Quem chegasse hoje ao Brasil e lesse os jornais imaginaria que há uma guerra contra a corrupção liderada por uma imprensa idealista. O noticiário exacerbou exponencialmente aquela “cruzada ético-midiática” que permeou a década passada. Se, durante o governo Lula, havia alguma denúncia todos os meses, no governo Dilma o processo foi elevado ao cubo, com várias denúncias sendo espalhadas ao mesmo tempo.
Após os ministros da Casa Civil, da Agricultura, dos Transportes e da Defesa, entraram na mira os ministros da Casa Civil (de novo), das Cidades, do Turismo, das Comunicações e, agora, até o presidente da Câmara dos Deputados (que é do PT, claro).
A mídia, aproveitando-se de que suas denúncias geraram efeitos que as corroboraram – não porque foram irrefutáveis, mas porque o governo cedeu à pressão que desencadearam – intensificou sobremaneira a campanha moralista. Já há movimentos “espontâneos” na sociedade de formação de grupos civis para protestarem “contra a corrupção” em marchas e passeatas.
Os militantes “anticorrupção” da hora reeditam o movimento Cansei, que surgiu durante o governo Lula contando com o apoio de artistas, empresários, das classes mais abastadas e dessa mesma imprensa sempre disposta a fazer campanhas moralistas contra o PT e seus aliados, mas só contra eles.
Com tantas denúncias e demissões, parece haver uma cruzada contra todos os corruptos. E como essas denúncias ganharam credibilidade porque provocaram demissões em massa no governo Dilma, à diferença do Cansei não estão caindo no ridículo.
Seria muito bom que houvesse uma faxina de verdade na administração pública do Brasil, pois a corrupção realmente se institucionalizou neste país. Está entranhada em todos os governos. Em alguns mais, outros menos, mas está entranhada no Estado brasileiro (Executivo, Legislativo e Judiciário). Só que a “faxina” que ocupa o noticiário não é uma faxina de verdade, mas uma campanha para desmoralizar este governo, seu partido, seus aliados e, acima de todos estes, o ex-presidente Lula.
Fosse de outra maneira, não estaria restrita ao governo federal e aos seus aliados. Assim como a mídia fustiga o governo do Rio de Janeiro e, acima de tudo, o seu titular, Sergio Cabral, com denúncias de corrupção e má conduta do governador daquele Estado, se estivesse realmente querendo combater a corrupção fustigaria também os governos de São Paulo ou de Minas Gerais, contra os quais pesam tantas denúncias.
Dito assim de chofre que há denúncias contra os governos paulista ou mineiro, quem não acompanha a política muito de perto ficaria surpreso. Afinal, na imprensa de São Paulo, do Rio ou de Minas não saem acusações ou denúncias contra eles.
As oposições em São Paulo e Minas reclamam de que a mídia ignora os deputados estaduais desses Estados que batem às portas da Globo, da Folha de São Paulo, da Veja e do Estadão, entre outros, pedindo pressão para conseguirem instalar CPIs contra os governos Geraldo Alckmin e Antonio Anastasia. Mas como no tempo de José Serra e Aécio Neves, esses meios de comunicação nem os recebem.
Há deputados paulistas e mineiros com calhamaços de denúncias contra os governos Alckmin e Anastasia. Eles dizem que suas denúncias têm muito mais indícios do que as que estão derrubando ministros de Dilma Rousseff, mas as redações dos grandes meios de comunicação estão proibidas de noticiar qualquer coisa que desfavoreça o PSDB.
Os militantes dessa “faxina” exclusivamente contra o PT e aliados, que poupa políticos de administrações controladas pelos partidos que se opõem ao governo Dilma, reeditam o Cansei. Estão sendo programados atos públicos para baterem com o noticiário. Em breve, as capitais brasileiras estarão vendo esses grupos saírem as ruas com aquelas peruas enfeitadas com jóias e mauricinhos com seus tênis e roupas “de marca”.
Para engrossar grupelhos de dondocas, o PSDB tenta cooptar centrais sindicais que sempre se opuseram à CUT e ao PT, mas que aderiram a Lula na década passada porque, como durante o governo Fernando Henrique Cardoso, sempre estiveram ao lado do poder. Se os tucanos e seus jornais, revistas, rádios, TVs e portais de internet tiverem sucesso, em breve veremos um Cansei vitaminado ganhando as ruas do país.
Após os ministros da Casa Civil, da Agricultura, dos Transportes e da Defesa, entraram na mira os ministros da Casa Civil (de novo), das Cidades, do Turismo, das Comunicações e, agora, até o presidente da Câmara dos Deputados (que é do PT, claro).
A mídia, aproveitando-se de que suas denúncias geraram efeitos que as corroboraram – não porque foram irrefutáveis, mas porque o governo cedeu à pressão que desencadearam – intensificou sobremaneira a campanha moralista. Já há movimentos “espontâneos” na sociedade de formação de grupos civis para protestarem “contra a corrupção” em marchas e passeatas.
Os militantes “anticorrupção” da hora reeditam o movimento Cansei, que surgiu durante o governo Lula contando com o apoio de artistas, empresários, das classes mais abastadas e dessa mesma imprensa sempre disposta a fazer campanhas moralistas contra o PT e seus aliados, mas só contra eles.
Com tantas denúncias e demissões, parece haver uma cruzada contra todos os corruptos. E como essas denúncias ganharam credibilidade porque provocaram demissões em massa no governo Dilma, à diferença do Cansei não estão caindo no ridículo.
Seria muito bom que houvesse uma faxina de verdade na administração pública do Brasil, pois a corrupção realmente se institucionalizou neste país. Está entranhada em todos os governos. Em alguns mais, outros menos, mas está entranhada no Estado brasileiro (Executivo, Legislativo e Judiciário). Só que a “faxina” que ocupa o noticiário não é uma faxina de verdade, mas uma campanha para desmoralizar este governo, seu partido, seus aliados e, acima de todos estes, o ex-presidente Lula.
Fosse de outra maneira, não estaria restrita ao governo federal e aos seus aliados. Assim como a mídia fustiga o governo do Rio de Janeiro e, acima de tudo, o seu titular, Sergio Cabral, com denúncias de corrupção e má conduta do governador daquele Estado, se estivesse realmente querendo combater a corrupção fustigaria também os governos de São Paulo ou de Minas Gerais, contra os quais pesam tantas denúncias.
Dito assim de chofre que há denúncias contra os governos paulista ou mineiro, quem não acompanha a política muito de perto ficaria surpreso. Afinal, na imprensa de São Paulo, do Rio ou de Minas não saem acusações ou denúncias contra eles.
As oposições em São Paulo e Minas reclamam de que a mídia ignora os deputados estaduais desses Estados que batem às portas da Globo, da Folha de São Paulo, da Veja e do Estadão, entre outros, pedindo pressão para conseguirem instalar CPIs contra os governos Geraldo Alckmin e Antonio Anastasia. Mas como no tempo de José Serra e Aécio Neves, esses meios de comunicação nem os recebem.
Há deputados paulistas e mineiros com calhamaços de denúncias contra os governos Alckmin e Anastasia. Eles dizem que suas denúncias têm muito mais indícios do que as que estão derrubando ministros de Dilma Rousseff, mas as redações dos grandes meios de comunicação estão proibidas de noticiar qualquer coisa que desfavoreça o PSDB.
Os militantes dessa “faxina” exclusivamente contra o PT e aliados, que poupa políticos de administrações controladas pelos partidos que se opõem ao governo Dilma, reeditam o Cansei. Estão sendo programados atos públicos para baterem com o noticiário. Em breve, as capitais brasileiras estarão vendo esses grupos saírem as ruas com aquelas peruas enfeitadas com jóias e mauricinhos com seus tênis e roupas “de marca”.
Para engrossar grupelhos de dondocas, o PSDB tenta cooptar centrais sindicais que sempre se opuseram à CUT e ao PT, mas que aderiram a Lula na década passada porque, como durante o governo Fernando Henrique Cardoso, sempre estiveram ao lado do poder. Se os tucanos e seus jornais, revistas, rádios, TVs e portais de internet tiverem sucesso, em breve veremos um Cansei vitaminado ganhando as ruas do país.
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