terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Padilha ataca “legado maldito”. Começou bem !



Padilha pode calcar na Segurança, como o Haddad calcou nos Transportes.

 

No primeiro dia de candidato a Governador de São Paulo, o ex-Ministro da Saúde, pai do “Mais Médicos”,  ergueu o punho, como André Vargas ao lado do Presidente Barbosa.

Padilha criticou os governos tucanos de Minas e São Paulo, que se aliaram aos médicos do Sírio para combater o “Mais Médicos”:

“Um de seus líderes deu uma demonstração de absoluta falta de sensibilidade com o sofrimento humano, ao afirmar que não faltavam médicos no Brasil e no seu Estado”, disse Padilha.

(Quem será ?)

O melhor, porém, estava por vir.

Ele falou – por elipse – do Príncipe da Privataria e sua herança:

“Em três anos conseguimos reverter legados malditos, fruto da ausência de uma política industrial nesse país, nos anos 90”.

Começou bem !

A expressão “herança maldita” apareceu logo no início do primeiro mandato de Lula, por iniciativa do José Dirceu.

Rapidamente sumiu do vocabulário petista.

O PT caiu no conto da “transição civilizada” do Fernando Henrique.

Chegou a sufocar a CPI do Banestado para proteger os tucanos e evitar uma crise “governabilidade”.

Padilha tinha começado mal.

Foi quando curvou-se à Folha (*) diante de uma mentira: a de que beneficiava uma ONG de que seu pai (um herói !)  participava, sem remuneração.

É possível que o Palocci lhe tenha dito que não adianta se ajoelhar diante do PiG (**).

Quanto mais você se ajoelhar, mais vai apanhar.

Ainda mais que a Big House não se permitirá perder a donataria que, por vinte anos, controla em São Paulo.

Já imaginou o Padim Pade Cerra sem o encosto de São Paulo ?

Parece que a ficha do Padilha caiu.

Nunca o PT teve tanta chance de ganhar como agora em São Paulo, onde o filho do Governador é alvo de uma tentativa de sequestro e se vê no meio de um tiroteio.

São Paulo é a locomotiva que os tucanos emperraram.

A renda do Rio é maior do que a de São Paulo.

A participação de São Paulo no PIB diminuiu.

São Paulo corre o risco de ser dominado por duas indústrias que não empregam – os bancos e a cana de açúcar.

E, pela primeira vez desde 1950, não há um paulista candidato a Presidente (se o Cerra não conseguir produzir um dossiê contra o Aécio, como aquele se converteu no livro “Privataria Tucana”).

A herança tucana é maldita.

Denunciar isso dá voto.

Na capital e no interior.

Padilha pode calcar na Segurança, como o Haddad calcou nos Transportes.

Quando voltar a morar em São Paulo, Padilha vai compartilhar do sentimento predominante de todos: o medo, a insegurança !

Não tem Polícia !

Quem pode ficar chateado é o Naji Nahas, beneficiado pelo mais generoso gesto do atual Governo tucano, aquele de Pinheirinho !

Em Pinheirinho, para dar posse ao mago das finanças, a Polícia demonstrou eficácia exemplar: contra os pobres !

(Com a ajuda providencial da Juíza Marcia Loureiro, é claro !)

Padilha vem aí de jaleco branco.


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.


http://www.conversaafiada.com.br/politica/2014/02/04/padilha-ataca-%E2%80%9Clegado-maldito%E2%80%9D-comecou-bem/ 

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