quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Chuva em BH: onde está o prefeito?




Ontem, a Defesa Civil registrou mais de 200 ocorrências em toda Belo Horizonte por conta das chuvas fortes. Foram 43 deslizamentos e 19 desabamentos). Hoje, 9h30, já foram registradas mais de 30 ocorrências. Os bairros do Barreiro (tradicional bairro operário), Caiçara (onde o solo não beneficia a absorção de água), Buritis... a lista é grande. No Caiçara, um desabamento matou um homem de 38 anos. O que precisa mais para o prefeito aparecer? Estava, ontem, no seu gabinete. Aqui reside a diferença entre um gestor de tipo empresarial e aquele que aprendeu o que é ser líder político.
Rudolph Giuliane, quando prefeito de Nova Iorque, vestia seu colete e visitava as áreas em crise que afetava sua cidade. O que isto diz para a população? Que ele está presente, se solidariza, assume a responsabilidade de líder. O que ocorre na sua cidade é responsabilidade dele.
A presença é um importante fator psicológico que ajuda as pessoas a superarem uma perda. Para uma população cristã como a brasileira, está cravada na memória e expressa na parábola do Bom Pastor, aquele que era identificado pelas ovelhas apenas pela voz (porque esteve sempre presente).
Marcio Lacerda poderia ir além: poderia convocar igrejas, associações de bairro e fazer visitas coletivas às áreas afetadas. Poderia organizar os jovens de Belo Horizonte para auxiliarem a Defesa Civil. Seria uma lição de cidadania.
Mas aqueles que acreditam em gestão pública como empresa, ficam no seu gabinete. São racionais em demasia. Nunca pensam em pegar a bola do fundo do gol e colocá-la embaixo do braço para dizer, sem pronunciar uma palavra, que vai liderar a reação. E recuperar a dignidade.



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