terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Cosan, Shell; Belo Monte; Braskem, Sunoco; Friboi. O Brasil que Lula representa.


Rubens Ometto, da Cosan, o maior do mundo (o Rossi vai chorar de raiva ...)
Saiu no Estadão (*), pág. B11:
“Cosan e Shell se unem para tornar etanol um combustível global – acordo que cria empresa com receita de US$ 21 bilhões separa as áreas de produção e distribuição de etanol”
Além de facilitar a commoditização do etanol e forçar a entrada do etanol no mercado americano, a Cosan “entra de cabeça na pesquisa de etanol de segunda geração, com a incorporação ao negócio das empresas da Shell que investem em energia e tecnologia limpas.
Saiu no Estadão pág. B3:
“Licença (ambiental para construir a usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará) vai acelerar consórcios para leilão. Participação da Eletrobrás vai definir os grupos para disputar a concessão.”
Belo Monte será a terceira hidrelétrica do mundo, atrás de Três Gargantas (China) e Itaipu.
Vai gerar 11 mil MegaWatts.
A casa de força principal terá 20 turbinas.
Bel Monte vai criar 18 mil empregos diretos.
O valor do empreendimento é RS$ 16 bi.
Segundo Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, do Ministério das Minas, a liberação da licença ambiental para construir Belo Monte “é um dia muito importante para o Brasil… a terceira maior hidrelética do mundo … garantirá o desenvolvimento do Brasil”.
Saiu no Estadão, pág. B12:“Braskem, do grupo Odebrecht, compra a Sunoco e já mira em novas aquisições. Com o negócio, o grupo brasileiro entra de vez no mercado americano, onde tem planos de crescer.”
Há menos de duas semanas, a Braskem (sob o comando da Petrobrás – PHA) já havia comprado a brasileira Quattor.
A prioridade da Braskem é ser a quinta empresa petroquímica do mundo (já é a oitava).
Saiu no Estadão, na mesma pág. B12:
BNDES investe R$ 2,2 bi no Friboi. O BNDES ficou com 65% das debêntures emitidas pelo JBS Friboi, que têm como um dos objetivos financiar a compra do frigorífico americano Pilgrim’s, especializado em frangos.
O BNDES já tinha apoiado a Friboi para comprar a americana Swift e, com isso, se tornou muito forte nos Estados Unidos e na Argentina, onde a Swift era líder.
A Friboi é o maior abatedouro de carnes do mundo.
Esse é o Brasil que o presidente Lula representa e simboliza.
O Brasil que desempenha, por exemplo, “papel decisivo da solução do impasse na Conferência do meio Ambiente em Copenhague”.
O Brasil que se destaca no Grupo dos 20, que ajudou a transformar numa arena de decisões mais relevante do que o falecido G7.
Esse é o Brasil que dá a plataforma política para o presidente Lula, em Davos, receber o título de “Estadista Global”.
Nenhum chefe de Estado seria “o cara” se tivesse quebrado três vezes, e fosse de pires na mão ao FMI.
Essa é a diferença.
O Brasil de FHC não tinha lastro.
Não tinha em que se apoiar.
Era uma economia quebrada.
O Brasil que se festeja hoje e do qual o Presidente Lula se tornou o melhor símbolo é um Brasil próspero – e grande.
Ninguém é potência de si mesmo.
Ninguém se outorga o título de “estadista”.
Tem que haver uma plataforma de lançamento por baixo.
E, hoje, “o maior do mundo” é uma expressão que muitos brasileiros podem usar sem cabotinismo.
É o caso do Binho da Cosan e o Junior do Friboi.
A Província se debate, enquanto isso.
O colonista (**) Clovis Rossi, que ocupa o alto da segunda página da Folha (***), e passou a vida nos conclaves internacionais a testemunhar a irrelevância do Brasil – e a celebrá-la – , não aceita que o Brasil mudou.
O mau humor do colonista (**) se acentua cada vez que ele cruza o Equador e esbarra com Lula lá em cima.
Ele está uma fera, porque o Lula, em Davos, disse que é preciso reinventar o mundo.
Claro que é.
Reinventar as instituições – como o FMI e a ONU –, que refletem o mundo de 1945.
O mundo de 2010 é outro.
Nesse, o Brasil também manda.
Para desespero do Clovis Rossi e dos editorialistas do Estadão, que se imaginam Metropolitanos e não passam de Provinciais.
Num editorial de hoje, o Estadão, na pág. 3 http://www.estadao.com.br/noticias/geral,o-reinventor-do-mundo,504966,0.htm acusa Lula de “megalomania” e “soberba”, em Davos.
Davos vai tomar de Lula o título de volta.
Eles lerão esse editorial do Estadão – como fazem religiosamente todos os dias – e se arrependerão amargamente.
Vão transferir o título ao Farol de Alexandria, o iluminado.

Paulo Henrique Amorim

(*) A modernização da seção de Economia e Negócios do Estadão prova que o “seu Frias” estava certo: na cidade de São Paulo só cabe um jornal …
(**)Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (****) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT;
e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(****)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

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