quinta-feira, 17 de junho de 2010

Tucanos só existem em São Paulo e vão encolher.


Ele tem mais chance de ser presidente que o Serra

A excelente analista política Maria Inês Nassif publica hoje no Valor (clique aqui para ler), página A8, um artigo sobre a progressiva desimportância dos tucanos.O título é “Uma ilha cercada de São Paulo por todos os lados”.“Desde que perdeu as eleições presidenciais de 2002, o partido de José Serra iniciou uma queda ininterrupta em sua bancada federal”.
“São Paulo é a sua âncora eleitoral possivelmente porque é o único Estado onde se criou uma ligação propriamente orgânica do partido com o eleitorado. A parcela do eleitorado paulista que vota no PSDB está escolhendo um projeto político e ideológico identificado com o partido. Nos demais Estados, essa identificação é mais fluida”.
A partir daí, Maria Inês demonstra que a bancada federal dos tucanos desce ladeira abaixo desde que FHC deixou o poder.
O que sustensa o PSDB é São Paulo.
Ele praticamente inexiste no Rio de Janeiro, no Espírito Santo, definha em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, sumiu no Nordeste e no Centro Oeste, e no Amazonas, por exemplo, onde viceja o incomparável Arthur Virgílio Cardoso, aquele Senador do cartão Visa de Paris, os tucanos em 2006 obtiveram 0,7% dos votos.
De todos os partidos, observa Maria Inês, “apenas o PT mantém o aumento constante, independente de ser ou não o governo”.
O artigo de Maria Inês Nassif sustenta empiricamente o que este ordinário blog tem dito.
São Paulo é a sede da UDN.
São Paulo quer fazer a Revolução Constitucionalista de 32, sempre que puder.
Desde o Brigadeiro Eduardo Gomes, a UDN só tem 30% dos votos.
A UDN só chega ao poder pelo Golpe.
O mote da UDN de São Paulo é: São Paulo primeiro e o resto é o resto.
O Brasil cansou do paulistismo.
O Serra vai enterrar os tucanos.
O Vesgo do Pânico tem mais chance de ser presidente que o Serra.
Em tempo: amigo navegante, quantos telefonemas o Serra deu para os filhos do Seu Frias e do Roberto Marinho para cortar a cabeça da Maria Inês ?

Paulo Henrique Amorim

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