A Rede Energia, quando já estava em estado falimentar em 2010, recebeu da Caixa Econômica Federal (CEF) um aporte de R$ 600 milhões com recursos do FGTS: uma transação temerária com o dinheiro do trabalhador.
O BNDES e a CEF têm 41% do capital do Grupo Rede (16% e 25%, respectivamente). Jorge Queiroz de Moraes Jr., tem 29%.
Os outros 30% pulverizam-se no mercado. Quem estiver nesse varejo constatará que o ativo em passivo se fez: a Rede Energia, como fez com a Celpa, negocia vender-se por R$ 1 à Equatorial Energia e a CPFL, que assumirão uma dívida bilionária.
> O que houve com o Grupo Rede?
A pergunta que eu desejaria ver respondida: como é que uma empresa com os números abaixo em seu portfólio chega à insolvência? Alcances contábeis indevidos? Gestão temerária?
> Sócio majoritário pede recuperação judicial do Grupo
Como fez com a Celpa, o Grupo Rede começou o ritual: na sexta-feira (23) Queiroz protocolou, em São Paulo, pedido de recuperação judicial para tentar reduzir a dívida. Ato contínuo, a CPFL e a Equatorial pedirão à Aneel as mesmas concessões deferidas à Celpa e a operação será concretizada.
> Negócios privados com dinheiro público
Os olhos dos Ministérios Públicos e da imprensa, voltados somente às traquinagens dos políticos, não se voltam aos prejuízos que negócios privados com dinheiro público protagonizam no Brasil: caso esses valores fossem levantados as peripécias dos políticos seriam troco.
Agora mesmo, a Aneel acaba de fazer outro favor à Celpa: dispensou-lhe as multas que já foram geradas e que ainda poderão surgir até 2015 (é o primeiro caso de dispensa futura que eu ouço falar). Esse valor pode chegar a R$ 300 milhões e poderia ser usado na melhoria do sistema no Estado.
> Ao consumidor, o aumento da conta
Para resumir a ópera, nessa história do Grupo Rede, todos os envolvidos ganham uma luz, mas o consumidor final só ganhou um considerável aumento na sua conta de energia.
http://pjpontes.blogspot.com.br/2012/11/mesmo-sabendo-do-estado-falimentar-cef.html
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