sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

PiG anuncia crise na Rocinha. Bom era no tempo do Nem



O Conversa Afiada reproduz e-mail do amigo navegante Bruno Machado sobre a gravíssima denúncia de um jornal piguento (pertence às Organizações (?) Globo) do Rio:pha, agora o PIG quer desmoralizar a Rocinha. Para o PIG a Rocinha já não está mais dando certo (pela visão de São Conrado para Rocinha). Acho que um filhote de urubu já fez ninho lá. Xô mau agouro! E aí PHA, o que o Sr. diria para confortar a Rocinha?


Na noite de 12 de novembro, Ana Cláudia, de 36 anos, foi dormir com o coração cheio de esperança, como qualquer morador da Rocinha. Dois meses após a ocupação policial, ela tenta se equilibrar:
— O faturamento caiu pela metade, e ainda pago mil reais de aluguel. Não pensei que a ocupação afetaria o movimento. Duas manicures deixaram o salão e dispensei uma pessoa que trabalhava na minha casa.
O movimento a que ela se refere diminuiu por conta da proibição de bailes na comunidade, que ainda não têm data para voltar a acontecer.
Para garantir o pagamento das contas, ela baixou os valores cobrados pelos serviços no salão. O preço da escova progressiva caiu de R$ 100 para R$ 75.
— Até pensei em voltar para o asfalto, mas vou esperar. É uma fase de adaptação — acredita Ana Cláudia, que já pensa em vender bijuteria e lingerie no salão Shalon para aumentar a receita do estabelecimento.
Os dias também são de incerteza para Rosângela Jesus Silva, de 48 anos. Dona do Isabella’s Coiffeur, na Via Ápia, principal rua de comércio local, ela acreditava que a freguesia aumentaria após a ocupação. Hoje, chora ao lembrar que há dias em que atende apenas uma pessoa. A média diária era de 30 clientes.
— Aos sábados, fechava à meia-noite. Essa semana, fui embora às 21h. Aos poucos, vejo meu sonho acabar — diz, com lágrimas nos olhos.
Dona do salão há oito anos, ela procura alternativas.
— Já pensei em levar a loja para Rio das Pedras. Mas vou procurar um ponto na rua. Ficar no segundo andar pode estar atrapalhando — planeja a comerciante.
A crise na Rocinha não se restringe a salões de beleza, nem aos exageros do choque de ordem. Parte dos R$ 10 milhões que o tráfico lucrava mensalmente circulava no comércio local. Esse dinheiro evaporou da noite para o dia. Além disso, os moradores passaram a arcar com os custos da legalização, como o da TV a cabo.


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