quarta-feira, 16 de março de 2011

Serra perde a sapatilha de R$ 300 milhões no governo Alckmin



José Serra (PSDB/SP) é apreciador de balet. Sua esposa era bailarina no Chile. Quando foi governador resolveu realizar um sonho de Cinderela: construir uma sede faraônica para a "São Paulo Companhia de Dança".
Para fazer o projeto, o demo-tucano contratou SEM LICITAÇÃO um famoso escritório de arquitetura suíço, remetendo divisas para pagar os serviços.
A maquete ficou pronta e o projeto era a "menina dos olhos" do ex-governador.
Já a obra, estimada em cerca de R$ 300 milhões (orçamento inicial, antes dos tradicionais aditivos) ficou para o sucessor fazer.
Quando soou as 12 badaladas da meia-noite do fim do governo, o sonho de Cinderela virou abóbora, e a sapatilha de Serra ficou perdida nas escadarias do Palácio dos Bandeirantes.
O projeto virou mais um foco de desavença entre os dois tucanos.
A equipe econômica que assumiu o governo Alckmin (PSDB-SP) enxerga um elefante branco no projeto. Caro para construir, caro demais para manter, e com expectativa de servir apenas a um público seleto e pequeno para tamanho espaço e investimento.
A última incursão demo-tucana de um projeto semelhante, aconteceu no Rio de Janeiro, quando o ex-prefeito Cesar Maia (DEMos/RJ) construiu a "Cidade da Música", uma pretensa casa de ópera e música clássica (apesar do Rio dispor de pelo menos 3 espaços do gênero, subutilizados), que causou um rombo de mais de meio bilhão nos cofres públicos, não conseguiu acabar as obras, está parada e inacabada, e levou o ex-prefeito a virar réu em ação movida pelo ministério público.

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