A cada dia, vêm à tona novos detalhes de como o procurador Rodrigo de
Grandis engavetou investigações sobre as denúncias de corrupção no
Metrô, na CPTM e em outras áreas do governo tucanos em São Paulo.
Desta vez, a IstoÉ mostra que, desde 2010, ele engavetou oito ofícios do Ministério da Justiça alertando para o cumprimento dos pedidos de cooperação feitos por autoridades suíças sobre o caso Siemens-Alstom.
E mais: a revista conta que, ao longo de três anos, De Grandis também
foi contatado por e-mail, teve longas conversas telefônicas com
autoridades em Brasília e solicitou remessas de documentos.
Como o pedido suíço nunca foi atendido, o Ministério Público daquele
país resolveu arquivar as investigações contra três acusados de
distribuir propinas a políticos tucanos e funcionários públicos.
A IstoÉ acrescenta que, no mês passado, um integrante do Ministério
Público Federal de São Paulo chegou a denunciar a seus superiores que a
conduta de De Grandis “paralisou” por dois anos e meio a apuração contra
os caciques tucanos.
Não é um caso isolado
De Grandis alegou “falha administrativa” para justificar o
engavetamento do pedido. Mas foram oito ofícios encaminhados pelo
Ministério da Justiça, foram os e-mails e conversas. O último dos
ofícios, que chegou à mesa de Rodrigo De Grandis há apenas duas semanas,
acusa o procurador de “nunca” ter dado retorno às comunicações.
O mais grave de tudo é que esse não é um caso isolado, mas a regra em
São Paulo governada pelos tucanos. A cumplicidade do Ministério Público
Federal e do Estadual com os governos tucanos não tem precedente na
história do país e precisa ser investigada e denunciada. E os
responsáveis, como o procurador De Grandis, devem ser afastados do MP.
Esse caso específico está sendo alvo da Corregedoria do Conselho
Nacional do Ministério Público, que abriu uma queixa disciplinar contra
De Grandis.
Em tempo: aproveito e indico a leitura do artigo “Prevaricou De Grandis?”, do advogado Pedro Maciel Neto
http://www.zedirceu.com.br/cumplicidade-do-mp-com-governos-tucanos-nao-tem-precedente-no-pais/
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