sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Recessão global está em seus últimos dias.



Por Redação, com agências internacionais - de Paris


A recessão global está chegando ao fim mais rápido do que o previsto e pode já ter acabado, avaliou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nesta quinta-feira. A recuperação pode inclusive ser mais forte que o antecipado, disse o economista-chefe da OCDE, Jorgen Elmeskov, ao elaborar previsões para várias economias.

– Comparado com as expectativas de uns meses atrás, nós agora temos uma recuperação que pode estar ocorrendo um pouco antes e que pode ser levemente mais forte, porque as condições financeiras melhoraram mais rapidamente do que pensávamos alguns meses atrás – disse ele.

As previsões da OCDE apontam que a economia voltaria a crescer no terceiro trimestre nos Estados Unidos e na zona do euro. A estimativa é de alta anualizada de 1,6% nos Estados Unidos. Para a zona do euro o prognóstico é de 0,3% de expansão e para o Japão é de 1,1%. A OCDE ainda estima contração do PIB em 2009 no G7, por causa do desempenho ruim do primeiro semestre, mas altas anualizadas no terceiro e quarto trimestres, de respectivamente 1,2 e 1,4%.

Taxa de juros

Ainda de olho no rescaldo da crise do capitalismo, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa básica de juro da zona do euro no recorde de baixa de 1% nesta quinta-feira, em linha com o esperado pelo mercado. O BCE também manteve a taxa de depósito overnight, em 0,25%, e a taxa marginal de empréstimos, em 1,75%. A decisão é o maior incentivo à produção no continente.

As taxas de juros mantidas nos menores níveis já vistos até hoje na história do BCE facilitou, por exemplo, que aumentasse a produção e o volume de encomendas no setor privado alemão, que engloba os segmentos manufatureiro e de serviços. O segmento voltou a crescer em agosto após 11 meses de contração, segundo pesquisas divulgadas nesta quinta-feira.

O índice Markit subiu para 54,0 em agosto, ante 49,0 em julho. A linha de 50 divide a contração do crescimento. O componente de novos negócios no setor privado avançou para 51,6 no mês passado ante 47,6 no anterior.

O índice para o setor de serviços aumentou para 53,8, contra 48,1. Foi a maior alta mês a mês desde o início da série histórica em junho de 1997.

Varejo

As vendas no varejo da zona do euro contrariaram as expectativas de recuperação e recuaram em julho, abatidas por um menor comércio nos setores de alimentos, bebidas e fumo. A queda foi de 0,2% sobre junho e de 1,8% ante julho de 2008, informou a agência de estatísticas Eurostat nesta quinta-feira. Economistas ouvidos pela agência inglesa de notícias Reuters esperavam uma alta mensal de 0,1% e um recuo ano a ano de 2,2%.

As vendas de alimentos, bebidas e fumo recuaram 0,5% sobre junho e 1,8% ante o ano passado. Já o índice do setor de serviços da zona do euro aproximou-se do patamar de crescimento em agosto, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira. O índice Markit, feito com cerca de 2 mil empresas, subiu para 49,9 em agosto, ante 45,7 em julho. O número ficou próximo da linha de 50 que divide o crescimento da retração.

Do site do Jornal Correio do Brasil:

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