sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Carta Capital: para a ONU, “o Brasil faz um grande trabalho de combate à corrupção”


Stuart Gilma: corrupção não tem segunda change

A opinião é do americano Stuart Gilman, chefe da iniciativa anticorrupção da ONU e do Banco Mundial, em entrevista a Cyanara Menezes:
Os brasilienses não deveriam ter dado uma segunda chance ao José Roberto Arruda.
Penso no Brasil há 30 anos e é um país muito diferente hoje. Para ser bem honesto, 25 anos atrás, quando eu vinha aqui, ninguém estava interessado. Atualmente, coisas impressionantes têm sido feitas na luta anticorrupção.
O ministro Jorge Hage Sobrinho é um líder global, seu trabalho na CGU (Controladoria Geral da União) é reconhecido mundialmente.
O portal da transparência, onde os cidadãos podem ver onde o dinheiro público supostamente deve ser gasto, foi uma excelente idéia que se tornou um modelo para outros países.
O Brasil está fazendo um grande trabalho, de verdade. E é também verdade que ainda há muito por fazer.
CC: O Brasil está mais corrupto ou se descobre mais?
SG: Descobre-se mais. As pessoas estão chateadas com essa história de em Brasília, mas o que é realmente grande sobre ela é como veio à tona, com a polícia descobrindo tudo.
No passado só os jornalistas, se eram muito sortudos, descobriam algo assim. Agora é o governo quem está jogando um papel ativo em revelar a corrupção.
A boa notícia é que não é só no Brasil, é um movimento global. E é apenas o quarto ano de celebração do dia mundial anticorrupção.
Um outro aspecto desta luta ao qual não se presta atenção é construir integridade.

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