quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Prestígio de Lula sobe e juristas aplaudem críticas à imprensa golpista.



29/9/2010 15:05, Por Redação, de São Paulo

A aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu para 79,4% e atingiu novo recorde na série histórica da pesquisa CNT/Sensus, divulgada esta manhã. Essa foi a taxa somada de avaliação positiva verificada pelo levantamento entre os dias 26 e 28 deste mês. Na pesquisa anterior, feita entre 10 e 12 de setembro, a aprovação ao governo era de 78,4%. A aprovação pessoal de Lula, porém, recuou dos 81,4% verificados no início do mês para 80,7%.

O prestígio de Lula segue em alta mesmo após pesadas críticas da mídia conservadora e intelectuais da direita acerca de um comentário do presidente sobre a atuação de veículos da comunicação que integram o grupo chamado Partido da Imprensa Golpista (PIG, ou porco, na sigla em inglês). Em apoio a Lula, um grupo de juristas, que inclui o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, Dalmo Dallari e o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, lançou em São Paulo, nesta manhã, a Carta ao Povo Brasileiro, cuja finalidade é responder às críticas feitas ao governo e ao presidente pelo Manifesto pela Democracia, divulgado no último dia 22. Segundo os 64 signatários, “nos últimos anos, com vigor, a liberdade de manifestação de ideias fluiu no País. Não houve um ato sequer do governo que limitasse a expressão do pensamento em sua plenitude”.

Os juristas, no texto, repudiam as críticas do Manifesto segundo as quais o presidente da República estaria ignorando a Constituição ao misturar as funções presidenciais com as de líder do PT e ao jogar a opinião pública contra os veículos de comunicação. “Não se pode cunhar de autoritário um governo por fazer críticas a setores da imprensa ou a seus adversários, já que a própria crítica é direito de qualquer cidadão, inclusive do presidente”, consigna o documento.

Na abertura, o documento afirma que “em uma democracia, todo poder emana do povo, que o exerce diretamente ou pela mediação de seus representantes eleitos…” Pouco adiante, sustenta que “em uma democracia as decisões populares são preservadas por instituições republicanas e isentas” – e menciona “o Judiciário, o Ministério Público, a imprensa livre, os movimentos populares, as organizações da sociedade civil, os sindicatos, dentre outras”.
Em oito parágrafos, a Carta afirma que o governo “jamais transigiu com o autoritarismo” e “não se deixou seduzir pela popularidade a ponto de macular as instituições democráticas”. Enfatiza, também, que o governo “sempre escolheu para chefe do Ministério Público Federal o primeiro de uma lista tríplice elaborada pela categoria e não alguém de seu convívio ou conveniência”.


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