sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Indústria no Brasil cresce, em plena crise mundial.

Por Redação - de Brasília e São Paulo

A atividade da indústria de São Paulo cresceu 0,2% em outubro sobre setembro, segundo dados com ajuste sazonal divulgados nesta quinta-feira pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Sem ajuste, houve alta de 3,4% no nível da atividade. Frente a outubro do ano passado, o avanço foi de 4,6%. No ano, a atividade tem expansão de 7,5% e nos últimos 12 meses, de 7,7%.

Entre os setores, em outubro os destaques de alta foram Alimentos e Bebidas, com ganho de 3,6% na comparação mensal, com ajuste, seguido por Veículos automotores, com avanço de 1,4%. As vendas reais da indústria cresceram 4,7% mês a mês, sem ajuste sazonal, e 8,6% na comparação anual. No ano, o avanço das vendas foi de 5,7%. O uso da capacidade instalada na indústria do Estado, considerando os dados sem ajuste sazonal, totalizou 83,9% em outubro, comparado a 83,7% em setembro e a 84,3% em igual mês de 2007.

Audiência

Presidente da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro Neto, conversou com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pela manhã, e juntos fizeram uma avaliação das questões conjunturais da economia brasileira diante da crise global causada pelas turbulências nos mercados financeiros.

– Fui convidado para vir aqui. Nós sempre fazemos uma avaliação das questões conjunturais e com a dinâmica da crise refletida no setor produtivo – informou Monteiro Neto.

O presidente da CNI disse que freqüentemente tem feito com o ministro análise da eficácia das medidas adotadas e até sobre a percepção do setor produtivo. Outro assunto que deve ser tratado no encontro é a Reforma Tributária, segundo o presidente da CNI. Ao chegar para o encontro, ele defendeu a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para crédito à pessoa jurídica.

– Evidente que a diferenciação da tributação vai para o custo das operações e quem paga é o tomador do crédito. Não é a instituição financeira – criticou.

Armando Monteiro pediu a atuação mais efetiva dos bancos públicos para reduzir os spreads (diferença entre o custo de captação e o que é cobrado do tomador do empréstimo) pelo peso que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal têm no mercado.

A outra reivindicação é a redução da cunha fiscal, ou seja, a tributação que incide sobre o crédito. “Aí, sim. O IOF aparece como imposto que pode ser reduzido e deve ser reduzido”, argumentou.


Do site do Jornal Correio do Brasil:http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=146672

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