terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Chupa FHC:Era Lula chega ao fim com emprego recorde.

Com uma taxa de desemprego de 5,7% em novembro - o melhor resultado desde 2002 - e um crescimento previsto de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega ao fim de seu mandato com uma coleção de indicadores econômicos positivos.

Economistas apontam o mercado de trabalho como uma das principais faces da expansão econômica da era Lula. Além do recorde no emprego, a renda do trabalhador vem crescendo a uma média de 5% ao ano, já descontada a inflação.
"O movimento se intensificou a partir de 2005, com queda do desemprego, aumento do emprego formal e maior poder de compra", diz Cimar Azeredo, gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE.

Segundo ele, o nível de desemprego caiu 45% nos últimos oito anos e as oportunidades são cada vez mais dominadas por pessoas de maior escolaridade, um efeito "positivo" e que demonstra a "qualificação" do mercado.

A participação dos trabalhadores com mais de 11 anos de estudo saiu de 16% do total em 2001 para 46% em 2009. "Estamos vivendo um mercado vigoroso, sem picos", diz Azeredo.
Crescimento econômico

Por trás da expansão do emprego e da renda está um crescimento econômico que, está acima da média do país, considerando a inflação sob controle. Nos oito anos da era Lula, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu a uma média anual de 4%, enquanto nos oito anos de Fernando Henrique Cardoso essa expansão foi de 2,3%.

Cláudio Dedecca, economista da Unicamp diz que os resultados dos últimos oito anos foram também turbinados por uma forte política de transferência de rendas, tanto por meio do Bolsa Família como também do aumento do salário mínimo acima da inflação.

Como conseqüência, a classe média - formada por famílias com ganhos de R$ 1.064 a R$ 4.591 - cresceu 44% em oito anos, tornando-se um dos principais símbolos da economia na era Lula e a classe majoritária no país, representando mais de 50% da população.
Em oito anos, o consumo entre os integrantes da classe C cresceu 6,8 vezes e quase se igualou às despesas das classes A e B somadas, segundo o IBGE.

Desafios

O mesmo crescimento que marcou os anos Lula e fez disparar o consumo no país também deixa alguns desafios à nova presidente.

Se por um lado coube a Lula tirar a economia do marasmo e dar poder de compra a milhões de brasileiros, Dilma Rousseff terá a tarefa de "aperfeiçoar" esse processo, segundo economistas.

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