natureza diferenciadas.
A segunda etapa é da seleção. Alguns ministros terão seu olhar atraído para determinadas provas e nesse processo não verão outras. Daí os debates entre eles acerca de um fato ter sido provado ou não. Foi o que aconteceu quando o ministro Ricardo Lewandowski mudou seu voto ao considerar o que Joaquim Barbosa arguiu quanto ao bônus de volume.
Na terceira etapa, as provas são confrontadas. Entre aquelas selecionadas, ainda há contradições. As provas “brigam”: testemunhas dizem coisas opostas.
Desse confronto sai uma decisão: a versão convincente para o julgador. Os critérios que orientam essa análise são ocultos, provêm da formação jurídica e da trajetória profissional e pessoal de cada julgador, de sua avaliação sobre a força de cada prova.
Mas a decisão está sempre apoiada em provas. Barbosa escolheu o laudo dos peritos do TCU. Lewandowski, a decisão dos ministros do TCU.
Não se deve condenar com base em indícios, probabilidades, estranhezas, coincidências ou presunções. São como areia movediça na qual afunda a própria justiça da decisão. Diminuem a impunidade, mas aumentam o risco de condenações injustas.
O processo do mensalão comprova isso. O ministro Luiz Fux disse que é possível flexibilizar garantias. Mas dizer que é preciso relativizar a exigência de provas é diminuir o esforço que relator e revisor fizeram para indicar as bases de sua convicção.
Cada um selecionou, valorou e escolheu elementos diferentes, pois há provas para todos os gostos. Mas ambos apontam exatamente quais depoimentos, laudos e decisões servem de apoio para as decisões. E assim legitimam e explicitam suas posições.
THIAGO BOTTINO é professor de direito penal da FGV Direito, do Rio
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A perplexidade que vai se espalhando com a rendição escancarada da maioria dos ministros do Supremo aos ditames midiáticos deriva não apenas da condenação de João Paulo Cunha. Antes, vêm a escandalosa ultrapassagem do julgamento do “mensalão tucano” (mais antigo) pelo julgamento do “mensalão petista” e a negativa de desmembramento do processo “petista” que foi concedido pelo STF ao processo “tucano”.
Vai se confirmando acusação que o ministro Ricardo Lewandowski fez em privado ao STF em 2007 e que acabou se tornando pública porque o juiz estava sendo espionado pela Folha de São Paulo em sua intimidade. Repórter daquele jornal o ouviu dizer ao telefone em um restaurante que a Corte aceitou indiciar José Dirceu porque a mídia lhe pôs “faca no pescoço”.
Temos então no Brasil, hoje, uma Justiça para petistas e outra para tucanos. Ou, melhor dizendo, uma Justiça para os amigos e outra para os inimigos da Globo, da Folha, do Estadão e da Veja.
No caso dos amigos da mídia, a Justiça concede tudo, amacia, absolve, engaveta; no caso dos inimigos, condena sem provas e inverte o instituto In Dubio Pro Reo (na dúvida, a favor do réu). Como se sabe, o Direito reza que se só existem indícios contra alguém não se pode condená-lo com base no que parece que fez, com base em subjetividade absoluta.
A voz trêmula e hesitante de Rosa Weber ou o malabarismo retórico de Luiz Fux deixaram claro que eles sabiam o que estavam perpetrando e tentaram, clara e excessivamente, explicar o inexplicável.
Pouco antes de começar o julgamento do mensalão, houve troca de presidente da Central Única dos Trabalhadores. O presidente que assumiu, o sindicalista Wagner Freitas, naquela oportunidade afiançou que a CUT e outros movimentos sociais iriam às ruas caso o STF cedesse à mídia e fizesse um julgamento político. Pois bem: a mídia acaba de se assenhorar da Justiça brasileira, adquirindo, assim, o poder de condenar seus inimigos e absolver seus amigos, como se vê nos mensalões “petista” e “tucano”.
É óbvio que não se vai conseguir mudar os votos do STF. Está claro que, à exceção de Lewandowski e de José Antônio Dias Tóffoli, os outros ministros vão atuar como marionetes das famílias Marinho, Frias, Civita e Mesquita e não haverá manifestação que os recoloque na trilha do Direito.
Para que ir à rua, então? Simples: para denunciar. CUT, MST, UNE e tantos outros movimentos sociais têm meios de fazer explodirem manifestações por todo país. Nesses atos, deve-se explicar à sociedade nas ruas o casuísmo do STF e por que ele está ocorrendo.
Mas não é só. Esse deve ser o primeiro passo de um amplo movimento político de reação ao verdadeiro golpe de Estado que está em curso no Brasil.
As condenações sem provas de cidadãos pela mais alta Corte de Justiça do país têm que gerar uma reação política de peso, do contrário se instalará no Brasil a primeira ditadura midiática formal de que se tem notícia, onde inimigos da mídia são mandados para a cadeia por determinação de editorialistas, colunistas e âncoras de telejornal.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Tremei Serra: Governo brasileiro obtém repatriação de US$ 1 mi no caso Banestado

 
 
O caminho dos US$ 30 bilhões que saíram do País, as remessas de US$ 176 milhões para a Conta Tucano...As investigações em 2003 apontaram para o nome do sempre citado Ricardo Sérgio de Oliveira, tesoureiro das campanhas presidenciais do PSDB, e ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil. Aquele que, flagrado num grampo telefônico, dizia agir “no limite da irresponsabilidade”. Aqui

Do jornal O Estado de São Paulo 28/09/2012

O governo brasileiro conseguiu na Justiça dos Estados Unidos comprovar que os ativos bloqueados em Nova York no caso Banestado devem ser repatriados. Assim, serão restituídos ao Brasil US$ 1,080 milhão - ou R$ 2,2 milhões, de acordo com o Ministério da Justiça brasileiro.

A Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e o Departamento Internacional da Advocacia-Geral da União obtiveram decisão judicial na Corte Distrital de Nova York que garante a repatriação de valores depositados em conta bancária usada para o envio ilegal de recursos ao exterior. Isso porque os ativos bloqueados em Nova York em 2005, anteriormente sob propriedade de três brasileiros, constituem produto de crimes praticados no Brasil.

Em 2005, os recursos foram bloqueados nos EUA após pedido de cooperação jurídica internacional feito pelo governo brasileiro. Em 2010, o bloqueio caiu e a quantia foi transferida para o governo dos EUA, que ajuizou ação judicial ("interpleader action") para determinar a quem caberia o montante.

Conforme a nota do Ministério da Justiça, os recursos seriam oriundos de três brasileiros que foram condenados em primeira instância por evasão de divisas, formação de quadrilha e gestão fraudulenta. "Nos termos de sentença penal proferida pela 6ª Vara Federal de São Paulo, em fevereiro deste ano, os três brasileiros estão envolvidos no escândalo Banestado. A apuração do caso revelou a operação de uma rede de doleiros para o envio ilegal de recursos para o exterior no período de 1996 a 2005", explica a nota. O dinheiro ficará sob a custódia da 6ª Vara de São Paulo até o julgamento do recurso interposto pelos réus.

Relembre o caso: Revista Época (da Globo) de 2003


Dossiê do caso Banestado traz nomes de políticos do PSDB e DEM, ex PFL

Políticos como José Serra (PSDB) e Jorge Bornhausen (PFL) constam de relatórios da Polícia Federal que mostram a existência de ordens de pagamento e registros de movimentações financeiras do esquema de lavagem de US$ 30 bilhões por meio da agência bancárias do Banestado de Foz do Iguaçu (PR).

Um dos principais documentos é o dossiê AIJ 000/03, de 11 de abril de 2003, assinado pelo perito criminal da Polícia Federal Renato Rodrigues Barbosa – que chegou ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, com um carimbo de “confidencial”. O perito e o delegado José Francisco Castilho Neto identificaram pessoas físicas e jurídicas que estariam usando o esquema de remessa de dinheiro do Brasil para o exterior.

O dossiê AIJ000/03 traz a indicação de José Serra, o mesmo nome do ex-ministro da Saúde e ex-presidenciável tucano. O AIJ004 aponta apenas S. Motta, que os policiais suspeitam ser o ex-ministro das Comunicações Sérgio Motta, que já morreu. O dossiê AIJ001 mostra transações financeiras do senador Jorge Konder Bornhausen, presidente nacional do PFL, e do seu irmão Paulo Konder Bornhausen. Já o dossiê AIJ002 aponta o nome do empreiteiro Wigberto Tartuce, ex-deputado federal por Brasília.

No caso de José Serra, há extratos fornecidos pelo banco americano JP Morgan Chase. O nome do ex-ministro, que segundo relatório dos policiais pode ser um homônimo, surge em uma ordem de pagamento internacional de US$ 15.688. O dinheiro teria saído de uma conta denominada “Tucano” e sido transferido para a conta 1050140210, da empresa Rabagi Limited, no Helm Bank de Miami, nos EUA. Serra é apontado como o remetente dos recursos. Isto seria uma indicação de que ele teria poderes para movimentar diretamente a conta Tucano. Entre 1996 e 2000, essa conta recebeu US$ 176,8 milhões, segundo a PF.

Polícia acha pista de dinheiro de Collor

A Polícia Federal acredita ter descoberto uma pista para rastrear dinheiro que o ex-presidente Fernando Collor manteria em paraísos fiscais. O indício surgiu durante as investigações sobre o Dossiê Cayman, um conjunto de papéis que forjaram a existência de uma conta nas Ilhas Cayman atribuída ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a outros tucanos. O inquérito sobre o Dossiê Cayman foi entregue ontem à Justiça Federal, incluindo Collor e o irmão dele, Leopoldo, entre os 16 indiciados pela fraude.

Ao final do relatório, os delegados Paulo de Tarso Teixeira e Jorge Ponte sugerem que novas investigações sejam abertas para comprovar o envolvimento de outras pessoas na tentativa de explorar politicamente o dossiê.

A nova linha de investigação que a PF poderá seguir, se a Justiça Federal autorizar, passa pelo rastreamento da empresa Eagle International, com sede no Uruguai. Essa empresa, segundo a PF, foi usado por Collor e Leopoldo para pagar pela compra do dossiê forjado. Época. Link aqui
 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

TV Globo e o jingle de Serra


Por Daniel Castro, em seu blog:
Música-chiclete de Avenida Brasil, o hit Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha foi vendido pela própria Globo para a campanha de José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo.

A canção, do compositor paraibano Shylton Fernandes e que foi gravada pela dupla João Lucas & Marcelo, continua tocando na novela, apesar de ter gerado jingle com o refrão "Eu Quero Serra, Eu Quero Já". No capítulo de sábado, tocou duas vezes.

O fato de uma música estar em uma novela e em uma campanha política pode gerar uma associação, fortalecendo o candidato.

Nessa lógica, toda vez que o telespectador ouve Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha na novela ele pode pensar em José Serra.

A Globo informa que vai continuar usando a música em Avenida Brasil, embora a novela já esteja usando canções de sua trilha internacional. A faixa integra o CD Avenida Brasil Nacional 2, lançado em junho.

"Usamos trilha com melodias que já existiam independentemente da novela, e o uso fora dela depende dos autores da música", informou a Central Globo de Comunicação.

Ocorre, no entanto, que os direitos de negociação de Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha foram comprados pela Som Livre, braço musical da Globo. Como editora da composição, a Som Livre pode vendê-la para quem quiser, desde que o compositor concorde. A música também foi vendida para a Fiat.

"A Som Livre editou a minha canção e é responsável por fazer o marketing", conta Shylton Fernandes.

Ele criou o hit em setembro de 2011 e o publicou no YouTube. "Quase um ano depois, vi Neymar dançando essa canção na comemoração do centésimo gol do Santos. Foi uma surpresa. Depois, fui até Goiânia e negociei com a dupla João Lucas & Marcelo. Dias depois, recebi a proposta da Som Livre e estou muito feliz. Eles me informam de tudo e agem corretamente", afirma o compositor.

De acordo com a Som Livre, a iniciativa de usar a música na campanha de Serra partiu da produtora do candidato. Para a Som Livre, o fato de a música estar na novela não beneficia José Serra.

Já a assessoria de imprensa do PSDB limitou-se a dizer que "as negociações foram feitas exclusivamente com a gravadora Som Livre, detentora oficial dos direitos autorais da música".
 

Serra entre os diálogos de Cachoeira





Pela primeira vez, o nome do ex-governador de São Paulo e candidato à Prefeitura, José Serra, aparece na boca do contraventor Carlos Cachoeira, numa conversa com o já cassado Demóstenes Torres. "Ocê vai tá com o Serra aí hoje?", pergunta o bicheiro. "Marca uma audiência com ele", insiste. "Vou marcar com ele e venho aqui", atende o ex-senador. Negócios da Delta com São Paulo são o próximo alvo da CPI

14 de maio de 2009. José Serra era governador de São Paulo. Executava, no Estado, obras bilionárias, como a construção do trecho Sul Rodoanel e as ampliações das marginais – algumas, com a participação da construtora Delta, de Fernando Cavendish. Amanhã, o empreiteiro estará na CPI, que investiga as atividades do bicheiro Carlos Cachoeira. Assim como Cavendish, também irá depor o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, que era o homem forte da Dersa, empresa de desenvolvimento rodoviário de São Paulo, e já disse que Serra era sua "bússola" na estatal.
 
Um diálogo, obtido com exclusividade pelo Brasil 247, aponta agora, pela primeira vez, o nome de José Serra nas conversas de Cachoeira. É num telefonema dele ao ex-senador Demóstenes Torres. Cachoeira quer uma audiência do governador para um personagem chamado Dino. E Demóstenes promete marcá-la.
 
"Ocê vai tá com o Serra aí hoje?", pergunta Cachoeira. Com naturalidade, Demóstenes diz que não. Afirma ter estado na Companhia Siderúrgica Nacional, do empresário Benjamin Steinbruch. Cachoeira faz então uma brincadeira dizendo que quem gosta muito de Steinbruch é o atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
 
E, depois, insiste para que Demóstenes, que foi cassado por ser uma espécie de despachante de luxo do bicheiro, marque uma audiência com Serra. "Vou marcar com ele e venho aqui", atende o ex-senador.
 
Escute aqui o primeiro diálogo entre Demóstenes e Cachoeira.
 
Numa outra conversa, de 26 de abril de 2009, Cachoeira também liga a Demóstenes para tratar de negócios em São Paulo. O ex-senador estava no apartamento 1.105 do Hotel Meliá, no bairro do Itaim-Bibi de São Paulo. O bicheiro, que representava interesses da Delta em São Paulo, pede para o senador se encontrar com um espanhol chamado Carlos Sanchez. Trata-se do chefe do Departamento de Engenharia do Metrô de Madri – o modelo usado é o mesmo usado em São Paulo.
 
Escute aqui o segundo diálogo entre Cachoeira e Demóstenes.
 
Na terceira conversa, Cachoeira fala com o próprio Sanchez sobre o encontro no Hotel Meliá. Onde? Na rua João Cachoeira, em São Paulo.
 
Escute aqui o diálogo entre Cachoeira e Sanchez
 
Neste diálogo, Cachoeira sugere a Sanchez que entre na página da internet do Senado para reconhecer a face de Demóstenes Torres. O espanhol, pelo tom de voz, já festeja um negócio que será "muy bueno".
 
Há ainda um último diálogo em que um homem não identificado conversa com um certo Geovane, ligado ao grupo de Cachoeira, sobre um encontro com Serra.
 
Brasil 247 entrou em contato, via telefone e e-mail, com o assessor de imprensa da campanha de José Serra à Prefeitura para conhecer a opinião do candidato sobre as revelações. Ele tem memória sobre a audiência que o senador Demóstenes Torres iria pedir? Ocorreu? O que foi tratado? Sem dúvida, a palavra de Serra sobre o assunto pode ser esclarecedora. Até 14h..., o retorno ainda não havia ocorrido.

jn poupa Cerra e ataca Dilma

 
 

 
O PiG (*) investiga, julga e condena.
 
Do depoimento do Pagot – clique aqui para ler “Pagot e Paulo Preto”, uma temeridade, o jornal nacional desta terça-feira extraiu o que acertava no centro do Governo Dilma – e poupou Cerra.

O jornal nacional omitiu a referência ao Paulo Preto, cujo depoimento na CPI do Robert(o) Civita ameaça ser trepidante.

E chamou a atenção para o fato de um tesoureiro do PT procurar Pagot para conseguir dinheiro – legal – com empreiteiros para a campanha de Dilma à Presidência.

As doações foram legais.

Mas, isso não é coisa que se faça, não é isso, amigo navegante ?

Ainda que tenha sido tudo Caixa Um.

Caixa Dois é o tema subjacente ao julgamento o mensalão (por enquanto, o petista).

Não é isso o que está em jogo, aqui.

O que está em jogo é que o jornal nacional não perde o alvo: a Dilma.

Ou melhor, o alvo e, foi e será qualquer presidente trabalhista, no Brasil ou no mundo.

Seja lá o que for, o jornal nacional poupará a cambaleante oposição e subirá a rampa para destituir Dilma.

Não adianta a Presidente construir uma imagem de eficiente gestora de recursos públicos, de reputação inatacável e atender às demandas do eleitor que a consagra em pesquisas de avaliação.

Nada disso importa.

Jango foi deposto no auge da popularidade.

O Gushiken não roubou e foi parar no mensalão.

O Humberto Costa não pecou e foi parar no escândalo dos sangue-sugas.

(E as ambulâncias super-faturadas continuam a rolar em São Paulo.)

Não interessa o que se fez ou não se fez.

O PiG (*) investiga, julga e condena.

Como no Paraguai.

Que não tem Ley de Medios.

Em tempo: se o PIG condenar o Dirceu, no dia seguinte sobe a rampa do Palácio.

Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
 

Jeito PSDB de Governar .....Para os Amigos.

 
 
 
 
 
O blogueiro Vicente Cidade denuncia que os carros alugados por Simão Jatene para uso nas forças de segurança do estado foram substituídos por veículos menores.

A locação de veículos para as polícias foi uma medida adotada ainda em meu governo para garantir mais veículos e nas ruas e uma manutenção mais eficiente da frota, a um custo menor. Esta medida foi duramente combatida pelos meu adversários, que, após eleitos, nãom só mantiveram o contrato como o ampliaram. A justificativa para a ampliação do contrato seria a troca dos veículos Fiat Palio Fire, de motor 1.0, por outros maiores, do modelo Palio Weekend com motorização 1.6.

Porém, após a publicação de mais um aditivo e a prorrogação do contrato, veículos do marca Ford Fiesta Hatch, de motor 1.0, foram flagrados circulando nas ruas. E agora Jatene? Qual a justificativa?

Click no link abaixo e leia a postagem do blog de Vicente Cidade.


DENÚNCIA: Depois de ter os contratos renovados pelo governo Jatene, a DELTA troca a frota de viaturas por carros 'menores' !!

MINHA CASA CONSTRÓI 1 MILHÃO DE CASAS


Que HORROR.

"O programa está transformando a vida de muitas familias que viviam nas encostas dos morros, na beira dos córregos ou nas palafitas construídas em cima dos mangues e igarapés."
 

Saiu no Blog do Planalto:

PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA ALCANÇA A MARCA DE 1 MILHÃO DE MORADIAS CONSTRUÍDAS, AFIRMA DILMA

A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (27), no programa de rádio Café com a Presidenta, que o Minha Casa, Minha Vida alcançou a marca de 1 milhão de moradias construídas. Segundo ela, até 2014 também será atingida a meta de 2,4 milhões de contratos para a construção de novas moradias.

“Nós chegamos, agora em agosto de 2012, à marca de 1 milhão de casas e apartamentos construídos pelo Minha Casa, Minha Vida. É isso mesmo, 1 milhão de moradias estão prontas e vão garantir que milhões de famílias brasileiras realizem o sonho da casa própria. Nós estamos construindo 3,4 milhões de moradias: 1 milhão foram contratadas no governo do presidente Lula, e 2,4 milhões estão sendo contratadas no meu governo. Do início de 2011 até agosto de 2012, nós contratamos 860 mil novas moradias do Minha Casa, Minha Vida. Nós vamos atingir a meta de contratar 2,4 milhões de moradias até 2014″, disse.

De acordo com a presidenta Dilma, o programa Minha Casa, Minha Vida também está melhorando a vida de quem mora em áreas de risco.

“O programa está transformando a vida de muitas famílias que viviam nas encostas dos morros, na beira dos córregos ou nas palafitas construídas em cima dos mangues e igarapés. Essas famílias, que sofriam com deslizamentos, com enchentes, e muitas vezes tinham suas casas destruídas, hoje são atendidas com prioridade no Minha Casa, Minha Vida”, afirmou.

A presidenta explicou ainda que o programa atende famílias de três faixas de renda. A primeira faixa é para aquelas famílias que recebem até R$ 1.600,00 por mês. Nesse caso, o governo paga até 95% do valor do imóvel e a prestação da casa não pode passar de 5% da renda da família. A família paga a casa em dez anos. Para as famílias que recebem até R$ 3.100,00, a ajuda do governo chega a R$ 23 mil. Nessa segunda faixa, o governo entra com o dinheiro para reduzir os juros e o valor do seguro. Já para a última faixa, onde estão as famílias que recebem de R$ 3.100,00 a R$ 5.000,00, o governo também paga uma parte do seguro.

http://www.conversaafiada.com.br/economia/2012/08/27/minha-casa-constroi-1-milhao-de-casas/

80 promotores e procuradores querem Demóstenes fora do Ministério Público de Goiás




O Conselho Nacional do Ministério Púbico (CNMP) recebe hoje um pedido de afastamento do ex-senador Demóstenes Torres da função de procurador de Justiça desempenhada no Ministério Público (MP) de Goiás. Pela primeira vez desde o retorno, em 20 de julho, um grupo de promotores de Justiça, procuradores da República e procuradores do Trabalho se manifesta oficialmente contra a permanência de Torres no cargo, enquanto durar a investigação aberta contra ele.

Integrantes do MP goiano protocolam pela manhã uma representação coletiva contra Demóstenes, com pedidos de investigação, suspensão do exercício funcional e afastamento cautelar. A representação deve ser assinada por 80 promotores e procuradores que se dizem constrangidos com o retorno de Demóstenes ao MP, depois da cassação por ter colocado o mandato a serviço do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Uma sindicância foi aberta pela Corregedoria-Geral do MP em Goiás em 13 de julho, dois dias depois da cassação do ex-senador. Mas ele não é investigado pelo CNMP.

ex-senador vira argumento de defesa

O corregedor-geral, Aylton Flávio Vecchi, e dois dos três procuradores de Justiça designados para integrar a comissão responsável pela sindicância já declararam apoio a Demóstenes, em ata elaborada um mês depois da deflagração da Operação Monte Carlo.

Irmão de Demóstenes, Benedito Torres é o procurador-geral de Justiça em Goiás e está sendo investigado pelo CNMP em razão de citações em conversas telefônicas utilizadas na Operação Monte Carlo, deflagrada em fevereiro deste ano. Os autores da representação temem a sua influência no caso.

No documento, os promotores apontam a influência do episódio da cassação do ex-senador no andamento de ações civis públicas propostas pelo MP. É o caso de uma ação liderada por promotores de Goiânia, da área de defesa do patrimônio público. Os advogados de uma empresa que passou a ser ré no processo utilizaram como argumento de defesa as relações de proximidade entre Demóstenes e Cachoeira.

Os advogados argumentam que a ação teve motivação política, citam a Operação Monte Carlo e dizem que o objetivo do MP seria atender aos interesses de Cachoeira. Conversas telefônicas levantadas na Monte Carlo mostram ingerência do então senador no MP goiano em favor do bicheiro. O irmão Benedito Torres é citado em parte desses diálogos interceptados pela PF.

Os autores argumentam ainda que o processo no CNMP se justifica em razão do inquérito aberto pelo STF e remetido ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região; das investigações em curso na CPI do Cachoeira; e da cassação do mandato por falta de decoro.

Demóstenes Torres já proferiu despachos em processos que tramitam no Tribunal de Justiça do estado de Goiás. Opinou em ações cujos réus são um suposto batedor de carteira e um acusado de revender drogas para um morador de rua, entre outros.

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/08/80-promotores-e-procuradores-querem.html

Video censurado: Aécio Neves chapado no rio



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Bomba: Documento onde Globo é a maior beneficiária do 'mensalão' aparece rasurado



 Em primeira-mão no Blog Os Amigos do Presidente Lula em 26/08/2012 às 17:28 

“No creo en brujas, pero que las hay, las hay”




A página com numeração 694 corresponde à página física 205 no arquivo em PDF





O relatório final e oficial da CPMI dos Correios escreve com todas as letras, nas páginas 693 e 694, que o maior “beneficiário” das empresas do grupo “Marcos Valério” foi o Grupo GLOBO (TV`s, rádios, jornais e revistas).


Contudo, é muito esquisito que, justamente na página 694, onde mostraria o valor que as empresas de Marcos Valério repassaram para as Organizações Globo, a tabela foi impressa desalinhada, cortando os primeiros dígitos, de forma a tornar ilegível o verdadeiro valor pago.


Os valores desta tabela são cruciais para enxergar como foi esse tal "mensalão" como um todo, no conjunto da obra, e não pinçando seletivamente ocorrências isoladas do contexto total, e escondendo o resto, com fez o noticiário da própria Globo nestes últimos 7 anos.


É inadmissível que, com a lei do acesso à informação em vigor, o Congresso Nacional não retifique imediatamente esse relatório exposto à consulta pública desde o fim da CPI.




A tabela danificada está no volume 2 do Relatório Final. A página com numeração 694 corresponde à página física 205 no arquivo em PDF .

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/08/bomba-rasura-em-documento-oficial-apaga.html

REDE GLOBO, ESTREMECE "(Criança Esperança)"

BLOG DO SARAIVA




Faz sentido: Dê-me o Nº da conta que eu deposito diretamente ( se for da Unicef, é claro...)! Pra que DOIS intermediários ???  Telefônica e rede Globo ...

A "patota global" é sempre a mesma!!!

SEGURA ESSA, REDE GLOBO: NÓS OS BRASILEIROS QUEREMOS QUE NOS INFORMEM VIA JORNAL NACIONAL, O NÚMERO DA CONTA DA UNICEF ONDE SÃO DEPOSITADAS AS DOAÇÕES DO "CRIANÇA ESPERANÇA". COMO É? FICARAM MUDOS? FALA O NÚMERO! FALA PRÁ TODO O BRASIL CONFERIR! FALA AÍ NO JORNAL NACIONAL OU PUBLICA NOS JORNAIS DE MAIOR CIRCULAÇÃO DAS CAPITAIS! COMO É? VAI DEMORAR OU SERÁ QUE NÃO TÊM RESPOSTA IMEDIATA!

O pior é que procede !!!

A REDE GLOBO, TREME...

VIVA A INTERNET !

Leão Esperança:

Circula na Internet um e-mail cuja mensagem vem causando arrepios à Rede Globo:

Criança Esperança:Você está pagando imposto da Rede Globo! Quando a Rede Globo diz que a campanha Criança Esperança não gera lucro é mentira!!!

Porque no mês de ABRIL do ano seguinte, ela (TV Globo) entrega o seu imposto de renda com o seguinte desconto: doação feita à Unicef no valor de... aqui vem o valor arrecadado no Criança Esperança. Ou seja, a Rede Globo já desconta pelo menos 20 e tantos milhões do imposto de renda graças à ingenuidade dos doadores!

Agora se você vai colocar no seu imposto de renda que doou R$7,00 R$15,00 R$30,00 ou mais para Criança Esperança, não pode, sabe por quê? Porque Criança Esperança é uma marca somente e não uma entidade beneficente. Já a doação feita com o seu dinheiro para o Unicef é aceito. E não há crime nenhum.

Assim funciona o golpe...
Pelo telefone:
Para doar R$ 7,00
0500 2011 007
Para doar R$ 15,00
0500 2011 015
Para doar R$ 40,00
0500 2011 040

e... pasmem, sem contar os impostos... pagos por você!
Telefone Fixo: R$ 0,39 + impostos
Telefone Celular: R$ 0,71 + impostos

Aí, você doou à Rede Globo um dinheiro que realmente foi entregue à Unicef, porém, por que descontar na Receita Federal como doação da Rede Globo e não na sua?

Do jeito que somos tungados pelos impostos, bem que tal prática contábil tributária poderia se chamar de agora em diante de Leão Esperança.

Lição:

Se a Rede Globo tem o poder de fazer chegar a mensagem dela a tantos milhões de televisores, também nós temos o poder de fazer chegar a nossa mensagem a milhões de computadores!

AGORA, AREDE GLOBODIZ QUE O DINHEIRO VAI DIRETO PARA UMA CONTA DA UNICEF, MAS, POR QUE ELA NÃO DÁ O NÚMERO DA CONTA???

LEMBRANDO SEMPRE: O QUE PESA MESMO SÃO OS IMPOSTOS SOBRE NOSSO CONSUMO, EXERÇAMOS ESTE PODER - DEVER, ENVIANDO ESTE TEXTO À LISTA DE AMIGOS E CONTATOS !!!

A DECISÃO É SUA!!!
"DEPENDE DE NÓS..." NÃO BANCARMOS MAIS OS TROUXAS!!!

Do e-mail enviado por Roberto Gomes Queiroz.

domingo, 26 de agosto de 2012

Regina Duarte também tem medo de índio



Por Altamiro Borges
A atriz global Regina Duarte ficou famosa, no mundo da política, ao participar do programa de tevê do candidato tucano José Serra nas eleições de 2002. No vídeo, em tom terrorista, ela afirmou que “estou com medo” da vitória de Lula. A apelativa peça publicitária não convenceu os brasileiros, que elegeram o líder operário. Desgastada, ela reduziu a sua participação nas campanhas do PSDB, mas não abandonou suas ideias reacionárias. Hoje ela é a garota propaganda dos latifundiários na luta contra os direitos dos povos indígenas.
"Garota propaganda" dos fazendeiros
Segundo o Centro de Estudos Ambientais, Regina Duarte é proprietária de terras em áreas pertencentes a comunidades indígenas no Mato Grosso do Sul, na faixa de fronteira entre Brasil e Paraguai. A região tem se destacado pelo aumento dos conflitos entre ricos pecuaristas e os índios Guarani Kaiowá e Guarani Ñhandeva, que vivem em barracos de lona nas estradas e lutam para reconquistar as suas terras. Nos últimos anos, 245 índios foram mortos em confrontos com fazendeiros, ou vítimas da polícia e do tráfico.
“Regina Duarte lidera o setor pecuarista contra os povos indígenas e participa de comícios contra as demarcações em todo Brasil. No Mato Grosso do Sul, ela é a ‘garota propaganda’ em campanhas contra os indígenas”, relata o blog União Campo, Cidade e Floresta. O jornalista Leonardo Sakamoto já havia feito a mesma denúncia em seu blog no UOL em maio de 2009. Reproduzo o título e alguns trechos:
*****
A atriz global e pecuarista Regina Duarte, em discurso na abertura da 45ª Expoagro, em Dourados (MS), disse que está solidária com os produtores e lideranças rurais quanto à questão de demarcação de terras indígenas e quilombolas no estado.
“Confesso que em Dourados voltei a sentir medo”, afirmou a atriz, neste domingo (18), com referência à previsão de criação de novas reservas na região de Dourados. “O direito à propriedade é inalienável”, explicou ela, de forma curta, grossa e maravilhosamente elucidativa o que faz do BRASIL um brasil. Em verdade, ela deve estar sentindo medo desde a campanha presidencial de 2002…
(O deputado Ronaldo Caiado, principal defensor desses princípios, deveria cobrar royalties de Regina Duarte… Inalienáveis deveriam ser o direito à vida e à dignidade, mas terra vale mais que isso por aqui.)
“Podem contar comigo, da mesma forma que estive presentes nos momentos mais importantes da política brasileira.” Ela e o marido são criadores da raça Brahman em Barretos (SP).
*****
A postura da atriz da Rede Globo talvez ajude a explicar o aumento da violência na região, conforme aponta o vídeo abaixo:



 

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2012/08/regina-duarte-tambem-tem-medo-de-indio.html

A ‘redenção’ de Joaquim Barbosa



Acabo de ler mais um dos incontáveis textos de “colunistas” do consórcio demo-tucano-midiático paridos após o ministro do STF Ricardo Lewandowski ter inocentado o petista e ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha, contrariando o relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, que votou por sua condenação.
Entre outras reflexões, desanima a previsibilidade que vai se comprovando sobre o que diriam esses “colunistas” sobre os votos antagônicos dos dois juízes. A última coluna que li foi de Miriam Leitão, que, como todos os seus congêneres na grande mídia, por óbvio deu razão a Barbosa.
Outra reflexão, que é a que orienta este texto, versou sobre a “redenção” de Barbosa na mídia que a sua posição sobre o mensalão, desde o início alinhada ao que ela quer, está lhe proporcionando agora, após ter sido alvo midiático por tanto tempo.
A maledicência midiática contra Barbosa teve início já em 2003, quando de sua nomeação como ministro do STF pelo então recém-empossado presidente Lula. Os mesmos “colunistas” insinuavam que o juiz chegara aonde chegara simplesmente por ser negro.
Segundo diziam aquelas más línguas, Lula queria um negro – qualquer negro – para a vaga que surgira naquela Corte e Barbosa era o que havia à mão. Como sempre ocorreu quando o ex-presidente deu oportunidades a negros – fosse no ensino superior, fosse na Suprema Corte –, eclodiu todo um discurso midiático sobre “meritocracia”, à qual o escolhido não faria jus.
Nos anos seguintes, as militâncias midiática e governista travariam, sobretudo na internet, um furioso embate sobre Barbosa. Governistas defenderiam a belíssima história de vida de um negro pobre, filho de pedreiro, e a mídia oposicionista diria que sua escolha fora “política”, como se as de todos os juízes do STF não fossem.
Barbosa, porém, fez por merecer o cargo de ministro do STF. Aos 16 anos, saiu de casa. Foi viver em Brasília, onde arranjou emprego na gráfica do jornal Correio Brasiliense e estudou em colégio público. Chegou à universidade e ao bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde obteve seu mestrado em Direito do Estado.
Barbosa também foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia, e depois foi advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (1979-84).
Prestou concurso público para procurador da República e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França por quatro anos, tendo obtido mestrado e doutorado pela Universidade de Paris em 1990 e 1993.
Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro. Foi professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi visiting scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e na Universidade da Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003).
Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade.
Ufa! É uma trajetória de tirar o fôlego. Ainda assim, ao ser indicado para o STF – uma corte para a qual as indicações têm menos que ver com o currículo do indicado do que com as conveniências políticas de quem indica –, só o que a mídia enxergou foi “populismo” de Lula, que o teria escolhido “só por ser negro”.
Os anos foram se passando e Barbosa continuou sendo alvo de narizes torcidos da elite midiática, sendo visto por ela como “o juiz negro de Lula”.
Essa situação se agravou em abril de 2009 durante sessão do STF que analisava uma lei paranaense que estendia a aposentadoria do setor público a funcionários de cartórios. Naquela oportunidade, Barbosa se desentendeu com o juiz “da oposição”, Gilmar Mendes.
Diga-se que os dois juízes já vinham se estranhando devido aos habeas corpus “cangurus” que Mendes dera a Daniel Dantas nas horas mortas da madrugada, e devido à perseguição do juiz “tucano” ao juiz Fausto de Sanctis e ao delegado da operação Satiagraha Protógenes Queiroz, condutas de Mendes que Barbosa criticava duramente.
A discussão entre os dois juízes foi duríssima e permaneceu por semanas a fio no noticiário. E, claro, confirmando a previsibilidade de viés que ressurge agora na disputa retórica entre o relator do inquérito do mensalão, o mesmo Joaquim Barbosa, e o revisor, Ricardo Lewandowski. Todavia, à diferença de hoje, àquela época a mídia tomou partido do adversário do juiz negro.
Editoriais e colunas dos grandes jornais e os blogs e sites da grande mídia na internet praticamente trucidaram Barbosa. Na imprensa paulista, por exemplo, Folha de São Paulo, Estadão e Veja saíram, furiosamente, em defesa de Gilmar Mendes contra Joaquim Barbosa.
Em 24 de abril de 2009, a Folha publica o editorial “Altercação no STF”. O previsível editorial, já no primeiro parágrafo, demonstrava a que vinha:
O ministro Joaquim Barbosa excedeu-se na áspera discussão travada anteontem com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Não se justificam os argumentos “ad hominem” e a linguagem desabrida empregada por Barbosa em sessão aberta na mais alta corte brasileira (…)”
No mesmo dia, o Estadão, sempre mais passional, partiu para o insulto em editorial sob o título “Falta de compostura”:
“(…) Na sessão de quarta-feira, durante o julgamento de um recurso do governo do Paraná contra decisão do STF, que em 2006 considerou inconstitucional a lei que criou o fundo de previdência do Estado, o ministro Joaquim Barbosa, que dialogava com o presidente da Corte, Gilmar Mendes, perdeu a compostura (…)”
Na coluna de Eliane Cantanhêde, na Folha, tudo no Day After da “altercação” entre Barbosa e Mendes, não foi diferente:
“(…)Era uma discussão técnica qualquer, os dois (Barbosa e Mendes) se desentenderam e Barbosa perdeu a compostura (…)”
No blog de Reinaldo Azevedo, no portal da revista Veja, o pitbull da publicação repisa a questão racial em relação a Joaquim Barbosa:
“(…) Eu tenho verdadeiro horror, asco mesmo, de quem costuma reivindicar o lugar do oprimido (…)”
Os anos foram se passando e Barbosa acabou ficando com a relatoria do inquérito do mensalão. A partir dali, quando foi ficando claro que o fato de ter sido indicado por Lula não estava pesando no viés que assumira em relação ao caso, o discurso midiático contra si foi sendo abrandado, chegando, hoje, a se tornar o novo queridinho da mídia no STF.
Uma coisa é certa: a conduta de Barbosa no âmbito do inquérito do mensalão lhe valeu “redenção” na mídia. De juiz que chegara ao STF pelo único “mérito” de ser negro e de “juiz de Lula”, converteu-se em profundo conhecedor da lei e exemplo de “isenção” – sem, por óbvio, a ressalva de que o mérito de nomear um juiz “isento” é de Lula.
Joaquim Barbosa é um vencedor. Sua trajetória, antes empanada por acusações de cunho racial na mídia, não encontra mais óbices. A postura que adotou no julgamento do mensalão quebrou as resistências que a cor de sua pele sempre lhe gerou entre uma elite que agora o idolatra e defende, ao menos enquanto lhe for útil.

 http://www.blogdacidadania.com.br/2012/08/a-redencao-de-joaquim-barbosa/