quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Conheça a história do cão resgatado chorando por donos mortos em escombros.

Caramelo fugiu de sua nova casa na Barra de Tijuca (RJ), mas foi reencontrado
A história de Caramelo gerou comoção entre os internautas nesta semana. Chegaram a confundi-lo com outro cachorro, muito parecido, chamado John.

Mas, atualmente, o vira-lata de olhos tristes está bem, seguro na casa nova.

Na última quinta-feira (13), Caramelo foi encontrado pela voluntária Bebete Filpi sobre os escombros do que tinha sido a casa de seus antigos donos.

- Ele estava chorando, desolado, sem sair de cima de um monte de lama. Fui atrás dele por conta da indicação de uma amiga, que disse tê-lo visto cavando, ajudando os bombeiros a encontrar o local exato onde estavam os corpos dos antigos donos. Depois disso, sentou-se sobre os escombros e de lá não saiu.

Bebete batizou o animal de Caramelo e o levou para o abrigo da ONG Estimação, onde outros cães e gatos resgatados naquele dia esperavam por atendimento veterinário e castração para, só depois, serem adotados por novas famílias.

E foi lá onde ele conheceu a carioca Márcia Xerez, que se comoveu com o semblante triste do bichinho e resolveu levá-lo para casa, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).

- Fiquei sabendo da história de Caramelo ao chegar ao abrigo. Moro em uma casa com quintal grande e perdi meu cão grandão, um boxer, há dois meses. Pensei que poderia ajudar aquela criatura, dar a ela uma casa nova e carinho, depois de tanto sofrimento em Teresópolis.

Mas, ao se levantar pela manhã, na última segunda-feira (17), Márcia tomou um susto: Caramelo havia fugido.

- Minha casa é cercada por um muro de 1,5 m todo recoberto de hera. Acredito que ele tenha escalado a planta para chegar à rua.

Com a ajuda de integrantes da Comissão Especial de Proteção Animal, de amigos e até da mídia carioca, Márcia conseguiu reencontrar o novo pet nesta terça-feira (18).

- Ele foi até o Barra Shopping e começou a seguir uma turma de mulheres. Como perceberam que Caramelo tinha uma coleira, resolveram levá-lo para casa e esperar até que o verdadeiro dono se manifestasse. Graças a uma reportagem, que divulgou uma foto minha em que ele aparecia com a mesma coleira, essas pessoas puderam entrar em contato comigo. Agora, já está tudo bem.

Como Caramelo, mais de 200 animais estão à espera de uma nova família para serem adotados, afirma Bebete.

- Precisamos encontrar novos lares para eles, pois ainda há muitos bichos a resgatar em Teresópolis, há pelo menos oito bairros em que não fomos ainda.
Conheça o cachorro confundido com Caramelo


A imagem acima, de um cão deitado ao pé de uma cova no cemitério de Teresópolis, estampou diversas páginas na internet e veículos impressos na última semana. Segundo a legenda da agência AFP, o cachorro estaria velando a antiga dona há dois dias.

Devido à semelhança com Caramelo, o bicho do retrato foi apontado pela assessoria de imprensa da Comissão Especial de Proteção Animal como sendo o cão adotado por Márcia.

Na verdade, o cachorro retratado no cemitério pertence a Rodolfo Junior, um dos voluntários que tem ajudado os funcionários do local a enterrar os corpos das vítimas de soterramentos na cidade fluminense.

- Ele se chama John e sempre foi meu, não era da pessoa sepultada naquele lugar. É que me acompanhava no cemitério, quando a foto foi feita. Não estava velando ninguém.

Do R7

http://entretenimento.r7.com/bichos/noticias/conheca-a-historia-do-cao-resgatadochorando-por-donos-mortos-em-escombros-20110119.html

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