Não foi à toa que a mídia tucana deu tão ampla repercussão às asneiras do maior idiota imodesto deste país, Nelson Jobim, na esperança de que sua incontinência verbal fizesse Dilma demiti-lo. A queda de mais um ministro em míseros sete meses e tanto e a possibilidade de o demitido sair atirando eram troféus que faziam a direita midiática salivar.
Além disso, sempre se poderia transformar a queda de Jobim em derrota de Lula, que teria “imposto” o ex-auxiliar à sucessora. E noticiar sucessivas derrotas do ex-presidente e colocá-lo em campo contrário ao de Dilma vem sendo a cereja do bolo para os conservadores.
Dilma seguiu à risca o script dos últimos meses. Negou que demitiria Jobim pelas declarações desrespeitosas e, depois, terminou por demiti-lo intempestivamente. Enquanto escrevo, no início da madrugada de sexta-feira, já está sendo armado o palco para extrair alguns disparos do agora ex-ministro da Defesa contra o governo a que serviu.
A saída de Jobim bem que poderia ter sido mais uma derrota como as que este governo vem colhendo desde que aceitou demitir Palocci sob pressão cinco meses após ter tomado posse. Todavia, com boa dose da coragem que tem faltado a este governo Dilma nomeou um verdadeiro pesadelo para a direita midiática.
A nomeação de Celso Amorim, o ex-ministro de Lula que produziu acidez estomacal nos conservadores durante os oito anos do governo anterior, afronta Globos, Folhas, Vejas Estadões e, sobretudo, os partidos de oposição e vários chefes militares que estão em pé-de-guerra desde 2003.
Apesar de Amorim ter sido considerado o melhor chanceler do mundo pela revista norte-americana Foreign Policy em 2009, poucas horas após o anúncio de sua nomeação os portais de internet da mídia tucana referiam-se a ele como “polêmico” e até “fracassado” em sua passagem pelo Ministério das Relações Exteriores.
A indicação de Amorim, aliás, equivale a devolver Waldir Pires à pasta da Defesa. Em 31 de março de 2006, Pires assume o Ministério da Defesa a pedido de Lula. Assumiu no dia em que a Caserna comemora o golpe de 1964. O ex-presidente colocou como chefe das Forças Armadas um homem que foi perseguido por elas décadas antes.
A vingança da direita midiática não tardaria. Pouco mais de um ano depois, em julho de 2007, a crise do “caos aéreo” culminaria com a demissão de Pires. Nelson Jobim, ex-ministro do STF, assumiu a pasta no lugar dele inclusive dando declarações desrespeitosas que insinuavam incompetência do antecessor.
Com a nomeação de Jobim, amigo dos tucanos, dos chefes militares golpistas e da mídia desde sempre a crise aérea sumiu do noticiário, deixando ver que os algozes de Pires ficaram satisfeitos com a nomeação de um representante da direita no sensibilíssimo Ministério da Defesa.
Amorim, um progressista em uma pasta que, nos últimos quatro anos, foi comandada por um reacionário de quatro costados como Jobim – tucano de alma, íntimo dos barões da mídia, quase um fetiche dos militares remanescentes do golpe de 1964. Resta saber como impedir que tenha o destino de Pires, porque a artilharia não tardará a começar.
Além disso, sempre se poderia transformar a queda de Jobim em derrota de Lula, que teria “imposto” o ex-auxiliar à sucessora. E noticiar sucessivas derrotas do ex-presidente e colocá-lo em campo contrário ao de Dilma vem sendo a cereja do bolo para os conservadores.
Dilma seguiu à risca o script dos últimos meses. Negou que demitiria Jobim pelas declarações desrespeitosas e, depois, terminou por demiti-lo intempestivamente. Enquanto escrevo, no início da madrugada de sexta-feira, já está sendo armado o palco para extrair alguns disparos do agora ex-ministro da Defesa contra o governo a que serviu.
A saída de Jobim bem que poderia ter sido mais uma derrota como as que este governo vem colhendo desde que aceitou demitir Palocci sob pressão cinco meses após ter tomado posse. Todavia, com boa dose da coragem que tem faltado a este governo Dilma nomeou um verdadeiro pesadelo para a direita midiática.
A nomeação de Celso Amorim, o ex-ministro de Lula que produziu acidez estomacal nos conservadores durante os oito anos do governo anterior, afronta Globos, Folhas, Vejas Estadões e, sobretudo, os partidos de oposição e vários chefes militares que estão em pé-de-guerra desde 2003.
Apesar de Amorim ter sido considerado o melhor chanceler do mundo pela revista norte-americana Foreign Policy em 2009, poucas horas após o anúncio de sua nomeação os portais de internet da mídia tucana referiam-se a ele como “polêmico” e até “fracassado” em sua passagem pelo Ministério das Relações Exteriores.
A indicação de Amorim, aliás, equivale a devolver Waldir Pires à pasta da Defesa. Em 31 de março de 2006, Pires assume o Ministério da Defesa a pedido de Lula. Assumiu no dia em que a Caserna comemora o golpe de 1964. O ex-presidente colocou como chefe das Forças Armadas um homem que foi perseguido por elas décadas antes.
A vingança da direita midiática não tardaria. Pouco mais de um ano depois, em julho de 2007, a crise do “caos aéreo” culminaria com a demissão de Pires. Nelson Jobim, ex-ministro do STF, assumiu a pasta no lugar dele inclusive dando declarações desrespeitosas que insinuavam incompetência do antecessor.
Com a nomeação de Jobim, amigo dos tucanos, dos chefes militares golpistas e da mídia desde sempre a crise aérea sumiu do noticiário, deixando ver que os algozes de Pires ficaram satisfeitos com a nomeação de um representante da direita no sensibilíssimo Ministério da Defesa.
Amorim, um progressista em uma pasta que, nos últimos quatro anos, foi comandada por um reacionário de quatro costados como Jobim – tucano de alma, íntimo dos barões da mídia, quase um fetiche dos militares remanescentes do golpe de 1964. Resta saber como impedir que tenha o destino de Pires, porque a artilharia não tardará a começar.
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