Toda eleição de que José Serra participa é a mesma coisa: por não ter
o que oferecer como administrador ele desanda a traficar preconceito e
ignorância, drogas que tenta fazer a população consumir de forma a
esquecer a discussão – vital em processos eleitorais – sobre os
problemas e os projetos administrativos a que os políticos devem dar
respostas.
Devido aos fracassos nos quais suas gestões sempre desembocam, Serra
adotou essa muleta política. Para tanto, aliou-se a picaretas que
exploram a fé religiosa de incautos de forma a enriquecerem. E que, para
tanto, instigam preconceito contra homossexuais.
A pregação desses picaretas criou hordas de fanáticos que passam a
usar até a violência física para oprimir a livre e legítima manifestação
da orientação sexual de outros cidadãos, os quais o fanatismo pretende
que dissimulem a própria natureza para não “incomodarem” quem dissente
de suas opções de vida.
De 2010 para cá, devido ao incentivo de Serra à intolerância
religiosa, no Estado em que ele tem maior força eleitoral explodiram os
ataques violentos a homossexuais. Nesse contexto, a cidade de São Paulo
se transformou na capital nacional da homofobia, sendo a Avenida
Paulista o palco principal desse tipo de violência.
Com a explosão de ataques a homossexuais na capital paulista, o
governo federal vem agindo no sentido de educar crianças nas escolas a
fim de que não se tornem adolescentes e adultos violentos, tentando
assim minimizar a pregação em templos religiosos que termina por
estimular esse tipo de comportamento.
Na eleição municipal deste ano, ao constatar que a população
paulistana rejeita seu caótico legado administrativo, o candidato tucano
apela novamente ao estratagema que fez explodir a intolerância e a
violência em São Paulo há dois anos.
Eis que ressurge no cenário político um “pastor” homofóbico cuja
pregação constitui sugestão de agressão física a homossexuais e que
explora tentativa do governo federal de conter a violência tentando
fazer seus “fiéis” acreditarem que esse governo, através de seu então
ministro da Educação, tentou induzir crianças a se tornarem
homossexuais.
Enquanto isso, imprensa e autoridades assistem impassíveis à atuação
criminosa de um candidato que, com sua pregação, induz até crimes de
morte.
Jornais como Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, bem como a
revista Veja, repercutem a acusação cientificamente descabida de Serra e
de seus aliados de que o candidato Fernando Haddad, enquanto ministro,
teria tentado induzir crianças a fazerem sexo homossexual.
É uma aberração, esse discurso. A ciência já provou, sem a menor
sombra de dúvida, que ninguém pode ser induzido a gostar do sexo oposto
ou do mesmo sexo. A sexualidade humana, conforme todos os estudos
comprovam, depende de fatores inconscientes, alheios à vontade racional
do indivíduo.
Graças a Serra e à grande imprensa, São Paulo vai se tornando
território hostil a homossexuais, ficando carimbada como a capital
brasileira da ignorância e do preconceito. Além de instalar o caos na
saúde, na educação, no transporte e na segurança, Serra ainda
envergonhará a cidade diante do mundo caso eleja alguém com esse
discurso medieval.
http://www.blogdacidadania.com.br/2012/10/serra-tenta-fazer-de-sao-paulo-a-capital-mundial-da-homofobia/
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