domingo, 4 de outubro de 2009



Globos, Folhas, Vejas e Estadões não tiveram saída, foram obrigados a forçar um sorriso nas próprias “caras”, um sorriso tão forçado que quase as fez rachar. Tiveram que aplaudir Lula, sim, e ver o povão correndo para o abraço pelo país todo, feliz da vida.

É claro que a realização da Olimpíada no Rio em 2016 trará poucos e restritos benefícios palpáveis ao país. No mais, benefício dessa natureza ficará mais para a sede dos jogos olímpicos votada na sexta-feira passada.

Cidade e Estado do Rio certamente sofrerão uma transformação espetacular e colherão, com o perdão do trocadilho, rios de dinheiro do evento daqui a sete anos. Falam de uma movimentação financeira próxima a cem bilhões de reais, dinheiro que jamais viria sem a Olimpíada.

Todavia, haverá relevante benefício de mensuração empírica e de médio prazo. O Brasil estará cada vez mais em todas as bocas, corações e mentes durante os próximos anos. Nossa cultura ganhará o mundo. Seremos imitados e admirados.

O povo está exultante. Satisfeito. Eleitoralmente, essa foi uma bomba para a candidatura José Serra à Presidência.

Os meios de comunicação supramencionados, bem como seus apêndices, negam que a popularidade de Lula ainda venha a ajudar Dilma Rousseff, mas nem por isso param de tentar macular a popularidade presidencial, por via das dúvidas.

A mídia até poderia ter razão se sua estratégia estivesse funcionando, pois, ao contrário do que diz, quanto mais alta a popularidade de Lula mais fácil será para ele vender a continuidade de seu governo.

E nem adiantará a mídia atacar as olimpíadas no Rio, as obras, a própria realização do evento contrapondo-o às carências sociais do país, pois o povo quer a Olimpíada. Além disso, quem irá tocar o projeto serão os dois próximos presidentes, que poderão ser o mesmo se o eleito em 2010 se reeleger em 2014.

Claro que qualquer linha que ao menos for escrita sobre 2016 pelo governo Lula será imediatamente exposta pela mídia serrista como caso de corrupção, e que, se não houver o que criticar, dirá que as obras estão “empacadas” etc. Mas dificilmente haverá alguma obra relevante da Olimpíada para ser atacada até o fim do ano que vem.

Se a mídia criticar a realização da Olimpíada no Rio e Serra se eleger presidente e tocar as obras, ela terá que mudar de discurso muito radicalmente, o que não tem se mostrado particularmente difícil. Mas é sempre uma manobra arriscada atacar com virulência obras que poderão servir ao PSDB e ao PFL.

Diante do exposto, concluo que essa vitória, esse lucro político derivado da vitória do Rio na disputa para sediar os jogos olímpicos de 2016, Lula já encaçapou. Passem para a próxima.

Do blog da Cidadania:

Nenhum comentário: