domingo, 23 de maio de 2010

É só questão de tempo: Campanha de Serra vai partir para a baixaria oficial, por falta de opção.

Do Blog do Celso Jardim

A campanha de José Serra está sem opção. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
A tentativa de se "camuflar" como pós-Lula não funcionou.
A tentativa de isolar Dilma de Lula, afastando o presidente da disputa eleitoral, também não funcionou.
A tentativa de comparar biografias não lhe favoreceu.A tese do mais "preparado" não convenceu, principalmente pelo desempenho pífio de Serra em entrevistas, e a grosseria com que trata repórteres que perguntam sobre assuntos que lhe desagradam.
A campanha paralela, subreptícia, de baixaria na internet e na imprensa não está trazendo resultados esperados. Pelo contrário, está trazendo desconfiança da população ao candidato demo-tucano. Afinal ele diz uma coisa em público, e seu partido e a turma toda que sai na foto com ele, diz outra, fazendo oposição raivosa anti-Lula pelas costas.
O uso do PIG (imprensa) para desconstruir Dilma está se mostrando improdutivo. O PIG já não tem o mesmo poder de fogo que tinha antes. O povo está mais imunizado contra a manipulação jornalística.
Se Serra elogia Lula, acaba pedindo votos para Dilma, indiretamente.
Se faz oposição frontal, cai mais ainda nas pesquisas e aumenta a própria rejeição. Também perderá palanques estaduais de quem não quer se apresentar ao eleitor como anti-Lula.
Serra está ficando sem alternativas. Mais cedo ou mais tarde, ele partirá para o tudo ou nada, e lançará mão de baixarias, trazendo para o centro da campanha oficial, o submundo dos dossiês e fichas falsas da ditadura, que circulam nas campanhas rasteiras pela internet e em matérias plantadas na imprensa (como fez o jornal Folha de São Paulo).
A última pesquisa do Datafolha já incluiu perguntas para medir a receptividade e impacto que as baixarias provocariam.
Só não se sabe quando recorrerão à baixaria. Se lançarem muito cedo, dará tempo de desmentir. Será um tiro no pé, assim como aconteceu com o senador José Agripino Maia (DEMos/RN) no senado, quando tentou enaltecer a tortura como instrumento de "libertação" da verdade.
Se lançarem a campanha de baixaria muito tarde, Dilma pode crescer demais, e mesmo que boatos plantados afete um pouco, pode ser insuficiente para impedir a vitória. Portanto parece que é a evolução das pesquisas que vai determinar quando Serra partirá para o tudo ou nada.

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