segunda-feira, 22 de março de 2010

Não deu no Jornal Nacional: mega manifestação de professores de SP tomaram as ruas na região da Paulista e da Consolação.


Fotos: Leandro Moraes, UOL

“Sindicato diz que reuniu 60 mil em caminhada da Paulista à praça da República, na capital. Por reajuste e revisão no plano de carreira da categoria, docentes mantêm greve na rede estadual.
Suzana Vier, Rede Brasil Atual
Professores da rede de escolas estaduais fizeram, na tarde desta sexta-feira (19), uma assembleia e uma caminhada da avenida Paulista até a sede da Secretaria de Educação de São Paulo, na praça da República. Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), 60 mil manifestantes participaram – 8 mil, segundo a Polícia Militar –, ocuparam todas as faixas nos dois sentidos da avenida Paulista para a realização de assembleia.
Os trabalhadores decidiram pela continuidade da greve e marcaram nova assembleia para a próxima sexta-feira (26), desta vez em frente ao Palácio dos Bandeirantes – sede do governo paulista, no bairro do Morumbi. Para a ocasião, a expectativa dos sindicalistas é de reunir 100 mil pessoas para pressionar o governo a negociar.
A passeata até a praça da República, onde fica a secretaria, ocorre pela pista no sentido centro. O objetivo dos manifestantes seria ter uma comissão de trabalhadores e sindicalistas recebida pelo secretário Paulo Renato. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, os manifestantes não podem ser recebidos por Paulo Renato, que despacha fora da Secretaria.
A categoria reivindica 34,3% de reajuste salarial, calculado a partir do acumulado de anos sem aumento. Eles demandam a suspensão da avaliação de mérito e das provas dos professores temporários (ACTs), concurso público, carreira justa e uma política de educação para o estado.
Concentração
Inicialmente, 300 homens e 100 viaturas da Polícia Militar fizeram um cordão de isolamento tentando restringir a manifestação à calçada de um dos lados da via, mas os professores passaram a ocupar as faixas dos dois sentidos da via. Não houve conflito entre manifestantes e policiais.
Segundo a Apeoesp, algumas diretoras de escolas teriam ameaçado os docentes participantes com retaliações e outras formas de pressão. Na quinta-feira (18), o governador José Serra (PSDB) desqualificou a paralisação, chamando-a de "trololó", por ter fins políticos.
Na assembleia, a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, a Bebel, admitiu que a greve é política. "Mas se há um partido a defender, é o 'partido do magistério paulista'", afirma. Ela contestou ainda declarações do secretário Paulo Renato, que alega não ter recebido demandas de negociação.
Segundo Bebel, diversos ofícios têm sido protocolados nos últimos anos, mas os representantes da categoria não foram atendidos. Além disso, o fato de a categoria ter ido à sede da secretaria reforça a busca dos professores por negociação.Para João Felício, secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhos (CUT), não adianta o governo dizer, na imprensa, que os professores não negociam, porque a Apeoesp tem uma história de diálogo. "Mas desde que o PSDB entrou no poder, não foi mais possível negociar, o governo só entende a linguagem da greve", disparou.
”Matéria Completa, ::Aqui::


Nenhum comentário: