Caro senador Aécio Neves, imagino que o senhor não conheça este escriba e talvez nem a Revista Fórum, apesar de
a revista já circular há 12 anos e de eu ter lhe encontrado
recentemente no Aeroporto de Congonhas. Sentamos frente a frente no
saguão e vossa excelência me olhou umas quatro ou cinco vezes de
soslaio. Eu fiz de conta que não percebia e me mantive concentrado no
tablet. Depois pegamos o mesmo ônibus que nos levou ao avião. Íamos
para o Rio de Janeiro. Aliás,
parece que vossa excelência gosta muito da capital carioca. Eu também
sou fã. E se tivesse as mesmas condições econômicas que o senhor não
resistiria a viver boa parte do meu tempo por lá. Mas o que me motiva a
escrever este post não é o Rio. E outra coisa.
Assisti a uma recente inserção de TV do seu partido e vi que vossa
excelência está aberta ao diálogo. Diz algo assim: “Sou Aécio Neves,
vamos conversar”. Achei ótima a iniciativa. E por este simples blogue,
lhe digo: “Sou o Renato Rovai e aceito o convite”. Quero conversar com
vossa excelência.
E aproveito para lhe dizer que irei lhe enviar oficialmente essa
solicitação de conversa. Acho que vou falar em entrevista, porque
talvez a sua assessoria não entenda o espírito da coisa. Mas que fique
claro, será um bate-papo. Aliás, um papo reto (o senhor tem usado este
termo) transmitido pela web. No qual farei algumas perguntas sobre
temas que me parecem muito importantes. Na sequência, seguem alguns
temas das perguntas. Ah, claro, vou abrir para os internautas poderem
falar com o senhor. É assim que funciona na lógica do papo reto. As
pessoas não ficam com esse lenga-lenga do script televisivo, onde tudo é
meio que combinado antes. Por isso não posso lhe garantir que tratarei
apenas dos temas abaixo. Mas, confio no seu espírito democrático. E na
sua boa intenção e sinceridade ao nos convidar para conversar. E fazer
um papo reto.
Pautas para a conversa.
- As privatizações no governo Fernando Henrique e o custo delas para o Brasil.
- O mensalão mineiro.
- Supostos desvios de recursos da saúde no governo de Minas Gerais.
- A investigação do cartel do metrô no governo de SP.
- Os motivos que levaram o PSDB a ser contra o Bolsa Família no início do governo Lula.
- Por que o PSDB é contra o Mais Médicos.
- O silêncio da mídia mineira em relação ao governo de Minas,
denunciado como censura econômica por vários jornalistas e movimentos
sociais.
- Os motivos que lhe levaram a rejeitar a usar o bafômetro numa blitz no Rio de Janeiro.
- O que o senhor achou daquele texto em espaço editorial, assinado por
Mauro Chaves, no jornal O Estado de S. Paulo, cujo título era “Pó
parar, governador”.
- Qual a sua real opinião sobre o ex-governador José Serra. É verdade
que o senhor e ele têm dossiês impressionantes um contra o outro?
Listei apenas 10 pontos iniciais. Mas como na internet não há limite de
tempo, podemos ficar horas conversando. Papo reto, senador. Sem papas
na língua. Que tal?
Então, só pra finalizar, vou imitá-lo.
E aí, senador Aécio Neves, vamos conversar?
http://contextolivre.blogspot.com.br/2013/09/e-ai-aecio-neves-vamos-conversar.html
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