sexta-feira, 26 de março de 2010

Serra parte para violência e manda polícia bater nos professores.


Professores do Estado de São Paulo, em greve, que tentavam se dirigir para o Palácio dos Bandeirantes, para que uma comissão de professores fosse recebida para negociar, encontraram pela frente a violência da tropa de choque da Polícia Militar.

A PM entrou em confronto com manifestantes, atacando com gás pimenta, bombas de efeito moral e balas de borracha.
Professores desceram a rua Giovanni Gronchi correndo.

Alguns estudantes tentaram reagir atirando pedras contra os policiais, que vão afastando os manifestantes do local de protesto.

A ação policial provocou desmaios e há um número incerto de pessoas machucadas. Alguns professores tentam encontrar lugar a salvo da ação da PM, e outros socorrem os feridos.
A Apeoesp utiliza seu caminhão de som para tentar chegar ao ponto de negociação e dar proteção aos manifestantes.
No carro de som, a Apeoesp pede para os professores recuarem.

Professores em greve tentam chegar no Palácio dos Bandeirantes. Serra "fugiu" para o interior.

Os professores estaduais em greve no estado de São Paulo, desde o dia 8 de março, encheram os arredores do estádio do Morumbi, na assembléia e manifestação desta sexta-feira (26). Em uma contagem parcial, cerca de 45 mil estavam na região, mesmo com a chuva que caiu.
Na assembléia, os professores decidiram manter a greve.

Dpois, uma parte dos professores subiu até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e lá, segundo informações da Apeoesp, foram agredidos pela PM.

A outra parte permanece nos arredores do estádio.

Muitos professores estão próximos ao primeiro cordão de isolamento na avenida Giovanni Gronchi ou encurralados nas ruas laterais.

Antes, os professores haviam recebido a informação de que uma comissão de negociação seria recebida pelo secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira. No entanto, essa reunião ainda não está descartada. Um grupo de deputados estaduais está neste momento nos Bandeirantes tentando abrir um canal de comunicação.

O governador José Serra (PSDB/SP), "fugiu" para o interior. Ficou à distância de 560km da capital, em Presidente Prudente, usando como desculpa, para não receber os professores, uma "inauguração".

Polícia atrapalha ônibus de chegarem à manifestação

O ato, que estava previsto para começar às 15h, atrasou pois vários ônibus que vinham do interior não conseguiram chegar até a região. Além disso a chuva atrasou muitos professores da própria capital.

Segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a Polícia Militar fez blitz nas estradas com "revistas" demoradas nos ônibus para esvaziar o protesto. São esperados 200 ônibus de outras cidades para chegar ao número de 100 mil professores que querem que suas reivindicações sejam atendidas pelo governo do Estado.

"Estamos fazendo um pedido para que a PM libere nossos ônibus para chegarem aqui. Se o Serra não está, o vice (Alberto Godman) está e ele pode nos receber. Esperamos que o governo tenha o bom senso de receber os trabalhadores para negociar", disse o secretário-geral da Apeoesp, Fabio de Moraes, antes da manifestação.

De acordo com informações, a Polícia Militar fez um bloqueio na praça Vinicius de Morais para impedir que os manifestantes cheguem à sede do governo paulista. Só em uma das áreas ao redor há 350 policiais e 56 viaturas, além da cavalaria, força tática e a tropa de choque.

"Bota Fora"

A próxima reunião está marcada para o dia 31 de março, às 15h, dia em que o funcionalismo público estadual prepara o 'bota-fora' para o governador José Serra, pré-candidato pelo PSDB à Presidência da República.

Leia mais aqui.

Fotos Gabriela Gasparin do G1.
http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1546560-5604,00-APOS+MAIS+UMA+ASSEMBLEIA+PROFESSORES+DE+SP+DECIDEM+MANTER+GREVE.html

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