sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Consumidor pagará por atrasos em nova usina hidrelétrica, diz Lobão.

Por Redação - de Brasília

Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão disse nesta quinta-feira que se a crise econômica atrapalhar o cronograma de entrega da Hidrelétrica de Jirau, previsto para terminar em 2012, os consumidores terão de pagar pelo atraso. Segundo ele, a conta de luz sofrerá um pequeno abalo final, porém não subirá imediatamente. A demora pode fazer com que o país tenha também que colocar em funcionamento termelétricas a diesel para compensar a energia que deixará de ser produzida em 2012.

– Esperamos que a dificuldade desapareça. Se não pudermos ter Jirau funcionando em 2012 haverá um grande prejuízo para o Brasil e os consumidores terão de pagar algo em torno de R$ 1 bilhão a R$ 4 bilhões em energia térmica por conta desse atraso com o qual não contamos – disse ao participar de seminário sobre infra-estrutura no Senado.

O ministro ainda criticou as decisões judiciais que atrasam a continuidade das obras de Jirau.
– As liminares são altamente prejudiciais ao sistema brasileiro. Os ecologistas poderiam dar uma certa trégua ao povo no que diz respeito à construção dessas hidrelétricas – disse.
A suspensão da licença parcial de instalação da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), foi determinada esta semana pela 3ª Vara Federal de Porto Velho.

Lobão também confirmou o empréstimo de R$ 2 bilhões feito pela Petrobras à Caixa Econômica Federal para pagar despesas correntes. Segundo ele, trata-se apenas de “um empréstimo feito com regularidade”.

– Isso não é grave em nenhuma empresa. Isso já se fez tantas vezes. A Petrobras já contraiu empréstimo no exterior em outros momentos e no Brasil. (A Petrobras) está apenas repetindo aquilo que sempre fez – comentou ao chegar ao Senado para participar de evento sobre infra-estrutura.

Nesta quarta, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) falou em plenário sobre o empréstimo. Segundo ele, a empresa estaria “com sérios problemas de caixa”. De acordo com relatório trimestral apresentado pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a contratação foi feita em 31 de outubro e tem como objetivo “reforçar o capital de giro" da companhia.
Segundo Jereissati, as condições negociadas pela Petrobras com a CEF foram as seguintes: prazo de 180 dias para pagamento do valor principal e encargos com amortização única ao fim do prazo; taxa de juros de 104% do CDI Over; incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e, por último, amortização e liquidação do empréstimo tomado.

Jereissati quer que o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, esclareçam o assunto na Comissão de Assuntos Econômicos no Senado.

Pré-sal

O ministro informou, ainda no Senado, que as regras para exploração do pré-sal serão estabelecidas na próxima semana pela comissão interministerial que discute o marco regulatório do petróleo nesta camada.

– Nos reuniremos [na próxima semana] para concluir as sugestões que serão levadas ao presidente Lula que fará posteriormente suas consultas – afirmou.

Lobão explicou que a comissão oferecerá algumas alternativas de modelo e que a decisão do presidente poderá depender de aprovação de leis no Congresso.
Do site do Jornal do Correio do Brasil:http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=146674

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