O ex-presidente Lula aconselhou nesta quinta-feira os Estados Unidos e a Europa, que identificou como países "ricos", a investirem no "mundo pobre", fonte de novos consumidores que podem ajudar a superar a crise financeira que atravessam.
"Penso que estamos diante de um desafio importante no século XXI, e o mundo rico precisa investir no mundo pobre, porque são os pobres que devem voltar a consumir", avaliou o ex-presidente na abertura da primeira edição do Fórum de Investimento Colômbia-Brasil, em Bogotá.
Lula explicou que a questão fundamental de sua gestão foi compreender que aplicar políticas sociais para reduzir a pobreza tem consequências favoráveis no desenvolvimento da economia, visto que um clima de equidade e consumo atrai investimento estrangeiro.
O ex-governante considerou que os alvos dos países latino-americanos devem se fixar em "parceiros ricos" como EUA, Europa, Índia e China, mas também nos Estados da região. "Vamos pensar em nós mesmos", afirmou Lula ao estimular os países da região a romper a tendência histórica de "olhar para o norte rico" com a esperança de que solucione seus problemas.
Por essa razão, Lula aplaudiu a convocação do fórum, que em sua opinião deve ser o primeiro de uma série de encontros voltados a levar ambos os países a se questionar sobre como podem colaborar para desenvolver infraestruturas e telecomunicações e gerir melhor as fontes energéticas.
O ex-presidente lembrou aos mais de 500 empresários e políticos dos dois países reunidos no encontro que têm a responsabilidade de definir as estratégias de cooperação para que os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, possam assinar acordos que aproximem as nações.
De fato, Lula se mostrou certo de que Dilma e Santos "farão mais" do que ele e o então presidente colombiano Álvaro Uribe fizeram, "porque havia uma boa relação", mas não tanta confiança e vontade de integração como atualmente.
Por sua vez, Santos manifestou estranhamento pelo fato de que o Brasil e a Colômbia tenham convivido com uma "relativa ignorância" de um em relação ao outro, mas ressaltou a importância de impulsionar esta relação em diversos níveis para atenuar os danos causados pela desvalorização das divisas dos Estados Unidos e Europa.
O governante colombiano enfatizou assim o potencial de uma aliança sul-sul, não só com o Brasil, mas com todo o continente, para que esta seja "a década da América Latina". Já o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luis Alberto Moreno, reconheceu que após percorrer a região chegou à conclusão de que "a Colômbia é o país que mais se parece com o Brasil", e que, portanto, poderia se inspirar em seu bem-sucedido crescimento.
Moreno também indicou que para a integração de ambos os países é necessário fazer esforços para eliminar tarifas e barreiras agrícolas e industriais, reduzir os custos de frete no comércio de bens, potencializar os intercâmbios na educação e impulsionar a gestão pública. Algumas das categorias mais promissoras a serem aprofundadas na integração comercial são, segundo o BID, mineração, alimentos, química, plástico, bens metálicos e têxteis e maquinário.
"Penso que estamos diante de um desafio importante no século XXI, e o mundo rico precisa investir no mundo pobre, porque são os pobres que devem voltar a consumir", avaliou o ex-presidente na abertura da primeira edição do Fórum de Investimento Colômbia-Brasil, em Bogotá.
Lula explicou que a questão fundamental de sua gestão foi compreender que aplicar políticas sociais para reduzir a pobreza tem consequências favoráveis no desenvolvimento da economia, visto que um clima de equidade e consumo atrai investimento estrangeiro.
O ex-governante considerou que os alvos dos países latino-americanos devem se fixar em "parceiros ricos" como EUA, Europa, Índia e China, mas também nos Estados da região. "Vamos pensar em nós mesmos", afirmou Lula ao estimular os países da região a romper a tendência histórica de "olhar para o norte rico" com a esperança de que solucione seus problemas.
Por essa razão, Lula aplaudiu a convocação do fórum, que em sua opinião deve ser o primeiro de uma série de encontros voltados a levar ambos os países a se questionar sobre como podem colaborar para desenvolver infraestruturas e telecomunicações e gerir melhor as fontes energéticas.
O ex-presidente lembrou aos mais de 500 empresários e políticos dos dois países reunidos no encontro que têm a responsabilidade de definir as estratégias de cooperação para que os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, possam assinar acordos que aproximem as nações.
De fato, Lula se mostrou certo de que Dilma e Santos "farão mais" do que ele e o então presidente colombiano Álvaro Uribe fizeram, "porque havia uma boa relação", mas não tanta confiança e vontade de integração como atualmente.
Por sua vez, Santos manifestou estranhamento pelo fato de que o Brasil e a Colômbia tenham convivido com uma "relativa ignorância" de um em relação ao outro, mas ressaltou a importância de impulsionar esta relação em diversos níveis para atenuar os danos causados pela desvalorização das divisas dos Estados Unidos e Europa.
O governante colombiano enfatizou assim o potencial de uma aliança sul-sul, não só com o Brasil, mas com todo o continente, para que esta seja "a década da América Latina". Já o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luis Alberto Moreno, reconheceu que após percorrer a região chegou à conclusão de que "a Colômbia é o país que mais se parece com o Brasil", e que, portanto, poderia se inspirar em seu bem-sucedido crescimento.
Moreno também indicou que para a integração de ambos os países é necessário fazer esforços para eliminar tarifas e barreiras agrícolas e industriais, reduzir os custos de frete no comércio de bens, potencializar os intercâmbios na educação e impulsionar a gestão pública. Algumas das categorias mais promissoras a serem aprofundadas na integração comercial são, segundo o BID, mineração, alimentos, química, plástico, bens metálicos e têxteis e maquinário.
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