terça-feira, 2 de agosto de 2011

“Acordo” de Obama chama-se rendição




Na madrugada de sábado, logo após a aprovação na Câmara – e rejeição no Senado, de maioria democrata- do tal plano republicano de elevação do limite da dívida em perto de US$ 1 trilhão, em troca de cortes orçamentários de US$ 917 bilhões, ao longo de 10 anos, a gente comentou aqui que isso não era nada.
Agora, quando Obama anuncia este “acordo” de duas etapas – onde a primeira – e talvez única – é igualzinha ao plano republicano, o julgamento não pode ser diferente.
É o nada. Não é sequer um remendo mambembe, destes que se faz com durepóxi, porque não se pode colocar uma peça nova. Se foram precisos três meses e a ameaça de um calote impensável para se conseguir isso, imagine-se o que ocorrerá na beira das eleições de 2012.
Porque a “respirada” de um trilhão de dólares não assegura que as contas fechem até as eleições. Nos dois anos e meio do Governo Obama, a dívida aumentou US$ 2,2 trilhões e háum série de operações em suspenso há dois meses, que devem dar um “empurrãozinho” inicial de algumas dezenas de bilhões de bólares, isso se não vier um rebaxiamento da nota dos títulos americanos nas agências de classificação de risco.
A única certeza é que vai faltar dinheiro para o que nem com dinheiro estava acontecendo: a recuperação da economia americana.
Esta é, nos tempos recentes, a mais demorada crise que os Estados Unidos Enfrentaram, como vocês podem ver nestes gráficos que adaptei do The Economist. Nem o PIB e muito menos os empregos conseguiram voltar aos níveis pré-crise.
O mundo vai continuar se arrastando, e se arrastando à beira do imponderável.



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