O senador Efraim Morais (DEM) é investigado, desde fevereiro, no Supremo Tribunal Federal (STF) por desvio de recursos públicos e fraudes em licitações. Segundo a Procuradoria da República, Efraim teria repassado dinheiro do Senado a empresas de comunicação da Paraíba, sem realizar licitação, para receber em troca a publicação de notícias favoráveis a ele - inclusive sobre sua vida social - no Estado que representa.
O inquérito está nas mãos do ministro Ayres Britto, que já pediu à Polícia Federal diligências. Na petição, o procurador Roberto Gurgel aponta indícios de que o senador do Democratas, interessado em fins particulares, infringiu a Lei de Licitações e a legislação penal ao repassar os recursos no período em que foi primeiro-secretário da Casa, cargo responsável por cuidar da parte administrativa. Gurgel selecionou dezenas de reportagens publicadas a favor do parlamentar, que é candidato à reeleição nas próximas eleições.
Ele esteve à frente d a primeira-secretaria do Senado entre 2005 e 2009. O setor é reduto do DEM. Hoje, o cargo é ocupado por Heráclito Fortes (DEM-PI).
Efraim é suspeito, segundo o inquérito, de ter se apropriado de dinheiro público ou desviado recursos em proveito próprio - a pena para o crime de peculato varia de dois a 12 anos de prisão.
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