José Serra (PSDB) disse que quer discutir "valores" e "mensalão" no 2º turno.
Podia começar discutindo os "valores" de R$ 452 mil que seu chefe da
campanha de 2002 recebeu de Marcos Valério. Pimenta da Veiga, do PSDB de
Minas (onde nasceu o "mensalão"), foi Ministro das Comunicações de
FHC, entre 1999 até sair do cargo em 2002 para ser o chefe da
coordenação de campanha de José Serra à presidente em 2002.
Quando Pimenta da Veiga era ministro das Comunicações, as agências de
Marcos Valério entraram nos Correios (estatal ligada ao Ministério). O
governo Lula encontrou os contratos em vigor.
O relatório do delegado Zampronha da PF, do inquérito complementar ao
"mensalão" rastreou pagamentos totalizando R$ 300 mil de Marcos Valério
para Pimenta da Veiga.
Na CPI dos Correios, também havia sido identificado outro pagamento de
R$ 152 mil para o ex-ministro tucano, conforme deu no jornal Valor
Econômico, abaixo.
A explicação chega a ser surreal: o tucano diz que prestou serviços
advocatícios, mas recebeu honorários através de um contrato de mútuo,
como se tivesse tirado um empréstimo, para Marcos Valério pagar como
fiador.
Cadê uma investigação profunda desses fatos, hein Dr. Gurgel e Dr. Joaquim Barbosa?
28/07/2005 - 12h20
Valério avalizou empréstimo de Pimenta
BRASÍLIA - Dados em poder da CPI Mista dos Correios revelam uma estreita
ligação entre o ex-ministro das Comunicações no governo Fernando
Henrique Cardoso, Pimenta da Veiga, e o empresário Marcos Valério de
Souza, acusado de ser o operador do mensalão. Um
contrato de mútuo em poder do Valor comprova que Pimenta fez um
empréstimo no Banco BMG de R$ 152.045,00, onde figura como devedor.
Marcos Valério e sua esposa, Renilda Maria Santiago, aparecem como
devedores solidários.
O contrato foi firmado em 31 de março de 2004 e tem com garantia uma
nota promissória de R$ 195 mil, onde Pimenta é o emitente e Valério e
Renilda são avalistas. " Isso é algo novo, demonstra uma relação além da prestação de serviços de advogado
que o ex-ministro diz ter feito e que teria garantido o recebimento de
R$ 150 mil. Temos que investigar a fundo " , afirmou o deputado José
Eduardo Cardozo (PT-SP).
O ex-ministro negou veementemente qualquer irregularidade, e disse que
esse mútuo se refere à prestação de serviços advocatícios à SMPB. " A
empresa sempre foi considerada uma das mais sérias de Minas Gerais e parte
do valor da prestação do serviço foi transformado neste mútuo, que foi
pago em uma parcela de R$ 20 mil e outras dez de R$ 17,3 mil, a última vencendo no início deste ano " , afirmou o ex-ministro tucano...
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