A ex-governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius (PSDB) voltou a ser
ré em ação de improbidade administrativa que tramita na 1ª instância da
Justiça Federal. A ex-governadora é acusada de envolvimento no desvio de
R$ 44 milhões no Detran gaúcho entre 2003 e 2007, em esquema de
corrupção investigado pela Operação Rodin, da Polícia Federal (PF).
Outras oito pessoas também estão envolvidas no desvio e respondem à
ação.
A segunda turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu nesta
terça-feira os embargos de declaração movidos pelo Ministério Público
Federal no Recurso Especial 1216168/RS, contra decisão anterior
favorável a Yeda Crusius, que alegava que, como agente político, não
poderia ser acusada de improbidade administrativa.
Além disso, argumentava que os juízes de primeiro grau não têm
competência originária para processar e julgar governadores por atos de
improbidade, prerrogativa que seria apenas do STJ.
O subprocurador-geral da República Aurélio Rios, responsável pelo
parecer do MPF acolhido pela segunda turma do STJ, argumentou que, em
julgamento anterior, a Corte Especial do STJ decidiu que "os agentes
políticos - com exceção do Presidente da República -, não estão imunes à
responsabilização por atos de improbidade administrativa, estando
submetidos à Lei nº 8.429/92".
Aurélio Rios ainda lembrou que Yeda Crusius não ocupa mais o cargo de
governadora e tal fato tem implicação direta na ação, uma vez que o STJ
não detém competência originária para processar e julgar ação de
improbidade intentada contra ex-ocupante do cargo que atraía o foro
especial.
Por esse motivo, o subprocurador solicitou o retorno dos autos
principais à primeira instância para regular julgamento da ação de
improbidade administrativa.
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2013/09/ex-governadora-do-psdb-e-acusada-de.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário