Lembram senador Demóstenes Torres (DEM), um dos falsos moralistas do Senado? Em 2008, ele usou a Veja para acusar o hoje deputado Chiquinho Escórcio (PMDB) de arapongagem. A própria PF absolveu o deputado maranhense. No ano passado Demóstenes, baixou o nível contra o presidente do Congresso, José Sarney (PMDB), que reagiu à altura (reveja). Em entrevista a Veja, o ex-governador José Roberto Arruda (Distrito Federal) já tinha informado ter arrecadado dinheiro para campanha do senador e do governador Marconi Perilo (PSDB-GO), outro que acusou Chiquinho de arapongagem (reveja). Agora ambos foram flagrados pela Polícia Federal com estreitas ligações com o bicheiro Carlinos Cahoeira. Leia a reportagem da Época:
Na quarta-feira (29), a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo, com a prisão do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e dezenas de policiais civis e militares, acusados de envolvimento na exploração ilegal de máquinas caça-níqueis em Goiás e na periferia de Brasília. Foram presos também dois delegados da Polícia Federal e o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá. Cachoeira e Dadá foram personagens de alguns dos principais escândalos políticos, como o Caso Waldomiro Diniz.
De acordo com os investigadores, em julho do ano passado Carlinhos Cachoeira deu um generoso presente de casamento para o senador goiano: uma cozinha completa. ÉPOCA ouviu Demóstenes. O senador confirma ter recebido, em seu casamento, um fogão e uma geladeira do casal Cachoeira. “Sou amigo dele há anos. A Andressa, mulher dele, também é muito amiga da minha mulher”, diz Demóstenes.
Segundo o senador, Cachoeira mantém conversa também com políticos de todas as tendências em Goiás. “Depois do escândalo Waldomiro Diniz, eu pensei que ele tivesse abandonado a contravenção, e se dedicasse apenas a negócios legais”, afirma Demóstenes. “Para mim, foi uma surpresa as revelações feitas por essa operação da Polícia Federal.”
Entre os presos na Operação Monte Carlo, o ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Wladmir Garcez, era interlocutor freqüente do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). S
Nas escutas telefônicas, metade da bancada de Goiás na Câmara conversava habitualmente com Cachoeira. Entre eles, o deputado Jovair Arantes, líder do PTB na Câmara. “Eu sempre falei com o Cachoeira, mas não tenho negócios com ele”, afirma Arantes. “Ele sempre foi ligado à política. Eu liguei recentemente para ele, por exemplo, para pedir apoio porque sou candidato à prefeitura de Goiânia. Mas era uma ajuda legal”.
Outro interlocutor habitual de Carlinhos Cachoeira é o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. “Nossas famílias são amigas há muitos anos. Nunca escondi nossa amizade, sempre freqüentei a casa dele. Mas nunca tive negócios com ele”, afirma o deputado Leréia.
Na quarta-feira (29), a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo, com a prisão do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e dezenas de policiais civis e militares, acusados de envolvimento na exploração ilegal de máquinas caça-níqueis em Goiás e na periferia de Brasília. Foram presos também dois delegados da Polícia Federal e o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá. Cachoeira e Dadá foram personagens de alguns dos principais escândalos políticos, como o Caso Waldomiro Diniz.
Segundo a apuração da PF, Carlinhos Cachoeira mantinha forte influência na política goiana. Nas cerca de 200 horas de gravações telefônicas, captadas com ordem judicial, Cachoeira conversa com freqüência e intimidade com deputados federais de vários partidos e com o senador goiano Demóstenes Torres, líder do DEM no Senado Federal.
De acordo com os investigadores, em julho do ano passado Carlinhos Cachoeira deu um generoso presente de casamento para o senador goiano: uma cozinha completa. ÉPOCA ouviu Demóstenes. O senador confirma ter recebido, em seu casamento, um fogão e uma geladeira do casal Cachoeira. “Sou amigo dele há anos. A Andressa, mulher dele, também é muito amiga da minha mulher”, diz Demóstenes.
Segundo o senador, Cachoeira mantém conversa também com políticos de todas as tendências em Goiás. “Depois do escândalo Waldomiro Diniz, eu pensei que ele tivesse abandonado a contravenção, e se dedicasse apenas a negócios legais”, afirma Demóstenes. “Para mim, foi uma surpresa as revelações feitas por essa operação da Polícia Federal.”
Entre os presos na Operação Monte Carlo, o ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Wladmir Garcez, era interlocutor freqüente do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). S
Segundo investigadores, Garcez trocou dezenas de torpedos pelo celular com o governador.
Depois, segundo a polícia, o ex-vereador repassava as informações para Cachoeira. Por intermédio de sua assessoria, o governador Perillo disse que há anos mantém relações políticas com Garcez, com quem fala com frequência e troca mensagens eletrônicas. “Não me lembro bem sobre o que a gente falava, só que ele me ajudou a vender uma casa”, diz Perillo por meio da assessoria.
Nas escutas telefônicas, metade da bancada de Goiás na Câmara conversava habitualmente com Cachoeira. Entre eles, o deputado Jovair Arantes, líder do PTB na Câmara. “Eu sempre falei com o Cachoeira, mas não tenho negócios com ele”, afirma Arantes. “Ele sempre foi ligado à política. Eu liguei recentemente para ele, por exemplo, para pedir apoio porque sou candidato à prefeitura de Goiânia. Mas era uma ajuda legal”.
Outro interlocutor habitual de Carlinhos Cachoeira é o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. “Nossas famílias são amigas há muitos anos. Nunca escondi nossa amizade, sempre freqüentei a casa dele. Mas nunca tive negócios com ele”, afirma o deputado Leréia.
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