Nunca antes na história deste país o comércio vendeu tanto quanto no
Natal de 2013. Os shoppings e as ruas de comércio foram ocupados por
verdadeiras massas humanas. Encontrar vagas nos estacionamentos foi
praticamente impossível. As filas para pagar pelas compras foram
quilométricas. A avidez do consumidor brasileiro continua crescendo sem
parar.
Apesar do que todos os que saíram para comprar sentiram – e
comentaram entre si enquanto esperavam nas lojas para ser atendidos ou
para pagar pelas compras –, os grandes meios de comunicação, no primeiro
dia útil após o Natal, elaboraram manchetes que induzem o público a
crer que o país está terminando 2013 a pão e água.
Como todos neste país, o blogueiro também foi às compras. Enquanto
tentava “laçar” um vendedor para atendê-lo ou enquanto mofava nas
imensas filas que se formaram nos caixas, ouviu várias vezes uma frase
que você, leitor, também deve ter ouvido: “Isso é porque estamos em
crise”.
A frase em questão quer dizer que, apesar de vermos a mídia alardear
diariamente que o país está empobrecido, endividado e estagnado, o que o
cidadão comum percebe em seu dia a dia é que todos estamos com o poder
aquisitivo nos píncaros da glória e que o problema, na verdade, parece
ser falta de oferta de produtos e mais lugares para comprar.
Não foi por outra razão que, segundo o jornal Folha de São Paulo, ao longo de 2013 foram inaugurados nada mais, nada menos do que 38 novos shoppings contra 27 em 2012.
O site Brasil Econômico
mostra que o faturamento desses centros de compras também cresceu bem
em 2013. Em 2012, os shoppings faturaram R$ 119,5 bilhões e, em 2013, R$
132,8 bilhões, um crescimento de 6,95% deste ano para o ano passado
contra um crescimento de 10,65% de 2011 para 2012.
Esse dado desmascara a pegadinha armada pela mídia de oposição ao
governo federal, que distorceu os dados descaradamente para tentar
enganar aqueles brasileiros que foram às compras alucinadamente,
brandindo seus cartões de crédito e débito na esperança de atrair algum
vendedor nas lojas de comércio lotadas.
Matéria de capa da Folha de São Paulo de 6ª feira (27 de dezembro)
diz que “(…) Vendas de shopping ficam estáveis sem levar em conta os
novos empreendimentos (…)”. Com base nessa manobra, o jornal excluiu da
conta os 38 novos shoppings de 2013 sem excluir os 27 novos shoppings de
2012 para, ao fim, concluir que o crescimento nas vendas foi de
“apenas” 2,7%.
Como a cada ano da última década as vendas de Natal sempre superaram
as do ano anterior – e como neste ano não foi diferente –, o dado
concreto é o de que 2013 teve o melhor Natal da história do país.
Em 500 anos, o comércio brasileiro nunca vendeu tanto nesta época do
ano. Mas a tramoia midiática vendeu um crescimento menor nas vendas como
sendo “o pior Natal em 11 anos” quando o correto seria dizer que as
vendas não cresceram em 2013 tanto quanto cresceram nos anos anteriores,
mas que continuam crescendo.
O mais ridículo em tudo isso, porém, está sendo a avaliação de que
teria se “esgotado” o modelo econômico baseado no crescimento do
consumo, o que não passa de uma invenção, pois o modelo de crescimento
do Brasil é baseado na inclusão no mercado de consumo, sendo este apenas
uma decorrência daquele.
Segundo a mídia, o Brasil não tem mais para onde crescer com base na
entrada de consumidores no mercado. É uma sandice tão grande que se
chega a duvidar que tenha sido dita. Como é possível que um país com
tanta gente que não consegue consumir mais do que o básico não tenha
mais como crescer incluindo quem ainda não pode consumir?
Se isso fosse verdade, significaria que o Brasil acabou com a pobreza
e com a miséria, o que, infelizmente, está longe de ser verdade, apesar
da forte inclusão dos mais pobres no mercado de consumo de massas que
os governos petistas começaram a construir ao longo da última década e
que, por certo, está longe de ter chegado ao ponto ideal.
http://www.blogdacidadania.com.br/2013/12/foi-o-melhor-natal-da-historia-mas-a-midia-diz-que-foi-o-pior/
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