segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Os tucanos estão livres para roubar

O TERROR DO NORDESTE

Ex-diretor da Siemens acusa José Serra de envolvimento no esquema do Trensalão
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Depoimento do engenheiro Nelson Branco Marchetti, ex-diretor técnico da Divisão de Transportes da Siemens, à Polícia Federal revela que em 2008 o então governador José Serra (PSDB) pressionou pessoalmente a multinacional alemã a desistir de uma licitação na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Objetivo era permitir que a empresa espanhola CAF saísse vitoriosa em certame para a aquisição de 320 vagões. A Siemens teve de retirar recurso administrativo e medidas judiciais que questionavam a escolha da concorrente, que não tinha as qualificações necessárias. A denúncia é do jornal O Estado de S. Paulo.

Marchetti relatou um encontro que teve com Serra e o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos na época, José Luiz Portella, "em meio a esse período de pressão", durante evento em Amsterdã da International Union of Railways (UIC). "Aproveitei para dizer que entendia que minha empresa estava certa e que não tinha intenção de desistir de recorrer." Em resposta, assegurou, "foi informado por Serra que, se a CAF fosse desqualificada em razão do mandado de segurança impetrado pela Siemens, o governo iria cancelar a licitação ".

Segundo Marchetti, que assinou acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para revelar a ação de carteis no setor metroferroviário paulista, no edital havia exigência de um capital social integralizado que a CAF não possuía. “Mesmo assim, o então governador do Estado (Serra) e seus secretários fizeram de tudo para defender a CAF", afirma o ex-executivo da Siemens. O depoimento de 5 de novembro.

Para demover a Siemens do plano de contestar a qualificação da CAF, segundo o relato de Marchetti, Portella sugeriu que a multi deveria fazer um contrato de subfornecimento.

Marchetti reforçou que houve sim uma "tentativa de formação de cartel com a Alstom". Revelou combinações de preços, ajustes prévios, reuniões reservadas, além de grande empenho de autoridades do governo paulista, na ocasião, em fechar contrato com a CAF. Alega ter explicado a Portella que a Siemens tinha condições de prosseguir sozinha no projeto, não tinha motivos para desistir da licitação. "A CAF foi qualificada e a Siemens apresentou recurso administrativo, que foi negado."

Em um depoimento de seis páginas, Marchetti diz que ocupou o cargo na Siemens entre fevereiro de 2007 e dezembro de 2008. Que era encarregado de manter contato com agentes públicos. Tinha encontros frequentes com Portella e seu vice, João Paulo de Jesus Lopes. Na CPTM, tinha acesso direto ao então presidente, Sérgio Avelleda, que depois se tornou presidente do Metrô, bem como com diretores da CPTM.

Brasil-247

http://wwwterrordonordeste.blogspot.com.br/2013/11/os-tucanos-sao-livres-para-roubar.html

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