quinta-feira, 10 de março de 2011

Vitória da Beija-Flor é criticada por adversários


Um dos maiores críticos foi Paulo Barros, da vice-campeã Unidos da Tijuca.
Coreógrafo da Vila Isabel também reclamou de algumas notas de jurados.

A vitória da Beija-Flor de Nilópolis, com o enredo sobre Roberto Carlos, causou muita polêmica e críticas de integrantes de outras escolas, na tarde desta quarta-feira (9), na Marquês de Sapucaí, quando foram divulgados os resultados dos desfiles.

Um dos críticos mais ácidos e irônicos era o carnavalesco Paulo Barros, da Unidos da Tijuca, campeã de 2010. “Para o carnaval do próximo ano, queria fazer Madonna, mas acho que vou fazer Neguinho da Beija-Flor”, disse, dando uma gargalhada. A Unidos da Tijuca foi a vice-campeã.

“A bateria da Mangueira jamais poderia levar nove. Foi a mais bonita que vi passar na avenida. Isso aqui está parecendo o caldeirão do inferno. O que dá medo são os votos”, afirmou Barros, ao fim da apuração.

O carnavalesco ainda alfinetou: “A Comissão de frente da Beija-Flor não poderia levar dez porque tinha outras melhores”. Casagrande, mestre de bateria da Unidos da Tijuca, foi outro crítico ferino dos jurados.

“O carnaval tem que tomar outro rumo em relação aos jurados. Os nomes dos julgadores deveriam ser sorteados aqui, na hora, para evitar qualquer suspeita de comprometimento com qualquer escola”, declarou.

O coreógrafo da Unidos de Vila Isabel, Marcelo Misailidis, escola que ficou em quarto lugar, foi outro que criticou algumas notas dos jurados. “Fiquei estarrecido com a nota que a nossa comissão de frente recebeu. Fomos uma das poucas que veio no chão com as características estéticas e os itens obrigatórios do requerimento da Liga. Vi outras que não cumpriram e tiveram notas melhores”, analisou.

Laíla, da comissão de carnaval da Beija-Flor, foi enfático ao saber das críticas à sua escola. “Venceu a melhor. A gente fez um grande carnaval e estou feliz da vida. E a comunidade é tudo o que tenho no meu coração. E isso é resultado de muito trabalho”, afirmou.

O intérprete do samba da azul e branco de Nilópolis, Neguinho da Beija-Flor, também fez questão de defender sua escola. “Fizemos uma desfile com muito profissionalismo. A Beija-Flor é uma família com muita responsabilidade. Foram horas e ensaio com a bateria, as alas, tudo para apresentar o melhor”, disse.

Neguinho ainda elogiou o homenageado no enredo. “O carinho do Roberto Carlos com a escola, a comunidade, foi fundamental. Ele acompanhou tudo de perto, opinou sobre o que poderia ou não abordar. Aquela multidão que invadiu a pista no final do desfile foi uma coisa inédita. Uma coisa linda”.

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