segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Candidato tucano Alckmin viaja 67 dias em um ano com dinheiro do cofre público...e ninguém diz nada.


Um ano após embarcar no governo José Serra (PSDB), o ex-governador e atual secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, pré-candidato tucano para a sucessão estadual, passou mais de dois meses em visitas no interior e Grande São Paulo. Foram 67 dias em viagens até anteontem - sem contar idas ao exterior e a outros Estados -, totalizando 99 eventos em municípios de todas as regiões, uma média de dois compromissos por semana. O ex-governador, que tenta voltar ao cargo, disputa a vaga do PSDB com o secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, que tem um ritmo de viagens bem mais modesto .
A maratona de Alckmin a 88 cidades amplia sua popularidade no interior e viabiliza a candidatura à sucessão de Serra. As andanças são estimuladas pelo próprio governador, que vê nisso um meio de dar visibilidade às ações de governo. A pasta de Alckmin é responsável por uma das vitrines da gestão - o plano de expansão de escolas técnicas e faculdades de tecnologia.
O ritmo frenético de visitas ficou mais intenso de julho para cá. Em dezembro, Alckmin bateu seu recorde, com 23 municípios visitados, quase um por dia. Dois dias antes do Natal, passou por três cidades - Ibaté, Torrinha e São Pedro - para assinar convênios para implantação de escolas técnicas. Mas esse não foi o dia mais intenso. Anteontem, o ex-governador esteve em quatro cidades - Angatuba, Taquarivaí, Itararé e Itapeva - anunciando a liberação de R$ 1,6 milhão para reforma de escolas. No início do mês havia feito outra via-sacra por Ibirá, Elisiário, Pindorama e Ariranha em apenas um dia.
A situação política do ex-governador dentro e fora do PSDB também é bem diferente de dois anos atrás. Além de reaproximar-se de José Serra, com quem teve uma queda de braço na eleição de 2008, ele tem visto crescer a aceitação de sua candidatura ao governo estadual pelo eleitorado.
Desde que assumiu o cargo, Alckmin teve uma escalada de quase 10 pontos porcentuais nas pesquisas de intenção de voto. Sondagem realizada pelo Instituto Datafolha de março de 2009 mostrava o ex-governador com 41% a 46%. Na última pesquisa, feita em dezembro, ele aparece com, no mínimo, 50% dos votos, chegando a 56% em um dos quadros - o que lhe garantiria vitória no 1º turno.
Movimento ‘decisivo’
“Sob o ponto de vista político, a ida para o governo foi decisiva. A secretaria voltou a dar a ele visibilidade e mostrou que há unidade entre ele e Serra. Isso é muito importante porque na última eleição o eleitor ficou um pouco confuso pelo que aconteceu em São Paulo”, afirmou o deputado Edson Aparecido (PSDB), coordenador da campanha de Alckmin em 2008.(Os dados são do jornal da Tarde)
NOMES NO PÁREO
PT
Principal adversário dos tucanos na disputa da sucessão estadual, o PT se divide entre uma chapa encabeçada por Ciro Gomes (PSB) - opção preferida de Lula - e as pré-candidaturas, não assumidas, da ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy, e do senador Aloizio Mercadante
PP
Em reunião a portas fechadas realizada em outubro passado, os 21 membros da Executiva Estadual do PP em São Paulo escolheram, por unanimidade, o deputado federal Celso Russomanno como pré-candidato da legenda ao governo paulista
PPS
Dois meses antes, em agosto, o PPS havia confirmado o lançamento da pré-candidatura de Soninha Francine, ex-vereadora e atual subprefeita da Lapa, ao governo do Estado


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