quinta-feira, 15 de março de 2012

A crise é no PMDB. Deixa a voz do Lula voltar




O PiG (*) se lambuza na crise na base aliada.


É uma festa.


A troca dos líderes no Congresso, então, é a prova incontestável de que o Governo Dilma, como previsto, vai cair.


Estava o ansioso blogueiro a meditar sobre o próximo elenco do programa “Entre Caspas”, da Globo News, e nos âncoras do TV Folha (é preciso levar todos os colonistas (**) da Folha (***) para o programa – há lacunas imperdoáveis !), quando o passarinho de Brasília pousou na janela lá de casa.


- Que crise é essa ?, pergunta o ansioso blogueiro, sempre ansioso.


- A crise é do PMDB.


- Sim, mas o PMDB é o Governo.


- Você acha ?, pergunta o passarinho com um sorriso matreiro. O PMDB é o que é. O PMDB é o Henrique José Alves e o Eduardo Cunha, na Câmara, dando coletiva em off aos “jornalistas “ do PiG (*), aqueles de sempre.


- Nossa, a Dilma corre sério risco !


- O problema é que o Romero Jucá queria ser presidente do Senado.


- Mas, ele não tem o direito de pretender, depois de tantos serviços que prestou a … quase … todos os Governos ?


- É, tem, mas o Sarney e o Renan não querem.


- E o Sarney e o Renan mandam no Senado ?


- Mandam.


- E o que eles querem?


- O sucessor do Sarney é o Renan.


- Mas, é assim ? Parece o Congresso do Partido da China ! O PSDB de São Paulo !


Mas, o Renan anunciou logo que o Jucá vai ser o relator do Orçamento do ano que vem …


- O Jucá deve ter ficado uma fera, disse o passarinho.


- E por que a Dilma trocou o líder da Câmara ?


- Aproveitou a onda.


- Ela não gosta do Vacarezza ?


- Não é a fã numero um.


- E do Chinaglia ?


- Ele é PT de São Paulo, sabe como é.


- Não sei, não.


- Então, informe-se.


- Calma, passarinho. Mas, o Chinaglia não é candidato a Presidente da Câmara, de novo, e pode melar o acordo de revezamento com o PMDB ?


- Ele não é besta …


- Então vai ser mesmo o Henrique Alves, o sucessor do Maia, é isso ?


- Você é quem está dizendo. No PMDB tudo é possivel. Pode ser até o Dr Ulysses.


- Como é a relação da Dilma com os deputados e senadores ?, pergunta o ansioso.


- Ela é a Dama de Ferro.


- Pensei que fosse a Dama do Petróleo. O que é isso, … de Ferro ?


- Passa tudo pela mão dela. Ela controla tudo. Ela sabe tudo. Nomeação, emenda parlamentar, liberação de verba. Ela traz eles na redea curta.


- Então, essa é a crise.


- Crise ? Meu querido, no PiG (*) tem crise todo dia. Qualquer crise. Da Grécia. Da Raposa Serra do Sol. O motim dos PMs. O dólar. O kit gay. Tudo é uma crise terminal.


- Quem é que está espalhando que o Haddad vai sair ?


- O PiG (*).


- E até quando isso vai durar ?


- Até a voz o Lula voltar. Ele está impaciente.


- E quando a voz dele volta ?


- Já voltou. Ele está só esperando para ver como bate, por onde bate. Já pensou ele sair por aí com aquele papelzinho que o Cerra assinou, dizendo que ia ser prefeito até o fim ? Com o livro do Amaury debaixo do braço ?


- Ele quer ganhar São Paulo, não é isso ?


- Prefeitura e Estado.E lá se foi o passarinho, dessa vez, bem humorado.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.


(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.


(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.


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